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sábado, 2 de março de 2019

Linha do tempo da história da música cristã (ATUALIZADA)

Essa linha do tempo foi um projeto feito por mim como ideia do meu amigo meu, Thiago Junio, e já compartilhei algumas vezes o texto original feito por mim em 2016 e depois ampliado um pouco. Nesse post vou colocar pela primeira vez o texto NA ÍNTEGRA com poucas adições. Sintam-se a vontade pra compartilhar, sempre lembrando de citar eu como "fonte primária"! God bless!!!



Linha do tempo – História da Música Cristã – Por João “Johnnÿ” Dias

Essa lista traça alguns momentos da música cristã ao longo da história, servindo como um guia básico, podendo com o passar dos anos ser ampliada para maior entendimento.

* Era pré-cristã:

- Hino da Criação (Gênesis 1) – Data desconhecida

- Primeiros instrumentos musicais: Lira e flauta de osso (Gênesis 4.21) – Data desconhecida

- Livro de Jó – Aprox. 1500 ou 1300 a.C.

- Cânticos e Salmos de Moisés e estabelecimento do ministério levítico – 1440 – 1400 a.C? Ou 1280 – 1240 a.C.?

- Cânticos de Débora e Baraque, de Joás e de Ana (Em algum momento entre 1370 ou 1200 – 1050 a.C.)

- Escolas de Profetas de Samuel, que se utilizavam de cânticos e danças cerimoniais – aprox. 1060 a.C.

- Salmos de Davi. Alguns desses salmos aparentemente tinham o acompanhamento não só de instrumentos e coros, mas também de melodias “seculares” da sua época – entre 1020? - 970 a.C.

- Salmos e os 1005 cânticos de Salomão (entre eles o mais famoso, o livro de Cântico dos Cânticos ou Cantares); organização do louvor levítico no primeiro Templo – entre 970 – 930 a.C.

- Salmos de Asafe, Hemã e Etã – entre 970 – 930 a.C.

- Salmos dos Filhos de Corá – entre 970 até possivelmente 440 a.C.

- Escolas de Profetas de Elias e Eliseu – aprox. entre 870 a 790 a.C.?

- Canções dos profetas – Entre 740 – 440 a.C.

- Cativeiro babilônico, Lamentações de Jeremias – 587 – 538 a.C.

- Reconstrução do templo e restauração do ministério levítico – aprox. 500 a.C.

- Macabeus – 166 – 66 a.C.

- Templo de Herodes o Grande – entre 37 – 4 a.C.



* Tempo de Cristo

- Benedictus (cântico de Zacarias) e Magnificat (cântico de Maria) – possivelmente 7 a.C.

- Cântico da Natividade (Lucas 2:13-14) e Nunc dimittis (Cântico de Simeão) – possivelmente 6 a.C.




* Era Cristã Primitiva e Idade Média

- Hinos e cânticos espirituais acapella – a partir de 30 d.C.

- Recomendações paulinas em suas epístolas sobre o louvor a Deus com “Salmos, Hinos e Cânticos Espirituais” - Entre 50 – 65 d.C.

- Cânticos de Apocalipse – possivelmente 90 d.C.

- Surgimento da igreja Copta no Egito, que desenvolveu uma hinologia com elementos egípcios, judaísmo e música siríaca, com címbalos e triângulo, final do século I

- Pais da Igreja – A partir do século II

- Eusébio considera o uso de instrumentos como “símbolos da graça” apenas – (entre 260-340)

- Ambrósio de Milão (Cantochão simples), 340 – 397

- Concílio de Laodiceia proíbe o uso de cânticos de leigos e restringe os cantores que deveriam cantar nas igrejas (cerca de 363 d.C.)

- Surgimento do Canto Bizantino e dos coros bizantinos e uso dos castrati (cantores castrados, por proibição de mulheres nos coros) (cerca de 400 d.C. até a tomada da Constantinopla em 1453)

- Concílio de Braga proíbe quaisquer cânticos exceto os salmos de Davi (563 d.C.)

- Surgimento do Canto Gregoriano com o Papa Gregório I, basicamente o Canto Bizantino grego transliterado pro latim (único cântico oficial da igreja entre o final do século VI até o século XVI). Sem nenhum tipo de divisão vocal, para evitar o “orgulho”.

- Registros de cânticos populares não-oficiais (durante a Idade Média em vários países)

- Francisco de Assis rompe a tradição dentro da igreja ao usar melodias seculares francesas (entre 1182 – 1226)

- Introdução do órgão nas igrejas (Século XII)



* Reforma Protestante e Era Moderna

- Renascimento (Entre os séculos XIV e XVI)

- Martinho Lutero no período da Reforma passa a utilizar cantorias seculares germânicas e letras mais simples, como Ein'feste Burg inst unser Gott (Castelo Forte é o Nosso Deus), além de utilizar o órgão e alguns outros instrumentos musicais (1517 – 1546)

- João Calvino e Louis Borgeois criam o Saltério de Genebra, com versões métricas dos Salmos e totalmente sem instrumentos ou hinos com divisões que não fossem extraídos da Bíblia. Ironicamente Borgeois teve a ajuda do poeta francês Clemente Marot, que utilizou até mesmo canções que foram feitas por ele anteriormente para o entretenimento da corte do rei francês François Ier (Francisco I), e causou inclusive sua fuga para Genebra por acusações de traição ao catolicismo (1542)

- Igrejas Suíças, Escocesas e Inglesas (de tradição Calvinista e Anglicana) proíbem o uso dos instrumentos musicais, em detrimento às igrejas Luteranas da Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca (ao longo do século XVI). Entretanto há registros de que os cristãos após os cultos reuniam-se nas casas para cantar.

- Uso dos castrati na igreja Romana (final da década de 1550 até a proibição em 1902 e a saída de Alessandro Moreschi, em 1913 da Capela Sistina)

- Início da Música Erudita (Clássica) Religiosa (Século XVI – Hoje), introdução das Orquestras (Cordas: Violino, Viola, Violoncelo, Contrabaixo e Harpa; Madeiras: Flauta, Oboé, Clarineta, Fagote e outros; Metais: Trompete, Trombone, Trompa e Tuba; e percussão: Tímpano, Gongo, Xilofone e outros; além de órgão, cravo e piano e posteriormente Sax e Violão) e dos Cantores Eruditos e Cantoras Líricas.

- Surgimento da ópera e da música Barroca. Principais expoentes: Claudio Monteverdi, Domenico Scarlatti, Arcangello Corelli, Antonio Vivaldi, Händel e J. S. Bach (Início do século XVII até 1750)

- Surgimento dos Quacres (Quakers), ou Sociedade Religiosa dos Amigos, na Inglaterra, por George Fox, com cultos não-formais onde os cânticos eram comuns (1652)

- Nasce Isaac Watts, pai do Hino Inglês (17 de julho de 1674) e criador do Saltério Métrico de 1719 e de cânticos como “Behold the Glories of the Lamb”, um de seus mais de 750 hinos com linguagem mais popular e cristã do que os salmos métricos da tradição anglicana de sua época.

- Nasce Philip Doddrige, (26 de junho de 1702), um dos maiores seguidores do movimento cristão não-conformista, e escritor do hino “Oh Happy Day”, sendo esse um marco da música cristã até os dias atuais.

- John Newton, poeta inglês, cria a música “Amazing Grace”, até hoje o hino mais conhecido da cristandade protestante, e uma das músicas mais regravadas do universo. (1779).

- John e Charles Wesley, após uma fabulosa experiência espiritual em 24 de maio de 1738, começam a realizar pregações em praças e salões, sempre acompanhados de música, instrumentos musicais e os primeiros hinos propriamente considerados evangelísticos da história da igreja, como “O Dia de Descanso e Júbilo”, que usava como melodia a canção popular de campos de cevada “Mendebras”, e “Roll, Jordan, Roll” (1738 – 1791).

- Início da chamada Música do Período Clássico ou Classicismo, mais inspirada nos modais gregos e um retorno ao Renascimento e apelo à estética e racionalismo. Principais expoentes: Franz Haydn, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig von Beethoven (entre 1750 a início do século XIX).

- Surge a era Romântica na música clássica, com mais ênfase na emoção dentro da arte do que da estética. Principais expoentes: Beethoven, Verdi, Johann Hummel, Nicoolo Paganini, Johannes Brahms, Tchaikovsky, Joseph Strauss, Chopin, Liszt, Schubert e Richard Wagner, esse último importantíssimo no surgimento da era moderna da música (1815 – Início do século XX).

- Surgimento das primeiras Work Songs feitas por escravos negros estadunidenses (ao longo do século XIX)

- Fanny Crosby, cantora e compositora estadunidense e cega, conhecida como a rainha da música evangélica, começa seu trabalho musical (1844-1915).

- Publicada na revista mensal estadunidense The Atlantic a canção “Battle Hynm of the Republic”, aqui no Brasil chamada “Vencendo Vem Jesus”, inspirada em uma canção popular dos trabalhadores dos campos norte-americanos do início do século XIX, como uma canção patriótica em meio à Guerra da Secessão Norte-Americana (fevereiro de 1862)

- William Booth funda o Exército da Salvação, grupo humanitário e evangelístico existente até os dias de hoje, utilizando muitas canções populares em detrimento da tradição sacra (1865). A partir de 1879 eles passaram a utilizar palmas, pandeiros, tambores, gritos de “aleluia” e outros instrumentos nos louvores dos cultos, que se tornaram importantes no pentecostalismo e para a criação de bandas e conjuntos no futuro.

- Igrejas de tradição Presbiteriana começam a liberar o uso do órgão nas igrejas (1866).

- Primeira coleção de work songs é publicada por William Francis Allen, Charles Pickard Ware e Lucy McKim Garrison (1867).

- Surgimento dos Spirituals e do Godspell (Gospel), popularizado pelo cantores negros do Quarteto Apollo Jubilee (cerca de 1870).

- Dwight L. Moody, o maior evangelista do século XIX, e seu companheiro musical, o compositor Ira D. Sankey, criam várias das “Canções de Testemunho” (Gospel Songs), muito utilizadas em campanhas evangelísticas deles, com todos os lucros do hinário criado por eles destinados ao sustento de escolas de Northfield, em Massachusetts, EUA (entre 1873-1899).

- Em Michigan é criada a Battle Creek School, dando origem à rede de Educação Adventista, responsável pela formação de vários quartetos e grupos musicais clássicos dos adventistas (1875).

- Uso do piano nas igrejas luteranas começa a ser liberado, e a partir daí em outras igrejas (final do século XIX).

- Church of God in Christ, fundada pelo bispo Charles Harrison Manson, uma igreja de negros que utilizava os instrumentos como parte da adoração a Deus e a busca do Espírito Santo, é fundada em Memphis, Tenessee (1885).

- Primeiras gravações musicais de grupos cristãos, como Standard Quintette e Dinwiddie Colored Quartette (entre 1890 a 1902).



* Início do Século XX até os anos 60

Nesse século surge a chamada Música Erudita Contemporânea, com o Impressionismo, Expressionismo, Modernista, Pós-Modernista e a Música de Vanguarda – elétrica, eletroacústica e concreta, com expoentes como Debussy, Maurice Ravel, Carl Orff, John Cage e Karlheinz Stockhausen. Entretanto, é notório o distanciamento praticamente total dos grandes compositores dessa fase com a religiosidade, em especial a religiosidade cristã. Sendo assim, a música chamada Popular nesse século acaba tomando uma importância muito maior dentro da cristandade.

- Haydn Quartet grava a canção "Rockin' and rolling in the arms of Moses", primeira citação do termo "rock'n'roll na música, antes mesmo de virar estilo musical ou ser citada por Ella Fitzgerard em 1936. Foi regravada pelo Camp Meeting Jubilee em 1916. (1902 ou 1904, não ficou claro o ano exato).

- Avivamento na Azuza Street, Los Angeles, California, liderada por William J. Seymour, que influenciou o movimento pentecostal no mundo todo, além de vários compositores pentecostais, inclusive os que aparecem na Harpa Cristã (entre 9 de abril de 1906 à aproximadamente 1915).

- George Went Hensley, o mais conhecido ministro da Church of God em Cleveland, Tennesee, começa seu serviço na obra. Em seu ministério, começou-se pelas igrejas que ele passou, a se utilizar da música country dentro das igrejas (1915).

- Billy Sunday e sua esposa Nell, juntamente com alguns músicos, em especial Homer Rodeheaver e Virginia Asher, começam uma enorme campanha evangelística nos EUA, usando a música como uma das armas evangelísticas (1917).

- Thomas Andrew Dorsey cria a expressão “Música Gospel”, que passa a designar o estilo musical feito pelos negros a partir de então, substituindo a expressão “Música de Evangelismo” (1920).

- Blind Willie Johnson realiza suas gravações, alternando entre o gospel e o blues, tornando-se um dos mais influentes músicos de todos os tempos para inclusive artistas seculares, com músicas como “Keep Your Lamp Trimmed & Burnin'” e “Nobody's Fault But Mine” (1920-1930).

- Washington Philips começa sua curta carreira, utilizando um raro instrumento chamado dolceola como seu acompanhamento (1927-1929).

- Surge o Blues Gospel, por Thomas Andrew Dorsey, bastante executado nos tempos da Depressão Norte-Americana (anos 30).

- Joshua Daniel White, também conhecido em gravações seculares de blues como Pinewood Tom, Tall Tom e Tippy Barton, começa a realizar gravações de gospel e spirituals (1932). Em 1939 ele forma seu primeiro grupo gospel, que chegou a cantar para o então presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. O motivo de usar pseudônimos em gravações de blues é devido ao preconceito e
não-aceitação na época de artistas cristãos gravando esse estilo musical.

- Reverendo Gary Davis começa a sua carreira, trazendo várias canções ao longo dela, muitas com influências do blues, como “Great Chance Since I've Been Born” e “Lord I wish I could See” (1935).

- The Blue Chips foi o primeiro grupo conhecido a fundir jazz com gospel, e realiza sua gravação (1936).

- Mahalia Jackson começa a sua vida como cantora fora da igreja, tornando-se a rainha da música Gospel acompanhada do músico Thomas A. Dorsey (1937-1972).

- Presbítero Charles Beck torna-se um dos mais importantes pregadores itinerantes da Church of God in Christ, sendo ativo entre o período da Segunda Guerra Mundial até 1956, quando gravou seu último álbum, e posteriormente sua família fundaria o grupo de R&B The Beck Family, e serviria de inspiração para vários artistas que posteriormente vieram da Church of God in Christ. (aprox. 1939-1956).

- A dupla de irmãos Ira e Charlie Louvin formam a dupla de country gospel The Louvin Brothers, uma das mais famosas do gênero (1940 – 1963).

- Sister Rosetta Tharpe, esposa do pastor Thomas Thorpe, faz sua primeira gravação a outubro de 1940, causando furor pela sua mistura de música popular com música sacra. Seu ministério musical antecipou o rock'n'roll, em especial com a música "Strange Things are Happening Every Day" de 1944, a primeira música gospel a ir pro top 10 da Billboard. Faleceu em 09/10/1973 e em 13 de dezembro de 2017 recebeu o reconhecimento do Rock and Roll Hall of Fame como uma das precursoras do gênero e influenciadora de vários artistas (em 2007 ela já havia sido incluída no Blues Hall of Fame).

- De uma fusão de gospel, R&B, country e pop norte-americano clássico, surge o rock'n roll, um dos maiores fenômenos musicais de todos os tempos. Vários dos expoentes do rock dessa época tiveram uma formação cristã, e alguns chegaram inclusive a gravar álbuns gospel, como Elvis Presley, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, B. B. King, Pat Boone e Little Richard (1951? ou 1954?).

- Surge a soul music, com principais expoentes Ray Charles, Aretha Franklin e James Brown, bastante influenciada pelos spirituals e gospel music (início dos anos 1960).

- Entre os anos 1950 e meados dos 1960 praticamente toda a cristandade considerava o rock e o soul ritmos “perigosos”, e assim surgiu a ideia de que seriam “do diabo”.


* Música Cristã Contemporânea (CCM)

- Surgem grupos como A Man Dies, The Crusaders e Sons of Thunder, primeiros grupos a quebrar com os paradigmas musicais dentro da igreja, bem como Ralph Carmichael, chamado por alguns como o “pai do rock cristão”, e criador de diversas canções com arranjos e letras contemporâneas, juntamente com o cantor George Beverly Shea (final da década de 1950 em diante).

- Surge o quarteto The Imperials, um dos mais importantes da era contemporânea da música cristã, tendo feito turnês inclusive com Elvis Presley (1964 – hoje).

- O filme The Restless One, feito pelo evangelista Billy Graham, utiliza canções de um musical de Ralph Carmichael como trilha sonora, sendo a primeira vez que as canções cristãs contemporâneas passam a ser utilizadas dessa forma para evangelização (1965).

- É fundada a Igreja do Calvário (Calvary Chapel) pelo pastor Chuck Smith, a precursora do Movimento de Jesus (1965).

- Surgem os grupos The Sound Generation e Mind Garage, os primeiros grupos considerados Jesus Music da história, dentro do chamado Movimento de Jesus. O primeiro era mais folk rock, o segundo, mais voltado para o rock psicodélico (1967).

- Edwin Hawkins com seu grupo vocal lança "Oh Happy Day!", rearranjo de um cântico do século XVIII de Phillip Doddridge, tornando-se um dos maiores clássicos da música cristã, regravado diversas vezes a partir de 1969, quando explodiu mundialmente e vencendo em 1970 o Grammy de melhor soul gospel daquele ano. (1967).

- Nascido de estilos como o ska, o rocksteady, nasce na Jamaica a "regi", a "música do rei", ou reggae, pelas mãos de membros do rastafarismo principalmente (como Bunny Lee, Bob Marley e Pete Tosh). Posteriormente influenciaria o grupo Christafari e outros do gênero. (1968).

- Andrae Croach começa o grupo The Disciples, um dos mais revolucionários de black music norte-americano (1968).

- Larry Norman, egresso da banda People!, grava o disco Upon This Rock, considerado o primeiro registro completo de rock cristão da história, com influências de folk rock, rock psicodélico e rock britânico, causando polêmica nos meios cristãos da época (1969). Nesse ano também surge a banda Love Song, originalmente uma simples banda de southern rock, mas que após 1970 tornar-se-ia também uma banda cristã com a conversão de seus integrantes. Na Inglaterra surge a banda Gospelfolk, uma das primeiras do gênero na Europa.

- Surge o Dove Award, premiação criada pela Gospel Music Association para premiar artistas cristãos dos mais diversos estilos (1969).

- Mylon LeFevre, advindo de uma família de músicos de gospel tradicional chamada The LeFevres, lança seu disco Mylon, trazendo influências de rock e gospel. Anos mais tarde ele se distanciaria do Evangelho, e mesmo falando de Cristo em seus shows, só voltaria para Cristo em 1979, posteriormente fundando o grupo The Broken Hearts (1970). Nesse ano também surgiram artistas como Bruce Cockburn, Infinity Plus Three (de onde viria Mark Heard)

- 1971 surgiram os primeiros registros de artistas como Randy Matthews, Randy Stonehill, Glass Harp (de onde viria o guitarrista e cantor Phil Keaggy) e vários outros, dentro da Jesus Music. Nesse ano as revistas americanas Look e Time fazem matérias sobre o movimento de Jesus.

- Chega aos cinemas A Thief in the Night, o primeiro de uma série de quatro filmes do diretor Russell S. Doughten (conhecida aqui no Brasil como “Um Ladrão na Noite”), sobre as profecias do Apocalipse e da volta de Cristo. Incluindo nesse filme em sua trilha sonora a música “I Wish We'd All Be Ready”, do álbum Only Visiting this Planet de Larry Norman, o mais importante de sua longa discografia, com a também clássica “Why Should the Devil Have All the Good Music?”. Considerado o segundo mais importante disco da história da CCM pela CCM Magazine anos depois (1972)

- Década de 70: Surgimento de organizações religiosas alternativas, como a Jesus People USA, Sojourners e a Family of God, muitas voltadas ao movimento de Jesus e à evangelização de hippies e outros membros da contracultura. Nesse período houve importantes registros de artistas outrora seculares, como Barry McGuire, Cliff Richards, Eric Clapton, B.J. Thomas, Pat Boone e Bob Dylan, dentro da fé cristã. Também surgiram vários artistas dentro dessa visão, como as bandas Petra, Agape, All Saved Freak, Servant, Daniel Amos, Salvation Air Force, Sweet Comfort, Ressurrection Band, 2 Chapter of Acts, Dallas Holm and Praise, entre outras, além de cantores como Malcolm and Alwyn, DeGarmo and Key, Michael and Stormie Omartian, Nancy Honeytree, Keith Green, Phil Keaggy, Talbot Brothers e outros, só nos EUA. No Canadá surgiu o grupo Deliverance (similar à Bee Gees fase disco, nenhuma relação com outro grupo de mesmo nome de thrash metal). Na Europa surgiram grupos como Jerusalem, Vatten (ambos da Suécia) e Ishmael and Andy, The Predators, Crowd Control (uma das primeiras de rock gótico) e Narnia (todas da Inglaterra, a última sem correlação com outra posterior de metal neoclássico da Suécia). Alguns desses grupos formariam o chamado “Christian Rock” e outros foram importantes no surgimento de outros subgêneros como o christian metal e o christian punk e o christian gothic.

- Vários missionários passam a adotar em países africanos em que estão trabalhando músicas das etnias locais, abrindo um novo leque de sonoridades para a música cristã.

- Surge a CCM Magazine, importante publicação da música cristã contemporânea nos EUA (julho de 1978). Uma das raras publicações a juntar artistas “seculares”, mas com letras espiritualmente cristãs, em suas matérias e inclusive listas, como a lista dos 100 Maiores Álbuns da Música Cristã Contemporânea feita em 2001 por Thom Granger, e que colocou em suas fileiras discos de Mark Heard, Tonio K., Leslie (Sam) Phillips, U2, Bruce Cockburn, entre outros.

- Anos 80: Década importante pelo surgimento de subgêneros como Christian Metal (vulgarmente chamado de White Metal), com bandas como Stryper, Messiah Prophet, Saint, Whitecross, Bride, Vengeance Rising, Sacred Warrior e Barnabas. Também surgiram os primeiros expoentes do chamado Christian Punk, como Altar Boys, The 77's, Nobody Special, Lifesavers Underground, Scaterd-Few, The Crucified, The Lead e No Longer Music. Surgem também as primeiras bandas de música alternativa, como Adam Again, Vigilantes of Love e Steve Taylor. Stephen Wiley e McSweet dão origem ao Christian Hip Hop, estilo também explorado por Carman. Donald Hustad, na contramão de muitos pregadores da época, como David Wilkerson, Bob Larson, Jimmy Swaggart e Jerry Falwell, escreve
Jubilate!: Church Music in the Evangelical Tradition em 1981, mostrando a possibilidade do uso da CCM nas igrejas, e também o uso dos ritmos tradicionais dos países africanos para os evangelizar. Surge a igreja Sanctuary International, a primeira voltada para o público punk/metal, criada pelo pastor Bob Beeman. Surge a Christafari, um dos primeiros projetos de reggae REALMENTE cristão e não rastafari. Na África do Sul surge o The South African Gospel Singers, um dos primeiros do continente, com um estilo que funde Jazz, Rumba, Salsa e ritmos africanos.

- Anos 90 - 2000: Amplificação da cena, com mais rádios cristãs, algumas com dificuldades em inserir alguns artistas “fora dos padrões”, como Amy Grant e Michael W. Smith, entre outros que caminhavam entre dois mercados (cristão e secular). O surgimento do som “crossover” (fora da caixa), com artistas como Jars of Clay, Mortal, Fold Zandura, P.O.D., Sixpence None the Richer, King's X e Derek Webb. O nascimento do “rock worship”, com artistas como Sonicflood, Switchfoot, Third Day, Hillsong United, Delirious?, entre outros. Bandas mais diferenciadas, como dC Talk, Newsboys e Family Force 5, quebram as barreiras de estilos musicais. No cenário mais underground surgem bandas mais extremas, como Paramaecium (doom metal), Mortification e Crimson Thorn (death metal), Horde e Antestor (“un”black metal), Living Sacrifice, Underoath e As I Lay Dying (metalcore), Vomitorial Corpulence e Vomitous Discharge (grindcore), além de bandas de industrial metal (Circle of Dust, Argyle Park), power metal (Lightmare, New Eden, Jacob's Dream, Seventh Avenue e Haven), progressive metal (Sardonyx, Recon, Teramaze), sinfônico (HB), gótico (Saviour Machine, Virgin Black, Ashen Mortality), neoclássico (Narnia), nu metal (Disciple), alternative metal (Precious Death), avant-garde/post-metal (Kekal) e outros gêneros, como punk e hardcore (Headnoise, Callous, No Innocent Victim, Lust Control), post-HC (Stavesacre, Blindside) e grunge (GS Megaphone).





NO BRASIL

Do “Descobrimento” até o século XIX

Aparentemente nesse período, de superioridade da Igreja Católica, a música cristã no Brasil é mais formada pelo Canto Gregoriano, com algumas exceções, boa parte delas descritas abaixo:

Século XVI: A carta Diálogo sobre a conversão do gentio do padre Jesuíta Manuel de Nóbrega, é considerada o primeiro texto lírico feito no Brasil. Estabelecimento da igreja católica no Brasil de maneira formal.

1554: Hans Staden, alemão, cronista, primeiro protestante a pisar em terras brasileiras, é apanhado por índios tupinambás, e para não ser morto e devorado em um ritual antropofágico, por nove meses passou a cantar vários salmos e cânticos, como o Salmo 130 (Das Profundezas Clamo a Ti, Senhor), musicado por Martinho Lutero. Os índios, encantados pela melodia, sem entender as letras, pediram a ele para traduzir. Sendo esse o primeiro registro de evangelização protestante no Brasil.

De 07/03/1557 à 1567: Presença francesa em Rio de Janeiro, realização do primeiro culto protestante em terras brasileiras a 10 de março de 1557, com o entoar do Salmo 5 musicado conforme o Saltério Huguenote.

Década de 1560: O padre jesuíta José de Anchieta faz as primeiras obras dele, algumas de suas poesias com elementos da cultura tupi, inclusive na linguagem e idioma deles.

De 1630-1654: Presença holandesa em Pernambuco. Nesse período foram fundadas aproximadamente 22 congregações da Igreja Reformada, a princípio sob a juridição do Presbitério de Amsterdã, cantando os hinos de tradição protestante holandesa, além da fundação de sinagogas judaicas.

Meados do Século XVII – todo o século XVIII – Predominância absoluta da tradição católica.

Cerca de 1690 – O “Boca do Inferno” Gregório de Matos escreve alguns poemas de contrição, como “A Cristo N. S. Crucificado” e supostamente “Buscando a Cristo”.

10 de fevereiro de 1810 – O então príncipe regente D. João (futuro D. João VI de Portugal) assina o Tratado de Aliança e Amizade e Comércio e Navegação, que permitiu aos ingleses e alemães realizarem cultos anglicanos e luteranos no Brasil a partir daí.

1820 – Imigrantes prússios (alemães) fundam a cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, onde estabelecem o culto luterano no Brasil.

Ao longo do século XIX – Vários compositores cristãos e protestantes fizeram hinos no Brasil.

1858 – Igreja Congregacional no Brasil

1861 – Surge a coletânea “Salmos e Hinos”, pelo casal Robert e Sarah Kalley, fundadores da Igreja Evangélica Fluminense, a primeira igreja evangélica brasileira a cultuar em português.

1862 – Igreja Presbiteriana no Brasil

1864 – Fundação do jornal Imprensa Evangélica, pelo presbiteriano Ashbel Green Simonton.

1871 – Igreja Metodista e Batista no Brasil

1876 – Criada a coletânea “Hinos e Cânticos”

1890 – Igreja Episcopal no Brasil

1891 – Surge o clássico hinário “Cantor Cristão”, com apenas 16 hinos em sua primeira edição. Em 1921, em sua 17ª edição, já contava com 571 hinos, a maioria de autoria de Salomão Luiz Ginsburg, editor original da obra. Até hoje é o hinário oficial das Igrejas Batistas brasileiras, editado pela Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP) e posteriormente pela Editora Geográfica.



* de 1900 - 1959

Início do século XX – Primeiros compositores pentecostais no Brasil, como José Rodrigues, Maria Antônia Nobre, Sylvio Brito, Frida Vingren, Almeida Sobrinho, Adriano Nobre de Almeida, Manoel Hygino de Souza, Paulo Leivas Macalão, Gunnar Vingren, Antonio Torres Galvão, Samuel Nyström, Emílio Conde e muitos outros.

1901 – José Celestino de Aguiar e sua família e a do Reverendo Bellarmino Ferraz, para gravar num coral a quatro vozes a música “Se nos cega o sol ardente” do “Salmos e Hinos”, num disco de gramofone, em São Paulo – SP.

1902 – José D'Araújo Coutinho Junior, de São Paulo dos Agudos – SP, gravou num cilindro de fonógrafo uma música de coral.

1912 – A Igreja Evangélica Fluminense lança seis discos de dez polegadas com hinos do “Salmos e Hinos”. Ao longo dos anos lançariam vários discos de 78 rpm, inclusive pela RCA/Victor.

1915 – A Primeira Igreja Presbiteriana do Rio lança pela Odeon (atual EMI) um disco de gramofone de dois lados, com quatro músicas do “Salmos e Hinos”, com Thereza Deslandes Guimarães no harmônio e acompanhamento da banda Odeon.

1921 – Surge o “Cantor Pentecostal”, primeiro hinário pentecostal no Brasil.

1922 – Organizado o hinário mais clássico das Assembléias de Deus e igrejas pentecostais no Brasil: a Harpa Cristã, com hinos de vários compositores brasileiros, suecos e americanos.

26/05/1929 – Primeiro programa evangélico numa rádio brasileira, a Rádio Club do Brasil, Rio de Janeiro – RJ, pelo reverendo Rodolfo Hasse, da igreja luterana.

1931 – Surge o Psaltério Pentecostal, que auxiliou na ampliação da Harpa Cristã, com o trabalho de Gunnar Vingren, o missionário Samuel Nyström e o pastor Paulo Leivas Macalão. Nesse ano começam várias transmissões de programas evangélicos em rádios, muitos transmitindo músicas evangélicas.

1937 – A Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) imprime a primeira versão da Harpa Cristã com música.

1945 – Feliciano Amaral grava o possível primeiro compacto evangélico brasileiro, com as músicas “Adeus” e “A Voz de Jesus”, como um presente para sua noiva Elza Rocha, porém o compacto se perdeu num naufrágio no rio Tocantins em janeiro de 1946.

1946 – Carlos René Egg lança seu primeiro disco de 78 rpm, com as músicas “O Brasil para Cristo” e “Jesus, o Bom Pastor”.

1948 – Fundado o Departamento de Rádio e Gravações do Serviço Noticioso Atlas, ou gravadora Atlas, no Rio de Janeiro – RJ, a primeira gravadora evangélica no Brasil, que inaugurou com o segundo compacto de Feliciano Amaral.

1950 – Surge a gravadora CAVE (Centro Áudio-Visual Evangélico), em São Paulo – SP.

1957 – Fundada a Louvores do Coração, de Jônathas de Freitas, São Paulo – SP.

1958 – Lançados os primeiros Lps evangélicos: “Boas Novas” de Luiz de Carvalho, e “Os Céus Proclamam” e “Folclore Internacional – Alegria de Natal” da Caravana Evangélica Musical (CEM).

Fevereiro de 1959 – Fundada a gravadora secular Califórnia, por Mário Vieira. Foi uma importante gravadora para divulgação de artistas evangélicos.

1959 – Jornal Louvor Perene, o primeiro voltado para música sacra.



* Início da era vinil (1960 – 1970) – Surgimento de artistas por ano

Nessa década prevalece a música sacra formada por marcha, guarânea e valsa, além de coral a capella. Com raros casos de artistas com influência sertaneja (Curió e Canarinho), country (Trio Alexandre), bossa nova (Silvinho) e pop (VPC).

Anos 60 – Luiz de Carvalho traz para a igreja o uso do violão, considerado um escândalo na época.

196? - Silvinho, Conjunto de Gaitas e Violões de Osasco

1961 – Publicado o livro “Música Sacra Evangélica no Brasil”, pela editora Kosmos, escrito pela professora Henriqueta Rosa Fernandes Braga.

1963 – Arautos do Rei, Curió e Canarinho, Vitorino Silva

1965 – Sara Araújo, Trio Alexandre

1966 – Novo Alvorecer, Edgar Martins

1967 – Otoniel e Oziel

1968 – Lula Batista, Florisval Salvador, Movimento Jovens Livres (futuro Cristocêntrico), Jovens da Verdade, Os Cantores de Cristo.

Março de 1968 – Surge a primeira equipe dos Vencedores pro Cristo, fundada pelo pastor americano Jaime Kemp como parte da SEPAL (Serviço de Evangelização para a América Latina).

1969 – Antonio Bicudo, Josely Scarabelli, Ozéias de Paula

* Precursores da música cristã contemporânea no Brasil (1970 - 1989)

Os anos 70 e 80 marcam pelo início de artistas que romperam com as barreiras do tradicionalismo. Alguns marcos serão colocados aqui ao longo desse capítulo.

197? - Eliezér Rosa, Creuza de Oliveira, Cícero Nogueira, Ziran Araújo, Jair Pires, Edilson e Telma, Novas de Alegria, Jacira.

1970 – Elson Rodrigues (que foi alvo de polêmicas pelo seu disco de estreia, “Vitória em Cristo”, possuir a música “Visão do Sinal da Besta”, devido ao nome “besta”), Banda Exodos (primeira banda de rock cristã conhecida no Brasil), Josué Barbosa Lira, Conjunto Sonoros, Trio Maranata

1971 - Os Atuantes, Zilanda Valentim

22 de setembro de 1971 – Fundação da Comunidade S8, igreja conceito importantíssima para a época, ligada ao universo hippie e contracultura da década, tendo feito discos na década como “O Rio das Águas que Saram” (1977), “Quem deseja ser criança” (1978) e “O que vira!” (1979) com sonoridade entre o rock psicodélico e progressivo.

1972 – Padre Zezinho, Jorge Araújo, o revolucionário álbum “Drogas Matam” do Jovens da Verdade, Triumpho

1973 – Nicoleti, Coral Jovem de São Paulo (que gravariam uma opera rock americana em versão brasileira, “Vida”, de Otis Skillings - “Life” no original), Os Ligados, Os Meninos de Deus (posteriormente rejeitados devido práticas controversas e heréticas), Tenente Rubens de Oliveira.

28 de novembro de 1973 – Na Veja Nº 273 sai uma matéria sobre um evento ecumênico chamado Semana da Oração, promovida pela Associação Cristã dos Moços (ACM), com a participação de grupos como os Jovens da Verdade e a Banda Exodos.

1974 – Grupo Elo (Formado pelo maestro estadunidense Dick Torrans, Paulo Cesar da Silva e Jayro Trench Gonçalves – Jayrinho, fazia um som que utilizava o pop americano como influência). Lançamento de um dos maiores discos da época: “Viagem” do Jovens da Verdade, com sonoridades entre a MPB e o rock.

1975 – Cecília de Souza, Denise Cardoso, Wolô. Fundada a Bompastor, por Elias de Carvalho, a mais tradicional gravadora cristã no Brasil.

1976 – Fundada a Editora Musical e Literária Elo e a Revista Elo. Embaixadores de Sião (primeiro grupo de Jovem Guarda cristã em Pernambuco), Francisco Rossi, Jovens em Cristo, Luiz Artur, Nelson Ned,

17 de novembro de 1976, na Veja Nº 428 sai uma matéria chamada “Rock Proscrito”, em que falava da saída da banda Exodos da igreja Batista de Vila Bonilha. Poucos meses depois a banda acaba, sem deixar registros sonoros na época, só na década de 2000.

1977 – Cades Barnéia, Domingos Costa, José Carlos, Som Maior, o maior disco da música cristã brasileira, “De Vento em Popa”, do VPC, com ritmos como bossa nova e samba.

1978 – Don Stoll e Asaph Borba (Don & Asaph), Quarteto Harmonia Celeste, Shirley Carvalhaes, Voz da Verdade, Actos 2.

1979 – A Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) começa um trabalho de revisão na Harpa Cristã, só concluído em 1992. Lançado o K7 “Rebanhão” de Janires Magalhães Manso, o mais revolucionário trabalho da década. Estreia de Adilson Lopes.

Cerca Anos 80 – Surge a primeira versão do hinário Louvores do Reino, usado até hoje na Igreja Universal do Reino de Deus, com cânticos de várias origens, desde a Harpa Cristã até cantores da gravadora Line Records ou de outras fontes. Em 2009 surgiu a 4ª Edição, com 213 cânticos.

198? - Comunidade Zona Sul, Grupo Órion, Novo Reino, Josué Rodrigues, Artecristã, Sinal Verde.

1980 – Cristiane Carvalho

1981 – Poly e sua Guitarra Havaiana, Cassiane, Edson e Tita Lôbo (o disco “Novidade de Vida” revolucionou com a participação de grandes nomes da MPB, como João Donato, Toninho Horta e Danilo Caymmi), lançado “Mais Doce que o Mel”, do Rebanhão, o mais clássico disco de rock cristão brasileiro. Apareceram também nesse ano Josué Barbosa Lira, Grupo Logos

1982 – Álvaro Tito (primeiro cantor na linha black music no Brasil), Asaph Borba e Grupo Life, Grupo Café, Comunidade da Graça/Adhemar de Campos, Eliã (primeira a investir na disco music), Grupo Pescador/João Alexandre, Grupo Semente/Sérgio Pimenta, Wesley & Marlene, Pedra de Esquina (primeira de heavy metal cristã no Brasil). Surge o programa “Música Viva”, apresentado pelo pastor Paulo César “Graça e Paz” na Rádio Boas Novas AM de RJ, importante veículo de divulgação de grupos alternativos como Rebanhão, Banda Fé e Maurão.

1983 – Ed Wilson

1984 – Abi Cristal, Grupo Águas, Martin Lutero (introdutor do ritmo GOSPEL – o norte-americano – no Brasil), MILAD/Água Viva (grupo itinerante com vários músicos e compositores, chegou a contar com um conjunto de percussão completo nos anos 80, para desespero de muitos conservadores).

1985 – Jessé, Altos Louvores, Banda & Voz (precursora da black music cristã no Brasil), Expresso Luz/Carlinhos Veiga, Igreja Batista do Morumbi/Guilherme Kerr Neto, Novo Som, Prisma Brasil, Semeando, Sinal de Alerta, Raízes, J. Neto. Lançado o “Janires e Amigos”, primeiro disco ao vivo da música cristã no Brasil. Surge a banda Turma do Barulho, um dos primeiros grupos infantis da música cristã brasileira.

1986 – Surge o Hinário Luterano, com várias canções tradicionais luteranas desde a reforma até a Guerra dos 30 Anos e alguns hinos dos EUA do século XIX. Abe Hunter, Banda Azul, Carlos Sider, Complexo J, Grupo Cristo Salva (primeiro grupo da igreja do “Tio Cássio”, berço do Rebanhão e do Oficina G3), Legenda (que em 1988 seria a primeira banda cristã a lançar pela Som Livre, com o disco “O Dia Final”), Marina de Oliveira, Thalyta, Louvor, Art e Cia, Orquestra Cristã de Brasília (OCBRASS). Surge a MK Publicitá (futura MK Music), que até os dias de hoje é a maior gravadora cristã no Brasil.

1987 – Catedral, Oficina G3, GERD (Grupo Encontro Real com Deus), Grupo Musical Formosa/Som de Paz, Maurão, Quarteto Alfa, Quarteto Vida, Servos, Banda Rara, Martíria.

1988 – Ágape (uma rara banda que tocava baião e flamenco), Comunidade Evangélica de Goiânia/Ministério Koinonya de Louvor, João Inácio e Ranúzia, Jorge Camargo, Katsbarnea, RM6, Rosa de Saron.

1989 – Cântaro, Hágios, Marcos Góes, Quico Fagundes, Rodrigo Bueno (precursor do rock cristão em Brasília), Sérgio Lopes, Resgate, Fruto Sagrado, Yehoshuá (pioneiro de funk cristão), Troad, Livre Arbítrio

Março de 1989 - Surge o CMF (Christian Metal Force), por Claudio Tiberius, então membro da Presbiteriana de São Paulo, um movimento para evangelização de headbangers e punks.


* Movimento Gospel (1989 - 1999)

O Movimento Gospel de certo modo surgiu em 1989, com o disco “Princípio” do Rebanhão e a fita K7 “O Som que te faz girar” do Katsbarnea, como uma estratégia de marketing de Antonio Abbud e Estevan Hernandes (líderes da igreja Renascer em Cristo). Essa década é marcada por esse movimento, embora muitos artistas tenham ficado à margem dele (como é o caso da MPB e do metal extremo, além da música sacra). Também é a década do surgimento de maneira mais forte da Renovação Carismática no Brasil, e isso gerou alguns artistas católicos importantes. O movimento gospel, como movimento, acabou em 1999, com vários eventos que levaram a desfragmentação do mesmo, além de perda de identidade e foco excessivo no comercialismo.

1989 – A casa de shows paulista Dama Xoc é palco das “Terças Gospel”, os primeiros eventos do gênero no Brasil. Surge a Gospel Records, primeira gravadora oficial do gospel no Brasil. Surge a rádio Imprensa Gospel

199? - Elizeu Gomes, Os Peregrinos, Giom

1990 – Cristina Mel, Kim, Comunidade Evangélica de Nilópolis, Tonny Sabetta

1991 – Banda Nova (primeira banda de axé music evangélica), White Metal Detonation (primeira Zine de metal cristão no Brasil), Robson Nascimento, Vrarros, Melissa, Vinho Novo (futura Metanoya), Denise Cerqueira, Mattos Nascimento, S.O.S. Vida (EP organizado por Paulo César Graça e Paz e Mattos Nascimento como um projeto beneficente, o primeiro do gênero no Brasil), Marcelo Crivella, Átrios, João Alexandre, Rose Nascimento, Frutos da Oliveira (F.O.), Carlinhos Félix, “Curumin” de Mara Maravilha, é o primeiro disco de um artista secular a possuir um cover de uma banda gospel, “Naves Imperiais”, do Oficina G3 – existe inclusive clipe da música, Rod Mayer (e Mingo, ex-Incríveis), Comunidade Evangélica da Vila da Penha, Alessandra Samadello.

Março de 1991 – Nasce a Line Records, da união entre a Gravadora Universal e a Record Music, sendo a primeira gravadora administrada por uma organização cristã (a Igreja Universal) a unir os dois mercados (cristão e secular).

Julho de 1991 – Primeira edição do SOS da Vida Gospel Festival no parque do Ibirapuera, São Paulo - SP, organizado pela Renascer em Cristo e com a participação entre outras bandas, do Oficina G3, Actos 2, Katsbarnea, Complexo J e Catedral. No ano seguinte viriam as primeiras atrações internacionais (Sam Baker, David Quiñones, Melissa Parrick e Recess) e o evento se tornaria um dos maiores da música gospel, com uma estética beneficente desde o início.

1992 – Kadoshi, Candelabro, Calvário (que em 1993 lançaria o disco I.X.O.Y.E., o primeiro álbum de metal cristão oficialmente no Brasil), Brother Simion, Fernanda Brum, Valter Junior, Akza, Kadesh (futura Virtud)

1993 – Banda Salvador, Renascer Praise, Léa Mendonça, Death Crusher, Elaine de Jesus, Beno César, Justa Advertência (precursora do punk cristão no Brasil), Eduardo e Silvana, Suely Moreno. Através do Pastor João Gonçalves, fundador da Marcha Liberta Brasil, em parceria com a Renascer em Cristo e a organizadora original na Inglaterra, surge a Marcha para Jesus no Brasil, palco de várias apresentações de artistas gospel.

1994 – Banda Canal, Tempero, Alda Célia, Juízo Final (primeira de rap no Brasil), “Diante da Cruz” (primeiro álbum da Rosa de Saron, considerado o primeiro disco de metal católico do mundo), VINDE (projeto beneficente organizado pelo Josué Rodrigues e Renascer em Cristo, com vários cantores gospel), “Primeiro Amor” (disco da Shirley Carvalhaes que inaugurou a nova fase do gênero pentecostal, com ritmos como forró, samba e outros gêneros fundidos ao som clássico do gênero), Banda Tempero (primeira de mangue bit), Praise Machine, Paulinho Makuko, Yerusalem, Cia de Jesus e Patmus (precursoras do reggae cristão no Brasil), Devil Crusher (uma das primeiras de metal extremo no Brasil), Trino, Kletos.
12 de janeiro de 1994 – Surge a banda Antidemon, considerada até hoje a maior banda de metal cristão no Brasil

Maio de 1994 – Surge na Igreja do Evangelho Quadrangular de Vila Mariana – SP, a comunidade Refúgio do Rock, pioneira no país no evangelismo de tribos urbanas, por intermédio do pastor Sandro Baggio (chegaram a lançar uma coletânea onde estrearam várias bandas do metal e punk cristão). Atualmente o projeto chama-se Projeto 242, baseado em Atos 2:42 e voltado para a comunidade alternativa em geral.

1995 – CUSM (Cristo Une Sempre Mais), Eyshila, Marquinhos Gomes, Atilano Muradas, Aline Barros (o sucesso do seu CD oficial de estreia “Sem Limites” a levou para apresentações no Xuxa Park, tornando-se a primeira artista “gospel” a se apresentar na Rede Globo), Paulo Cesar Baruk, Enock Lou, Tempero do Mundo (com o Magno Malta), Irmãos Levita (ou Irmãos Levitas, Os Levitas), Rayssa & Ravel, Eterna, Kades Singers, Berith (primeira banda de metal cristã a "sair da cena" white metal pra atingir outros lugares). Surge o programa “Gospel Line” na Record, associado à Line Records e um dos primeiros programas de TV voltados pra música gospel.

Junho de 1995 – A Banda Tempus, ex-MS Vivente (Movimento Salvador de Vidas do Século Vinte) grava sua primeira música de estúdio, que em 1996 acaba entrando no repertório da coletânea “Amém Gospel”, feita por Marlene Mattos e Xuxa Produções, sendo uma das únicas vezes (talvez a única) que a dupla se envolveu com o mercado evangélico.

1996 – Templo Soul, DJ Alpiste, Vivianne Caram, Val Martins, Offertorium (uma das primeironas de "unblack metal" brasileiras), Amaury Fontenelle, Xand (Alexandre Canhoni, ex-paquito), Contato Vital, Radicais na Fé (que após o primeiro disco, “A Fé vem pelo ouvir” de 1998, juntamente com os jogadores Amaral e Marcelinho Carioca, formariam o Divina Inspiração, sucesso do pagode cristão em 1999 com o “Fonte de Inspiração”), Ludmila Ferber. Surge a Rede Gospel de Televisão, da Renascer em Cristo, com o programa “Clip Gospel”.

1997 – Tambores de Cristo, Alma e Lua, Kyriostron, Kleber Lucas, Voices, Holokausto, Acesso Livre. Lançamento do livro “Revolução da Música Gospel”, por Sandro Baggio, que na contramão de livros como “Os Riscos Traiçoeiros do Rock”, “A Mensagem Oculta do Rock” e “Rock in… Igreja?”, que eram muito veiculados à época e combatiam veementemente o uso desse ritmo, o livro de Sandro Baggio lançava uma nova luz sobre o tema e desmistificava muitas “verdades” ditas nesses livros e por muitos pastores. Posteriormente relançado sob o nome “Música Cristã Contemporânea”, em 2005. Surge o programa “Conexão Gospel” pela CNT, programa afiliado à MK Music.

Fevereiro de 1997 – Surge a JT e Banda, futura Metal Nobre. No dia 8 de fevereiro sai pelas ruas de Curitiba a Escola de Samba Jesus é Bom à Beça, primeira do gênero a sair em pleno desfile carnavalesco, organizada pelo Pastor Alexandre Monteiro, do Ministério Ágape de Curitiba. Na ocasião, o samba-enredo foi História de Dois Reinos, baseada na rebelião de Lúcifer nos céus e a justiça divina, além de um apanhado da história da fé cristã.

1998 – As emissoras de rádio da Manchete, da família Bloch, convertem-se em Manchete Gospel FM (atual Gospel FM). Sal da Terra, Diante do Trono, Toninho de Aripibú, Banda Fornalha (primeira de brega cristão), Militantes, Mara Maravilha, Apocalipse 16, Provérbio X, Padre Marcelo Rossi (até hoje o artista cristão de maior sucesso no Brasil, em especial pelo uso massivo de músicas protestantes em seus discos, uma prática polêmica dentro da própria igreja Católica até hoje), Forró Zöe, David M. Quinlan, Soraya Moraes, Maurílio Santos, Ronaldo Bezerra. Surge a Rede Aleluia de rádios, afiliada à IURD.

1999 – É elaborada a Harpa Cristã Ampliada, com mais 116 hinos além dos 524 clássicos. Robinson Monteiro, Damares, Os Nazarenos (ou Nazaritos), La Petra, Raquel Mello. Surge a Comunidade Zadoque (atual Crash Church), pelo pastor Batista (Antidemon), uma das primeiras igrejas totalmente voltadas para o público underground no Brasil, e a mais conhecida até hoje.

Eventos que marcaram o fim do movimento gospel:

- Saída da banda Catedral, banda que até então era o maior fenômeno de vendas do rock cristão no país, do cenário gospel, com o lançamento de “Para Todo Mundo” pela Continental/Warner no final de 1999. Esse evento culminaria futuramente em uma polêmica enorme sobre a banda, que será relatada em detalhes a seguir.

- Perda de foco: Desde 1996 começaram a aparecer desde “Cartões de Crédito Gospel” até mesmo disputas pelo controle no nome “Gospel” (por parte principalmente do Apóstolo Estevam Hernandes, que também tentou registrar o nome “white metal” como seu uso exclusivo no Brasil). O comercialismo ultrapassou os limites da música e deu origem a diversos produtos “gospel”, além de descompromisso religioso, criando abominações, como Gretchen (que lançou dois discos “religiosos” na época).

- Aumento dos “desvinculados”: No final da década de 1990 não só artistas sacros e pentecostais começaram a se declarar “fora do mercado gospel”, como também artistas do punk/metal e MPB. Em 1999 no álbum “Bom Dia”, o grupo Expresso Luz (de MPB cristão) cantava “Mamãe eu sou Gospel”, primeira das denúncias dentro da cena contra os abusos do gospel. Essa situação se aprofundou nos anos 2000 em diante.

- Amplificação dos “Grupos de Louvor”/Worship & Praise: Com o Diante do Trono, em 1998, começaria um aumento significativo de grupos de Worship & Praise aos moldes de grupos como Hillsong United, Vineyard e Delirious?. O início dos 2000 seria marcado pelo surgimento do Louvor Jovem, com bandas que pegaram carona em Third Day e Sonicflood. Essas mudanças de certo modo foram um “retrocesso” na linguagem gospel, seja por não concordarem com ela, seja por incorporarem-na de maneira puramente religiosa.

- O fim do Rebanhão: A banda precursora do gospel no Brasil e que melhor guiou os rumos da cena, terminaria nesse ano. Os últimos discos demonstravam um cansaço visível da banda, que já no último disco, “Vamos Viver o Amor”, parecia antecipar o fenômeno do Louvor Jovem, mas em nada lembrava a antiga Rebanhão.

- Os precursores do Novo Movimento: Ao longo dos anos 90, alguns discos já trariam as sementes do Novo Movimento, tais como “O Que a Gente Faz Fala Muito Mais do que Só Falar” (1995) do Fruto Sagrado, “Resgate” (1997) do Resgate, “O Toque” (1998) do Praise Machine, “Zé” (1998) do Código C, e alguns outros. Esses discos traziam uma mensagem bem menos convencional até mesmo para os padrões gospel, com letras bem mais ligadas ao cotidiano. Isso sem falar do “A Revolução” (1998), último disco “gospel” da Catedral, que foi o que menos possuía uma mensagem “evangelística” puramente dita.


* Era Pós-gospel, Novo Movimento (Crossover) e Worship (1999 – Dias Atuais)

Com o fim do movimento Gospel, o mercado entretanto permaneceu utilizando esse nome aqui no Brasil. Isso criou problemas em especial para os “desvinculados”, que ou foram relegados pro Underground, como o metal, punk e MPB; ou tornaram-se “Worship”, com grupos mais voltados pro “louvor jovem”. Também nessa época surgiu o Crossover, ou Novo Movimento, uma visão mais estética e lírica, com letras bem mais abertas para o diálogo geral com todos, sem uma prisão ao “evangeliquês”. Esse fenômeno não é ainda bem explorado pela mídia cristã, devido a má interpretação (ora por considerar muito “fora da linguagem evangélica”, ora por acharem que eles são “gospel”).

Ao longo dos anos 2000: Surgem várias revistas, como CCM Brasil (ligada à CCM Magazine americana), Revista Gospel, O Levita, Gospel Music CD, Enfoque Gospel e outras, muitas com CDs coletâneas. Também circulam na época zines como Grito XXI, Extreme Brutal Death, Distúrbios Sociais e outras, mais voltadas à cena underground. Surgem sites como Máxima Voltagem, DotGospel, Metalcristao.com.br, Metal Mission, Metal Land, O Propagador, além de muitos blogs, popularizando o polêmico “download” e a “pirataria”. Popularização do Troféu Talento e aposteriori do Troféu Promessas, premiações brasileiras do gênero. Surgem vários serviços de chat sobre música cristã, sendo o mais conhecido o ZpoC, na ativa até hoje principalmente graças aos brasileiros que ainda frequentam o serviço.

200? - Christie Tristão, Atmosfera da Adoração, Asas da Adoração, Vineyard Music Brasil, Beatrix, Ruah Jah

2000 – Groove Soul, Raiz Coral, Soul Dreams, Assíria Nascimento, Filhos do Homem (FdH), Igreja Batista Nova Jerusalém, Baby do Brasil, Nengo Vieira, Cezar W. Hebert, The Flanders (punk católico), HxBx 12, Leonardo Gonçalves, Nádia Santolli, Levita e Levitinha

2001 – Bani Choir, FLG, Fernandinho, Muito Mais/Nívea Soares, Pamela, Lito Atalaia, Aeroilis (fundadores do Novo Movimento), Khorus, Fernando Cester, Dalvan, Os Gauchinhos de Deus, Gerson Freire, Clamor pelas Nações.

Maio de 2001 – O caso mais polêmico da música cristã brasileira: numa entrevista ao extinto site secular Usina do Som, redigida de maneira “tendenciosa”, a banda Catedral teria feito declarações pesadas contra seu público e contra a igreja. Apesar da reação da banda negando tais afirmações, a banda acabou sendo execrada do mundo cristão. Só em 2003 eles conseguiriam retomar o contato com o mercado gospel, tentando criar um mercado “crossover” entre o secular e o cristão no Brasil. Nesse esforço, em 2004, surgiu o selo New Music, da Line Records, de curta duração, mas com esse anseio. OBS: Essa proposta, embora lembre o Novo Movimento, parece mais uma “forma específica” de mercado.

2002 – Karitas Petrucci, Jaqueline Kauffman, Eliezer Rodrigues, Jozyanne, Liz Lanne, Toque no Altar, Wanderley Cardoso, Leonardo Sullivan, Rodox (banda secular de Rodolfo Abrantes, mas que em sua curta existência conseguiu trazer uma nova linguagem inclusive para a música cristã), Baixo e Voz, Stênio Marcius, Alex Gonzaga, Discopraise, Quatro por Um, David Fantazzini

2003 – Cidade Refúgio (blues), Xote Santo, Os Arrebatados, Irmão Lázaro, Thalles Roberto, Céu na Boca, Wanda Sá, Dudu França, Ao Cubo, Luciano Manga, Catalau, P.G., Rota 33., Marcelo Aguiar

2004 – Chris Duran, Ministério Unção Ágape, Regis Danese, Tanlan, Promises, Adoração e Adoradores, Rede Ativa

2005 – Adriano Gospel Funk, Pimentas do Reino, Livres para Adorar (Livres), Tehilim Celtic Rock, Os Arrais, Bezerra da Silva, Waguinho, Juninho do Banjo, Angel's Fire

2006 – Expresso Louva Deus, Tribo do Funk, Hibernia, Cyane (fase rock), lançamento do álbum (1970 – 1977) da clássica banda Exodos, a pioneira do rock cristão no Brasil, Rodolfo Abrantes, Salgadinho, Ministério Adoração e Vida

2007 – David Cerqueira, Asas da Profecia, Sula Miranda, Trazendo a Arca, Palavrantiga, Lorena Chaves, Roberta di Angelis (único caso de “metal pentecostal” no Brasil)

2008 – Krig, Fábio de Melo (já havia começado desde os anos 90, mas só a partir desse ano teve maior relevância)

2009 – Jorge Rehder, Yunick

2010 – Anderson Freire. Encerramento das atividades da Gospel Records.

14 de agosto de 2010: Na revista Época sai a matéria “A Nova Reforma Protestante”, que mostra desde o surgimento de blogs cristãos alternativos (Pavablog, Púlpito Cristão, Webevangelista, Destruindo a Mentira), humor cristão (Jonathan Nemer principalmente), bandas com uma visão desconectada do gospel e worship clássico. Com essa matéria o Novo Movimento faz-se mais conhecido no mundo cristão.

2011 – Daniela Araújo, Gabriela Rocha, Os Oitavos, Marcela Taís, Bruno Branco, Quarto Fechado. Lançado o livro “História da Música Evangélica no Brasil” de Salvador de Souza, que também é cuidador do site Arquivo Gospel.

2012 – F.M.I., MPB Santo

2013 – Line Records fecha as portas para artistas que não sejam da Universal, reflexo da polêmica declaração de Edir Macedo que “90% dos cantores gospel são 'endemoniados'”.

2014 – Projeto “Mais que Amigos = Irmãos” das bandas Catedral e Novo Som

2015 – Doomsday Hynm. Extinção do Troféu Promessas, devido rejeição do público à empreitada da Som Livre.

2016 – Saída de Leo Gonçalves do cenário da música cristã por motivos pessoais, reflexo de uma tendência que advém de meados dos anos 2000 na internet de sites “cristãos” de “fofocas gospel” e similares.



Bibliografia

ARO, Paul, STANLEY, Rick, Preso Numa Armadilha – Biografia de Elvis Presley, 1ª Edição em Português, Editora Renascer, São Paulo, 1996

Bíblia de Estudo Louvor e Adoração, Nova Versão Internacional
, SR Gráfica, São Caetano do Sul, 2007

BAGGIO, Sandro, Música Cristã Contemporânea, Editora Vida, São Paulo, 2005

HALLEY, Henry H.,
Manual Bíblico, Edições Vida Nova, São Paulo, 1993 (11ª Edição em Português)

Harpa Cristã, Edição de 2007, CPAD, Rio de Janeiro, 2007

Louvores do Reino, 4ª Edição Atualizada, Unipro Editora, Rio de Janeiro, 2009

MURADAS, Atilano, A Música dentro e fora da igreja, Editora Vida, São Paulo, 2003

PAIS, José Machado, BLASS, Leila Maria da Silva,
Tribos urbanas: produção artística e identidades, Annablume, São Paulo, 2004 (obtida em https://books.google.com.br/books?id=LdPg_6mArJYC&pg=PA55&lpg=PA55&dq=White+Metal+Detonation&source=bl&ots=ldv9KoZ2wk&sig=OQdZsPCFCmmG02ilCreXNKMEijY&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiJzPuK5ebPAhUCgJAKHadtAsgQ6AEIRzAI#v=onepage&q=White%20Metal%20Detonation&f=false)

RODRIGUES, Flávio Lages, A Liberdade do Espírito na Vida e no Rock, MK Editora, Rio de Janeiro, 2007

SOUZA, Salvador de, História da Música Evangélica no Brasil, Ágape, São Paulo, 2011

VICENTINI, Érica de Campos, A Produção Musical Evangélica no Brasil, Tese de doutorado em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, São Paulo, 2007




Sites consultados:

A História da Música Cristã – Um Breve Panorama, por Bruno Guedão: http://www.1cr25.com.br/brunoguedao/a-historia-da-musica-crista-um-breve-panorama/

CCM Magazine's 100 Best CCM Albuns: http://www.besteveralbums.com/thechart.php?c=10498

Christian Rock Blessing: http://christrockbless.blogspot.com.br/ (e páginas adjacentes na aba lateral de sites apologéticos sobre o rock cristão)

Com a Palavra (Site pessoal de Claudio Tiberius): http://claudiotiberius.blogspot.com.br/2009/09/cmf-no-principio.html?q=CMF


Educação Adventista: http://www.educacaoadventista.org.br

Encyclopaedia Metallum: http://www.metal-archives.com/






One-Way (site sobre o Movimento de Jesus): http://www.one-way.org/jesusmusic/index.html


Site pessoal de Sandro Baggio: http://www.sandrobaggio.com


Wikipédia em Português: http://pt.wikipedia.org

Wikipédia em Inglês:
http://en.wikipedia.org


Revistas consultadas:

CCM Brasil Magazine, edições 08, 09 e 10 (Novembro 1999 e Janeiro e Março de 2000), Editora Renascer

White Metal Detonation, Nº 7 (1992)

Extreme Brutal Death (versão magazine e zine), vários números



Filmes assistidos:

Nemesis Divina – A Light in the Darkness (Nordic Mission, 2008)

The Son Worshipers (1971)

2 comentários:

  1. Cara, muito bom, que trabalho... Faltou aspas aos "cristãos" que difamaram o Catedral, que inclusive ganhou processo contra os "responsáveis" e o próprio editor do falido site que anos depois confessou o que fez contra o Catedral. Faltou falar de um grande pioneiro do metal extremo, Necromanisider.

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    1. Valeu, mas esse texto é mais um resumão, não quis me alongar tanto em questões ou citar bandas pra caramba kkkk tenho planos de concluir uma linha do tempo só de rock cristão, já tá encaminhando

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