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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Trino


Trino foi uma das melhores bandas de metal cristão nacional. Nascida em Vitória, Espírito Santo em 1993, começou como uma banda mais na linha do heavy, com o baterista Fábio Kiefer (Puritan), Luciano Fonseca no baixo, seu irmão Leonardo na guitarra e Marcos Rocha nos vocais. Logo migraram pra um som mais thrash metal. Em 1998, advindo da Afterdeath veio Alécio Marques no baixo e da Memorial Death veio Tom Chagas nas guitarras e vocal, formando a mais clássica de todas as formações da banda. Mesmo com diversas mudanças, inclusive de estado (num período em que Tom foi pra Piracicaba, SP, e levou o nome Trino com ele), a banda sempre manteve-se com um som forte, fundindo elementos de thrash, death, groove metal e hardcore.

Trino (demo, 1995)

01 - High Society
02 - Prozac
03 - Cê Pensa que Eu Não Sei?








Completamente diferente de tudo que a banda lançaria depois, essa demo mostra ainda uma banda mais galgada no heavy metal tradicional e speed metal, além de já um bocado de hardcore. Já nessa época entretanto eles já variavam, de músicas totalmente em inglês a faixas em português, uma tradição da banda. O som, a despeito da qualidade demo, é muito bom de se ouvir, lembrando bastante bandas como Holy Danger (dos futuros Tourniquet Guy Ritter e Gary Lenaire) e Saint.

"Cê pensa que eu não sei
Que a vida é vaidade
E que o mundo na verdade
é um poço de ilusão
a machucar seu coração
e que o rei da falsidade
que só pensa na maldade
que é sua destruição!"


Bahal is Dead (demo, 1997)

01 - Bahal is Dead
02 - Holocaust Show
03 - Follow Me
04 - Eloy, Eloy, Lamá Sabactaní!
05 - Who's Sick






Mais galgada no thrash metal do que a demo anterior, lembrando bastante em alguns momentos um crossover na linha do The Crucified, em especial em Holocaust Show "Samba, Carnaval, Samba, Carnaval, Samba, Carnaval, Samba Carnaval! - HOLOCAUST SHOW!", tal qual o primeiro disco, já trazia umas críticas à sociedade, além claro de letras mais direcionadas ao Senhor, como "Follow Me" e "Eloy Eloy Lamá Sabactaní" (inspirada na fala de Jesus antes de sua morte na cruz). Após essa demo a banda seria reformulada pra sua formação mais clássica e mais thrash/death metal, mas por ora a banda ainda era um speed/thrash meio crossover aqui.


Suffocated Breed (demo, 1998)

01 - Suffocated Breed
02 - Spite of the Death
03 - Your Time is Over
04 - Throw Away
05 - Searching for the Light






Agora sim a Trino que eu conheci anos atrás! Os vocais de Tom Chagas acrescentaram uma brutalidade fortíssima pra banda. Deathrash daqueles no estilo clássico de Mortification, Sepultura das antigas, Possessed e Death. Sem dúvidas a mais lembrada é a rapidíssima "Your Time is Over!", um crossover/grindcore delicioso de ouvir, mas no geral essa demo é um arranca-toco daqueles.


Relançamento de 2017
Suffocated Breed (EP, 1999)

01 - Endless Suffering
02 - Touch my Soul
03 - Suffocated Breed
04 - Your Time is Over
05 - Self Deterioration
06 - Searching for the Light
07 - Credo (Afterdeath cover)
08 - Greed Thirst

Extras de 2017

09 - Luchar! (unreleased)
10 - Price of Pain (unreleased)
11 - Credo (versão 2003)
12 - Your Time is Over (versão 2003)

Pesado na medida certa, Suffocated Breed (o EP) é uma evolução indubitável de tudo que rolara anteriormente. As pinçadas da demo (Suffocated Breed, Your Time is Over e Searching for the Light) ficaram ainda melhores, além obviamente do peso alucinante das faixas novas. A regravação de "Credo" feita por eles ficou tão marcante que não é muito difícil pessoas esquecerem que é um cover da Afterdeath. Bom demais ouvir músicas com essa pegada deathrash forte e sem firulas.

Em 2017 a Alerta Records em parceria com a Lex Metalis relançou alguns discos da banda. Um deles foi o EP, que ganhou uma capa nova (posteriormente comentarei de fato essa capa com mais detalhes), além de quatro faixas bônus, duas delas INÉDITAS (Luchar! e Price of Pain). As regravações de Credo (essa versão acabaria se tornando a "default" em shows da banda a partir de 2003, quando ela foi feita, com um acréscimo curioso nos dois primeiros versos da última estrofe "Eu não acredito nos astros do céu, eu não acredito em Papai Noel!") e Your Time is Over (que também tornar-se-ia a versão mais padrão a ser executada pela banda) apareceram pela primeira vez na coletânea 10 Anos, gravadas em 2003, mas só lançadas no ano seguinte. "Luchar!" foi a primeira da banda feita em espanhol, algo que seria bem raro por parte deles.

Versão alternativa, provavelmente de 2003
Nela já constam as faixas bônus.




Versão de 2017
More than a New Life (2001)

01 - The Hatred Seed
02 - Nothing but Pride
03 - Corrosive Pride
04 - Insanity for Infinity
05 - More than a New Life
06 - Implicit
07 - Immaculate
08 - Belief (Regeneration)
09 - Face Without Soul
10 - Hallucinative Percepcions
11 - Escape
12 - Cultura de Muerte
13 - (Secret/Hidden Track)

Bônus (2017)

13 - Rapture (Metal Mission, 2001)
14 - Condamnation Land (Secret/Hidden Track da versão original)
15 - Milícia (Com Antidemon e Atonement, com o nome "Moshab")

Primeiro full da banda, "More than a New Life" mostra nesse disco a pegada meio groove metal/hardcore mais forte. Os vocais de Tom aqui parecem muito com os de Max Cavalera dos tempos de Chaos A.D. no Sepultura. Aliás, a banda toda seguiu esse som, mas sem perder a essência de ser a Trino, nem as letras fortes, combativas e diretas ao ponto. Aqui a banda decidiu fazer um disco em linguagem em sua maioria não-nativa, sendo a maioria das faixas em inglês, a exceção de "Cultura de Muerte", que apesar do título é em português, só o termo "cultura de muerte" que tá em espanhol. No que tange a som, a banda tá arrebentando tudo mesmo, seguindo a tendência musical que eles fariam ao longo dos anos a seguir. O baixo de Mirko Moratti acabou dando o encaixe necessário pra moldar em definitivo o que seria "o som da Trino". Ainda vale a pena citar os violões de Tom e Douglas Chagas em Belief, uma faixa que é um acompanhamento acústico pra uma narração (Douglas também faria outra participação nas guitarras em "Insanity for Infinity", ao passo que Samuel "Bill" Junior tocaria guitarra em "Face Without a Soul", uma das minhas prediletas desse disco).

Em 2017 teve o relançamento do álbum, e mais três faixas novas apareceriam aqui. Quer dizer, uma delas de nova não tinha nada: Condamnation Land, faixa que vinha desde a primeira versão do disco como uma hidden track. Rapture apareceu em algumas versões do primeiro lançamento, mas seu lançamento original foi na coletânea "Metal Mission: Brazilian Collection, vol. 1" de 2001, bem como "Milícia", uma faixa curiosa que originalmente saiu nessa coletânea com o nome de banda Moshab, que nada mais era que uma jam session com membros da Trino, Antidemon e Atonement (só não sei precisar quem de quem, talvez um dia Flávio de Souza me ajude com essa info).

EDIT: Márllon Matos mais uma vez me ajudando kkkk. Moshab era: Fabio Kiefer na bateria, Tom Chagas e Kléber (ex-Antidemon) nas guitarras, Mirko (Atonement) no baixo e Batista (Antidemon) e PC Garcia (Atonement, Vox) nos vocais.

Versão alternativa do disco, única com o nome da faixa oculta "Condemnation Land"
na tracklist (antes do relançamento)



Relançamento 2017
Oposição (2003)

01 - Prelúdio/Oposição
02 - Olho por Olho
03 - Procissão
04 - Abismo
05 - Demência
06 - Altares da Consciência
07 - Em Nome da Discórdia
08 - Doutrina do Ódio
09 - Nunca Mais Sonhar
10 - Chamas da Insurreição
11 - Chagas Abertas

Bônus (2017)

12 - O Ódio nos Olhos de Vocês
13 - Respeito
14 - Nova Disciplina

"Aos oprimidos e miseráveis, nossa luta
Aos detentos e enfermos, nossa dor
Aos oprimidos e injustiçados, nossa voz
A todos que fazem oposição ao sistema da mentira que impera neste mundo, nosso respeito.
Todo nosso louvor àqueles que se despojaram de si mesmos, e ofereceram suas vidas para fazer justiça.
Ao maior exemplo de todos, o CORDEIRO IMACULADO, nossa eterna gratidão!"

Sem dúvidas o disco mais famoso da banda, e o primeiro que eu ouvi deles na vida, creio que no ano que lançou ainda, em 2003 (!). Difícil até dizer com toda precisão qual o som prevalecente nesse álbum, que é uma fusão alucinada de thrash metal e crossover/hardcore. Letras fortes, críticas até o tutano, como "Oposição" (a faixa título), "Olho por Olho", "Doutrina do Ódio", "Chamas da Insurreição", "Procissão", "Demência", enfim, difícil escolher uma só tão boa ao ponto de selecionar como a melhor. No inverso completo do disco anterior, esse foi completamente em português, com os vocais de Tom gritados, porém limpos, fáceis de se entenderem - o que torna a forte mensagem ainda mais simples e direta! Que disco, meus amigos! Pra mim um dos melhores discos da história.

Na versão relançada de 2017 vieram as três faixas inéditas da coletânea Dez Anos, falarei melhor no disco abaixo.

Curiosidade: O sonzinho estranho no início do disco foi extraído da intro de "Pigs (Three Different Ones)" de Pink Floyd, do seu álbum "Animals" de 1977. Sim, é um ronco de porco kkkkk. Anos depois, na Puritan, a temática suína voltaria à tona.


Dez Anos (2004)

01 - O Ódio nos Olhos de Vocês
02 - Respeito
03 - Nova Disciplina
04 - Your Time is Over (nova versão)
05 - Credo (nova versão)
06 - Oposição
07 - Demência
08 - Olho por Olho
09 - Procissão
10 - Altares da Consciência
11 - Abismo
12 - Cultura de Muerte
13 - The Hatred Seed
14 - Corrosive Lie
15 - Nothing but Pride
16 - Escape
17 - Insanity for Infinity


Só uma banda como Trino poderia ter uma compilação tão forte e ranca-toco como a Trino As regravações de "Your Time..." e "Credo" ficaram geniais (já comentei no post sobre "Suffocated Breed"), bem como a seleção das faixas - e a quantidade de músicas escolhidas do "Oposição" já mostra a força do último disco de estúdio. As faixas novas são muito fortes, com letras críticas e meditativas ao extremo. Até uma releitura de uma frase famosa de Karl Marx aparece em "Respeito": "A religião se torna ópio quando nega a informação!", afora a frase bem incomodadora "o cristianismo virou capitalismo sob as mentiras da lei!" de "Nova Disciplina". Vale demais a pena procurar esse álbum, apesar de ele estar fora de catálogo a anos.

Versão alternativa do 10 anos, data desconhecida



666 Corporation (2005)

01 - Intro
02 - 666 Corporation
03 - Anátema Social
04 - Hipócritas!
05 - Sacro Sodoma
06 - Idiotologia
07 - Sofisma
08 - Do Crucifixo ao Prostíbulo
09 - Intro II
10 - Mais Podre que as Vísceras de Hitler
11 - Câncer Branco
12 - Fratricídio
13 - Intro III
14 - Anticristianismo Terceiro-Mundista

A intro desse disco já me deu muito problema viu... minha mãe me perguntando se eu tava ouvindo disco católico kkkkkkkkkkkkkkkk

666, Vaticano Corporation! Esse álbum, o último com Tom e Fábio na banda, mais a ajuda de Fernando Martins no baixo e voz, é um dos mais pesados da banda. Todo em português, mas com elementos tanto da fase deathrash como da fase mais crossover/HC. É basicamente um disco conceitual, colocando abaixo as ilusões de um país como o Brasil, que se julga um país cristão católico e supostamente firmado nas verdades do Evangelho, mas só os idiotas não percebem o quão enfiados na lama de Sodoma, do capitalismo selvagem, do legalismo e nacionalismo hipócritas e de todas as ideologias (de esquerda ou direita) anticristãs que consomem nossa nação de cima pra baixo e do centro do poder pras margens. Um disco de 2005 que permanece tão atual e real que assusta. Sem dúvidas Trino nunca teve medo de dizer sem dó nem piedade a verdade nua e crua de um povo como nós, tão longe da verdade e da sabedoria que só o Verdadeiro Deus pode dar.

Esse disco marcou a primeira vez que os vi ao vivo (eu poderia ter visto antes, já que a vinda deles aqui em Recife nem era algo tão incomum, mas quis Deus que fosse apenas em 2005). Esse show de agosto de 2005 foi sem dúvidas minha virada musical, foi ali que eu disse "é isso, metal is the law!" haeuhaeuhaeu não foi bem isso que eu falei, mas sem dúvidas Trino mudou tudo, foi ali que eu passei a curtir de verdade metal, e não larguei mais. Faz tempo né... e tem gente que acha que eu sou doido ou perco tempo com isso, ou que eu não cresci, ou sei lá o que mais. DANEM-SE! Não sabem como é bom ser o que você realmente gosta, pouco se lixando pros padrões inúteis de uma sociedade ilusória e patética, onde as palavras de ordem são "mentir, trair e julgar". HIPÓCRITAS!


Evora (2009)

01 - Chapel of Bones (intro)
02 - Nothing Left to Bleed
03 - Darkest Before Dawn
04 - Zeitgeist Addendum
05 - Stronger than Ever
06 - Enemy in Me
07 - Justice as Possession, War as Salvation
08 - Downright Hostile
09 - Parasites of 666
10 - Greed Sphere Domain
11 - Evora

"Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos". A inscrição mais famosa da Capela dos Ossos, em Evora, Portugal, serviu de inspiração para poemas e para reflexão de muitos sobre a transitoriedade dessa vida. E que tema genial para a Trino falar. Essa Trino, aliás, faça-se menção, já que esta versão da banda poderia ser chamada de "Trino SP". Formada por Tom Chagas e mais dois membros novos (Beto Nalin no baixo e Jean Novaes na batera), teve a bênção do único membro fundador que estava na banda até então, Fábio Kiefer, para seguir com o nome. Evora foi lançado de maneira virtual, algo novo praticamente pra cena até então um disco inteiro lançado legalmente pela banda para download, mas quem pegou pode se considerar sortudo, pois pegou um material que em nada deixa a desejar nem a dever aos álbuns anteriores. Os vocais de Tom aqui estão fortíssimos, fora que o timbre inconfundível de suas seis cordas continua firme e forte aqui, em combinação com os novos membros, que mantiveram a qualidade e o peso. Evora musicalmente falando parece uma expansão mais forte e bem produzida de "Suffocated Breed", tamanho o peso, mas a levada clássica não se perde de forma alguma aqui. Recomendadíssimo! Como último disco de inéditas da banda, esse é um verdadeiro tesouro.


AntiBesta (2012)

01 - 666 Corporation
02 - Oposição
03 - Sofisma
04 - Olho X Olho
05 - Demência
06 - Credo
07 - Abismo
08 - Cultura de Muerte
09 - Procissão
10 - Your Time is Over


Depois de alguns anos de silêncio, 2012 marcou o retorno, embora curto, da Trino. Alguns shows, com uma nova formação que muitos até chamavam de "PuriTrino", já que eram os mesmos então membros da Puritan (Fábio Kiefer de volta na batera, Bruno Max no baixo, Flávio Mello na guitarra) e mais os vocais de Geandro Silverol. No que tange às músicas e proposta, "AntiBesta" nada mais é que um disco de regravações. O quanto isso é ruim? NADA. As releituras, nos vocais de Geandro, saíram absurdamente mais pesadas, com seus guturais fortíssimos, retomando a pegada death metal clássica da banda, mas sem perder os elementos de crossover/hardcore, o que fez com que algumas músicas soassem meio metalcore ou deathcore até (!). Na época do lançamento eu devia estar muito excitado pela turnê da banda que passou por aqui pra notar algumas coisas e cheguei a dizer "Esse disco é O MELHOR da banda". Hoje em dia, anos depois e com a maturidade devida, posso dizer que sim, é um disco muito bom, perfeito pra quem quer um som mais pesadão, mas que não, esse não é o melhor disco, e a verdade é que em alguns momentos as versões originais são melhores sim. Não desmerecendo o esforço desse álbum, uma bela homenagem a tudo que a Trino original (A Trino-ES, em detrimento à do álbum anterior, a Trino-SP kkkkk) havia até então feito, mas eu diria que a banda mais "deathmetalizou" as músicas originais na realidade. Sim, é um bruta disco, mas tenho que deixar bem claro que é em nível de som não chega tão perto assim das originais. Ainda assim, uma ótima despedida pra essa que foi sem dúvidas uma das mais brutais bandas de metal cristão brasileira.


TRINO (Box-set, 2017)

Os packs mais completos incluíam:

Box-Set com cinco CDs
DVD com uma apresentação da banda em Recife de 2005 (eu tava lá!)
Adesivo
Squeeze
Camiseta



Pack comemorativo a muito planejado pela Lex Metalis, que com a ajuda da Alerta Records conseguiram juntas lançar esse projeto. Um dos discos falarei melhor abaixo, 95-98.


95-98 (2017)

01 - High Society
02 - Prozac
03 - Cê Pensa que Eu Não Sei?
04 - Bahal is Dead
05 - Holocaust Show
06 - Follow Me
07 - Eloy, Eloy, Lamá Sabactaní!
08 - Who's Sick
09 - Suffocated Breed
10 - Spite of the Death
11 - Your Time is Over
12 - Throw Away
13 - Searching for the Light

Fantástico trabalho de restauração de faixas, "95-98" deixou todo o som das demos numa qualidade aceitável e maravilhosa. Também é um serviço muito irado pra podermos acompanhar a evolução da banda lá nos seus primórdios. A capa, junto com a dos outros relançamentos (Suffocated Breed EP + Bônus, More than a New Life e Oposição), formam o símbolo da banda em formato gigante. Não duvido que teve quem comprou a coleção completa duas vezes só pelas capas kkkkkkkk.

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Ver também

Afterdeath
Puritan

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