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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Quem puxou o plug? (minha vida underground - e minha morte também)

 "Desligue os aparelhos
Deixem-me morrer
Desligue os aparelhos
Não quero viver deste jeito"

Death - Pull the Plug


Tudo começou em 1999, 2000. Um garotinho de 11 anos ouvia pela primeira vez Katsbarnea, Brother Simion, Resgate, Catedral, Troad, Oficina G3, Bride, Petra, banda Tempero e várias outras. Virei fã dessa galerinha. Em 2001 ouvia de vez em quando uma turma mais "da pesada" como Calvário D.C. e Alta Cúpula, mas foi em 2002, com meu brother Diogo Sobral, que ouvi falar do underground cristão, e já de cara as duas mais "casca-grossas" da cena: a australiana Mortification e a brazuca Antidemon. E fui pra eventos locais da igreja Renascer Beberibe, ajudei a divulgar e organizar uns ainda bem novo. E, claro, queria fazer minha banda. Até participei de umas ao longo dos anos, mas nenhuma durou muito. E quase liderei o que seria o CMF de lá (quem acabou herdando essa responsa foi o meu brother e "filho na fé" Alessandro Rodrigues, já que eu saí antes do CMF ser propriamente organizado por lá, muito por conta da falta de apoio a uma banda que organizávamos lá).

Mas meu sonho de ajudar na cena continuou. Como banda tentei de tudo, mas, como aprendi desde cedo, enquanto seu dom ou sonho não se realiza na plenitude, faça outras coisas pra glória de Deus, e assim o fiz, divulgando eventos (ao ponto de em 2013 montar o Christian Underground Pernambuco, grupo do Facebook que também virou blog e grupo do Whats anos mais tarde, para divulgar bandas locais, eventos e etc). Ajudei em diversos elementos e tenho orgulho disso, pois o fazia pra glória de Deus. Veja esse blog, mais um fruto disso.

Enfim, por que "morri" pro underground cristão?

Calma, não vou largar de novo esse blog. Ele faz parte da minha vida e amo esse trampo. Mas não espere muito "compromisso" como outrora. É doloroso, mas a cena tá "morta", e todos que já tentaram a ressuscitar falharam porque caem em diversas armadilhas de diversos tipos. É difícil definir tudo. No fim minha mente cansa com tudo isso. Zilhões de problemas que tentam esconder tal qual tentam tapar sol com peneira.

Eu já cansei de elencar a quantidade de coisas que vejo de errado. Coisas que tantos não veem. Gente que "caga-regras" de como um "cristão underground" só pode se envolver em eventos "gospel" ou cantar "white". Gente que parece só falar de rock e metal, mas não tem compromissos reais sobre igreja, problemas sociais, nada. Gente que se prende a rótulos, de "não curto esse tal de som moderno", "não curto esse show com bandinhas X", "não ando com esses oldschool"... Gente que age como criança pagando de líder, de gênio, de chefe da cena. Gente que vive só do passado, gente que tantas coisas que cansa.

Mas nada me cansa mais que essas gentes que dizem ser cristãos underground, mas vivem prisioneiros do sistema, idolatrando políticos, cuspindo nos seus irmãos só por pensarem diferente, que não caem nas armadilhas do sistema imundo das ideologias, das mídias, das politicagens e o escambau. Nada é tão terrível pra mim. Como sobreviver a isso?

????

Eu não sei. Sinceramente não sei. Porque vejo até os ministérios underground caindo nas armadilhas do sistema. É absurdamente lamentável. Eu me sinto cada dia mais desconectado não só do evangelho "tradicional" e pentecostal, mas também dos undergrounds que de underground não têm nada, não por serem fiéis a liturgia tradicional ou à seriedade adequada do Evangelho, mas por cair no mesmo erro de achar que têm mesmo que viver deslocados da sociedade, exceto na ideologização. Isso ninguém quer largar o queijo.

E o resultado? Veja aí. Um bando de meninos defendendo um monte de coisas ultrapassadas ou até mesmo inadmissíveis por medo de ferir seu orgulho infantil, medo de perder a boquinha da panelinha da crentelhagem, medo de admitir que provavelmente em alguma coisa a cena "secular" tá certa.

Aliás, que medinho de se associar com o secular dessa turminha viu. Reclamam direto que o underground secular "só odeia o white", mas o próprio white causou sua ruína pelo proselitismo cego, por falta de conexão com a realidade e, em diversos casos, terem propositalmente se isolado demais em seus redutos.

Há solução pra essa miséria? Não sei.

Não sei mesmo.

Quando vejo as respostas e falas de uns, e o desprezo de outros a pensamentos como o meu, eu acho que não há solução. Até porque não há remédio que cure quem insiste em achar que não tá doente...

"E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos. E aqueles dos fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece."

(João 9.39-41)

Soli Deo Glori

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Ultimatum

 




Formação de 1995, da esquerda pra direita: Mike Lynch, Scott Waters, Steve Trujillo, Tom Michaels, Robert Gutierrez


Das cinzas da banda de power metal Angelic Force (que lançou somente uma demo, bem legal por sinal), os guitarristas Robert Gutierrez (ex-Saint) e Steve Trujilo começaram em sua cidade natal, Albuquerque, no estado de Novo México (EUA) a Holy Sacrifice, em 1992, que ainda naquele ano mudaria de nome pra Ultimatum. Com os vocais de Scott Waters (que futuramente integraria o projeto Vengeance Rising Returns, que acabou virando Once Dead), a banda seguiu por vinte anos na estrada, lançando ótimos discos com seu estilo thrash metal com elementos do power metal americano e groove metal, e letras fantásticas, até encerrarem as atividades em 2013. E hoje, no post que marca o retorno do blog, hora de analisar essa banda fantástica.

Esse post é também uma homenagem ao próprio Scott Waters, que com seu site No Life 'Til Metal me inspirou e inspira até hoje a fazer reviews de bandas, só que em português, além de ter me apresentado artistas dos mais variados gêneros, cristãos ou não.


Pra ouvir comigo pelo Spotify acesse AQUI ou AQUI.


Fatal Delay demo (1993)
A faixa-título e a primeira faixa, "Wickedness & Perdition" futuramente
integrariam a versão de relançamento de 2007
do primeiro disco "Symphonic Extremities"



Symphonic Extremities demo (1995)
Todas as faixas foram regravadas naquele ano na versão CD


 

Symphonic Extremities (1995)

01 - Symphonic Extremities
02 - The Killing Fields
03 - E.N.D. (Erroneous Notion of Death)
04 - Black Light
05 - Darkest Void
06 - Ode to Noise (Instrumental)
07 - The Grip
08 - Fatal Delay
09 - Megaton
10 - Blink
11 - World of Sin (bônus)

Versão de 2007:

12 - Wickedness & Perdition (demo 93)
13 - Fatal Delay (demo 93)
14 - Blink/Wrathchild (live)

Fãs de Testament e Megadeth, esse disco já mostra bem que Ultimatum foi feito pra vocês. Uma mistura intensa dos estilos das duas bandas, tanto da conterrânea dos caras no instrumental quanto os vocais do Scott que me remetem um bocado a uma versão mais agressiva e menos "de pato" do Dave Mustaine. O disco conta com dois baixistas convidados (Tom Michaels e Joey Anaya), mas isso não altera em nada a qualidade sonora, com momentos bem pesados e vocais brutais como os de Darkest Void, ou a instrumental Ode of Noise, como também momentos melódicos como a belíssima "The Grip" e a épica e longa "Fatal Delay". Algo curioso é que todas as faixas têm bases bíblicas, até mesmo esse instrumental que contém só ruídos mesmo do instrumental e rugidos estranhos do Scott (haha). Não chega a ser um disco arranca-toco imperdível, mas é um bom começo sem dúvidas.

Ainda em 1995 o disco que saíra de forma independente saiu pela Juke Box Media com a faixa "World of Sin" de bônus. Em 2007 a Retroactive relançou com duas faixas da primeira demo de bônus mais um momento ao vivo da banda em 2006 no festival Up From the Ashes II na Califórnia, onde tocaram Blink e uma incidental inclusão de "Wrathchild" do Iron Maiden, que mostra a intensidade da banda ao vivo. Anos mais tarde a Roxx relançaria em LP a versão da Juke Box remasterizada e com uma arte bem mais nítida, perfeita pra um LP.

FAIXAS MATADORAS: Symphonic Extremities, Fatal Delay, Blink, The Grip, E.N.D..

Live Extremities (bootleg, gravado em 1996, lançado em 2000)
Capa criada por Brian Marshall (JBM Design), criador de capas pra várias bandas cristãs
Em 2010 finalmente saiu em versão oficial.

Puppet of Destruction (1998)

01 - Never
02 - Mortal Stomp
03 - Scorn
04 - Puppet of Destruction
05 - Gutterbox
06 - Repentance
07 - World of Sin
08 - Crosshope
09 - Conform to Reality
10 - Charged / Power

Bônus 2009:

11 - Never (demo)
12 - Sins of Omission (Testament cover)
13 - Mortal Stomp (versão 2008)

Agora sim um disco FUNDAMENTAL na história do metal e do rock cristão mundial. Com produção de Steve Rowe (Mortification, Wonrowe Vision, Light Force) e distribuição pela Rowe Productions (que à época, após a temporada de 1995 que Steve passou nos EUA, começava a expandir o mercado deles pros EUA - inclusive lançando a coletânea Massive Frequency Overload em 1997 com a própria Ultimatum entre as bandas estadunidenses presentes lá), Puppet of Destruction tornou-se o disco com o qual a banda ficou conhecida no resto do mundo. Mesmo novamente sem um baixista fixo (Tom Michaels dessa vez foi o convidado), Scott, Steve, Robert e Sean Griego (bateria) mandaram ver nesse disco, que contém suas melhores faixas, já nos primeiros 18 minutos quatro faixas que variavam de velocidade, mas não de agressividade: Never, Mortal Stomp, Scorn e Puppet of Destruction, uma quadra de respeito que figuram entre os maiores clássicos deles. Mas o resto do disco também vale muito a ouvida completíssima, em especial a faixa World of Sin. Letras fortes e impactantes com um som de arrepiar.

O disco já foi relançado duas vezes pela Roxx. A primeira, em 2009, de maneira limitada, ainda incluiu um disco extra com a demo Fatal Delay completa, e em todas versões desse relançamento continha uma versão demo de "Never", uma regravação de 2008 de "Mortal Stomp" e uma faixa chamada "Sins of Omission" que nada mais é que um cover da banda secular e conterrânea deles Testament, gravada pra uma coletânea-tributo de 2000 da gravadora Dwell. A segunda de 2017 foi em LP e em ambas poucas mudanças na capa, sendo na primeira versão de relançamento o nome do disco ficou "Puppet of Destruction (Remastered & Expanded Edition)."

CURIOSIDADE: Como foi lançado pela Rowe, que é uma gravadora australiana, a versão americana teve uma distribuidora local, Diamante Music Group. Infelizmente a parceria da banda com a Rowe e com a Diamante acabaram por problemas financeiros.

FAIXAS MATADORAS: As quatro primeiras, World of Sin e Sins of Omission (bônus).

The Mechanics of Perilous Times (2000)

01 - Temple of the Spirit
02 - Greed Regime Inc.
03 - Perilous Times
04 - Shrioud of Science
05 - Crash Course
06 - Warlord's Sword
07 - The Burging
08 - Burn (Vengeance Rising cover)
09 - MutaMitlu (instrumental)
10 - Violence and Bloodshed

Bônus 2007

11 - Temple of the Spirit (demo 99)
12 - Heart of Metal (demo 2003)
13 - Greed Regime Inc. (ao vivo 2005)

Mais uma dose de thrash metal com a assinatura Ultimatum, de já começar o disco com sua melhor música. Temple of the Spirit é atualmente minha faixa predileta da banda (na verdade atualmente e muitos anos já). Mas é uma boa música pra começar o disco, já que a seguir "Greed Regime Inc." segue o trabalho com velocidade e fúria. Tom Michaels assumiu oficialmente o baixo da banda após 1998 e aqui ele era o baixista de fato, ainda que durante a turnê tenha sido substituído por Rob Whitlock e seguiu pra banda Traveler in Pain (chegou antes também a tocar na Seventhsign, um baita projeto de New Mexico também). Musicalmente a banda seguia na mesma pegada dos dois anteriores, algo aliás que se tornará até repetitivo de dizer, já que basicamente a carreira toda deles seguiu essa linha. Uma das faixas mais interessantes é Shroud of Science, que embora não me seja tão matadora, contém arranjos e riffs iniciais fora de série, além do vocal de Scott explorar com um pouco mais de coragem o gutural, algo que ele faria também, com mais ênfase inclusive, no incrível cover de "Burn", que lhe renderia anos mais tarde o convite pra cantar no Once Dead (banda que originalmente deveria ser o retorno do Vengeance Rising, mas devido a desacordos com o Roger Martinez em não permitir o uso do nome pelos antigos companheiros, acabou ficando Once Dead). Em resumo, é mais um ótimo disco da banda, que seguia em melhorar suas produções ano após ano, lançamento após lançamento.

A versão definitiva de relançamento em 2007 (a versão de 2001 pela Gutter foi para distribuição mundial, já que o lançamento original era independente) pela Retroactive incluiu a primeira versão que ouvi de Temple of the Spirit, a demo de 1999, que tinha no site da banda. Um diferencial dessa pra versão oficial é que a parte do solo do Trujilo não tá lá (nem ele tava, ele tinha saído um pouco do estúdio na hora, e aí a versão do disco oficial só fizeram incluir o solo do Trujilo, o que deu um diferencial a mais mesmo), o que deu um andamento diferente pra música. Além dessa demo, também uma de Heart of Metal (música que apareceria em outras versões em lançamentos posteriores da banda) e mais uma canção do festival Up from the Ashes, dessa vez Greed Regime Inc. que a banda usava para abrir seus shows até 2007 (quando foi substituída por One For All do álbum completo seguinte). Esse festival foi um dos últimos shows da banda com Steve, que seria substituído por outros guitarristas ao longo dos anos, nenhum ficando por muito tempo, e entre 2011-2013 só Robert permaneceu como o guitarra definitivo e único da banda.

CURIOSIDADE MÓRBIDA: Em menos de um ano esse disco teve TRÊS versões diferentes, uma independente de 2000, e as duas da Gutter Records de 2001, sendo uma delas apenas promo, e sem praticamente nenhuma mudança significativa entre elas. Só os relançamentos de 2007 da Retroactive têm algumas diferenças, sendo que... bem... na primeira erraram o nome da bônus ao vivo e na segunda conseguiram SUMIR com as duas primeiras faixas!!! Só uma terceira versão de 2007 da mesma Retroactive que enfim corrigiu tudo.

FAIXAS MATADORAS: Temple of the Spirit, Greed Regime Inc., Burn, Perilous Times.

Demo '05 (2005)

Quatro faixas que posteriormente reapareceriam regravadas no disco Into the Pit. Essa demo seria relançada totalmente no EP seguinte:


...til the End! (EP, 2006)

01 - Deathwish (demo)
02 - One for All (demo)
03 - Heart of Metal (demo)
04 - Blind Faith (demo)

Bônus:

05 - Sins of Omission (Testament cover)
06 - Blink (live)

Interessantíssimo material EP, com as últimas músicas gravadas pelo guitarrista Steve Trujilo como membro da banda, e as primeiras com o baixo de Rob Whitlock. Contém quatro belas faixas demo que marcaram bem o que seria o lançamento seguinte deles, além de mais dois materiais extras já comentados anteriormente em outros lançamentos da banda. Um indicativo do que viria em 2007:


Into the Pit (2007)

01 - One for All
02 - Exonerate
03 - Deathwish
04 - Blood Covenant
05 - Heart of Metal
06 - Wrathchild (Iron Maiden cover)
07 - Transgressor
08 - Blink (nova versão)
09 - Blind Faith
10 - Into the Pit (instrumental)
11 - Game Over

Into the Pit marcou uma mudança considerável na produção da banda. Muito mais consistente que todos os anteriores, com letras e músicas com qualidade fora de série, incluíndo a releitura de Blink e o cover do Iron Maiden, esse disco é fenomenal. Teve a ajuda de ex-membros da banda como o batera Sean (que foi substituído oficialmente por Alan Tuma nesse disco) e os guitarristas Steve Trujilo e Augustine Ortiz (que havia participado brevemente da banda em 2006), além do tecladista Sid "Ysidro" Garcia. A arte de capa do Rexorcist ficou fenomenal também, a melhor capa disparado da banda. Ilustra bem todo o contexto incrível que eles passaram nesse disco, após anos de mudanças de formação, problemas pessoais e outros contratempos, entregaram um discaço desses. Até os vocais do Scott aqui estão no seu auge, os melhores de todos os tempos.

Esse disco já foi relançado duas vezes pela Retroactive, ambas em LP. Em 2016 uma edição limitada com o disco roxo, e em outubro de 2020 outra versão em LP limitada novamente. Pros amantes do formato, um prato cheio pra gastar a agulha escutando.

FAIXAS MATADORAS: O disco inteiro, em especial Deathwish, que vocais cabulosos!


Lex Metalis (2009)

01 - Ton of Brics (Metal Church cover)
02 - Locked in Chains (The Moshkeeters cover)
03 - Sin After Sin (Twisted Sister cover)
04 - Creeping Death (Metallica cover)
05 - Demin & Leather (Saxon cover)
06 - Gut Wretch (Mortification cover)
07 - Moto Psycho (Megadeth cover)
08 - Metal Health (Quiet Riot cover)
09 - Steeler (Judas Priest cover)
10 - Iron Fist (Motörhead cover)
11 - Can't Get Out (Vengeance Rising cover)
12 - Wrathchild (Iron Maiden cover)
13 - Powersurge (Overkill cover)

Discos de covers, quando bem feitos, sempre dão aquele gostinho bom nos ouvidos da gente. E aqui vai mais um exemplo do que um cuidado na escolha das músicas e nos arranjos causa: um verdadeiro compilado de homenagens. A escolha de bandas de speed e thrash metal, além de algumas de metal mais tradicional como Saxon, Twisted Sister, Quiet Riot e Iron Maiden, foi bem vinda demais. Até mesmo bandas menos conhecidas do público, como a cristã Moshkeeters e a secular Overkill - essa não tão "desconhecida" assim - foram bem homenageadas aqui. Mas algumas faixas surpreendem muito. A versão de "Sin After Sin" ficou tão boa que eu até esqueci da original. O que lamento aqui foi terem repetido a mesma música do Iron, quando poderiam sei lá, ter coverizado Aces High, ou alguma mais "obscura" como "Sanctuary" ou "Women in Uniform". Mas ok, tá perdoado, porque só em ouvir uma versão fantástica de Creeping Death ou de Can't Get Out (mais um tributo ao Vengeance Rising) dá alegria nos ouvidos. O mais legal também aqui é que bandas seculares e cristãs conviveram bem nessa coletânea - ao contrário de um certo "Covering" aí de uma banda amarela e preta aí, que vacilaram um bocado nisso aí, apesar que eles mesmo confessaram que tavam homenageando o que ouviam e os inspiraram a fazer metal, e como nenhum ali ouvia Petra ou Rez Band, fazer o que né kkkkk

CURIOSIDADES:

- A secular Overkill também é famosa por fazer muitos covers, inclusive um disco todo deles, o Coverkill. Iron Maiden, Judas Priest e algumas outras aí também já mandaram dos seus, mas o Overkill é tão boa nisso quando o Ultimatum;
- No site do Scott (sim, ele também fez reviews autocríticos de seus trampos!) ele relata que chegou a receber elogios do Steve Rowe (Mortification) sobre a versão deles pra Gut Wrench, dizendo ter ficado até melhor que a original! Bem... eu prefiro dizer que ambas são iradíssimas, difícil escolher uma aí haha.

FAIXAS MATADORAS: Demin & Leather, Creeping Death, Moto Psycho, Sin After Sin, Gut Wrench, Can't Get Out, Metal Health, Locked in Chains, Iron Fist (no refrão a homenagem óbvia aos vocais do saudoso Lemmy é marcante).


Crash Course (compilação, 2010)
Faixas de todos os discos oficiais completos da banda
E mais uma versão ao vivo de Blood Covenant


TRINCA HEART OF METAL - 20 YEARS OF ULTIMATUM:

DVD (2012)
Com as apresentações completas da banda no Extreme Mardi Gras (2002)
e no Up From the Ashes III (2010)
Além de muito mais material sobre a banda

BOXSET (2012)
Com a compilação "Heart of Metal", a versão remasterizada e ampliada
do Puppet of Destruction, o "Before the Pit" (disco com demos e versões alternativas),
o DVD acima citado, além de fotos da banda.





Heart of Metal (compilação, 2012)

01 - Blood of a Thousand Hills (novo som)
02 - Scattered (Body Parts) (novo som)
03 - Hook, Line & Sinker (novo som)
04 - Rip 'N' Tear (novo som)
05 - Heart of Metal (remix)
06 - Locked in Chains (remix)
07 - Mortal Stomp (versão 2008)
08 - Blink (versão 2007 remix)
09 - One for All (remix)
10 - Deathwish
11 - Into the Pit
12 - Temple of the Spirit
13 - Crash Course
14 - Never
15 - Puppet of Destruction
16 - Gutterbox
17 - Darkest Void
18 - Symphonic Extremities

Quatro faixas novinhas em folha, e as últimas inéditas da história da banda (reapareceriam numa split com a banda Join the Dead), mais versões remixadas de músicas do Into the Pit (com a ajuda do Ysidro "Sid" Garcia) e músicas dos outros discos, todas escolhidas a dedo pelos fãs da banda numa votação que eles mesmos fizeram. A escolha foi boa, uma seleção incrível e que contemplou basicamente o que há de melhor do Ultimatum (só trocaria Gutterbox por Fatal Delay). Um resumo indelével de uma banda fantástica. Aconselho depois conferir no No Life 'Til Metal informações maiores do Scott sobre as letras dos quatro primeiros sons, mas basicamente "Blood of..." fala do massacre em Rhuanda que aconteceu em 1994, Scattered, com letras meio gore, é uma alegoria para a divisão do povo de Deus (o nome secundário "Body Parts", foi usado pela Once Dead na versão deles pra essa canção), "Hook.." fala dos cristãos legalistas que batem no peito pra dizerem que são cristãos, mas não seguem o fundamental da fé que é o amor e a misericórdia. E por fim Rip 'N' Tear é mais um som de enfrentamento aos legalistas em geral.

E assim encerra-se a história de vinte anos de uma grande banda de metal. O Ultimatum está morto. Vida longa ao Ultimatum!

Discografia posterior:

Ultimatum/Join the Dead (Split EP, 2012, com uma faixa 10 que os membros das respectivas bandas Scott Waters e Michael Phillps fazem um trampo em conjunto numa versão irada de "What a Joke" do Deliverance
Never (EP, 2016): Com a versão original de Never, mais uma versão demo e uma versão ao vivo.

Participação em coletâneas:

- Darkest Void, na New Mexico Rock Coalision Sampler (1995?)
- World of Sin, na Massive Frequency Overload, US Hard Compilation (1997)
- Never (remix), na 2000 The Second Coming (2000)
- Sins of Omission, na Jump in the Pit - A Tribute to Testament (2000?)
- The Purging, na Extreme Mardi Gras Compilation (2002)
- Heart of Metal (demo), na Thorns of Redemption, the Compilation vol. 1 (2004)
- Blood of a Thousand Hills, na Thrashmageddon Vol. 1, Metal for a Dark World (2013)

sábado, 1 de agosto de 2020

Covers de bandas e cantores "seculares"



Se existe uma parada que até hoje causa frisson, confusão e até mesmo críticas vazias de vários religiosos são bandas cristãs que se atrevem a fazerem covers de bandas "seculares". Nem tanto lá fora, muito aqui no Brasil (MUITO MESMO), essa ideia de homenagear influências musicais suas vez por outra deixam uns garotinhos "assustados" e considerando que suas bandas "se venderam". Pura religiosidade babaca. Na realidade é fantástico ver como bandas cristãs conseguem as vezes até mesmo superar os originais. Há casos até que muitos nem se dão conta que a canção na verdade é um cover! Então vou listar aqui bandas cristãs e seus covers fabulosos.


9th Street - I Heard It Through the Grapevine (cover de Marvin Gaye e Creedence Clearwater Revival)

A banda de AOR/New Wave lançou somente o disco "The Prayer" (infelizmente), mas nele legou um cover incrível pra esse clássico da soul romântica que já tinha ganhado uma versão southern rock pelas mãos dos mestres do estilo, a CCR. Mas essa versão bem dançante do clássico de Marvin Gaye sem dúvidas é incrível.

(Infelizmente não achei no Youtube, mas acredito ser possível encontrar em plataformas digitais como Spotify e Deezer).


Love Life - A Hard Day's Night (cover dos Beatles)

A banda que futuramente tornar-se-ia a Fear Not que está na ativa até hoje lançou apenas o disco "Goodbye Lady Jane" usando o nome Love Life. Mas seu hard rock oitentista trouxe uma versão iradíssima da canção que dá nome ao terceiro disco da maior banda de rock de todos os tempos (e também é o nome do primeiro filme deles, que aqui no Brasil foi chamado de "Os Reis do Iê Iê Iê").




Mind Garage - Paint it Black (cover dos Rolling Stones) e Jailhouse Rock (cover de Elvis Presley)

A primeira banda de rock cristão a realmente ter relevância na cena não teve nenhum tipo de cerimônias ao escolher a faixa título do filme "O Prisioneiro do Rock" de Elvis, nem de pegar uma das faixas mais pesadas dos Rolling Stones para coverizar (e quanto a esta última, meus amigos, sem dúvidas tá bem melhor que a original, sem brincadeira!)






Petra - God Gave Rock'n'Roll to You (cover da Argent)

Essa música, coverizada pelo Petra a primeira vez em seu segundo disco "Come and Join Us" de 1977, ficou tão a cara da banda que eu demorei pra descobrir que era um cover da secular de rock progressivo Argent. Aliás, cheguei até a pensar que "God Gave Rock'n'Roll to You II" da também secular KISS era um cover do Petra. Serião kkkkk. O Petra fez mais duas versões dessa música nos anos 80, e várias outras bandas como Bride e Oficina G3 também pegaram essa canção pra fazer um baita cover dela.




REZ Band - Presence of the Lord (cover da Blind Faith), Bargain (cover do The Who) e Somebody to Love (cover de Jefferson Airplane)

Sem dúvidas a mais hard rock das bandas de hard rock cristãs, na sua fase que veio a partir de meados dos anos 1980 a banda incorporou bem suas raízes blueseiras e também suas influências sessentistas, com canções incríveis das bandas The Who, Jefferson Airplane e Blind Faith (banda de Eric Clapton). Essa última canção inclusive ganhou diversos covers cristãos ao longo dos anos, como as versões do Infinity Plus Three, do Larry Norman e da God Squad.








dc Talk - Jesus is Just Alright (cover dos Doobie Brothers)

Pra mim dc Talk, com sua versão rap/funk dessa canção, deu vida nova ao clássico do grupo de rock psicodélico americano. E, pois é, é uma canção de uma banda "secular" que fala de Jesus melhor que muita banda "cristã"! Essa mesma canção anos mais tarde seria também revisitada pelo Stryper. Mas pra mim nenhuma versão ainda superou esse "tchurururu tchu tchu tchu tchu"... kkkkk




Jars of Clay - Crazy Train (cover do Ozzy Osbourne)

Embora nunca oficialmente lançado pela banda, eles sempre executaram esse cover em seus shows, o que deu um baita rolo pra banda na época, até porque coverizar uma canção do "rei das trevas", ainda mais uma canção que critica as atitudes de muitos "pregadores" por aí afora. Mas a intenção da banda era realmente mexer um bocado com as estruturas hipócritas de muitos. E como conseguiram viu!




Catedral - Ainda Não Vi o que Sempre Quis (versão de "I Still Haven't Found Where I'll Looking For" da U2) e Cathedral Song (cover de Tanika Tikaran), dentre outras.

No que tange à polêmica, Catedral nunca teve medo delas, e já no terceiro disco de 1991 fizeram uma versão da U2 (que eu nem considero bem uma banda "secular", pra ser sincero hein haha) que ficou bem legal, mas nada superou a versão da canção que eles com certeza escolheram por conta do nome, mas gerou uma polêmica com uma turma que achou que estavam só imitando o Renato Russo, que já havia feito uma versão dessa mesma música em 1994 em seu disco em inglês "The Stonewall Celebration". Bobagem pura - lembrando que pouco antes Leandro da dupla Leandro e Leonardo já tinha feito uma versão, e a cantora Zélia Duncan no mesmo ano da Catedral faria de sua versão em português dessa música seu maior sucesso até hoje. Catedral também fez várias outras versões, inclusive um disco inteiro dedicado ao rei do Rock, chamado "The Elvis Music".






Deliverance - After Forever (cover do Black Sabbath) e Beauty and the Beast (cover do David Bowie)

Jimmy sempre teve um gosto bem curioso, que ia do metal mais porrada até o rock mais art rock possível. Assim ele chegou a coverizar artistas de new wave cristãos como Daniel Amos (Horrendous Music e Sanctuary) e Steve Taylor (On the Fritz), mas nada superou seu cover de After Forever, com direito a um incidental de Symptom of the Universe. E dá pra imaginar o caos que foi terem coverizado ninguém menos que a banda mais "satânica" do metal clássico na mente dos ignorantes. O Stryper anos mais tarde repetiria a dose, haja vista que essa música (bem como War Pigs, God is Dead?, Black Sabbath e outras da banda, dão de dez a zero em muita canção de "white metal" por aí). Não bastasse essa "afronta", Jimmy Brown e cia prepararam mais uma com o cover incrível do David Bowie, uma canção bem no nível "Jekkyl and Hyde" do saudoso "camaleão" do rock.






Resgate - All You Need is Love (cover do Beatles) e Turn Turn Turn (cover de Pete Seeger, mas mais famosa pela banda The Byrds)


A muito o Resgate não nega suas raízes musicais advindas do rock sessentista, e assim coverizaram esse clássico dos Beatles e mais uma canção épica que tornou-se junto a "Jesus is Just Alright" duas canções do mundo hippie que traziam uma mensagem genuinamente cristã, mesmo sendo criações de artistas seculares. Uma lástima que aqui no Brasil ações como essa do Resgate são tão mal compreendidas.






Sixpence None the Richer - There She Goes (cover do The La's) e Don't Dream It's Over (cover do Crowded Horse), entre outras.

O que o Catedral conseguiu aqui no Brasil o Sixpence já vinha fazendo lá fora, cruzando as fronteiras dos mercados "gospel" e "secular", e trazendo dois covers que até hoje são tão bons que as vezes é difícil lembrar das versões originais (nem tanto de Don't Dream It's Over, já que fã de anos 1980 vez por outra taca a original por aqui kkkkk). Além dessas, a SNTR já chegou a coverizar "Dancing Queen" da sueca ABBA.






Discos de covers:


Ultimatum - Lex Metallis (tem covers de bandas seculares e cristãs no mesmo canto)
Stryper - The Covering (na época que saiu deu um bafafá e até hoje tem quem diga que a banda "se vendeu" por causa desse disco, pelamor de Deus...)
Larry Norman - Streams of White Light into Darkned Corners (mágico disco com diversos covers de artistas dos anos 60 e 70 - e alguns até mais antigos - que traziam mensagens positivas e até mesmo cristãs)
The God Squad - Jesus Christ Greatest Hits (o único disco dessa banda/projeto com diversas canções de artistas seculares muito bem coverizadas)
Boarders - All Clear for Lies (Boarders começou como uma banda de covers, em especial do Megadeth, nada mais natural pra eles que um disco todo de covers)
Ted Kirkpatrick - The Doom in Us All: A Tribute to Black Sabbath (o nome já diz tudo)


Outros covers notáveis:

Holy Soldier - Gimme Shelter (dos Rolling Stones) e Gates of Babylon (da Rainbow)
Johnny Cash - Hurt (do Nine Inch Nails - aliás essa é tão boa que eu realmente demorei pra me ligar que era justamente da NIN!)
Blasterror - Aces High (do Iron Maiden)
Amy Grant - Big Yellow Taxi (da Joni Mitchell)
The 77's - Nobody's Fault But Mine (essa música é cristã do Blind Willie Johnson, mas a versão em específico que eles se influenciaram visivelmente foi da Led Zeppelin)
Stryper - Shining Star (da Earth, Wind and Fire)
Rachel Rachel - Carry On Wayward Son (do Kansas)
John Elefante and Kansas - Dust in the Wind (do Kansas)
MxPx - Oh Boy (do Buddy Holly)
Tourniquet - Oh Well (do Fleetwood Mac)
P.O.D. - Bullet the Blue Sky (do U2)
Mortal - One Tree Hill (do U2)
Point of Grace - Sing a Song (do Earth, Wind and Fire)
Possession - The Shrine (do King Diamond)
New Jersey Mass Choir - I Want to Know What Love Is (do Foreigner), You're the Inspiration (da Chicago) e Time After Time (da Cindy Lauper)
Mark Farner - Some Kind of Wonderful (da ex-banda dele, Grand Funk Railroad)
Thalyta - Certeza (versão de "Have You Ever Seen the Rain" da Creedence Clearwater Revival)
Oficina G3 - People Get Ready (cover dos Impressions)
Rebanhão - Jesus é Amor (versão de "Jesus is Love" dos Commodores)


Esses e vários outros exemplos por aí afora não mostram bandas "traindo" a fé e sim mostrando que o amor de Deus vai além de quaisquer limites, mesmo os musicais, e que isso de "secular" é pura balela que só sendo muito radical pra condenar os irmãos que fazem covers seculares ou cantam/tocam em bandas e projetos "não-cristãos". Deus ajude-nos e tire de nós toda religiosidade hipócrita.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Rob Rock




Vice, M.A.R.S., Joshua Perahia, Impellitteri, Angelica, Driver, Axel Rudi Pell, Warrior, Jack Frost, Rick Renstrom, Avantasia, Fires of Babylon, Project Aegis, Area51, Gus G., Edguy, Destinia, DawnRider, Empires of Eden, Powergod, Mistheria, Wolfpakk, Timo Tolkki's Avalon. O que todas essas bandas têm em comum? Todas tiveram, pelo menos em uma música ou uma participação ao vivo, a Voz do Metal Melódico! Rob Rock (nascido a 29/06/1959 em Orlando, Flórida, EUA - sim amigos, um cara da Flórida que não canta death metal kkkkk) é um dos maiores cantores do metal de todos os tempos, sendo requisitado em bandas as mais diversas desde os anos 1980. Nascido em lar cristão, na adolescência passou um bom tempo afastado dos caminhos do Senhor, e acabou se tornando famoso a princípio na Vice, primeira banda em que ele gravou, junto com Chris Impellitteri (também cristão e com quem voltaria várias vezes a fazer parceria musical). Na metade da década de 80 montou um projeto junto com ex-membros da banda solo do Ozzy, o batera Tommy Aldridge e o baixista Rudi Sarzo (que também tornar-se-iam cristãos posteriormente) e montaram o M.A.R.S., que é a sigla dos sobrenomes dos membros do projeto (que incluía também o guitarrista Tony MacAlpine), e o projeto até foi bem com seu único disco, Project: Driver (1986), mas a superbanda acabou quando Aldridge e Sarzo foram tocar no fenomenal Whitesnake. Rob a partir dessa situação em que se viu completamente só e sem recursos numa cidade que não conhecia ninguém, voltou-se novamente para o Senhor e nunca mais o deixaria, sempre fazendo parte de projetos e bandas cristãs a partir de então, embora sempre que podia fazendo ou participando de bandas não-cristãs também.

Diversos discos em que ele participou tornaram-se verdadeiros épicos da história do metal, como "Intense Defense" do Joshua Perahia (1989), "Angelica" da banda canadense de Dennis Cameron de mesmo nome (1989), "Answer to the Master" (1994), "Screaming Symphony" (1996) e "Eye of the Hurricane" (1997), "Until the Bitter End" do Rick Renstrom (2003), entre outros muitos projetos de metal cristão, afora sua estadia em bandas seculares como Warrior (com o The Code of Life de 2001), o Axel Rudi Pell (Nasty Reputation, 1991) e Avantasia (The Metal Opera I e II, 2001 e 2002).

Em 2000, após mais uma de suas saídas da banda Impellitteri (a mais longa, por sinal), juntou-se ao guitarrista, tecladista e produtor Roy Z (com quem tocaria nas bandas Driver e Warrior e também famoso por tocar na banda solo de Rob Halford e do Bruce Dickinson) pra fazer sua banda solo, e é ela que iremos revisitar nessa review hoje. Pela banda já passaram nomes como Rick Renstrom, Jack E. Lee, Vinnie Tex e CJ Grimmark (guitarras), Andreas Olsson (baixo), Andreas Johansson (bateria) e até brazuca já tocou com ele em 2016: Thiago Neves (baixo), Braulio Azambuja (bateria) e Marcel Ross (guitarra), que tocariam junto com Rob Rock e a fenomenal cantora Leather Leone (da clássica Chastain) no Rock Experience em RJ no dia 16/09/2016. Carismático e eternamente talentoso, Rob é figura fácil em revistas especializadas em metal, cristãs ou não, como a Roadie Crew e a Metalbreed (essa última já foi até capa!), sem dúvidas um dos músicos cristãos mais amados na cena do metal.

PRA OUVIR ENQUANTO LÊ, CLIQUE AQUI!

Single Promocional, 27/11/2000
Sim, causou expectativa em muitos. E não foi vã. Não mesmo!

Versão da Massacre Records
lançada no mesmo ano da independente
Rage of Creation (2000)

01 - In the Begining
02 - The Sun will Rise Again
03 - One Way Out
04 - Judgement Day
05 - Streets of Madness
06 - Eagle (cover do ABBA)
07 - All I Need
08 - Media Machine
09 - In the Night
10 - Never Too Late
11 - Forever

(Beautiful Lady é bônus da versão japonesa, aparece como faixa 7, e depois segue normalmente de All I Need até Forever)

Necessário frisar-se sempre que, mesmo Rob sendo cristão, e a temática cristã ser a principal meta da banda solo dele, a banda em si não é cristã, é um projeto com músicos diversos, e lembre-se sempre do Roy Z, um mestre nas guitarras, que aqui ganha como parceiro o ex-Ozzy Osbourne Jack E. Lee. Aqui a banda oficial só compoe-se do Rob, Roy e o batera "Butch" Carlson (também da Driver e ex-Jag Panzer). Com músicos convidados completando a formação, o trabalho ficou fenomenal pra dizer o mínimo. Um dos melhores trabalhos de estréia com temática cristã, com faixas incríveis, até mesmo o cover inusitado da banda de pop secular sueca ABBA. Um verdadeiro festival de clássicos aqui presente. Foi colocado na posição 36º do top 100 da falecida coluna Christian's Voice do site Whiplash.net. Heavy e metal melódico de primeira qualidade, da intro e da épica The Sun Will Rise Again até a balada Forever.

Curiosidade: A faixa-título (???) não aparece nesse disco e sim no seguinte kkkkk. Originalmente o disco deveria ter sido nomeado R.O.C.K., como um acrônimo, mas Rob desistiu porque não conseguiu uma palavra boa pro K (agora qual era a frase eu não sei aqui, se alguém souber, me manda kkkk)

KILLER TRACKS: O disco inteiro.


The Ballads 1986-2001 (semioficial, 2001)
Disponibilizado pelo próprio Rock no seu site (não sei se ainda kkkk)
Contém baladas dele cantadas no Impelliteri, Driver, Joshua, solo
e uma grande raridade, um cover de Goodbye to Romance do Ozzy

Eyes of Eternity (2003)

01 - Rock the Earth
02 - Stranglehold
03 - Eyes of Eternity
04 - The Everlasting
05 - Rage of Creation
06 - Conqueror's Hymn
07 - Fields of Fire
08 - You Know
09 - The Hour of Dawn
10 - Beautiful Lady (bônus)

(Na versão japonesa o disco começa com uma faixa chamada Bridge to Infinity, segue a ordem de Rock the Earth até The Hour of Dawn e no lugar de Beautiful Lady vem a música "Children of the Wasteland")

Continuação fantástica de um disco já fantástico, Eyes of Eternity acerta em tudo, desde a capa, fantástica, uma das melhores obras de arte do metal cristão ever (obra de Marc Sasso, responsável por capas de Dio, Cage, Adrenaline Mob, entre outras bandas de metal). A faixa de abertura ainda é uma das melhores que eu já vi na minha vida, um verdadeiro petardo, um hino ao metal (eu avisei que a banda não era cem por cento "gospel", não se espante, amiguinho, abra sua mente e pare de ser careta!). E assim esse disco segue com mais de cinquenta minutos de puro metal melódico, muito na linha dos primeiros álbuns do Stratovarius, do Queensrÿche e do Helloween fase Michael Kiske. A quantidade de músicos convidados aqui é gigantesca, 18 no total (na época Roy Z tinha saído e Rick Renstrom ocupou seu lugar na banda como guitarrista, sendo então a participação de Roy apenas como convidado), entre eles o tecladista italiano Mistheria, os guitarristas The Warlock, Gus G. (famoso por tocar na Dream Evil e na Firewind e posteriormente com Ozzy Osbourne), Jack Frost, Axel Rudi Pell, Carl Johan Grimmark (Narnia e posteriormente membro oficial da banda do Rob Rock), entre outros. Músicos com os quais o Rob chegou a cantar em suas bandas ou tocariam/tocaram com sua própria. Esse selecionado de monstros sagrados do metal e rock no disco conferiu a ele reconhecimento enorme, levando a ser colocado no 8º lugar na anteriormente citada lista da Christian's Voice do site Whiplash.net. Foi meu primeiro contato com o trabalho solo do Rob Rock, e embora eu não elenque ele entre meu top 10, é ainda um disco que me causa saudosismo e alegria em ouvir, até mesmo a épica "The Hour of Dawn" e seus mais de 12 minutos, ou a faixa-bônus, a lindíssima balada "Beautiful Lady".

KILLER TRACKS: Todas


Live in Japan (bootleg, 2004)




Holy Hell (2005)

01 - Slayer of Souls
02 - First Winds Of The End Of Time
03 - Calling Angels
04 - Holy Hell
05 - Lion of Judah
06 - I'm a Warrior
07 - I'll Be Waiting For You
08 - When Darkness Reigns
09 - The Revelation
10 - Move On (ABBA cover) 

Faixas bônus:
  1. "Ride the Wind" featuring Gus G. Guitar Solo (3:51)
  2. "Lost in a World" from Rage of Creation session (5:21)
  3. "I'm a Warrior (Alternative Mix)" (4:22)
  4. "First Winds of the End of Time (Alternative Mix)" (4:45)
Power metal que arranca muito toco, isso é o resumo da ópera de Holy Hell. O mais pesado disco da carreira solo do Rob, contando com a batera mais cabuloso que passou pela banda, Bobby Jarzomberk (famoso por passar pela banda Riot, além da banda solo de Rob Halford). É basicamente um disco "dedicado" ao diabo (numa entrevista da seção final da revista Roadie Crew, a seção Profile - só não lembro a edição, foi mal kkkk -, Rob respondeu na pergunta "disco que daria a seu pior inimigo" esse álbum - e qual o pior inimigo de um cristão mesmo?), traz diversas letras com uma pegada mais apocalíptica, além da clássica "I'm a Warrior", canção que Rob traz consigo desde o EP da Driver de 1989 e regravaria no disco "Answer to the Master" (1995) do Impellitteri, um clássico eterno sem sombra de dúvidas - essa versão tá mais próxima da versão do Driver do que do Impellitteri, incluíndo os riffs iniciais da música, mas ainda assim genial demais essa versão atualizada. Holy Hell, a faixa título, tem um dos nomes mais assustadores da música cristã (como assim "santo inferno" véi?), mas é o relato da batalha que todos travamos com nosso interior, a batalha espiritual carne vs. espírito pelo controle de nossa mente. Uma canção fora de série, bem como todas aqui contidas, e com o solo animal do Rick Renstrom, um milagre vivo esse cara - quando eu fizer a review dele falarei mais acerca disso. CJ Grimmark também se faz presente aqui, e tornar-se-ia logo membro em definitivo da banda; e os teclados do italiano Mistheria fecham com estilo o lado melódico da obra. Novamente um cover ao ABBA (o Rob deve curtir demais mesmo o quinto disco da banda sueca, o disco "ABBA: The Album"  de 1977), com a participação especialíssima de Tobias Sammet (vocalista e líder da banda Edguy e do superprojeto Avantasia) dividindo os vocais com Rob nessa faixa.

KILLER TRACKS: Já falei que provavelmente TODAS faixas de todos os discos serão Killers? Não? Tô falando agora kkkkk



Versão japonesa do disco
Garden of Chaos (2007)


01 - Garden of Chaos
02 - Satan's Playground
03 - Savior's Call
04 - This Time Is The Last Time
05 - Only A Matter Of Time
06 - Spirit in the Sky
07 - Metal Breed
08 - Millennial Reign
09 - Unconditional
10 - Ride the Wind
11 - Ode To Alexander


Quando o Rob Rock virou um membro honorário do Narnia... kkkkkk, piadas a parte, aqui a banda do Rob passou a ser toda a cozinha do Narnia (Andreas Olsson - também da Divinefire - no baixo, e Andreas Johansson - também da Wisdom Call - na bateria), além do guitarra principal da banda, o CJ Grimmark, e, claro, o Roy Z, mais a participação do mito grego Gus G, e outros músicos como o já recorrente tecladista Mistheria e a tecladista, back vocalista e artista Liza Rock (esposa do Rob), além do experiente baterista Bobby Jarzombek, agora só nas faixas 4 e 10; e mais outro timaço de artistas participando desse trampo. Pra mim o mais perfeito trabalho de estúdio do Rob, com letras bem sacadas, sonoridade e qualidade vocal indiscutíveis, produção fora de série, figura fácil entre meus discos prediletos de todos os tempos, um festival de metal neoclássico bem a lá Narnia (nada que surpreenda ninguém quando lembramos que a banda fixa toda aqui é parte integrante desta última), mas até os momentos mais "doces" do disco como Unconditional e a acústica Ode to Alexander funcionam bem demais. Aliás, essa última é uma homenagem que Rob e sua esposa Liza fizeram a seu então mais recente filho, Alexander. Um disco pra guardar na memória sempre pela qualidade irretocável.


KILLER TRACKS: Eu avisei antes né... todas, óbvio!



The Voive of Melodic Metal - Live in Atlanta (2009)
Resumão de sua carreira solo até o momento, com uma
ótima seleção de faixas de todos os trabalhos de estúdio.
Só senti falta de "The Sun will Rise Again"
Pois é, a voz do metal melódico é fantástica inclusive ao vivo!

Sampler (compilação, 2015)
Distribuído durante a tour 2015-2016 do Rob, inclusive aqui no Brasil
Um selecionado interessante, com três faixas de cada disco

Mais dedicado às bandas Driver e principalmente ao Impellitteri, Rob Rock desde 2007 não grava um novo disco de estúdio solo, embora permaneça sim em atividade na sua carreira solo, e continue com um dos vocais mais impressionantes do metal mundial. Stay heavy, Rob Rock!

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Coleção Amo Você da MK Publicitá/MK Music



Dia dos namorados... mais um! E nesse dia é sempre bom relembrar de uma das maiores coleções românticas da história da música cristã. E é claro que tô falando da Coleção Amo Você da gravadora MK Publicitá (atual MK Music). Seu primeiro volume saiu em 1995, sempre contando com faixas românticas ou sobre o amor por artistas do seu cast, e algumas parcerias ocasionais entre artistas do próprio cast ou visitantes (além de umas capas muito boas - quer dizer, algumas nem tanto assim - advindas de pinturas ou arranjos fotográficos da Marina de Oliveira). E sim, teve uma turma ligada ao rock nessas coletâneas (não em todas, mas quase sempre tem um ou outro do pop/rock presente) e até umas faixas raríssimas nesse meio. Vamos revisitar elas juntos, lembrando que a MK já disponibilizou todas elas em plataformas digitais como o Spotify, então se quiser acompanhar através DESSE LINK, vamo junto! E feliz dia dos namorados a todos os casais segundo a vontade do Pai!


Vol. 1 (1995)

01 - Cassiane e Jairinho - Razão da Minha Vida
02 - Naum - Carinho
03 - Marina de Oliveira - Amor prá Valer
04 - Edilson Maia e Elaine de Carvalho - Aliança
05 - Banda & Voz - Faz Parte de Mim
06 - Marina de Oliveira e João Marcos - Vamos Oferecer
07 - Marco Aurélio e Marina de Oliveira - Final Feliz
08 - João Marcos - Universo de Emoção
09 - Maurizete Catarina - Meu Paraíso
10 - Carlinhos Félix - Milagre de Amor
11 - Banda Rhema - Sempre Comigo
12 - Catedral - É Tão Normal Ser Feliz


Também podendo ser chamado de "Marina de Oliveira e coleção Amo Você" (kkkkkkk) haja vista a quantidade de canções que a filha dos fundadores da MK aparece, uma solo e duas fazendo dueto com o cantor pentecostal Marco Aurélio e o pop/louvor João Marcos. O staff da MK tinha muitos cantores mais "calminhos" ou pentecostais, mas já contava com uma galera mais pop/rock, desses os maiores destaques sem dúvidas vão para "Milagre de Amor" do Carlinhos Félix, que saiu em seu disco de estreia pela MK "Basta Querer" (1993), e "É tão normal ser feliz" do disco de estreia da Catedral pela MK, "Contra Todo Mal" (1994). Também destaco muito "Amor pra Valer" da Marina de Oliveira, "Sempre Comigo" da banda de black music/louvor Rhema (que viraria posteriormente a banda de reggae Rhemajireh) e "Faz Parte de Mim" do épico grupo Banda & Voz. OK, eu sei que a canção do casal Cassiane e Jairinho é a mais popular até hoje kkkkkk


Vol. 2 (1996)

01 - Rose e Marcelo Nascimento - Recomeçar
02 - Carlinhos Félix - Nós Dois
03 - Marina de Oliveira e Marcos Brito - Coração Partido
04 - Pedro e Anya Braconnot - Aliança de Amor
05 - Fernanda Brum e Emerson Pinheiro - Nos Teus Olhos
06 - João Marcos e Ana Lúcia - Seremos Um
07 - Cassiane e Jairinho - Sentimento de Amor
08 - Marcos Góes - Princesa
09 - Rhemajireh - Nosso Amor
10 - Melissa - Só o Amor
11 - Elizeu Gomes - Foi Demais
12 - Kim - Sublime Amor (versão de Jayrinho/Grupo ELO)
13 - João Alexandre e Tirza Silveira - Meu Grande Amor

A ideia desse disco chegou a ser até um pouco mais ousada, mesmo pr'aquelas épocas, ao convidar artistas de outras gravadoras, como Melissa (da Line Records) e o casal João Alexandre & Tirza (à época na Aliança Produções - embora a faixa viesse de um disco do selo "Luz para o Caminho") pra cederem uma canção deles pra coletânea. Os outros todos faziam parte do staff, incluindo aí o encontro genial dos irmãos Rose e Marcelo Nascimento, a primeira parceria de Fernanda Brum com seu esposo Emerson Pinheiro (futuro membro da Quatro por Um) e o raríssimo dueto de Pedro Braconnot (Rebanhão) - outro contratado de outra gravadora, à época na Continental - com sua esposa Anya. Essa é sem dúvidas uma das faixas mais raras da história da música cristã, um belíssimo encontro. E óbvio que aqui tem artistas mais pop/rock como Rhemajireh, Kim e Carlinhos Félix. A faixa que o Kim canta, que também apareceu no seu álbum de estreia pela MK, "Coração Aberto" (1995), foi um belíssimo resgate de uma canção do saudoso Jayro Trench Gonçalves, inclusive sendo até mais conhecida essa versão do Kim que fora a original.

CURIOSIDADE: Por um erro da gravadora, a faixa da Melissa saiu com o nome "Só Amor", tanto nas versões físicas do disco como incrivelmente na versão digital isso ATÉ AGORA não foi corrigido. Bola fora aí MK kkkkk!


Vol. 3 (1997)

01 - Marina de Oliveira - Você é Tudo que eu Pedi a Deus (declamação do poema "Amar É..." de Alberto Brizola)
02 - Cassiane e Jairinho - Mais que um Sonho
03 - Fernanda Brum - Amar Você
04 - Yerusalem - Você
05 - Kim - Por Amor
06 - Banda & Voz - Amor por Amor
07 - João Marcos - Chama do Amor
08 - Paulo Francisco e Marina de Oliveira - Amo Você
09 - Elizeu Gomes - Nosso Amor Sem Fim
10 - Léa Mendonça - Sempre Juntos
11 - Carlinhos Félix - Verdadeiro Amor
12 - Marcos Góes - Pra Sempre Amor
13 - Cristina Mel - Deus Uniu
14 - Catedral - Meio Sem Querer
15 - Édison e Telma Coelho - Eu Sou do Meu Amado
16 - Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul e Aline Barros - Essência desse Amor

Primeira das coletâneas a vir com uma música de nome "Amo Você" realmente (risos). Uma ótima compilação de canções e alguns duetos também. Minhas prediletas aqui são a belíssima canção "Amar Você" da Fernanda Brum, extraída de seu segundo álbum da carreira (e primeiro pela MK), "Meu Bem Maior" (1995), a fantástica "Amor por Amor" da Banda & Voz, "Por Amor" de Kim e "Meio Sem Querer" do Catedral, que originalmente saiu no álbum "Eterno" (1996), além da antológica "Eu Sou do Meu Amado" do saudoso Édison Coelho e sua esposa Telma. Mas todas outras canções também valem muito a ouvida.

CURIOSIDADE: Na versão digital do álbum - pelo menos no Spotify - omitiram a participação de Alberto Brizola na faixa de abertura, provavelmente por este (apresentador, poeta, compositor, ex-deputado estadual de RJ e radialista que chegou a dirigir a 93 FM - Rádio El Shadai - nos anos 1990) à época era casado com Marina, mas acabaram por se separar no início dos anos 2000, sem muitos detalhes acerca dos motivos. Ou simplesmente um erro bobo qualquer do sistema.


Vol. 4 (1998)

01 - Cassiane e Jairinho - Eternos Namorados
02 - Kléber Lucas e Marina de Oliveira - Maravilhoso Amor
03 - Léa Mendonça e Sérgio Lopes - Vem Ficar Comigo
04 - Kim - O Meu Amor por Você
05 - João Marcos e Ana Lúcia - O Amor
06 - Fernanda Brum e Emerson Pinheiro - As Cores do Amor
07 - Kades Singers - Ter Você
08 - Rayssa & Ravel - Amar, Amor
09 - Cristina Mel - Flores do Amor
10 - Eyshila - Nossa História
11 - Catedral - Amor Verdadeiro
12 - Raízes - Diva
13 - Jossana Glessa - Unidos Sempre
14 - Voices - Mi Paraíso

Admito que esse é o menos quisto dos discos da coleção pra mim, a despeito de ser o único a contar com a participação especialíssima da banda Raízes com a épica "Diva" do seu disco "Há Luz" (1996). Tirando essa faixa e "Ter Você" do Kades Singers, nenhuma aí me anima muito, nem mesmo a do Kim e a do Catedral, que estão entre as faixas mais melosas deles (kkkkkkkkkkk). A faixa "Mi Paraíso" do grupo Voices também é digna de nota, mais pelo fato curioso que o disco de onde foi extraído, o "Colores Del Amor" (1997) deveria ter sido o ÚNICO do grupo, mas o sucesso foi tamanho que - pra felicidade de todos - o grupo de cantoras da MK (à época formado por Marina de Oliveira, Fernanda Brum, Jozyanne e as irmãs Eyshila e Liz Lanne) seguiu em frente. Duas outras faixas são memoráveis: "Vem Ficar Comigo", um reencontro dos ex-Altos Louvores Léa Mendonça e Sérgio Lopes; e "Amar, Amor" dos irmãos sertanejos Rayssa & Ravel, que migravam da Som & Louvores pra MK naquele ano e tornar-se-iam parte integrante do cast mais tradicional da MK até aos dias de hoje. A canção "Flores do Amor" também é muito boa, afinal né, letra do Lenilton (ex-Novo Som e Rota 33), tinha que ser boa.



Vol. 5 (1999)

01 - Fernanda Brum e Emerson Pinheiro - Te Amar
02 - Primeira Essência - Canção do Amor
03 - Marina de Oliveira - Teu Olhar
04 - Semeando - Metade de Mim
05 - Kléber Lucas - Verdadeiro Amor
06 - Ludmila Ferber - Aliança
07 - Val Martins - Nossa União
08 - Banda & Voz - Sempre Vou Te Amar
09 - Rayssa & Ravel - Te Amo
10 - João Marcos - Brilha a Luz
11 - Catedral - Por Te Conhecer
12 - Rose Nascimento - Mil Razões
13 - Kim - O Meu Amor Por Você (DE NOVO???)
14 - Cristina Mel - Presente de Deus
15 - Kades Singers - O Melhor é Amar
16 - Alberto Brizola - O Amor (poema)

Um dos melhores discos da coleção, com uma quantidade significativa de artistas de pop e rock, como Primeira Essência, Semeando, Val Martins e Catedral, entre outros. Alguns dos artistas presentes eu nunca imaginaria nessa coletânea (pra ser mais exato tô falando mesmo da Ludmila Ferber, quando vemos que a carreira dela pós-MK e pós-Ministério Koinonya passou a ser tão voltada pro Adoração Profética que as vezes é difícil crer que ela já foi pop/louvor!). Por algum erro bem grotesco a faixa "O Meu Amor Por Você" do Kim deu as caras novamente aqui nesse volume, haja vista que ela já havia aparecido no álbum anterior. Mas ok né... Outra faixa que eu achei curiosa sua estadia aqui é "Mil Razões", faixa título do disco de 1996 de Rose Nascimento (cantada com Marcelo Nascimento), que é muito mais uma canção para Jesus do que de amor. OK, a proposta da coletânea nunca se limitou a falar do amor entre homem e mulher, mas que foi estranho foi kkkkk

CURIOSIDADE: Há uma segunda versão dessa capa no site do Kléber Lucas, vide AQUI! Achei a diagramação um tanto mal feita, mas enfim.


Vol. 6 (2000)

01 - Marina de Oliveira e Alberto Brizola - O Amor "O Dom Supremo"
02 - Oficina G3 - Perfeito Amor
03 - Voices - Por Toda Vida
04 - Kléber Lucas - Lição de Amor
05 - Raquel Mello - Meu Par
06 - Val Martins - Meu Sonho de Amor
07 - Ludmila Ferber - Nada no Mundo
08 - Kim - Grande Amor
09 - Fernanda Brum - O que Diz Meu Coração
10 - Rayssa & Ravel - O Amor
11 - Eyshila - Perfeito Como a Flor

Estreando Oficina G3 nas coletâneas - e a última com a participação de um integrante do Catedral (no caso, Kim) - Amo Você Vol. 6 acabou por se tornar o primeiro mais popular de todos que vieram antes desse, sendo um dos mais raros hoje em dia de se achar (sério). Além das popularíssimas faixas dos dois artistas citados antes, é indubitável que mais duas faixas ao menos aqui estourariam muito nas rádios: Por Toda Vida da Voices e O Que Diz Meu Coração de Fernanda Brum, além da fantástica "Meu Sonho de Amor" de Val Martins. Lembro bem que esse aqui era hour concours em eventos românticos de igrejas.

CURIOSIDADE PESSOAL: Inclusive é hour concour até na minha coleção kkkk o único dessa coleção que tenho físico. Ou melhor, minha namorada quem tem, já que dei a ela de presente.



Vol. 7 (2001)

01 - Voices - No Meu Coração
02 - Oficina G3 - O Teu Amor
03 - Fernanda Brum e Emerson Pinheiro - Nunca Vou Dizer Adeus
04 - Marina de Oliveira e Kléber Lucas - O Amor é Demais
05 - Cassiane e Jairinho - Lar Feliz
06 - Eyshila - Você Tem Direito
07 - Novo Som - Meu Sonho
08 - Marquinhos Gomes - O Amor Constrói
09 - Rayssa & Ravel - Só pra te Amar
10 - Jozyanne (à época grafado como Josiane) - Só Sei te Amar
11 - Primeira Essência - Teu Amor
12 - Marcelo e Rose Nascimento - Solução do Alto

Se você já ouviu por aí essa versão de "No Meu Coração" (canção do Novo Som do disco "Não é o Fim" de 1999) já deve ter achado erradamente ser de "Fernanda Brum & Eyshila", mas na verdade é de todo o grupo Voices, uma reinterpretação lindíssima e digna demais de nota da canção escrita pelo genial Lenilton. Além desta, temos aqui a primeira vez que "O Teu Amor" do Oficina G3 apareceu ao público - só reaparecendo como faixa-bônus do disco "Humanos" (2002) e sendo a última faixa da banda gravada pelo batera Walter Lopes até hoje. Esse disco marca também a primeira (de muitas) aparições da banda Novo Som nas coletâneas Amo Você, banda que tradicionalmente também costuma fazer ótimas canções de amor, como aliás é o caso da power ballad "Meu Sonho" do disco "Herói dos Heróis" (2000), que apesar de ser muito melosa pro meu gosto (kkkkkkkkk) faz todo sentido estar por aqui.

Mentira, eu amo essa música do Novo Som, mas não conta pra ninguém kkkkkkk


Vol. 8 (2002)

01 - Novo Som - Voz do Coração
02 - Marina de Oliveira - A Procura
03 - Voices - Nosso Amor é Lindo
04 - Brother Simion - É o Amor!
05 - Marquinhos Gomes - Nosso Amor
06 - Igreja Batista Nova Jerusalém - Dom de Amar
07 - Cassiane e Jairinho - O Tempo Não Pode Apagar
08 - Ellas - O Que Fazer
09 - Kléber Lucas - Todas as Vezes
10 - Liz Lanne - Você Chegou
11 - Rayssa & Ravel - Quem Trouxe Você
12 - Alex Gonzaga - Aprender a Perdoar

Comeaçar com Novo Som e fechar com Alex Gonzaga (vocalista desta banda) é garantia de sucesso com certeza. Apesar disso, é uma das coletâneas menos "rock", estilo que a MK começaria a amenizar na gravadora, a despeito de possuir bandas à época como Fruto Sagrado e Oficina G3 no cast, além do Brother Simion, que aqui aparece com "É o Amor!" do disco "A Volta de Johnny" (2002), último dele pela gravadora. Sem dúvidas está entre os mais vendidos pelo megassucesso "O Tempo Não Pode Apagar" do casal Cassiane e Jairinho (hour concour em diversos casamentos de cristãos no Brasil desde esse tempo até hoje), e também da tão antológica quanto "Nosso Amor é Lindo" do Voices. 


Vol. 9 (2003)

01 - Marina de Oliveira e Kléber Lucas - É tão simples ser feliz
02 - Voices - Pensando em Você
03 - Oficina G3 - Amo Você
04 - Pâmela e Alex Gonzaga - Um Verso de Amor
05 - Quatro por Um - Linda
06 - Eyshila - Meu Jeito de Amar
07 - Fruto Sagrado - Diferentes dos Anjos
08 - Cassiane e Jairinho - Pra Sempre te Amo
09 - Novo Som - Eu Tenho Você
10 - Fernanda Brum - Você Merece
11 - Ellas - O Poder do Amor
12 - Rayssa & Ravel - Meu Coração é Teu
13 - Alex Gonzaga - Meu Amor é Você
14 - Déio Tambasco - Além do que se pode ver

Outro sucesso inquestionável de vendas, o volume nove eu me lembro bem o dia do lançamento, um dia antes do meu aniversário de 15 anos, e foi anunciado no domingo, 31 de maio, com o clipe da mais famosa desse diso, mas também indubitavelmente a mais IRRITANTE canção romântica em anos, "Um Verso de Amor" de Pâmela e Alex Gonzaga. Sério, eu não consigo nem a pau ser fã dessa música kkkkkkk. Algumas novas aquisições que a MK fez entre 2002 e 2003 estrearam aqui, como Fruto Sagrado e sua fantástica "Diferente dos Anjos" (disparada pra mim a melhor canção de todos os tempos nessas coletâneas), Quatro por Um e Déio Tambasco. Aqui temos a provavelmente mais rara canção do Oficina G3, "Amo Você", só presente nessa coletânea e na seguinte, e a única canção romântica da história da banda. E se "O Teu Amor" foi a última canção gravada com Waltão na bateria, "Amo Você" foi a última com os vocais de PG, e essa nunca foi pra nenhuma coletânea ou disco do G3 até hoje, por isso mesmo tornou-se a mais rara canção. Esse é o disco que Alex Gonzaga mais aparece, uma música com o Novo Som, uma solo e "aquela lá" com a Pâmela kkkkk. O cara realmente mandou bem. E Marina de Oliveira e Kléber Lucas marcando mais um dueto na já longa parceria entre os dois. A faixa do Déio está simplesmente fantástica, uma balada muito legal de se ouvir.


Vol. 10 (2004)

01 - Marina de Oliveira - Amor pra Valer (vol. 1)
02 - Cassiane e Jairinho - Sentimento de Amor (vol. 2)
03 - Fernanda Brum - Amar Você (vol. 3)
04 - Marina de Oliveira e Kléber Lucas - Sentimento de Amor (vol. 4)
05 - Ludmila Ferber - Aliança (vol. 5)
06 - Rayssa & Ravel - O Amor (vol. 6)
07 - Eyshila - Você Tem o Direito (vol. 7)
08 - Voices - Nosso Amor é Lindo (vol. 8)
09 - Oficina G3 - Amo Você (vol. 9)
10 - Alda Célia - Poema de Amor
11 - 4/1 e PG - O Amor de Deus
12 - Pâmela - Você me Conquistou
13 - Novo Som - Um Olhar
14 - Ellas - Nenhuma Lágrima
15 - Cristiane Carvalho - Em Todo Meu Viver
16 - Marco Aurélio - Mais do que Sonhei

Coletânea que é também uma coletânea das coletâneas anteriores, pelo menos nas 9 faixas iniciais, pra marcar o primeiro decênio da coleção. Além dessas (que, vou te contar, eu não curti muito a seleção, tirando "Amar Você", "Nosso Amor é Lindo" e "Amo Você"), mais sete (e não cinco como erradamente diz na capa do disco) faixas novas, incluindo um fantástico collab entre PG (já em carreira solo à essa altura) e a banda Quatro por Um. Sinceramente eu acho que poderia ser melhorzinho esse disco de 10 anos, mas não é também um disco ruim, de forma alguma. A diagramação das capas dos discos anteriores nesse também me deixa meio apavorado, é bem estranha haha.

CURIOSIDADE: "Nenhuma Lágrima" é a música mais atípica dessa coleção, uma música de despedida pra um amor desperdiçado. Bem fora mesmo dos padrões haha


Vol 11 (2005)

01 - Voices - Baby, Amo Você
02 - Fernanda Brum e Eyshila - Canção para Minha Amiga
03 - Marina de Oliveira - Nunca Será Tarde
04 - Aline Barros - Seremos Sempre Um
05 - Kléber Lucas - Do Amor Nunca se Desiste
06 - Alda Célia - Azul do Teu Olhar
07 - Andréa Fontes - Presente de Deus
08 - Quatro Por Um - Deus Prometeu
09 - Eyshila - Segundo o Coração de Deus
10 - Léa Mendonça - Tanto Amor
11 - Bruna Karla - Melodia do Amor
12 - Cassiane e Jairinho - Você e Eu
13 - Marquinho Menezes e Lilian Azevedo - Deus Quis Assim
14 - Pâmela - Oceano de Amor
15 - Liz Lanne - É o Amor
16 - Rayssa e Ravel - Amar Você
17 - Jozyanne - Deus Descreveu

A partir desse perdi muito o interesse pela coleção. Em grande parte porque nesse período em 2005 eu estava "me convertendo ao white metal" em definitivo e não tava curtindo boa parte do que rolava no gospel, e esse disco visivelmente tem pouquíssima coisa relacionada ao pop/rock, reflexo também da diminuição crescente do interesse da gravadora pelo estilo, em especial com a saída de artistas como Brother Simion e Fruto Sagrado, o fato do Oficina G3 não mais fazer sons com essa pegada, e da diminuição das atividades do Novo Som depois da saída de Lenilton da banda. Por outro lado nesse período eu estava numa fase de negação do gospel, muito em função de uma mudança de igreja que passei e aí fiquei meio decepcionado com o movimento - aliás, nunca deixei de estar, só que parei de rejeitar tanto essa parada. É um disco bom pra apaixonados? Sim, mas é facilmente enjoativo, desculpa.

CURIOSIDADE: Primeira capa da coleção a não prevalescer tons de vermelho, algo que tornaria a ocorrer no disco 12 e só voltaria nos últimos discos (18, 19, 20, 21 e Melhores Momentos)


Vol. 12 (2006)

01 - Aline Barros - Meu Eterno Namorado
02 - Kléber Lucas - Jardim Original
03 - Marina de Oliveira - Sei que é Possível
04 - PG - Verdadeiro Amor
05 - Fernanda Brum - Um Sorriso Igual ao Teu
06 - Bruna Karla - Minha Voz e um Violão
07 - Eyshila - Eu Vou te Amar
08 - Emerson Pinheiro - Para Meu Filho
09 - Novo Som - Especial
10 - Léa Mendonça - Atitudes de Amor
11 - Marquinhos Menezes e Lilian Azevedo - Mais que Pedras Preciosas
12 - Pâmela - Coração com Coração
13 - Jozyanne - Sempre Vou te Amar
14 - Nádia Santolli - Impossível Não te Amar
15 - Marco Aurélio - Amo Você
16 - Liz Lanne - Eu e Minha Casa

Último disco da coleção em anos que eu tive vontade pra ouvir em anos. E foi mais do mesmo igual ao anterior, a exceção da faixa bem legal do PG e a homenagem linda de Emerson Pinheiro ao seu filho. Tirando isso, é um disco pouco memorável pra mim, desculpa. Esse e o anterior foram motivos claros pelo qual eu cansei dessa coleção e fui atrás de coisas mais paupáveis como Sixpence None the Richer kkkkkk


(Sei que em discos seguintes teriam músicas do Novo Som, Quatro por Um, PG, Banda Giom, Henrique Cerqueira - da Pimentas do Reino -, Melosweet e outras, mas não me encheram em nada os ouvidos pra eu achar interessante revisitar).

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Sandra Simões


Sandra Simões é uma cantora cristã de pop/rock/MPB pouco conhecida, que começou sua carreira na música cristã como uma das backvocais da Katsbarnea na sua fase original new wave junto a Claudia Bastos Makuko, tendo gravado com eles os discos "O Som que te faz girar" (1989) e "Katsbarnea/Extra" (1990). Anos após a reformulação da banda e sua saída, ela partiria para carreira solo, que não foi muito longa em número de lançamentos, mas rendeu dois fantásticos discos onde ela reinterpreta canções clássicas de cantores e bandas como Troad, Actos 2, Mingo & Rod Mayer, Armando Filho, Asaph Borba e Ministério Life, Petra, entre outros. Além de seus dois discos, ela apareceu em diversas coletâneas e trabalhos, como o disco "Calmo, Sereno e Tranquilo" de Leon Neto (2000), "O Maior Palhaço do Mundo" de Arlindo Barreto (1997), e várias coletâneas.

OBS: Não confundir com uma sambista secular de mesmo nome e também em atividade.

Pra ouvir seu trabalho, CLIQUE AQUI!


Excelente (1996)

01 - Excelente (com Tarcísio Barbosa) (Troad cover)
02 - Identificar-se (Mingo & Rod Mayer cover)
03 - És Meu Senhor (Kadoshi cover)
04 - Vou Seguindo Pela Estrada (Actos 2 cover)
05 - Se Você Chora (The Winans cover de "When You Cry")
06 - Celebraremos com Júbilo (Don & Asaph cover)
07 - Refrão da Esperança
08 - Fonte de Vida (Ministério Life cover)
09 - Tudo Entregarei (Cantor Cristão Nº 295)
10 - Minha Oração (Petra cover de "Prayer")


Uma fantástica viagem em diversos artistas da música cristã de todos os tempos. A interpretação de Sandra é muito boa, um passeio por diversos estilos, pop, mpb, black music, entre outros. A única inédita desse álbum é "Refrão da Esperança", canção de Tarcísio Barbosa feita para esse disco. Aliás, esse, que por anos foi um dos maiores compositores da música gospel, faz uma participação especialíssima dividindo vocais com a Sandra na faixa Excelente (também de sua autoria). Recomendadíssmo!

KILLER TRACKS: Excelente, Vou Seguindo Pela Estrada, Minha Oração, Se Você Chora, Identificar-se, Tudo Entregarei, Refrão da Esperança


Sementes de Oração (1998)

01 - Sementes de Oração (Jorge Camargo cover)
02 - Situações (Grupo Logos cover)
03 - Mais Perto Quero Estar (versão do Cantor Cristão, nº 283)
04 - Te Louvamos (Ministério Koinonya cover)
05 - Estar com Você (Natan Brito cover)
06 - Sou Grata, Senhor (versão de Guilherme Kerr Neto pra "Thank You, Lord" de Dan Burgess)
07 - Deus é Bom (Genésio de Souza cover)
08 - Outra Vez (Armando Filho cover)
09 - Infinitamente Mais (Ministério Life cover)

Seguindo os passos do primeiro disco, Sementes de Oração traz os mesmos elementos do disco anterior, com versões de músicos cristãos clássicos, tanto brasileiros como uma versão americana (no anterior foram duas, mas ok haha) e mais uma interpretação do HCC. Influências do charme, da mpb, blues e outros gêneros musicais se fazem presente aqui. É lamentável que um talento como o de Sandra nunca tenha atingido um sucesso maior, pois sua musicalidade, influências e vocal são incríveis. Essa versatilidade só encontra igual no Brasil com a cantora baiana Faty (que um dia também falarei nesse blog).

KILLER TRACKS: Outra Vez, Mais Perto Quero Estar, Estar com Você, Situações, Sementes de Oração, Infinitamente Mais