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sábado, 7 de agosto de 2021

Review: Mortification - A História de Steve Rowe


Eu sei que estava devendo uma review desse livro fantástico que sim, eu conto em minha coleção (e quem sabe logo logo eu também conte com o Honestly, mas creio em Deus que uma hora sai haha). E então, inaugurando uma categoria nova, quem sabe crescente, de reviews de livros.

E inaugurando em alto estilo. "Mortification: A História de Steve Rowe", tem uma grande história inserida nele, não só contando com o plano de fundo das origens da vida do vocalista e baixista, como seu amor pela música, influências musicais de artistas como Iron Maiden e Motörhead e também o quanto a Resurrection Band foi importante, juntamente com outras bandas de rock e metal cristãs, para o reconectar com o Evangelho. 

Além dessas, é muito legal ver ele falar de bastidores de sua carreira tanto com o Light Force (banda onde ele começou efetivamente a carreira artística e que já fizemos review por aqui) como com o Mortification e o Wonrowe Vision, obviamente focando mais no Mortification. E aqui sabemos de bastidores na produção de discos, da própria sugestão do nome Mortification, de algumas das mudanças de formação e também de sonoridade, e obviamente da luta que o Steve empreendeu contra uma leucemia que quase lhe tirou a vida, mas que a misericórdia divina triunfou sobre sua vida e o manteve nesse plano existencial por mais tempo, continuando seu trabalho fantástico musical e ministerial.

E o livro também traz informações importantíssimas de outros aspectos da vida do Steve, como seu casamento com Kate e o filho deles, Leighton, o ministério underground Metal Kingdom, a gravadora Rowe Productions e a promoção de bandas australianas e do mundo todo por ela, problemas com o mercado e a indústria fonográfica - em especial a dita "cristã" -, além de problemas da própria cena metálica - não só com os "tr00s from hell" que o ameaçavam principalmente na época que a banda estava na gravadora secular Nuclear Blast, como também dentro da "cena cristã", com pirataria, problemas financeiros e pessoais, a parceria com a Soundmass, entre outros elementos que valem muito a pena serem esmiuçados pelos leitores.

Para mim foi uma leitura reconfortante principalmente porque me fez conhecer ainda mais a figura incrível que é o Steve, seu exemplo para artistas os mais diversos - não só cristãos, mas principalmente esses - de um compromisso muito mais sério não só com sua fé, mas com os que te escutam, com seu público, família e todos ao redor. Traçando paralelos, a história do Steve me trouxe ecos dos saudosos Keith Green e Janires Magalhães Manso (Rebanhão e Banda Azul), tirando o fato destes terem partido um tanto cedo demais em nosso pensamento humano limitado, mas todos exibindo as marcas de um compromisso vigoroso com o Evangelho que não torna o homem um religioso hipócrita ou um santarrão, um poltrão caga-regras, e sim uma pessoa que, embora jamais anulando o compromisso superior com o Cristo e com a santificação, nunca deixa os seus na mão, sempre pronto a servir ao próximo, independente das debilitações e sequelas físicas que a doença deixou em seu corpo, Steve Rowe não parou um segundo de cumprir o chamado que Deus o enviou. É esse o exemplo que eu realmente espero que eu, e todos nós, de alguma forma que o Nosso Deus nos guiar para tanto, possamos cumprir.

Soli Deo Glori.

 


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