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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Deliverance (EUA)



Deliverance é uma banda de Los Angeles, Califórnia, fundada em 1985 por James "Jimmy" P. Brown III fazendo um som na linha speed/thrash metal, sendo uma das precursoras do gênero na música cristã e a primeira banda californiana cristã a seguir os passos do movimento Thrash da Bay Area numa época em que geral fazia um som mais hard/glam/melodic heavy na área. Não a toa a Big D é até hoje respeitada dentro da cena, apesar de diversas mudanças sonoras, algumas não bem vistas, ao longo da década de 1990 e anos 2000. Apesar de algumas paradas, a banda segue até hoje fazendo seu som e trazendo sua mensagem.


Greeting of Death (demo, 1985)

01 - Victory
02 - Greetings of Death
03 - No Time
04 - J.I.G. (Jesus Is God)
05 - Speckled Bird
06 - Awake





Já mostrando o poder de fogo da banda, a demo gravada e lançada ainda no ano de fundação da banda traz quatro números de speed/thrash bem agressivos, além de um som mais crossover (J.I.G.) e um curioso som mais country (Speckled Bird). O som deles aqui não deixa dúvidas da qualidade que eles já tinham nos primórdios. Não a toa dois anos depois participariam da coletânea California Metal e do festival Metal Mardi Gras.

Anos depois a demo foi relançada, mas falarei melhor desse relançamento abaixo - ouvi falar que vão inclusive relançar novamente hehe!


Deliverance (1989)

01 - Victory
02 - No Time
03 - Deliverance
04 - If You Will
05 - The Call
06 - No Love
07 - Blood of the Covenant
08 - Jehovah Jireh
09 - Temporary Insanity
10 - Awake


Sem dúvidas um dos melhores álbuns de estreia da história e um fantástico disco de speed metal, "Deliverance" traz uma banda fantástica aqui. Além de Jimmy (vocais e guitarras), aqui estão Brian Khairullah (o melhor baixista que passou pela banda até hoje), Glenn Rogers (um dos maiores guitarristas da cena californiana de metal) e o saudoso Chris Hyde nas baquetas. Faixas como Victory e No Time trazem um lado mais thrash, ao passo que a faixa título é mais melódica, quase um speed/power. Sem dúvidas um disco elementar pra história do metal cristão e do metal em geral.

Em 2008 a Retroactive relançou
com essa capa irada e mais duas faixas
bônus, "Attack" e "Space Called You",
ambas presentes na coletânea California Metal
Em 2017 a gravadora No Life til' Metal,
do mestre Scott Waters (Ultimatum)
relançou com essa capa, e as mesmas
faixas do relançamento anterior.


Curiosidade: Só um riff de Glenn Rogers manteve-se no disco. Jimmy regravou todos os outros devido saber que Glenn ia sair logo da banda, então refez alguns para ele mesmo saber como realizar - ou algo assim kkkkkkkkkkkk




Relançamento da Retroactive em 2008
Weapons of our Warfare (1990)

01 - Supplication (intro)
02 - This Present Darkness
03 - Weapons of our Warfare
04 - Solitude
05 - Flesh and Blood
06 - Bought by Blood
07 - 23
08 - Slay the Wicked
09 - Greetings of Death
10 - If We Faith Not
11 - Rescue (bônus de relançamento)


Sai Glenn Rogers e entra o mito George Ochoa (Recon, Mortification) e esse acaba por se tornar O DISCO. Mais calcado no thrash metal que o anterior, "Weapons of our Warfare" conta com faixas rápidas e clássicas, como a faixa-título, que ganhou um videoclipe que vez por outra aparecia no Headbanger's Ball, clássico programa de metal da MTV americana. A temática "guerra espiritual" reina nesse disco, várias faixas mexem com o assunto de maneira genial. A própria intro é uma narração de 2 Coríntios 10.4-5:

"For the weapons of our warfare are not carnal
but mighty through God to the pulling down of strongholds
Casting down imaginations and every high thing
that exalteth itself against the knowledge of God
and bringing into captivity every thought
to the obedience of Christ"

Sem dúvidas esse é o melhor disco da banda, sem tirar nem por. Bem resolvido, com uma pegada que deixaria qualquer disco clássico do Metallica ou do Anthrax pau a pau.

O disco teve vários relançamentos (o mais tosquinho foi o da KMG, com o primeiro a tiracolo - eu tenho esse, mas é bem fraco -, mas o melhor, inclusive pela arte da capa refeita, sem dúvidas é o da Retroactive. Incluíram uma só faixa bônus, "Rescue", que aparecera anteriormente na coletânea "A Decade Of" e que realmente tinha sido gravada pra esse disco, mas excluída de última hora por ser mais melódica do que a proposta do disco (apesar do disco conter 23, uma faixa mais melódica). Ambas versões da capa são fantásticas, não a toa várias pessoas da cena que conheço possuem uma camiseta com a peita dessa capa.

Curiosidade: Pra quem ainda não manjou ou não entende inglês, 23 é o Salmos capítulo 23 numa versão speed metal genial!

Versão de 2011 da Intense Millenium e...er...
eu acho sinceramente que não precisava...
What a Joke (1991)

01 - Intro
02 - Prophet of Idiocy
03 - Pseudo Intellectual
04 - Chesseburger Make Du
05 - What a Joke
06 - Chipped Beef
07 - After Forever (Black Sabbath cover)
08 - It's the Beat
09 - A Product of Society
10 - Happy Star
11 - J.P.D.
12 - Pray
13 - Silent Night (sim, é aquela canção de natal, Noite Feliz!)
14 - J.I.G.
15 - Purgatory Sandwitch with Mustard
16 - Attack
17 - Strings of Sorrow (bônus de relançamento)

Com faixas pesadas e bem ranca toco, "WAJ" é sem dúvidas o disco mais porrada da banda, com o vocal do Jimmy bem mais grave e agressivo do que nunca. Os estreantes Mike Grato (baixo) e Kevin Lee (bateria) mandaram muito bem. Liricamente é um disco bem crítico e irônico (o título já antecipa) e seguindo os passos da banda The Who no disco "The Who Sell Out", eles colocaram algumas curiosas (e bizarras) faixas "jingles", como Chesseburger Make Du, Chipped Beef, It's the Beat, Happy Star, J.P.D. e Purgatory Sandwitch with Mustard, verdadeiras zombarias com o consumismo, com uma pegada remetendo ao crossover de D.R.I., S.O.D. e M.O.D. (a própria intro, zoando com o facto de "temos de gravar outro disco porque a gravadora pediu" deixa essa ideia ainda mais clara). Amei "Silent Night" em thrash metal, hahaah. O cover de "After Forever" (incluindo aí o riff de "Symptom of the Universe", também do Black Sabbath) foi uma escolha irada, em especial pela letra dessa música, que é um tapa na cara de muitos pseudocristãos, em especial os ultraconservadores hipócritas - curiosamente os mesmos que descem o sarrafo na banda e os acusam de endemoniados por fazer um cover do BS. Letras como "Prophet of Idiocy" e "It's the Beat" atacam inclusive esses mesmos falsos moralistas, enquanto Pseudo Intellectual atinge os ditos "sabichões", "filósofos" modernos e pós-modernos - pense numa faixa que continua atualíssima aliás! - e "Product of Society" é uma crítica sem dó à sociedade secular.

O veredicto final é que esse disco é um bom álbum, pesado e forte, mas acho que a proposta eu acho meio bagunçada. Claro que nem um pouco bagunçada quanto a CAPA DE RELANÇAMENTO, uma ideia de gerico de colocar o Chesseburger, as Chipped Beefs e um copo de refri. Sério, essa é uma das capas mais feias da história do rock cristão kkkkkkkkkkk realmente, "isso é uma piada?"

Curiosidade: A banda mineira The Joke? se inspirou nesse disco para criar esse nome pra banda (apesar de também terem se inspirado no Joker - o Coringa, pros leigos).


Stay of Execution (1992)

01 - Stay of Execution
02 - Windows of the Soul
03 - Words to the...
04 - From Once Was
05 - Self-Monger
06 - Horrendous Disc (Daniel Amos cover)
07 - Lord of Dreams
08 - Ramming Speed
09 - Entombed
10 - Weapons of our Warfare (remix)

Bônus relançamento:

11 - Flesh & Blood (re-recorded 25th anniversary)
12 - In-U (re-recorded 25th anniversary
13 - What a Joke! (re-recorded 2014 feat. George Ochoa)

Disputas entre Jimmy e George sobre os andamentos da banda levaram à saída amistosa do último e a banda seguiu seu caminho, através de uma transformação sonora. Mesmo com o retorno de Brian no baixo - Mike Grato também participou na composição das faixas - e a entrada do shredder Mike Phillips (futuro Fasedown e The Sacrified), a banda acabou por assumir uma sonoridade mais melódica e progressiva, fugindo um bocado do speed/thrash, ainda presentes (em especial na faixa Entombed e também em Lord of Dreams), mas podemos dizer que esse disco é o "Black Album" fundido com o "And Justice for All" (ambos do Metallica) da banda Deliverance. A produção de Terry Taylor (Daniel Amos) foi feita a dedo pelo Jimmy, e isso contribuiu também pra o acrescimo de elementos de new wave/synthpop no som da banda e em especial nos vocais do Jimmy, que aqui assume uma faceta mais próxima de um David Bowie - e também obviamente ajudou na escolha de "Horrendous Disc" como cover. Pra mim esse é um ótimo disco, mas sem dúvidas deve deixar muito fã da fase clássica mais pesada e veloz da banda com o pé atrás. Entretanto, faixas como a faixa título, Words to the, From Once Was e Ramming Speed são maravilhosas. O ponto mais fora de curva do disco é o remix de Weapons..., uma parada que definitivamente ninguém pediu... mas ok.

As faixas de relançamento foram de 2014 da Roxx, que aproveitou pra homenagear a banda ao fazer algumas regravações, uma delas com a presença do antigo guitarrista George Ochoa.


Intense Live Series Vol. 1 (1993)

01 - In Studio I
02 - Surrender (Stryper cover)
03 - No Love
04 - In Studio II
05 - This Present Darkness
06 - In Studio III
07 - Stay of Execution
08 - In Studio IV
09 - The Call
10 - In Studio V
11 - No Time


Em 1993 a Intense Records decidiu gravar uma série de EPs "ao vivo em estúdio" com bandas de seu cast (as escolhidas: Deliverance, Tourniquet, (Randy) Rose, Die Happy e Mortal). Sendo a primeira, Deliverance não decepcionou: é um fantástico EP "ao vivo", com a banda mostrando sua energia com tudo em alguns momentos de diversão (os "in studio") e um cover matador de "Surrender" do Stryper. As faixas autorais escolhidas não decepcionam, embora a prevalência do primeiro disco (três das cinco autorais vieram de lá). Em comparação com os outros 4 discos do projeto, esse é sem dúvidas o melhor de todos.

Learn (1993)

01 - Time
02 - 1990
03 - Learn
04 - Who Am I?
05 - Renew
06 - The Rain
07 - Reflection
08 - In the Will
09 - Desperate Cries
10 - Sanctuary (Daniel Amos cover)


Mudança radical na formação, entrada do ótimo Manny Morales no baixo. Learn é um disco por vezes subestimado na discografia da banda. Entretanto, e a despeito da sonoridade ainda mais progressiva e lenta, além da capa bem fraquinha e pouco atraente, o álbum tem uma pegada bem próxima do Queensrÿche do disco Empire (eu diria até do Promised Land, mas este aí só saiu um ano após Learn). Alguns elementos de rock gótico também aparecem, como no refrão da faixa 1990. Algumas faixas aqui fazem minha cabeça até hoje, como a faixa título e sua letra poética e fantástica sobre a nossa jornada na terra:

"Time after time, we make the same
Line after line, when will we learn"

Outra faixa que ficou muito boa sem dúvidas é o cover de Sanctuary, que ficou muito legal. Desperate Cries, Who Am I? e Reflection são outros bons momentos. No geral é um disco interessante, não é nada excepcional e chega a ser meio cansativo, mas não um sonífero, muito pelo contrário.


Versão de 2007 da Retroactive
River Disturbance (1994)


01 - Beltdown
02 - After I Fell
03 - River Disturbance
04 - Now & Them
05 - Speed of Light
06 - A Little Sleep (feat. 12th Tribe)
07 - Map
08 - You Still Smile
09 - Breathing Still

Bônus:

10 - I Through
11 - On the Fritz (Steve Taylor cover)
12 - Beltdown (Hyper Remix)
13 - A Word of Jimmy Brown

Bem amigos... agora chegamos naquele disco que a grande maioria renega. Sinceramente, não é pra menos. Esse é daqueles discos que você escuta a primeira faixa, pensa "eita, tá na linha do anterior, vai ser um bom disco", mas aí segue o disco e a empolgação morre. Beltdown sem dúvidas é a faixa do disco, a única que eu realmente curto. De resto é um disco confuso, diversos estilos, até rap/rock (A Little Sleep) tem aqui. Cada faixa um estilo e andamento diferentes, tornam esse o disco mais diferentão em todos os aspectos da banda. Não é um disco ruim, mas realmente é o momento mais fraco da banda. Curiosiamente ele recebeu um relançamento cuidadoso e com uma faixa inédita, além do cover de Steve Taylor lançado na coletânea tributo I Predict a Clone e uma versão industrial de Beltdown. A última faixa do relançamento é o Jimmy explicando o que ele planejava à época do disco. No fim, é sim o disco mais fraco da banda, mas nem por isso um disco ruim. Acho que pra média de discos de bandas que mudaram drasticamente de estilo pra um som mais "alternativo" esse é o melhor que já foi feito.


A Decade of... (Também chamado de "X") (1995)

01 - Victory
02 - No Time
03 - The Call
04 - This Presence Darkness
05 - Flesh and Blood
06 - Rescue
07 - After Forever
08 - Prophet of Idiocy
09 - Words to the...
10 - Ramming Speed
11 - Stay of Execution (live)
12 - Learn
13 - Desperate Cries
14 - Sanctuary


Primeiro disco do Deliverance que eu comprei e ouvi na vida, uma ótima introdução pra essa banda fantástica. Só com faixas dos discos lançados pela Intense Records, foi sem dúvidas uma das melhores coletâneas que já ouvi na vida. Embora sem letras das músicas, amei ver as notas de Jimmy sobre as faixas aqui pinçadas, e sinceramente não tiraria nenhuma aí (talvez só colocaria Weapons... por motivos óbvios, e um Entombed talvez). Grande coletânea mesmo, difícil achar algo tão bom assim.


Camelot in Smithereens (1995)

01 - Somber Theme (Where Are You?)
02 - Lindsey
03 - Not Too Good 4 Me
04 - Anymore
05 - Book Ends
06 - Beauty & the Beast (David Bowie cover)
07 - Make my Bed in Hell
08 - The Red Hoof
09 - In-U



Segundo disco da banda que ouvi (e um dos que possuo), sempre achei que esse disco era um disco conceitual (sério, o nome do disco me fez pensar isso kkkk), e curiosamente é o disco menos vendido da banda - muito triste isso quando se ouve esse álbum e percebe que está diante de um ótimo disco de metal melódico! Se em River Disturbance e Learn a subestimação é fácil de entender e até aceitar, aqui não, esse disco merecia muito mais. É difícil até definir quais as faixas que melhor se encaixaram na proposta, mas o fato é que, ainda que você diga "mas nem parece um disco do Deliverance", obviamente baseando-se nos três primeiros álbuns, esse é um discasso. O cover de Beauty & the Beast me fez inclusive procurar conhecer mais as músicas do David Bowie (à época só conhecia mesmo o clássico "Ziggy Stardust"). "In-U" é sem dúvidas a melhor faixa do disco e sendo a faixa que fechou a obra, foi uma despedida digna do grupo por anos, já que as vendas não tão vistosas desse disco fizeram a banda dar uma parada por um tempo.

Versão de 2007 da Retroactive
Back in the Day: The First Four Years (2000)

01 - Narration
02 - Who Will Save the Children?
03 - Stand Up and Fight
04 - Narration 2
05 - No Time
06 - Narration 3
07 - Talk from the Stage
08 - Fortress
09 - Deliverance
10 - Narration 4
11 - Attack
12 - A Space Called You
13 - Narration 5
14 - Hold on Tightly
15 - J.I.G.
16 - Temporary Insanity

Como historiador eu amo esse disco. Várias faixas pouco conhecidas e que eles nunca reaproveitaram da sua fase entre 1985 e 1989, antes do álbum de estreia. Mas afora isso, a Magdallene/M8 erraram feio nessa coletânea. A qualidade de gravação é bem fraquinha e nem vale muito a pena. Sabe o mais curioso? Em 2007 a Retroactive relançou com outra capa e supostamente remasterizado... mas... enfim, não é um disco ruim, só que pra um fã não tão dedicado ou alguém que só quer ouvir um som de qualidade, passar longe desse é mandatório!

Greetings of Death, etc. (2001)

01 - Victory
02 - Greetings of Death
03 - No Time
04 - J.I.G.
05 - Speckled Bird
06 - Awake
07 - Attack
08 - A Space Called You


Instrumentais e demos de "Weapons..."
Versão de 2007 da Retroactive


09 - Weapons of our Warfare
10 - This Present Darkness
11 - Greetings of Death
12 - Resume
13 - Slay the Wicked
14 - Solitude
15 - 23
16 - 1992 Jimmy Brown radio interview





No caminho inverso ao que realizaram no ano anterior, a M8 dessa vez acertou a mão! Capa irada, remasterização perfeita das faixas da demo original da banda, demos do "Weapons..." e mais duas versões alternativas das faixas usadas na coletânea California Metal. Tudo de bom, e mais um bocado, como uma entrevista do Jimmy da época em que estavam preparando "Stay of Execution", várias fotos iradas da banda, notas do próprio Jimmy, mano, esse sim é uma compilado de raridades imperdível. Até a capa a M8 acertou - apesar que o relançamento da Retroactive melhorou muito a qualidade, tirando um pouco o lado meio "cartunesco" da versão anterior.


Versão expandida de 2007
pela Retroactive, com demos.
Assimilation (2001)

01 - The Limitless Light
02 - From the Beginning
03 - Assimilation
04 - The Circle
05 - Sell Your Soul
06 - The Search
07 - The Learned Man
08 - Between 2 Worlds
09 - Impressions
10 - Save me From...



OBS: A versão expandida de 2007 contém um segundo disco com 14 faixas demo e bônus.

Fãs de rock e metal industrial como eu, regozigem-se! "Assimilation" é um disco que o título diz a que veio: é necessário realmente assimilar o que estamos ouvindo de prima. A princípio você dirá "como assim o Deliverance virou industrial?" Mas logo os timbres de guitarra e o trabalho sonoro particular e inconfundível da banda se faz notar e sobrepoe-se aos efeitos sonoros e programações. A capa em si é um achado, eu amo essa arte de capa e a ideia da cruz de ferro da banda se arrebentando e dando lugar a uma mais detalhada e estilizada já mostra a que o disco vem. Acredito que fizeram um ótimo trabalho, me lembra bastante bandas como a secular Ministry e a cristã Generation, ambas de thrash com industrial. Sei que muitos fãs clássicos torcem o nariz pra esse disco, mas eu achei uma ótima ideia pra reativar a banda. Pena que no fim muita gente chiou e a banda entrou em mais um hiato.



Live at Cornerstone 2001 (2001)

01 - Intro
02 - Stay of Execution
03 - Introductions
04 - No Time
05 - Learn
06 - What a Joke
07 - Beltdown
08 - Psalm 23
09 - Weapons of our Warfare
10 - Thanks
11 - Victory
12 - Words to the...

Disco que faz parte do projeto "80's Retro Night" da M8, foi um fantástico show. Trazendo diversos momentos de discos diferentes da banda, desde o primeiro até o River Disturbance. Embora não siga bem a ideia de sons anos 1980, a escolha de músicas é fantástica, incluíndo verdadeiros sons míticos como "Stay of...", "Victory", "Weapons...", "What a Joke" e "Learn". Vale muito a ouvida!


Relançamento de 2019 pela
Retroactive
As Above - So Below (2007)

01 - Legum Servi Sumus ut Liberi Esse Possimus
02 - Cause & Effect
03 - Return to Form
04 - As Above - So Below
05 - Screaming
06 - Should We Cross Paths
07 - Contempt
08 - Thistles
09 - My Love
10 - Enlightened


"Somos escravos da lei de forma tal que somos livres"

Disco lindo e subestimado (mais um!), As Above - So Below segue a cartilha do "Camelot..." com sonoridade bem melódica e em partes meio gótica, remetendo ao Celtic Frost da fase gótica. Apesar disso, algumas faixas trazem o lado speed/thrash clássico da banda, como "Cause & Effect", "Return to Form" e a iradíssima "Should We Cross Paths", com um vocal bem rasgado do Jimmy em diversas partes. Recomendo muito. Recentemente inclusive o disco ganhou uma versão com nova capa (apesar de nenhum material novo). Vale a pena conferir!

Temporary Insanity (2010), disco tributo,
e apesar de ser um tributo, a Big D mesma gravou
alguns sons. Posteriormente comentarei acerca deste!

Hear What I Say! (2013)

01 - Liber 111
02 - The Annals of Subterfuge
03 - Angst
04 - Hope Lies Beyond (Sombrance cover)
05 - Detox
06 - Nude
07 - Passing
08 - A Perfect Sky
09 - Where Eagles Dare (Iron Maiden cover)
10 - Entgiftung (Detox em Alemão)

OBS: A versão em LP de 2019 pela Retroactive tem outra ordem de faixas.

Depois de mais um tempo sem discos novos - e dessa vez a banda tinha parado a vera (!), Jimmy ressuscita mais uma vez o Big D, e com um disco irado, com influências de diversas épocas da banda. Montando um supergrupo com Mike Phillips nas guitarras, Manny Morales de volta no baixo e JAYSON SHERLOCK na bateria, esse disco tirou momentos incríveis da banda. Mano, você passeia em cada sonoridade desse disco e fica contaminado. Tem desde speeds irados, como "The Annals of Subterfuge", grooves como "Detox" (que é quase a faixa título, por citar o nome do álbum no refrão) e sons mais melódicos como o cover da Sombrance (banda de pós punk/gótico que até então eu nem conhecia - e que o Jimmy também fez parte). Outro cover irado é de "Where Eagles Dare" do Iron Maiden. Sem dúvidas um grande álbum que seria o de despedida da banda. Se assim o fosse, seria uma despedida digna, sem sombra de dúvidas. Achei louco também terem feito uma versão exclusiva pros fãs alemãos de "Detox", uma escolha bem curiosa, haja vista que dentro do metal o alemão é uma língua bem pouco usada.

Curiosidade: Originalmente o disco se chamaria "The Annals of Subterfuge", faixa que eles inclusive lançaram na coletânea "Thrashmargeddon" de 2013 pela Roxx (com diversas bandas de thrash cristãs) e inclusive já tinha capa:



Só não me perguntem o que levou eles a mudarem o nome e a capa, afinal até que ficaria massa.

The Subversive Kind (2018)

01 - Bring'em Down
02 - Concept of the Other
03 - Center of the All
04 - The Black Hand
05 - Epilogue
06 - Listen Closely
07 - The Subversive Kind
08 - The Fold




Lembram quando eu disse que o "Hear What I Say!" seria o último disco do Big D? Desconsidere imediatamente! Com uma nova superbanda na formação (o retorno magistral de Glenn Rogers nas guitarras, mais os mitos Jim Chaffin na bateria e Victor Macias no baixo), The Subversive Kind traz de volta pra todos nós enfim o que, tenho certeza, MUITOS FÃS clamavam desesperadamente a anos: um disco totalmente speed/thrash metal. Eu fiquei chocado quando ouvi esse disco a primeira vez ano passado, e digo, realmente é um disco daqueles! Numa época em que bandas antigas parecem lançar discos medíocres, medianos ou com relevância baixa - alguns inclusive BEM RUINS - a Big D realmente surpreendeu positivamente com um disco digno de ser chamado "disco do Deliverance". E ver que o Jimmy ainda tá mandando ver nos vocais é o que mais anima. Obrigado Big D, se persistirem em durar mais, não larguem essa linha, a linha onde vocês começaram, o puro e oitentista speed/thrash metal californiano, porque realmente isso é o que vocês fazem de melhor (não menosprezando os trampos progressivos, experimentais e até mesmo industriais, mas existem bandas que são melhores mesmo quando voltam a fazer aquilo que jamais deviam ter largado, e no caso deles como isso é verdade viu!).



Bootlegs: Metal Mardi Gras (1987): AQUI

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Deliverance participou de umas 9 coletâneas e mais 2 tributos (um deles pra eles mesmos kkkk), confiram posteriormente na seção de coletâneas algumas delas e também em breve na seção Tributos.


OBS: Não confundir com a Deliverance (Canadá), que é bem mais antiga e não tem nada a ver com o som speed/thrash, muito pelo contrário kkkk um dia falo deles também aqui!


Ver também:

Cauldron of Puke
Recon
Vengeance Rising
The Crucified
Fase Down
Betrayal
Tourniquet
Once Dead
Viking
Hero (USA)
Sircle of Silence
Neon Cross
Michael Phillips
Join the Dead
Holy Soldier
D.O.G. (talvez)
Worldview
Eternal Ryte
Mortification
Horde
Paramaecium
Revulsed
InExordium
Altera Enigma
Soundscape
Teramaze
Judgement (talvez)

3 comentários:

  1. Parei de ler quando você falou que o River Disturbance é o disco mais fraquinho da banda...mas respeito sua opnião! e amanhã volto a ler o resto kkk! Parabéns pelo trabalho! Amo Thrash Metal mas acho que o Deliverance quase teve em sua discografia o melhor disco que não é 100% desse estilo kkk! Eles são versáteis e não são bitolados na trincheira Thrash Metal...e isso agrega muito numa banda quando a mesma sabe o que está fazendo.

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    1. Hahahahah eu entendo, mas como eu disse, não é um disco ruim, só é abaixo do que eu esperava.

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  2. Excelente banda. Sabe onde encontro camisa deles?

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