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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Stauros




Nascida como Saraterra em 1995, em Itajaí, Santa Catarina, ainda nesse ano a banda dos irmãos Alessandro (guitarra, também na Percussax) e Renatinho Lucindo (guitarra) mudou de nome pra Stauros (cruz em grego), e largou o pop/rock e os covers que estavam se propondo a fazer por um heavy metal mais próximo do power metal e do progressivo. Com a entrada de Celso de Freyn (Maestah, Seven Horizons, Power Praise, Vox Heaven) em 1996 nos vocais a banda tornar-se-ia, junto com a católica Eterna, referência no cenário power/prog cristão com seu clássico "O Sentido da Vida" de 1997. Após um período investindo em letras em inglês com Carlos César (Criva) nos vocais, o grupo chegou a retornar com Celso, mas posteriormente passariam anos inativos, de 2005 a 2008. Um breve retorno um tanto questionado pela mudança muito grande na proposta do som da banda (bem pop/rock) entre 2008 a 2012 foi interrompido, mas em 2013, com o retorno definitivo de Celso de Freyn pra banda, eles seguiram em frente e continuam na ativa até hoje.

OBS: Não confundir com bandas homônimas de Costa Rica nem da Grécia.

PRA ACOMPANHAR A REVIEW COMIGO, OUÇA-OS NO SPOTIFY.


Relançamento pela RV Gospel
(embora há fontes que dizem que também
saiu pela Gospel Records)
Vento Forte (1995)

01 - Vento Forte
02 - Nas Mãos do Amanhã
03 - Teorias
04 - Sinal Vermelho
05 - Canção de Nick
06 - Último Sacrifício
07 - Disfarces
08 - Sobre as Nuvens (instrumental)
09 - To Everyone Who Believes
10 - Raça Humana
11 - Kairós

(OBS: A tracklist apresentada aqui é do relançamento. Na versão original "To Everyone Who Believes" é a faixa 7 e de "Disfarces" pra baixo segue a sequência)

Nesse disco de estreia, com os irmãos Lucindo assumindo os vocais, a banda ainda fazia uma transição básica de heavy/prog metal com uma pitada de rock mais AOR, sendo ainda um som mais primitivo, mas não sem trazer grandes clássicos como a faixa-título, "Teorias" (que tem uma letra genial sobre o que será após a morte), "Último Sacrifício", "Disfarces" e a minha predileta, a primeira música da banda Stauros que eu virei fã, "Raça Humana" (embora eu já tivesse ouvido outros discos como "O Sentido da Vida" e "Seaquake" no programa do CMF, só muitos anos depois vim curtir de verdade a banda). Uma crítica básica é que em alguns momentos, e estou certo que não é só comigo isso, você tem uma leve impressão que Zezé Di Camargo e Luciano decidiram cantar heavy metal (kkkkk), ao menos em faixas como "Nas Mãos do Amanhã" dá pra ficar com essa impressão estranha kkkkk (desculpa aí manos, sei que vocês fizeram realmente o que podiam e fizeram bem sim).

KILLER TRACKS: Vento Forte, Disfarces, Último Sacrifício, Raça Humana, Sobre as Nuvens


O Sentido da Vida (1997)

01 - A Guerra Final
02 - Multidão
03 - Portais Eternos
04 - Viagem pro Céu
05 - Novo Dia
06 - Pacto com Deus
07 - Toda Dor
08 - The Moment (instrumental)
09 - O Preço da Liberdade
10 - Eternal Fountain
11 - Via Escarlate

Entra Celso de Freyn nos vocais e o contrato com a Gospel Records (à época ainda pelo subselo da gravadora, "Todo Som") e o primeiro disco de metal evangélico "profissional" numa gravadora "major" cristã (até então bandas como Calvário, The Joke? e a própria Stauros só haviam conseguido lançar seus materiais de maneira independente ou em gravadoras seculares - no máximo um selo gospel de pouca relevância). E que belo trabalho, diga-se de passagem. Um heavy/power metal de qualidade incrível. Os vocais de Celso estão entre os melhores - senão o melhor - do rock/metal cristão brasileiro. Não é qualquer um que consegue executar os agudos insanos de "Toda Dor". Aqui a banda assumiu a formação da foto acima, considerada como formação clássica (além de Celso e dos Lucindo, Venâncio Domingos no baixo e Alessandro "Alê" Werner na bateria). Na turnê desse álbum a banda passou por diversos lugares do Brasil, inclusive por Belém do Pará, onde gravaram um show bootleg. Em 1999 ainda gravaram o raro "Ensaio Acústico I" (que nem a banda deve ter mais kkkk - apesar que achei esse trechinho no Youtube só o áudio) e que teria sido o show de despedida de Celso da banda. Voltando ao disco, esse álbum contém muito mais elementos de heavy metal, sem a pegada "pop/rock" presente no antecessor, tendo apenas uma balada meio romântica, "Novo Dia", mas de resto é só metal puro, mesmo na mais "calminha" O Preço da Liberdade. "The Moment", tal qual "Sobre as Nuvens" do disco anterior, é um instrumental virtuoso que visivelmente remete a uma das maiores influências confessas de Renatinho, Rex Carroll (Whitecross, Fierce Heart, King James). O disco teve reconhecimento inclusive no exterior, tendo faixas lançadas inclusive em uma das compilações da revista americana Heaven's Metal. Também foi escolhido como o 59º melhor disco cristão da década de 1990 pelo site Supergospel.

Curiosidade: Desde 2014 a banda tem feito campanha junto à Gospel Records pra ceder a matriz do disco, já que a gravadora faliu desde 2010 e o disco está fora do mercado a anos (bem como o Seaquake). Um dos maiores problemas do fim abrupto da GR foi essa desassistência a alguns dos músicos que fizeram parte do seu cast, infelizmente.

KILLER TRACKS: O disco inteiro!


Seaquake (2000)

01 - Seaquake
02 - Rusty Machine
03 - The First Mile
04 - The Second Mile
05 - Victory Act
06 - Without Truces
07 - Vital Blood
08 - Love in Vain
09 - Friendly Hand
10 - Dance of the Seeds
11 - Every Pain II
12 - Inside of the Eyes
13 - Faith in the Arena (in four parts: Arena of Lions/Winner Face/Momentary Darkness/The Great Preaching)

Alê, Renatinho, Cezar, Alessandro e Vê

Carlos Cezar já acompanhava a Stauros como músico convidado nos teclados e back-vocais desde 1998, e acabou sendo a escolha lógica para substituir Celso de Freyn. Embora não alcançando os agudos impressionantes do antecessor, podemos dizer que essa mudança acabou também lançando a banda em um aprofundamento sonoro dentro do prog metal, algo só sugerido nos discos anteriores (em especial a faixa "Via Escarlate" do disco anterior).

Já na faixa título você é levado pelo maremoto (foi mal o trocadilho proposital kkkkk) que a banda alcançou no quesito sonoridade. O timbre das guitarras mais grave imprimiu um peso que faz a banda tornar-se uma cruza genial de um Queensrÿche ou um Fates Warning com uma Metal Church. As letras em inglês também trouxeram aquele quê de banda mais "profissional" (é que né, pra boa parte da turma do metal, só fica legal cantando em inglês, aff.... mas confesso que o Stauros se saiu bem no idioma anglo-saxão). Bem, e as letras trouxeram também um algo a mais, se nos dois primeiros discos a temática cristã e evangelística era "bem na cara" mesmo, aqui é mais fácil de se notar em canções como "Victory Act", "Without Truces", "Vital Blood", "Friendly Hand", "Every Pain II" (continuação da antológica "Toda Dor", só que sem os agudos loucos da clássica) e "Faith in the Arena" (épico que remete aos tempos de perseguição da Igreja pelo império romano). Mas por todo disco, tanto nas mais claras declarações sobre Deus até em faixas mais reflexivas como "Rusty Machine" e "Seaquake" há verdadeiras canções de louvor a Deus e de demonstração do Seu poder. Sem falar nos arranjos absurdamente fantásticos. Não a toa foi eleito o 79º melhor disco cristão brasileiro pelo site Supergospel, e as faixas "Seaquake", "The First Mile", "Dance of the Seeds" e "Vital Blood" apareceram na coletânea "Southern Extremeties: Brasillian Metal Compilation" de 2001 pela Rowe Productions, a primeira experiência do Steve Rowe com bandas brasileiras (nessa compilação ainda vieram a Völlig Heilig - futura Belica - e a Lighthammer, e salvo engano planejavam chamar mais bandas, mas acabou que não rolou e ficou só essas três mesmo, explorando nosso lado mais power e melodic metal mundo afora (como já conquistado pelas seculares Viper, Angra, Shaman, Symbols, Almah e outras tantas).

KILLER TRACKS: Seaquake, Dance of the Seeds, Rusty Machine, Every Pain II, Faith in the Arena

Curiosidade: Vê Domingos chegou a lançar em 2019 um livro contando a história do disco, sua concepção, a "SeaTur", dentre outras conquistas desse disco (você pode adquirir AQUI esse livro). Inclusive foi na SeaTur que a banda veio pela primeira vez pra Pernambuco, tocando no saudoso Dokas (em 2001 ainda participariam de um festival incrível que contou também com Trino e Antidemon no estádio do Sport Clube do Recife).





Adrift (2001)


01 - Adrift
02 - Sacred Blow
03 - Our Scream
04 - Running Again
05 - Images Away
06 - Defibulator
07 - Mercy (instrumental)
08 - BullFighter
09 - A New Chance


Mais uma vez independentes, a banda deu sequência ao que vinha fazendo no álbum anterior, inserindo elementos cada vez mais complexos ao seu som. É possível ver influências até mesmo do thrash metal em alguns riffs de "Our Scream" por exemplo, além de um instrumental fora de série de "Mercy". O vocal continua entretanto sendo o ponto de discórdia, haja vista que Carlos Cezar, a despeito de cantar bem, não consegue ter o impacto do timbre de Celso (essa comparação infelizmente nunca vai acabar, pode ter certeza kkkk). Isso entretanto não remove o brilho desse disco, que possui muitos bons momentos, como as já citadas acima, a faixa-título e as incríveis BullFighter e Defibulator (essa última me lembrando muito "Stop the Madness" da Believer pela crueza como lida com o assunto drogas), além da balada "Running Again" (em que Cezar divide os vocais com o Renatinho). O disco foi colocado no 83º lugar na lista dos cem melhores discos de metal cristão pelo colunista Maurício Gomes Angelo da saudosa coluna Christian's Voice do site Whiplash. Esse disco marcou o fim de uma era, já que foi o último disco completo dessa formação do grupo (que só se reuniria novamente em 2012, porém só lançaria duas singles). Cezar, Vê e Alê Werner formariam a banda Criva após uma divergência de pensamentos com os irmãos Lucindo.

KILLER TRACKS: Defibulator, BullFighter, Our Scream, Adrift, Mercy


Ensaio Acústico II (bootleg, 2002)

01 - Friendly Hand
02 - Dance of the Seeds
03 - The First Mile
04 - Teorias
05 - Inside of the Eyes
06 - Novo Dia (part. Celso de Freyn)
07 - Viagem pro Céu (part. Celso de Freyn)
08 - Victory Act
09 - Seaquake
10 - Na Praia do Futuro
11 - Love in Vain
12 - Vital Blood
13 - Rusty Machine

Originalmente um bootleg, foi recentemente disponibilizado oficialmente pela banda nas plataformas digitais, após anos rolando pela internet afora. Uma das coisas mais legais desse ensaio acústico é a inédita "Na Praia do Futuro", além de músicas clássicas como "Teorias", "Novo Dia" e "Viagem pro Céu" (as duas últimas com a participação especialíssima de Celso de Freyn). Aliás, em Novo Dia fica beeeem claro como os vocais de Cezar e Celso são diferentes, já que na primeira parte Cezar canta (e visivelmente tem dificuldades pra alcançar certas notas), ao passo que Celso quando entra acerta em cheio nos vocais. Curioso que essa "participação especial" acabou por tornar-se meio que um prelúdio de seu breve retorno ainda naquele ano de 2002.

KILLER TRACKS: Não se aplica em bootlegs, sorry kkkk mas boa parte aí tá muito boa


Versão de 2014
Marcas de um Tempo (EP, 2003) 



01 - Conflitos Mortais
02 - Cidade Sem Luz
03 - Marcas de um Tempo
04 - Além do Véu





O curto retorno de Celso (não seria o último entretanto) acabou sendo registrado num pequeno EP de quatro faixas. Entretanto essas quatro faixas são fantásticas. Um retorno ao power clássico de "O Sentido da Vida", com alguns elementos progressivos. A acústica faixa título é sem dúvidas um clássico eterno, bem como as pesadas Conflitos Mortais e Cidade Sem Luz, e, obviamente, a poderosa "Além do Véu". Lembro que tinha um grupo chamado Methal Allado que tirava um cover irado e bem espiritual dessa música. Em 2009 cheguei a tirar também um cover dessa e de "Marcas de um Tempo" com a Moldagem. Enfim, um pequeno EP e que vale muito a pena ouvir. Infelizmente Celso saiu novamente do grupo em 2005, chegando a morar por um tempo na Itália (onde participou do Seven Horizons) e o grupo encerrou as atividades, após quase dez anos de atividade a serviço do Reino. Vale como nota citar que o baixista nesse EP é Elias Vasconcelos, da clássica banda de thrash cristã brasileira Deliver.

KILLER TRACKS: Todo o disco!



Praise EP (2008)
01 - Em Ti
02 - Me Entregar (Cruz)
Depois de três longos anos de inatividade, Stauros voltou, novamente com o vocal de Renatinho, mas agora Alessandro Lucindo assume com maior ênfase os vocais. Elias Vasconcellos também está de volta, e Ulisses completa a formação na bateria. Algo curioso foi que a banda decidiu literalmente usar o nome "Stauros Praise" pra se designar. O EP dividiu opiniões, fãs antigos como eu pavonearam esse lançamento, entretanto a banda conquistou alguns fãs novos (final da década de 2000 era a época das bandas de "louvor jovem" e "worship & praise" já). Talvez isso tenha motivado uma mudança tão brusca, já que a banda passou a soar muito mais próximo de bandas como Tempus, Contato Vital e Filhos do Homem. Reouvindo o EP, não soa mal, mas definitivamente não soa como Stauros (não pra menos terem mudado pro nome "Stauros Praise", uma tentativa de dizer que não era bem a Stauros... mas no fim não creio ter convencido os fãs antigos...).

Curiosidade: O final de "Cruz" contém um momento de humor entre os músicos.

KILLER TRACK: Em Ti


Praise (2009)

01 - Cria em Mim
02 - Atrai
03 - Levante-se
04 - Como o Som
05 - Sonhos
06 - Em Ti
07 - Neste Lugar
08 - Nova Vida
09 - Me Entregar
10 - Vem
11 - Alto Preço (instrumental)


Hard Pop Rock interessante, com uma linguagem sonora e lírica voltada mais pra adoração (praise), e foi realmente o disco mais diferenciado da história da banda. Embora faixas como "Cria em mim" e "Em Ti" tivesse um lado mais hard, músicas como "Levante-se", "Sonhos" e "Como o som" passam bem longe do estilo clássico da banda. Esse disco me incomoda muito. O conceito de discos "praise" de bandas de rock, embora insiram elementos de worship & praise e até pop, não costumam descaracterizar tanto o som de bandas que os fazem (vide os Praises e o Revival do Petra ou o Resgate Praise). Aqui literalmente parece que estamos ouvindo uma banda completamente diferente, um projeto deslocado da banda de hard/heavy de "Vento Forte", de power tradicional de "O Sentido da Vida" e "Marcas de um Tempo" ou o progressivo elaborado de "Seaquake" e "Adrift". Até o "Ensaio Acústico II" soa mais metálico que esse disco. A voz de Luiz Fernando (que canta na maioria das faixas) se encaixa bem com o trabalho feito nesse período, mas sem dúvidas, em comparação a todos os antecessores, é o mais fraco que passou pela banda. As vezes me soa até meio um PG mais desajeitado.

A despeito disso, o disco foi um sucesso de vendas entre um público mais "atual" e fã de worship & praise (como já mencionei na análise do EP, essa já era a tendência né). A renda do disco foi toda revertida pra um orfanato de acordo com o próprio Renatinho numa entrevista pro finado site Rock Grafia.

KILLER TRACKS: Cria em Mim, Nova Vida, Em Ti (e só, sorry...). Tá, o solo de Alto Preço também é massa.


Distante (single, 2012)
Anunciada como "o retorno da formação Seaquake/Adrift".
O som parece uma fusão do trabalho da Criva com o Stauros Praise
Não me remete muito à era Seaquake/Adrift...
Entretanto não é uma single ruim pra época que a Stauros tava
Antes disponível no Face da banda, só é possível encontrar agora
em alguns canais de fãs, como AQUI

Quem (Single, 2012)
Segundo e último single desse revival, esse sim mais prog metal
O legal é ouvir em gravação oficial, como em "Distante", essa formação
cantando em português. Infelizmente (ou não pra alguns) houve novamente
dificuldades de agenda e o grupo se separou de novo
Dá pra ouvir essa música AQUI


Marcas da Desilusão (EP, 2014)



01 - Não Desista
02 - Estrada de Sangue
03 - Esperando em Ti
04 - Marcas da Desilusão
05 - Toda Dor (nova versão)




Celso is back! E agora pra valer! Depois de muitas idas e voltas, em 2013 a banda voltou a vera as atividades e finalmente voltou também ao velho estilo. Com o EP "Marcas da Desilusão", lançado no início de 2014, o grupo fundiu a pegada mais progressiva da fase Seaquake/Adrift com os vocais incomparáveis de Celso de Freyn (um sonho realizado - só faltou as músicas serem tudo em inglês, o Celso já mostrou que sabe fazer isso, não só na própria Stauros como em projetos como a Seven Horizons). Mas enfim, em português e bem feito, eis o som que todo mundo curte da Stauros. Desde a pesada Estrada de Sangue, a balada Esperando em Ti (tem que ter uma bela balada sempre né!) até a versão atualizada da clássica "Toda Dor", esse EP mostra que a banda realmente ainda tinha muito gás pra gastar. As participações do baixo de Raphael Dafras (da secular - apesar que tem que diz que não é secular não kkkkk um dia confirmo com Edu Falaschi - Almah e das cristãs Harmony, Seven Horizons, Auryah e No Other God) na faixa título e do teclado de Riccardo Oneto (da Seven Horizons) em Toda Dor apenas coroam essa nova fase da banda. A nova versão de Toda Dor mantém a qualidade da original, apesar do andamento mais cadenciado. Que que eu posso fazer, o Celso continua dando uns agudos inalcançáveis kkkkk

KILLER TRACKS: Todo o EP, mas em especial Marcas da Desilusão e Estrada de Sangue


Vale das Sombras (2014)

01 - Vale das Sombras
02 - Indiferentes
03 - Ainda Há Tempo
04 - Cidade de Refúgio
05 - Estrada de Sangue
06 - Apostasia
07 - Tudo o que Eu Preciso
08 - Não Desista
09 - Marcas da Desilusão
10 - Esperando em Ti
11 - City of Refuge


Que baita retorno! Sem dúvidas o mais técnico e bem gravado disco da banda até hoje, Vale das Sombras funde com genialidade elementos de power metal e progressive metal, sendo portanto o disco que melhor equilibrou os elementos básicos que sempre foram influências da banda. Raphael Dafras tem maior participação nesse disco, junto ao batera Lucas Fontana. Uma pegada que me lembra muito bandas como Sacred Warrior, Jacobs Dream (na fase Chaz Bond) e Harmony, é fascinante ver que os anos fizeram bem, e que realmente a banda voltou com tudo. O vocal de Celso é algo fora do normal, um cara conseguir quase vinte anos depois de "O Sentido da Vida" ainda apresentar um vocal tão fantástico como esse é de espantar muito. Afora obviamente o trabalho virtuoso dos Lucindo que continua afiado nos riffs, bem como nos solos de Ricardinho. Cada ouvida desse disco é um fascínio novo. As letras evoluíram muito, incluindo um lado mais crítico e até auto-crítico, como dá pra ver em "Marcas da Desilusão".

Foi na turnê desse disco que eles fizeram um dos shows mais irados deles, abrindo para o Stryper aqui em Recife. Brother, quem tava lá sabe que os caras arrasaram muito.

KILLER TRACKS: Apostasia, Vale das Sombras, Marcas da Desilusão, Estraa de Sangue, Cidade de Refúgio.



Vale das Sombras ao Vivo (DVD, 2015)
Pode ser adquirido pra stream AQUI
Ótima mostra do poder musical da banda
Contém músicas do último disco, bem como dos EPs
"Marcas de um Tempo" e "Marcas da Desilusão"
(uma pena não ter nada do Seaquake/Adrift, nem dos dois primeiros...)
Participação entre outros de JT (Metal Nobre) na música Estrada de Sangue



4 comentários:

  1. Parabéns pessoal
    Cimpletissima a matéria

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  2. Massa, só senti falta de citar a volta com o show aqui em São Luís =)

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    1. Então mano, a matéria é mais pra review dos discos, não uma parada histórica completa.

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