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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Resurrection Band / REZ





Hippies eram conhecidos por seguirem muita parada insana, como drogas, sexo livre, religiões orientais e misticismo. Em meio a essa liberdade por vezes libertina, um movimento de renovação surgiu dentro das igrejas: O Jesus Movement. Este abriu as portas para uma juventude que procurava respostas e não as encontrava com facilidade nas cada vez mais institucionalizadas e impenetráveis igrejas americanas. Nessa abertura surgiu a Jesus Music, um movimento musical fora de série, com o retorno do rock às suas origens na igreja, além de outros estilos como R&B, Blues, Country, Folk, Soul, Pop, Jazz e diversos outros ganhando espaço nas igrejas, a princípio com muita desconfiança, mas logo sendo a base da CCM (Música Cristã Contemporânea em inglês). Em meio a tantas com Larry Norman, Petra, Agape, 2 Chapter of Acts, Servant, Glass Harp, Randy Stonehill, All Saved Freak Band, Out of Darkness, Keith Green, Amy Grant, Dallas Holm & Praise, Andraé Crouch, The Imperials e diversas outras, uma banda se destacou por levar mais longe do que todas o ideal hippie de liberdade e desprendimento com o sistema: Resurrection Band, também conhecida como Rez Band ou REZ, originalmente chamada de "Charity" entre 1972 a 1974. Eles tocavam em diversos lugares com um trailer atravessando os EUA, a partir de Milwaukee, onde surgiu a comunidade Jesus People USA (uma das primeiras comunidades cristãs alternativas da história). Com uma pegada mais hard rock e blues, por vezes heavy metal (além de uma fase meio new wave), eles marcaram história na cena como uma das precursoras do metal cristão, mas também pela liberdade sonora e temas corajosos que por vezes eram evitados (e ainda o são) pela cena, como drogas, separação de casais, escravidão, racismo, pobreza, exploração de governantes, frieza espiritual, suicídio, dentre outros. Embora hoje em dia pouco lembrados, o grupo do casal Glenn e Wendy Kaiser merece todo respeito e atenção da cena pra sempre.


Music to Raise the Dead (1974)

01 - Down Baby
02 - I Can't Help Myself
03 - Crimson River
04 - There Will Be Fire
05 - We Can See
06 - Better Way
07 - Growin' Stronger
08 - The Man I Used to Be
09 - Quite Enough

Fita K7 contendo bastante material em som mais hard rock, numa linha bem próxima de Led Zeppelin, também tem alguns elementos de southern rock, como "Growin' Stronger", e blues, com "I Can't Help Myself", "The Man I Used to Be" e "Quite Enough" (essa última a mais memorável dessa demo). Foi gravada após a Jesus People USA mudar-se pra Chicago e chegou a ser relançada em 1992 pela Grrr Records (gravadora da banda).

Curiosidades: Foi mixada na mesma mesa usada por Elvis Presley anos antes em uma de suas gravações clássicas, e foi totalmente gravada com o uso de headfones no sótão de um amigo da banda, Gary Rotta, para evitar acordar a esposa deste.


All Your Life (1974/1976?)

Versão original: In the Beginning/ Psalm 61/ Because I Know Him/ Trust in Jesus/ Jesus Walked Upon the Water/ Connections/ Deep Inside my Heart/ Blue Waters/ All Your Life

Segunda versão:

01 - There Will be Fire
02 - Free
03 - Help Us
04 - Jesus is the Rock
05 - Quite Enough
06 - Ocean of his Love
07 - He Speaks to Me
08 - Broken Promises

A versão original foi gravada no mesmo tempo que a primeira demo da banda e no mesmo lugar. O som era mais folk, para atingir um público mais conservador. Essa K7 infelizmente nunca foi relançada e se perdeu. Porém em 1976 uma nova versão foi gravada, e essa bem curiosa: mais voltada pro rock psicodélico e pro heavy metal, essa é a mais conhecida, apesar de contar com apenas duas faixas relembradas até hoje (Broken Promises e Quite Enough, que reapareceram em lançamentos posteriores da banda), algumas pérolas, como a faixa de abertura, como o heavy consistente de Free e a belíssima Ocean of His Love.


Awaiting Your Reply (1978)

01 - Intro
02 - Waves
03 - Awaiting Your Reply
04 - Broken Promises
05 - Golden Road
06 - Lightshine
07 - Ananias and Saphira
08 - Death of the Dying
09 - Irish Garden
10 - The Return
11 - Tag


Resurrection Band... ALL EARS OPEN! 91º na lista dos 100 maiores discos da CCM do livro da revista CCM, esse álbum é simplesmente um fascínio de hard rock, com os vocais de Glenn e Wendy se alternando de forma majestosa já na faixa de abertura, Waves, deixando tudo mais belo do que seria possível. A guitarra de Stu Heiss em certos momentos parece uma gaita harmônica e não uma guitarra, tamanha a beleza dos riffs e solos. As influências de Led Zeppelin, The Who e Scorpions são notórias do começo ao fim do disco, trazendo um som consistente e bem pesado pr'aquela época, o que causou controvérsia e muitas críticas. O disco demorou pra encontrar uma gravadora disposta a distribuir, até que a recém-criada Star Song conseguiu esse feito. Mas a situação de reservas ao disco ainda foi tamanha que quando era vendido em várias lojas de discos cristãos ficava meio escondido porque a capa causava controvérsia (Sério, meus amigos, vejam essa capa e procurem o que diabos há de controverso nela?). Enfim, é um disco inesquecível, trazendo até um momento mais folk em "Irish Garden" e um pouco de música irlandesa, um country em "Ananias and Saphira" ou um som meio de cítara em "Golden Road". Tag é um fechamento minúsculo da faixa "The Return" e as vezes aparece separado da faixa original.

Rainbow's End (1979)

01 - Midnight Son
02 - Strongman
03 - Afrikaans
04 - Skyline
05 - Paint a Picture
06 - Rainbow's End
07 - Concert for a Queen
08 - Sacrifice of Love
09 - The Wolfsong
10 - Everytime it Rains



Capa alternativa
Seguindo a sonoridade hard'n'heavy do disco anterior, Rainbow's End já começa com uma faixa a lá Black Sabbath, "Midnight Son", e segue nessa linha sonora, com influências visíveis do hard rock setentista e do proto-heavy metal. Mas uma faixa no meio dessas se destaca pela sua primazia: "Afrikaans" foi a primeira música ocidental a denunciar os horrores da exploração branca na África do Sul e em todo continente africano, muito antes de "Biko" de Peter Gabriel fazer o mesmo e tornar mais famoso o grito de revolta contra essa vergonha mundial. Essa faixa inaugurou a fase de músicas críticas feitas pela banda.

O resto do disco segue com momentos mais hard rock, alguns mais suaves como "Concert for a Queen", e com uma belíssima balada, "Paint a Picture" que até hoje mexe demais comigo:

"Paint a picture of a broken heart
Paint that picture and you can start to understand the love of the Savior
And oh, how He understands you
Paint a picture of a blood-covered cross
See that picture and you'll know what it cost
- the price God paid to prove His love for you"

Apesar da qualidade sonora do disco, a Star Song dispensou a banda depois desse disco, infelizmente - ou não, já que o próximo álbum levaria a banda muito mais longe do que outrora.

Curiosidade: A faixa-título nunca foi tocada pela banda ao vivo até a sua última apresentação oficial no festival Cornerstone (organizado pela banda) em 2000.

Colours (1980)

01 - Autograph
02 - Colours
03 - N.Y.C. (New York City)
04 - Hidden Man
05 - Amazing
06 - American Dream
07 - Benny & Sue
08 - City Streets
09 - Beggar in the Alleyway
10 - The Struggle

Sem dúvidas uma das capas mais belas da história da música como um todo, "Colours" entretanto não é só uma capinha bonita: o disco é um verdadeiro achado. Embora com um som mais "leve" para encaixar-se em rádios, como é possível ver na belíssima faixa-título, esse disco é fantástico, e curiosamente, apesar do som mais suave, nada de piano ou teclados em nenhuma faixa. Letras bem criativas sobre a dificuldade da vida na cidade, como em N.Y.C. e Beggar in the Alleyway, além de outras temáticas mais cristãs e poéticas. Mas o grande achado é "American Dream", uma crítica nem um pouco sutil ao chamado "modo de vida americano" e à política norte-americana, mostrando os rumos que a música cristã começaria a tomar ao longo dos anos:

"Hail to the families in their tv rooms
Suicide, genocide, abortion, cartoons
Terrorism, violence, starving refugees
Conscience crucified, reality recedes
Nuclear tyrants, computerized plan,
Holding hostage everyman"



Mommy Don't Love Daddy Anymore (1981)

01 - Stark/Spare
02 - Elevator Muzik
03 - Alienated
04 - Can't Get You Out of My Mind
05 - The Chair
06 - Can't do it on My Own
07 - First Degree Apathy
08 - Mommy Don't Love Daddy Anymore
09 - The Crossing
10 - Little Children
11 - Lovin' You (Can't Stop Loving You)


Um pouco mais pop até que o disco anterior (incluíndo influências da new wave, em especial na faixa final do disco), MDLDA é um disco fantástico, com muitos momentos de deixar qualquer fã de rock agitando do início ao fim do disco. Novamente temas da sociedade aparecem aqui, como "Elevator Muzik", uma crítica ao materialismo americano de maneira zombeteira e usando o Muzak (som ambiente) como comparação das músicas vazias que já àquela época rondavam as rádios. "The Chair" aborda a vida difícil de cadeirantes, "Little Children" é um grito de socorro à situação já dramática das crianças do Haiti naquela época, ao passo que a faixa-título conta da desagregação de casamentos e divórcios e como ficam os filhos em meio a essa situação, basicamente uma autobiografia da vida do Glenn Kaiser que passou realmente por isso em sua infância. Outras faixas trazem abordagens geniais da vida cristã, como "First Degree Apathy" e "Alienated". Muitos consideram esse disco a obra-prima da banda (há aqueles que consideram Colours invés deste). O fato é que ambos são fantásticos, e trouxeram inovações geniais pro rock cristão e pra música cristã como um todo.

A banda punk/crossover The Lead fez um cover de "Alienated" em seu EP "Automoloch".

Curiosidade: A faixa "Can't Get You Out of My Mind" apareceu numa coletânea chamada "The Four Side Saga", coletânea em quatro discos da Buzz Magazine em que o primeiro disco (contendo essa música) foi comentado o lado A apenas pelo escritor John Blanchard no livro "Pop Goes the Gospel" (aqui no Brasil saiu como "Rock in... Igreja?") e a crítica contra a música foi pesada, como se ela fosse fraca de mensagem e só repetisse o refrão infinitamente, sem indicar quem seria o "You" da música. Uma enorme piada, pois quem já ouviu a música sabe bem. Vide a letra dela e lá está bem escrito que o "You" é Jesus Cristo que não sai mais da mente da Wendy Kaiser.


D.M.Z. (DeMilitarized Zone) (1982)

01 - Military Man
02 - Reluctance
03 - Babylon
04 - I Need Your Love
05 - Area 312
06 - No Alibi
07 - White Noise
08 - Lonely Hearts
09 - Prisioner
10 - So In Love With You


Apesar da bagunçada capa (uma das mais feias que já vi do rock), esse disco é um disco muito bom de se ouvir, e parece demais da conta com o "1984" do Van Halen (apesar de este ter vindo dois anos após o da REZ). Começa com um hard'n'heavy pesadíssimo, "Military Man", mas já emenda com "Relutance", um número bem new wave e cheio de teclados, e fica nessa alternância ao longo do disco. Essa personalidade dividida torna esse o primeiro disco da fase mais new wave da banda, apesar de ainda não totalmente como viria a ser o próximo disco de estúdio.

Liricamente a banda continua trazendo desde louvores diretos a Deus como "So In Love with You" e "I Need Your Love", até canções bem críticas como a faixa inicial (que é quase a faixa-título de certo modo), com sua crítica à militarização, ambição comum dos americanos e que por vezes tem contaminado os brasileiros (OBS: eu não sou contra a existência das Forças Armadas, só acho uma enorme estupidez tanta valorização a elas e à ambição expansionista e de guerras como os ianques são especialistas - só ver ao longo da história onde isso tá dando...). Outras faixas que falam dessa temática são "Babylon" e "White Noise" (essa com um solo de guitarra do Stu Heiss de 90 segundos no início da música que tornam esse o momento mais memorável da banda segundo eles mesmos). Já as faixas "Area 312" e "The Prisioner" trazem uma linguagem ainda mais juvenil do que a banda até então costumava trazer, visando o público do Ensino Médio americano, um objetivo que a banda continuaria a trazer vez por outra em suas músicas ao longo dos anos.

Live Bootleg (1984)

01 - Intro
02 - Military Man
03 - Gameroom
04 - Wendy's Rap
05 - Playground
06 - Medley ("Waves," "Awaiting Your Reply," "Broken Promises," "Autograph," "City Streets")
07 - White Noise
08 - Quite Enough
09 - Area 312
10 - Can't Stop Loving You
11 - Glenn's Rap


Apesar do nome, o disco não é um bootleg de facto, apenas o primeiro disco ao vivo da banda gravado na Odeum Arena em Chicago. Aliás, corrigindo aqui, "apenas" nada, esse é um baita disco ao vivo, tornando-se o mais vendido da história deles. Duas faixas novas aparecem aqui: Gameroom e Playground, fantásticas como as escolhidas para integrar esse show. "Wendy's Rap" e "Glenn's Rap" nada mais são que ministrações dos cantores. O Medley ficou muito bom, uma perfeita combinação. A fusão de elementos de hard rock e new wave continua aqui, e se amplificará no próximo lançamento.

Curiosidade: Primeiro disco em que a banda assume o nome encurtado Rez Band.


The Best of REZ: Music to Raise the Dead (1984)

01 - Colours
02 - Military Man
03 - Elevator Muzik
04 - Mommy Don't Love Daddy Anymore
05 - Amazing
06 - Area 312
07 - American Dream
08 - Autograph
09 - Can't Get You Outta My Mind
10 - So in Love With You


Coletânea baseada nos três discos lançados pela Light Records, e embora na minha opinião seja uma boa seleção de músicas (foi meu segundo contato com a música da banda inclusive), a não participação direta deles na seleção levou ao descontentamento deles. Anos depois lançariam uma nova coletânea só dos anos de Light, The Light Years (1995).


Hostage (1984)

01 - S.O.S.
02 - Attention
03 - Souls for Hire
04 - Defective Youth
05 - Who's Real Anymore?
06 - Armageddon Appetite
07 - Beyond the Gun
08 - Crimes
09 - It's You
10 - Tears in the Rain
11 - Walk Away



Agora sim uma enorme mudança musical. Jim Denton, o baixista e tecladista da banda, trabalhou bastante nas composições desse, com muito mais elementos de new wave (embora sem abandonar totalmente o hard rock, como é possível ver em músicas como "Attention", "Defective Youth" e "Crimes"). S.O.S. é a porta de entrada perfeita pra essa etapa da história da banda, que embora não tenha sido bem vista por boa parte dos fãs clássicos, é sem dúvidas bem construída e vale a pena ouvir. Segue em frente com outros bons momentos, como "Souls for Hire" e a experimental e insana "Armageddon Appetite" (uma das mais criticadas aliás por fãs antigos da banda).

Liricamente, a banda continua quebrando paradigmas, falando de problemas sociais, violência, criminalidade, juventude perdida e diversas outras problemáticas que a banda convivia bem de perto. Não a toa, "Crimes" acabou sendo a escolhida para virar o primeiro videoclipe da banda, com uma exibição limitada pela MTV, mas passou de maneira brilhante a mensagem da banda pra juventude e contra a criminalidade.


Between Heaven 'n Hell (1985)

01 - The Main Event
02 - Love Comes Down
03 - Zuid African
04 - Walk On
05 - Talk to Me
06 - I Think You Know
07 - Shadows
08 - Save me from Myself
09 - Nervous World
10 - 2000




VHS com os clipes de Crimes e
Love Comes Down, além de entrevista
exclusiva. Não sei o ano...
Voltando um pouco mais pro hard rock, a banda (agora já assumindo a versão ainda mais reduzida do nome, REZ) trouxe também uma grande contribuição da Wendi Kaiser nesse (a aparição dela na capa do disco diz tudo). As letras também mudaram significativamente, com menos foco evangelístico e um direcionamento mais amplo aos temas sociais, visando atingir o mainstream. "Love Comes Down" ganhou um videoclipe que, diferente do anterior, teve uma aceitação maior na MTV americana e vez por outra estava por lá. Outros grandes momentos do disco são "Zuid African" (retomando a temática anti-apartheid que a banda fora precursora e que naquela época já tinha virado "modinha" no meio musical), "2000" e uma balada maravilhosa, "Shadows". Essa canção, até hoje uma das melhores pra mim junto a "Broken Promises", "Military Man", "Silence Screams", "Rain Dance" e "Lovespeak", tem uma letra fantástica que fala sobre a depressão e o suicídio, mostrando todos os passos que levam as pessoas a este estado. Numa época como 1985, quando esse tema era tão pouco comentado, essa música virou uma canção atemporal, haja vista que desde um tempo atrás a depressão virou o "mal do século", afetando diversos de nós até hoje, e levando muitos ao suicídio. É uma canção que eu recomendarei pra sempre.


Silence Screams (1988)

01 - Silence Screams
02 - You Got me Rockin'
03 - Someone Sleeps
04 - Waitin' on Sundown
05 - Presence of the Lord
06 - Light/Light
07 - Rain Dance
08 - Every Waking Hour
09 - Three Seconds
10 - You Get what You Choose

Demos tracks:

11 - Lift Your Hands (Silence Screams demo)
12 - I See Red (Someone Sleeps demo)
13 - Light/Light (demo)

Três anos sem discos - talvez pela saída da Sparrow e subsequente criação do selo Grrr da própria banda, talvez pela saída do Jim Denton e entrada do novo baixista Roy Montroy, talvez pela reformulação sonora completa - e uma REZ muito mais pesada nascia em Silence Screams. A começar pela faixa título, com seu som de heavy metal bem sombrio, a banda trouxe de volta esses elementos, embora mais modernizados pro hard rock oitentista, além de reincorporar o blues.

A capa, uma verdadeira crítica estampada (ainda faço uma camisa dessa capa inclusive) já antecipa a temática pesada e crítica da banda nesse álbum. A faixa título é uma crítica pesada aos aproveitadores da fé alheia (falsos pastores, políticos corruptos, empresários ladrões, etc), "Someone Sleeps" fala das vítimas de guerra (originalmente, quando chamava-se "I See Red", versava diretamente sobre os ameríndios e o abandono que eles passam até hoje), "Waitin' on Sundown" fala da ganância humana cada vez maior, "Three Seconds" fala a respeito de racismo, e assim vemos uma banda que não tem medo de falar de nenhum assunto na ótica divina que definitivamente não está nada feliz com nossos atos nesse mundo - sim, porque infelizmente nós ditos cristãos somos sim culpados de diversos desses crimes, seja por ação ou omissão.

A versão de "Presence of the Lord" do grupo Blind Faith (banda de curta duração de Eric Clapton - e que gerou umas polêmicas bem cabulosas pela capa de seu disco kkkkkkkk) não foi a primeira feita por grupos cristãos (Larry Norman, Infinity Plus Three e The God Squad já tinham feito cover dela), mas na minha opinião é a versão definitiva dessa música. Trouxe os elementos hard rock da original, mas com o vocal maravilhoso de Glenn Kaiser. Emenda com a faixa mais rápida da história da banda, "Light/Light", e com a suavidade blues de "Rain Dance" (bem na linha de Gary Moore e Stevie Ray Vaughan), uma trinca fantástica. O disco fecha com uma pegada meio blues no início de "You Get what You Choose", mas a música mantém o clima meio hard AOR, mas já dando uma palhinha do quanto a banda iria seguir na linha mais blues. O nível de qualidade do disco lhe rendeu 4 de 5 estrelas da consagrada revista de rock britânica Kerrang!.

OBS: As demos inclusas nessa review oficialmente jamais foram lançadas, mas consegui as encontrar no Youtube, mais pela curiosidade de ver o processo de criação de faixas clássicas. Quem imaginaria por exemplo que o disco poderia ter se chamado "Lift Your Hands" e talvez uma linguagem mais religiosa? Ouvir a letra mais voltada pros indígenas de "I See Red" ou ouvir "Light/Light" cantada pelo Glenn invés da Wendi? Pois é, esses prazeres valem a pena!

Treasure Seeker fez um fantástico cover de "Silence Screams" em seu único álbum, "A Tribute to the Past".



REZ: Compact Favorites (1988)

01 - Love Comes Down
02 - Crimes
03 - Defective Youth
04 - Gameroom
05 - S.O.S.
06 - Military Man (live)
07 - Medley
08 - The Main Event
09 - 2,000
10 - Shadows



Mais uma coletânea feita não pela banda, mas pela gravadora (dessa vez a Sparrow, dentro de sua série de discos "Compact Favorites" que incluiu outros artistas como AD, Steve Camp e Sheila Walsh por exemplo), compreende músicas dos álbuns Live Bootleg, Hostage e Between Heaven 'N Hell. Mais uma vez, uma boa seleção de músicas, ajudando a entender essa fase mais "teclados" da banda, ainda que sem perder a essência do hard rock.


Innocent Blood (1989)

01 - Rooster Crow (intro)
02 - Altar of Pain
03 - The House is On Fire
04 - 80,000 Underground
05 - Fiend or Foul
06 - Where Roses Grow
07 - Right of Time
08 - Child of Blues
09 - Laughting Man
10 - Bargain
11 - Great God in Heaven


Seguindo em seu caminho mais hard'n'heavy'n'blues, REZ traz em Innocent Blood um som irado, que começa com a intro "Rooster Crow" (que anos depois, na Glenn Kaiser Band ganharia uma versão completa), um blues simples que é seguido por diversos petardos sonoros, como "Altar of Pain" (sobre a obsessão cultural americana voltada pros jovens - meio uma autocrítica até), "The House is On Fire" (contra cigarro, maconha e outras drogas - mas em especial essas inaláveis que transformam o pulmão em uma casa em chamas), "80 Thousand Undergrond" (sobre a escravidão), "Fiend or Foul" (uma baita música com uma letra em que o diabo fala em primeira pessoa sobre os males que ele promove - inclusive criticada pelo fariseu do Terry Watkins sei lá porque diabos), "Child of the Blues" (um blues irado sobre a pobreza), entre outras canções, que alternam entre o hard mais direto de um "Right of Time" a um blues genial de "Great God in Heaven". "Where Roses Grow" é a "Rain Dance" desse disco, um hard blues a lá Gary Moore iradíssima. "Bargain", versão de The Who, ficou muito massa, sepá melhor até que a versão original, mas também sofreu uma crítica pesada de Terry Watkins em seu site por ser um cover secular, o que não impediu entretanto que a versão da REZ virasse um hit de primeiro lugar nas rádios cristãs americanas. Enfim, é um dos discos mais consistentes da carreira da banda e está entre meus favoritos de sempre.

Curiosidade: A menina da capa é uma garotinha de oito anos chamada Tricia, morava próximo da Jesus People USA do Chicago, mas acabou raptada na área do Chase Park e jamais foi novamente encontrada. Em sua homenagem a banda a colocou na capa do disco. É uma forte candidata pra mim também em fazer uma camiseta usando essa capa como peita.

Civil Rites (1991)

01 - Lovespeak
02 - Mission Bells
03 - Comatose
04 - Death Machine
05 - Players
06 - Lincoln's Train
07 - Hot Footin'
08 - In My Room
09 - Little Jeanie
10 - Footprints
11 - Pauper's Grave
12 - Somebody to Love


A obscura e surrealista capa desse disco mostra mais uma vez o talento incrível da banda. E o conteúdo do álbum segue tão forte como os anteriores. Musicalmente não há muito o que acrescer, porque foi bem na linha do que já aparecera em discos anteriores, apesar de a maior participação da Wendi nesse disco (no meu entender uma ótima atitude, ela canta bem demais com seu estilo meio Grace Slick do hard rock - aliás, o cover pra "Somebody to Love" de Jefferson Airplane ficou fantástico, e, adivinha, gerou polêmica também com o Terry Watkins...). Ela divide vocais com o maridão Glenn em "Comatose" e "Hotfooting", um número de blues rock irado.

As letras desse disco trazem de volta um pouco da lírica evangelística pros jovens, ao focar em temas como sexo sem compromisso e a destruição emotiva que ele pode causar ("Players"), turbulências familiares ("In The Room") e o vício em drogas, em especial o uso de crack ("Little Jeanie"). Já numa linha de criticismo social, letras como a de "Comatose" (sobre prostituição e vício em drogas), os efeitos culturais e econômicas herdadas dos tempos da escravidão negra nos EUA ("Lincoln's Train") e críticas pesadas à industria armamentista para guerras ("Death Machine"). A faixa mais interessante no sentido de sua singularidade é "Hotfootin", dedicada aos pastores e missionarios que incansavelmente pregam a Palavra de Deus. A faixa de abertura, "Love Speak", está entre uma das minhas eternamente favoritas da banda.


XX Years Live (1992)

CD 01:
01 - Introduction/Waves
02 - Military Man
03 - Afrikaans
04 - Atention
05 - Colours
06 - Players
07 - The Struggle
08 - Fiend or Foul
09 - Alienated
10 - Paint a Picture
11 - Wendi's Rap
12 - Right of Time
13 - Love Comes Down
14 - White Noise

CD 02:
01 - My Jesus is All
02 - Lovespeak
03 - In Your Arms
04 - Bargain
05 - Shadows
06 - Somebody to Love
07 - Every Time it Rains
08 - Where Roses Grow
09 - Light/Light
10 - Glenn's Rap
11 - I Will Do My Last Singing in this Land, Somewhere

Segundo disco ao vivo da banda, XX Years Live comemora as duas décadas da banda. Uma apresentação fantástica no teatro Copernicus Center de Chicado. O apanhado de músicas foi significativo e muito bom, pegando ao menos uma faixa de cada disco da banda. Ouvir ao vivo Afrikaans, Shadows, Where Roses Grow ou Paint a Picture é sempre uma emoção nova, bem como a energia em Military Man, Waves, Attention, Light/Light e Lovespeak. Recomendo muito, bem como a versão em DVD que saiu em meados dos anos 2000, com menos músicas, mas com um material extra bem legal, incluíndo os três videoclipes oficiais da banda (Crimes, Love Comes Down e a - até o lançamento do XX Years Live inédita - Surprise). Está entre os melhores discos ao vivo da história do hard rock na minha humilde opinião, não deixando a dever nada pra nenhuma banda famosa da época, como Aerosmith, AC/DC ou Whitesnake.

OBS: As inéditas "My Jesus is All", "Every Time it Rains" e "I Will Do My Last Singing in this Land, Somewhere" ficaram fantásticas, sem falar de "In Your Arms", uma peça romântica e muito linda. No DVD vemos o carinho mútuo de Glenn e Wendi e a conexão forte entre os dois hippies cristãos. Muito lindo mesmo!

Reach of Love (1993)

01 - Heart's Desire
02 - If Your Love Grows Cold
03 - Numbers
04 - Sunrise
05 - Dead to the World
06 - Reach of Love
07 - Land of Stolen Breath
08 - Mannequin's Dream
09 - Empty Hearts
10 - Through I'd Never Love Again
11 - White Lies
12 - On My Dyin' Bed
13 - Heart's Desire (reprise)

Menos quisto dos discos da fase hard'n'heavy'n'blues da banda, Reach of Love entretanto continua a safra de sons bem construídos, como "Heart's Desire", "Sunrise", "Dead to the World" e a maravilhosa faixa-título. As letras continuam geniais, como "Land of Stolen Breath", "Mannequin's Dream" (metáfora para pessoas presas em sua inércia natural), "Numbers" (falando dos horrores da Guerra do Vietnã nas palavras de um veterano real que a banda conheceu e relatava o abandono de vários desses sem apoio do governo americano), "Empty Hearts" (uma música cantada em dupla e que relata uma situação cruel que eles presenciaram bem próximo ao apartamento do casal Kaiser) e "White Lies" (minha predileta desse disco, relatando as "pequenas mentirinhas" que dizemos pra esconder nossa realidade). Como é possível ver, muitas letras relatando situações muito pessoais e impressões deles mesmos acerca de várias situações do cotidiano. Apesar disso, recebeu críticas mistas à época, devido a continuidade da fórmula sem muitas alterações. Uma pena pra mim, pois o disco é muito bom.

Curiosidade: Todas as faixas do disco foram feitas pelo baixista Roy Montroy, o único disco da banda feito só por um membro da banda.

The Light Years (1995)

01 - Autograph
02 - American Dream
03 - Colours
04 - City Streets
05 - Beggar in the Alleyway
06 - The Struggle
07 - Amazing
08 - The Chair
09 - First Degree Apathy
10 - The Crossing
11 - Elevator Muzik
12 - Alienated
13 - Mommy Don't Love Daddy Anymore
14 - Lovin' You
15 - Babylon
16 - Military Man
17 - No Alibi
18 - White Noise
19 - So In Love With You
20 - The Prisioner
21 - I Need Your Love

Compreendendo faixas dos discos Colours, Mommy Don't Love Daddy Anymore e D.M.Z., essa compilação, diferente da "The Best of REZ: Music to Raise the Dead" compreende muito mais músicas dessa fase, criteriosamente selecionadas pela banda e tornando o disco maior e mais variativo. Esse apanhado de faixas tornou o disco superior à primeira coletânea feita pela Light Records. Recomendo bastante. Quem tiver a sorte (eu queria) de pegar uma versão física do disco terá acesso também a fotos, entrevistas e mensagens da banda como bônus (sim, aquela fase de "faixa bônus interativa" estava chegando ao mundo).

Lament (1995)

01 - Parting Glance
02 - Across These Fields
03 - On The Move
04 - Summerthrow
05 - At Land's End
06 - Song and Dance
07 - In Change
08 - The Road
09 - Dark Carnival
10 - Mirror
11 - Another Look
12 - Surprise
13 - Richest One
14 - Across These Fields (Reprise)
VHS do álbum

Quando sua banda, após seguir na mesma fórmula por quatro discos seguidos vê que a fórmula sofreu um desgaste, o que fazer? Reinventar-se! E que forma maravilhosa de fechar com chave de ouro a discografia de álbuns de inéditas com Lament. Com a assistência na produção e em algumas partes de guitarras e outros instrumentos do Ty Tabor (King's X, Platypus), um dos mais talentosos guitarristas de rock e metal progressivo de todos os tempos, a REZ, ou melhor, a Resurrection Band (sim, eles voltaram a usar o nome completo nesse) fez tal qual uma de suas bandas inspiradoras, a The Who: um álbum conceitual. E que senhor álbum conceitual, um raro exemplo dentro do rock cristão. E se o instrumental ainda mantém o elemento hard rock'n'blues, é inquestionável que os timbres e influência do Ty Tabor trouxeram aquele quê de King's X e do prog rock/metal californiano (a turminha formada por King's X, Atomic Opera, The Awful Truth/Galactic Cowboys e Tinnitus, que meio que seguiram em paralelo ao movimento grunge em várias características). "Summerthrow" por exemplo, se trocassem a voz de Glenn Kaiser pela do Doug Pinnick eu diria que estava diante de um novo disco do King's X.

A temática desse disco conceitual gira em torno do ciclo de loucura e dificuldades que o ser humano passa nessa vida, e que sem uma real rendenção espiritual jamais conseguiremos romper esse ciclo cruel. Um canto de cisne fantástico pra banda, que na turnê seguiram tocando unicamente músicas desse disco, sem nenhuma outra de outros álbuns, e seguindo fielmente a ordem das músicas, algo jamais feito até então por uma banda cristã, e bem pouco comum até mesmo no rock em geral: The Who, Pink Floyd, Dream Theater, Queensrÿche, Iron Maiden, Savatage e Styx foram alguns raros exemplos que tiveram essa coragem. Não a toa esse disco é um dos mais elogiados da banda, e foi considerado um renascimento indubitável deles.

"Surprised" ganhou um clipe bem legal que chegou a sair em VHS na época.

Ampendectomy (1997)

01 - Lovespeak
02 - Broken Promises
03 - Souls for Hire
04 - The House is On Fire
05 - I Need Your Love
06 - Rain Dance
07 - Shadows
08 - So In Love With You
09 - Colours
10 - Irish Garden
11 - Right in Time
12 - Across These Fields Reprise
13 - 2000
14 - Lincoln's Train
15 - Can't Stop Loving You

E por mais curioso que possa parecer, a banda encerrou sua carreira de discos de estúdio com um álbum acústico comemorativo de 25 anos de carreira. Nessa época era bem comum esse tipo de disco (era dos Unplugged MTV e Acústico MTV), mas o que a Resurrection Band conseguiu nesse disco foi recaracterizar diversos clássicos da banda de um jeito fora de série. A new wave de Souls for Hire desapareceu completamente, virando um blues competentíssimo, bem como "Lovespeak" virou um senhor hard blues no violão. So In Love With You passou por uma pegada mais pop, tal qual Colours ficou ainda mais dançante. The House is on Fire, na contramão, foi a música que menos mudou, junto com as baladas Broken Promises e Shadows, que ficaram bem próximas das originais, apesar da "ampendectomia". "Rain Dance" ficou um achado blues muito bom. Várias canções desse disco reapareceriam numa coletânea solo do Glenn Kaiser de 1999 chamada "Blues Heaven", com alguns clássicos do cantor gravados por ele ao longo dos anos, seja solo, seja em companhia de amigos como Darrell Mansfield e Larry Howard, ou, obviamente, na Rez Band.

Curiosidade minha: Meu primeiro disco da Rez foi esse. À época já tinha ouvido falar deles como uma banda de hard rock daquelas, e me deparar com esse disco de primeira foi um susto enorme. Mas não demorou pra eu ter contato com a fase realmente pesada da banda e tornar ela uma das minhas eternamente favoritas. Dito isso, esse disco acabou virando uma paixão nova quando, já habituado com as versões originais das músicas, reouvi esse e vi que a banda fez um trabalho excelente com este também.


Music to Raise the Dead 1972-1998


Disco 1:

        Awaiting Your Reply
        ___________
  1. Waves
  2. Awaiting Your Reply
  3. Broken Promises
  4. Irish Garden
  5. The Return

    Rainbow's End
    _______
  6. Afrikaans
  7. Paint a Picture
  8. Rainbow's End
  9. Concert for a Queen
  10. Everytime It Rains

    Colours
    _________
  11. Colours
  12. Amazing
  13. American Dream
  14. The Struggle

    Mommy Don't Love Daddy Anymore
    _________
  15. Alienated
  16. The Chair
  17. First Degree Apathy
  18. The Crossing

Disco 2:

           D.M.Z.
           _________
  1. Military Man
  2. Babylon
  3. Area 312
  4. No Alibi
  5. White Noise

    Hostage
    _________
  6. Attention
  7. Crimes
  8. Tears in the Rain

    Between Heaven 'N Hell
    __________
  9. Love Comes Down
  10. Zuid Afrikan
  11. Shadows
  12. Nervous World

    Silence Screams
    ___________
  13. Silence Screams
  14. Light/Light
  15. Rain Dance

    Innocent Blood (continua no próximo CD)
    ___________
  16. Rooster Crow
  17. Altar of Pain
  18. Right on Time


Disco 3:
  1. The House Is on Fire
  2. Where Roses Grow

    Civil Rites
    ___________
  3. Lovespeak
  4. Players
  5. Lincoln's Train
  6. Somebody to Love

    Reach of Love
    ___________
  7. Reach of Love
  8. Land of Stolen Breath

    Lament
    ___________
  9. Summerthrow
  10. Song and Dance
  11. Surprised
  12. Across These Fields Reprise

    Ampendectomy
    ___________
  13. Souls for Hire

    Live Bootleg
    __________
  14. Gameroom
  15. Can't Stop Loving You

    Music to Raise the Dead
    __________
  16. Quite Enough

Disco 4 (DVD) LIVE IN CONCERT XX YEARS:

Military Man
Afrikaans
Attention
Colours
Players
The Struggle
White Noise
Alienated
Paint a Picture
Love Comes Down
Lovespeak
In Your Arms
Shadows
Where Roses Grow
Light/Light
I Will Do My Last Singing in This Land Somewhere

Special Features:
Crimes: Music Video
Love Comes Down: Music Video
Surprised: Music Video
Band Commentary

REZ vive para sempre! Os "Joões Batistas da música cristã", como eles costumavam se chamar, podem ter encerrado oficialmente a carreira como banda em 2000, pouco antes de completarem 30 anos de estrada, mas não só esporadicamente se reuniam para algumas apresentações, como lançaram esse box comemorativo de 35 anos fantástico. 52 músicas remasterizadas digitalmente das mais diversas fases da banda aparecem aqui, a maioria seguindo a ordem de lançamento (a exceção das 3 últimas do CD 3). Além do mais, ainda vem com o DVD do show de XX anos da banda, mais material extra, e um encarte com inacreditáveis 80 páginas com a história da banda e fotos. Sonho de consumo meu até hoje!

Bootlegs: Sei que a banda fez um show por volta de 1998 que acabou como bootleg. Infelizmente não tenho informações precisas - inclusive infelizmente perdi esse material -, mas é possível com sorte encontrar no ZPoC (estou a cata lá a um tempinho. Caso encontre darei um jeito de incluir ele aqui nas reviews da banda).

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Ver também:

Glenn Kaiser/Glenn Kaiser Band
Kaiser/Mansfield (& Howard)
King's X
Ty Tabor
Platypus


Letras: Resurrection Band / REZ



Um comentário:

  1. Só uma correção pra lembrar de corrigir: não era a Tinnitus e sim a Tellus. Desculpem-me

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