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sábado, 18 de abril de 2020

Saint



Uma das primeironas bandas de heavy metal puro cristãs, nascida em Salem, Oregon, EUA, em 1989 com o nome Power Faith, seguindo até 1982 com o nome The Gentiles (com o qual gravaram uma demo em 1981) e finalmente em 1982 mudaram de nome pra Saint. O fundador principal foi o baixista Richard Lynch (nenhum parentesco com o guitarrista George Lynch das seculares Dokken, Lynch Mob e do projeto Sweet/Lynch com o vocalista Michael Sweet da Stryper). Na formação original incluía o baterista Jim Maxwell (da já comentada aqui no blog banda Valor). John Mahan (guitarras) assumiu os vocais junto com Max Clark, até que em 1982 a banda mudou de nome pra Saint e assumiu o vocalista mais famoso da banda, Josh Kramer. Os vocais dele muito lembram o vocal do Rob Halford (das seculares Judas Priest, Halford, Fight e 2wo), o que fez com que a banda fosse sempre comparada com o Judas Priest (o estilo mais heavy/speed metal da banda também ajudou a essa comparação). Posteriormente Dee Harrington (ex-Holy Danger, banda onde Guy Ritter e Gary Lenaire começaram a carreira) faria parte do time. Por algum motivo que nem no site antigo da banda explicaram (o atual a bio é minúscula e ainda contém erros, como dizer que a banda surgiu em 1984. Quem contratou esse estagiário?), em 1989, após o lançamento do segundo álbum a banda parou suas atividades. Em 1998 decidiram voltar com uma pegada um pouco mais moderna junto ao baterista/vocalista Tim Lamberson, mas não foi bem aceito. Em 2003 houve o retorno de John Kramer, e a banda seguiu com vários lançamentos até a saída deste em 2012 para sua nova banda, Ghostemple, e a partir daí a banda ainda continuou em atividade, com Brian Miller e posteriormente Dave Nelson nos vocais.

Não confundir com a banda homônima de Chicago que tinha uma vocal feminina e era secular - porém muito boa viu!

Curiosidade bizarra: Existe uma lenda urbana que Saint e a secular Armored Saint tiveram um desentendimento nos anos 1980, por conta de nome e aparência similares (o Saint, tal como o Armored Saint, curtiam usar um figurino de "armadura de couro"), mas não há provas concretas de que realmente rolou essa rivalidade.

Pra ouvir a banda no Spotify enquanto lê a review, CLIQUE AQUI!


The Gentiles - Demo (1981)

01 - Abyss
02 - Worrying World
03 - Self-Made Man
04 - Space Cruiser

Ah, o belo e épico heavy metal tradicional! Sem dúvidas entretanto fica aquele ar de estranheza pros habituados com o som da Saint tradicional que não tinham sido expostos a essa demo antes (não é meu caso: ouvi ela e o EP Warriors of the Son antes de todos outros discos da banda, e deu pra entender o diferencial de cara). A pegada deles já era entretanto a que somos mais acostumados, só o vocal de Max Clark parece-nos diferente, o que não necessariamente é ruim, na verdade torna essa demo a mais diferenciada positivamente da banda, que posteriormente iria ficar mais na linha Priestiana mesmo com a entrada do Josh Kramer. Duas músicas dessa demo voltariam pra carreira da banda com letras modificadas: Abyss e Space Cruiser.

KILLER TRACKS: Abyss principalmente, mas a demo em si é muito boa


Capa original, reutilizada em
relançamentos posteriores
Versão da Rotton Records
Warriors of the Son (EP, 1984)


01 - Plan II
02 - Legions of the Dead
03 - Abyss
04 - Warriors of the Son
05 - Vicars of Fate
06 - Time's Wasting
Bônus de 2001 em diante:
07 - Abyss (demo)
08 - Worriyng World (demo)
09 - Self-Made Man (demo)
10 - Space Cruiser (demo)


Entra Josh Kramer e Saint mostra seu lado mais clássico. Já nessa EP é impossível não notar que as influências mais heavy clássico e speed metal presentes. Letras fortes e que batem de frente com o sistema do diabo e também com as escolhas erradas da sociedade e o final trágico e infernal que elas conduzem. Ótimo EP apresentando bem a banda (meu primeiro contato com eles foi na versão de 2001 "Warriors of the Son and the Gentiles Demo" e não larguei mais), e pra se ver o quanto o disco marcou no metal cristão, em 2008 a música Plan II ganhou uma versão iradíssima da banda de blackned death Frost Like Ashes.

KILLER TRACKS: Abyss, Plan II, Time's Wasting (que até ganhou um clipe, mas infelizmente não tô achando no Youtube =/ )


Exemplar do meu amigo Scott Waters (Ultimatum e Once Dead)

Time's End (1986)

01 - In the Night
02 - Island Prisioner
03 - Space Cruiser
04 - Through You
05 - Time's End
06 - Primed and Ready
07 - Destroyers
08 - Phantom of the Galaxy
09 - Steel Killer

(Versão de 2001 da M8 inclui faixas bônus ao vivo da apresentação da banda no Cornerstone 1986).

Um clássico absoluto do metal cristão, "Time's End" tem também uma das mais cabulosas capas da música cristã (baseada em Apocalipse 13 sobre a besta que sairá do mar - o anticristo), e que literalmente trazia muito a linguagem apocalíptica e até meio negativista no universo lírico da Saint. Um heavy/speed rapidíssimo, fundindo bem influências de bandas de heavy clássicas como Black Sabbath, Judas Priest, Budgie e Scorpions fase setentista. O álbum foi eleito o 67º melhor disco do metal cristão pela Heaven's Metal, e merecia até posição maior, já que o peso e os riffs geniais, além do vocal fantástico de Kramer se mostrava sem dúvidas genial.

KILLER TRACKS: In The Night (suprema, uma das melhores músicas deles ever), Island Prisioner, Space Cruiser, Through You, Time's End (dark pra caramba!), Steel Killer, mas o disco todo é recomendado do início ao fim.


Too Late for Living (1988)

01 - Too Late for Living
02 - Star Pilot
03 - Accuser
04 - The Rock
05 - On the Street
06 - Returning (instrumental)
07 - The Path
08 - Through the Sky
09 - The War is Over


Provavelmente o disco mais clássico da banda (tanto que foi considerado pela extinta coluna Christian's Voice no Whiplash o 15º melhor disco de metal cristão.). Tão clássico que "Too Late for Living", a faixa-título, ganhou uma versão iradíssima pelo grupo Treasure Seeker. Uma verdadeira paulada de heavy/speed metal. Até hoje o único que tenho original na minha coleção, fantástico. Difícil dizer qual música é mais "chiclete" (embora Too Late for Living seja bem mais conhecida que as outras), porque a velocidade e agressividade de faixas como "Star Pilot" e "Accuser" deixa tudo mais legal, além da instrumental iradíssima "Returning".

Curiosidade mórbida: Procurei pra caramba em vão quem foi essa pobre Sue R. Later que viveu apenas 17 anos de vida e aparece na capa, mas enfim, devem ter criado ela na hora só pra aproveitar o sobrenome "Later" (atrasado, tardio) com o título do disco, "Too Late for Living" (muito tarde pra viver).

KILLER TRACKS: O disco todo!


Saint (coletânea, 2CDs, 1997)
Contém o EP Warriors of the Son e os dois LPs.


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The Perfect Life (EP, 1999)



01 - The Runner
02 - Raise Your Hands
03 - Show His Love
04 - To Live Forever
05 - The Perfect Life
06 - Deceived


Em 1998 Dee Harrington e Richard Lynch decidiram ressuscitar a Saint, que a quase dez anos simplesmente saiu de cena sem mais nem menos. Lynch e Harrington fizeram então um power trio com o vocalista/baterista Tim Lamberson (que continuaria a acompanhar a banda só na bateria por mais alguns anos). O resultado foi o EP "The Perfect Life", que foi meu segundo contato com a banda, e aqui sim posso dizer que fiquei meio "confuso". Além de um outro vocalista, é notório que a banda não fez um som tão clássico como nos discos dos anos 1980. A verdade é que o som da banda em alguns momentos parecia tentar dar uma pegada meio noventista (perceptível em faixas como Raise Your Hands e sua pegada meio grunge, Show His Love e a faixa-título). O vocal de Lamberson é OK, mas não chega nem perto da qualidade de Kramer. Foi um retorno meio "perdido", que me remete muito ao retorno do Stryper por exemplo com o "fora de lógica" Reborn. Ainda bem que pouco depois a banda decidiu reestruturar-se e voltar aos velhos tempos, com Kramer à frente.


KILLER TRACKS: Só To Live Forever e um pouco The Runner. É sério, esse EP é bem deslocado na carreira da banda.


Saint Collection 1984-1999 (coletânea, 2CDs, 2003)
Todos os lançamentos com o nome Saint até então nessa collection


Warriors of the Son 2004 (2004)

01 - Plan II
02 - Legions of the Dead
03 - Abyss
04 - Warriors of the Son
05 - Vicars of Fate
06 - Time's Wasting
07 - Killers and Destroyers
08 - The Reaper



Não, isso não é um disco de relançamento + duas faixas bônus novas ou perdidas no tempo, e sim uma total regravação da EP "Warriors of the Son" e duas faixas novas. Marcando o retorno de Josh Kramer, a regravação foi fantástica, já que não teve uma mudança gritante nos arranjos clássicos, o que realmente ficou legal foi a produção mais apurada. As faixas novas também tão show de bola. Pelo que soube ambas originalmente deveriam ter constado no disco ou até foram lançadas em alguma gravação original de 1984, mas até então não tinham sido oficialmente lançadas.

KILLER TRACKS: O disco todo - mas é difícil pacas achar na internet kkkkkkk essa review minha é toda baseada em lembranças de uma audição passada.



Basement Tapes (coletânea, 2004)

01 - Steve Hook (intro)
02 - In the Night / Warriors of the Son
03 - The Reaper
04 - The Killers & The Destroyers
05 - Abyss
06 - Selfmade Man
07 - Space Cruzer
08 - Worrying Man
09 - Like a Vision
10 - Shadows of the Night
11 - Let Us Pray
12 - Star Pilot 2
13 - Time's Wasting
14 - Stand & Fight
15 - Vicar of Fate



Coletânea contendo algumas demos (incluíndo aí a "The Gentiles" entre as faixas 5-8), alguns outtakes (erros de gravação) e gravações de ensaio, algumas inéditas como "Like a Vision", "Shadows of the Night" e "Let us Pray". Uma das mais curiosas é o medley de In the Night e Warriors of the Son. A forma de escrita de algumas das músicas é provavelmente a forma que nomeavam elas na época, antes de um lançamento oficial ou relançamento. Não chega a ser um disco muito valioso, apesar de conter as versões originais de Reaper (que me lembra muito The Ripper do Judas Priest sempre) e Killers and the Destroyers, mas por serem gravações raras tem aquele abafado de fitas K7 antigas. Uma exceção boa aqui é a demo The Gentiles, que ficou muito mais limpa a produção, a remasterização aqui deu certo demais.

KILLER TRACKS: O disco é mais pra colecionador, nada tão essencialmente memorável, mas pra curiosos vale a escutada.


Versão da Retroactive (2010)
In The Battle (2004)

01 - In The Battle
02 - Star Pilot's Return
03 - Here We Are
04 - Sacrifice
05 - Holy Rollin'
06 - Ryders
07 - The Choice
08 - When
09 - Acid Rain/Armor On (ou Full Armor)
(Na versão de 2010 as duas últimas faixas estão separadas)

Três discos em um só ano! Coragem viu! Hahaha, mas esse sim com inéditas, e esse sim um RETORNO digno da banda. O disco mantém a qualidade e sonoridade da banda desde os anos 1980, com um novo guitarrista (Jerry Johnson) e uma produção apurada, mas mantendo um pouco do clima oitentista. Legal pacas a continuação de Star Pilot. A capa original não é lá muito legal, mas ao menos a Retroactive melhorou muito em 2010 em seu relançamento (tanto que em 2018, quando o selo da banda, Armor, relançou de novo, usou a arte inteira da Retroactive, só alterando um pouco o tamanho da logo da banda e a fonte do nome do disco).

KILLER TRACKS: Difícil escolher só algumas, esse disco é fantástico. Mas In The Battle, Star Pilot's Return, Here We Are, Holy Rollin' e Full Armor estão entre as melhores do disco.


Live '05 (2005)



01 - Sacrifice
02 - Vicars of Fate
03 - In the Battle
04 - Holy Rollin'
05 - The Path
06 - In The Night
07 - Warriors of the Son
08 - Here We Are
09 - Too Late for Living
10 - Primed and Ready
11 - Ryders
12 - Full Armor
13 - Plan 2



Primeiro e único realmente oficial disco da Saint ao vivo, gravado no X-Fest em 03/09/2005. A qualidade de gravação não ficou tão boa, mas é bem legal ver que o Kramer cantava bem pacas ao vivo, afora a qualidade da banda em tocar tanto músicas do disco mais recente deles, como velhos sucessos como Vicars of Fate, In the Night, Too Late for Living, entre outros.

(Devido a qualidade mais bootleg do disco, não tem killer tracks).


Josh Kramer of Saint Live in Germany: Headbanger's Night 2 (bootleg?, 2006)
Gravado em 22 de outubro de 2005, em Nanzdietschweiler, Alemanha.
Curiosamente somente o Josh está presente da banda, os outros músicos
são das bandas Ivory Night e Adorned Graves.



The Mark (2006)

01 - The Spirit
02 - The Vision
03 - Ride to Kill
04 - He Reigns
05 - On and On
06 - The 7th Trumpet
07 - The Mark
08 - Bowls of Wrath
09 - Babylon the Great
10 - Reaping the Flesh
11 - Gog & Magog (instrumental - só aparece na versão The Revelation)
12 - Alpha & Omega



Sem dúvidas o disco mais apocalíptico da banda que já era habituada à temática apocalíptica, "The Mark" é baseado no livro de Apocalipse (Revelação) completamente, quase um disco conceitual do modo Saint de ser. E sem dúvidas esse disco, exceto pela balada "He Reigns", é sem dúvidas uma aula de heavy metal pesado como ele deve ser. Eu diria até que é o disco mais porrada da banda, já pela sombria capa do diabo sendo engolido pelo inferno já deixa claro isso. Com uma pegada que mescla bem as influências de Judas Priest com a de bandas como Accept, esse álbum é perfeito pra fãs de speed metal de primeira. Se duvida, pode pegar pra ouvir Ride to Kill ou a mais porrada de toda a carreira da banda, The 7th Trumpet, um som que até nos vocais remete a "Painkiller" do Judas Priest. Posteriormente o disco seria relançado com o nome The Revelation.

KILLER TRACKS: Basicamente o disco todo, mas as mais viciantes sem dúvidas são The Spirit, Ride to Kill, The 7th Trumpet, The Mark e Babylon the Great.

Curiosidade mórbida: Uma das piores reviews que já li na vida curiosamente foi feita pelo costumeiramente técnico Ricardo Seelig pra esse disco. Não só deu nota 2 (OLOCO!) como disse que as músicas eram "repetições" umas das outras. Ah tá, [ironia]com certeza He Reigns é IDÊNTICA a 7th Trumpet[/ironia] kkkkkkkkk só consigo pensar que titio Ricardo estava com muita preguiça pra ouvir o disco direito, ou muito chapado quando o ouviu e resenhou. Fazer o que, todo mundo erra uma ou várias vezes na vida, até os melhores resenhistas (SIM, eu falei ERRA, porque eu sei bem que resenhas como as minhas tem a parada de "opinião", mas a afirmação de que o Saint só fez "repetir a fórmula nas doze músicas do The Mark" é sim um ERRO que qualquer acéfalo que começou na música ontem saberia perceber).


Crime Scene Earth (2008)

01 - The Conquest (intro) / Half is a Time Measure
02 - Terror in the Sky
03 - Everlasting God
04 - Crime Scene Earth
05 - The Judas in Me
06 - Too Many
07 - Invader (Judas Priest cover)
08 - Bended Knee
09 - Lost


Disco cabuloso! Unindo não só o vocal impetuoso e velho conhecido do Josh Kramer (que foi o vocal principal da gritada "Half a Time's Measure", "Crime Scene Earth" e o incrível cover de Invader), mas também o Richard Lynch, que decidiu arriscar nos vocais. O vocal dele tem uma pegada bem mais grave, embora remeta um pouco aos vocais mais simples do Kramer. Nada mau pro Lynch. A única coisa que esse disco ficou devendo mesmo não foi na qualidade musical ou lírica (as letras continuam fantásticas), mas na produção, que ficou um pouco abafada. E nem adianta dizer que é algo estético, porque os dois últimos discos de estúdio, que adotaram uma produção meio "oitentista", foi bem mais limpa que essa. Enfim, um ótimo disco, porém pecou um bocado nisso.

KILLER TRACKS: Crime Scene Earth, Half is a Time Measure, The Judas in Me, Terror in the Sky, Invader.


Crime Scene Earth 2.0 (2009)

01 - The Conquest (intro)
02 - Half is a Time Measure
03 - Terror in the Sky
04 - Everlasting God
05 - Crime Scene Earth
06 - The Judas in Me
07 - Too Many
08 - Invader (Judas Priest cover)
09 - Bended Knee
10 - Lost

Não há dúvidas que Crime Scene Earth é um discaço, porém pecou muito na produção. Pensando nisso, a própria banda decidiu no ano seguinte regravar o disco completamente. Além de uma produção mais apurada, decidiram também deixar os vocais só a cargo do Kramer. Sob certos aspectos isso até deu uma melhorada mesmo no disco. No fim, vai de cada um optar qual a melhor versão. A capa nova ficou massa, mas ainda prefiro a original, tem mais a ver com o conceito da faixa-título.

KILLER TRACKS: As mesmas da versão 1.0

Curiosidade: A mão da foto é do Scott Waters (da banda Ultimatum).


Hell Blade (2009)

01 - The Ascent (intro)
02 - The Blade
03 - To The Cross
04 - Crying in the Night
05 - Hell Train
06 - Endless Night
07 - You & Me
08 - New World Order
09 - Sinner Peace
10 - Hell Blade


Que disco! Um petardo atrás do outro. Conseguir unir elementos de heavy metal clássico e speed metal com uma produção bem atual, tornou esse disco indubitavelmente o 46º melhor disco de metal cristão na lista da Heaven's Metal. Pra uma banda com trinta anos de estrada (a despeito de quase uma década parados), esse disco mostra uma banda muito em forma. Simplesmente um festival de metal clássico/NWOBHM e Speed Metal.

KILLER TRACKS: TODO O DISCO!

Curiosidade pessoal: Minha segunda matéria escrita pro site Whiplash foi sobre o lançamento desse disco.


Alive Forever (DVD, 2010)
Show gravado no Live at the Grand, e que contém também
vídeos de gravações do Hell Blade, além de material bônus dos seguintes shows:
"Masonic Temple 1985," Huntington Beach 1985," Cornerstone Festival 1986," "TOMfest 2005," "Xfest 2005."


The Revelation (2011)
Basicamente é o The Mark com nova mixagem e masterização

Desperate Night (2012)

01 - The Crucible (intro)
02 - Crucified
03 - The Key
04 - End of the World
05 - Let it Rock
06 - The Fray
07 - Inside Out
08 - Desperate Night
09 - Zombie Shuffle
10 - Jugdement Day
11 - To Live Forever (versão 2012)
12 - Escape from the Fire
13 - Crucible (reprise)

Saint é, ao longo dos anos, uma prova viva que esse papo de "repetição de fórmula é cansativo e desgasta" é papo furado. Um disco superinspirado como sempre, trazendo a linguagem setentista dos pais do heavy metal muito bem presentes aqui. Legal é que nesse disco tivemos três vocalistas! Josh, que estava se despedindo da banda após anos de ótimo serviço, seu sucessor Brian Phyll Miller (que canta a faixa-título) e o Richard Lynch novamente arriscando nos vocais (como visto em "The Key"). Além do Josh Kramer tocando guitarra na faixa 9 (pois é, um disco de experimentalismo nas alturas kkkk). Brian canta muito bem, uma substituição digna, eu diria, uns falsetes muito bem colocados, mas a voz "sem firulas" dele também é bem apurada, com uma agressividade interessante, não tentando emular ninguém, nem o Rob Halford (como alguns acusam erroneamente o Josh de ter feito - nota-se que o Josh sempre ostentou vocais mais graves, mesmo em seus falsetes), nem o Kramer, nem nenhum outro vocal que passou pela Saint, o que é mais que ótimo. Lynch continua com seu tom mais grave e rasgado, mas fantástico igualmente. E Kramer em sua despedida mantem-se genial como sempre. Legal demais ouvir a melhor música da EP "The Perfect Life" de 1999 ressurgindo nesse disco com os vocais do Kramer e uma pegada mais tradicional do que a original (que ainda assim era uma das poucas que mantinham um quê de Saint clássico naquele EP). A capa é muito irada, tenho acho até hoje um broche feito baseado nessa capa, e detalhe pra "Hell Blade" na mão de um dos cavaleiros, uma continuidade óbvia da capa do disco Hell Blade, seu antecessor de estúdio imediato, algo que me lembra muito o que o Judas Priest mesmo faz em algumas de suas capas reutilizando elementos de outras (o Stryper também tem feito isso, e aliás é uma prática legal que dá pra achar em diversas bandas cristãs e seculares, e divertido também!)

KILLER TRACKS: O disco é todo recomendável, mas minhas prediletas aí são "Crucified", "The Key", "End of the World", "Desperate Night" e "To Live Forever". "Let it Rock" também vale pra caramba a ouvida pela pegada cheia de variações.


Broad is the Gate (2014)

01 - Broad is the Gate
02 - Hero
03 - We All Stand
04 - Demon Pill
05 - We All Fight
06 - Who you Are
07 - Reach the Sky
08 - Never Same
09 - Metal Cross (instrumental)



Nova era, velha Saint (tá, tinha um novo vocal no meio que mostrava a nova era em questão, o Brian Phyll Miller). Richard Lynch mostra-se um líder (e único membro remanescente da formação clássica) consistente, muito embora nesse disco hajam uns elementos mais "novos" aqui e acolá, até um flete com o hard rock em faixas como Never Same. Esse disco rendeu inclusive um fantástico clipe pra "We All Fight", definitivamente colocando a nova era da Saint bem marcada. O disco tem ótimos momentos, mas curiosamente é bem curto, só nove músicas (tá que os clássicos da banda tudo tinham só isso, mas furou o padrão de mais músicas que já tinha até então).

KILLER TRACKS: Broad is the Gate, We All Stand, We All Fight, Never Same, Metal Cross


The Calf (2019)

01 - The Calf
02 - Another Day
03 - Psalm 23
04 - Rise
05 - Fine Line
06 - Storm Night
07 - Fragile
08 - Hell to Pay
09 - The Fall
10 - God is Good



Uma banda que segue firme na missão. Assim a Saint designa-se atualmente em seu site oficial. E é bom ouvir uma banda que não para de fazer aquilo que sabe fazer melhor, um heavy metal tradicional como se deve ser. Com mais uma mudança nos vocais (Dave Nelson é a nova voz da banda), é legal perceber que esse vocal mantém a tradição vocal setentista do metal, com uma agressividade e um timbre que muito me remete a Biff Byford da secular Saxon. Sem dúvidas mais um ótimo disco da Saint, com letras como sempre bem críticas, duras e pesadíssimas, como a da faixa-título, que remete ao episódio de Êxodo 32 quando o povo de Israel trai ao Senhor o trocando por um bezerro de ouro (situação que se repete até hoje, só troque "bezerro de ouro" por "políticos", "ideologias", "cantores gospel", "pastores", "doutrina e ministério", "teologia" e outros ídolos menos "dourados"). Vale muito a pena sacar mesmo esse disco da banda, sem sombra de dúvidas!

KILLER TRACKS: The Calf, Another Day, Fine Line, Stormy Night, Hell to Pay

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