sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Radicalismo tr00 e outras babaquices colonialistas brasileiras


Ah, Brasil. Somos colonizados culturalmente pra sempre. Brasil e países da América Latina estão entre os lugares onde os ditos "headbangers", "metaleiros", "metalheads", ou seja lá o termo que você usa e bate no peito pra se dizer como tal, são, em sua grande maioria, os mais estúpidos, exclusivistas, "caga-regras" e metidos a radicais. Grande parte são adultos barbados mal crescidos que se iludem com o visual e querem o tempo todo pagar de "pertencentes ao movimento", se recusando a admitir sua relação com quaisquer elementos "estranhos" à ceninha. Apregoam a superioridade do metal, xingando outros estilos, até mesmo os de natureza popular como samba, MPB, pagode, sertanejo e axé (ok, sei que a mídia em alguns casos exagera na exposição dada a esses últimos e muitas vezes promovendo em excesso os piores elementos nesses meios, mas isso não dá direito a ninguém desfazer de estilos e seus fãs). Vários gostam de pagar de defensores do underground, xingando as bandas "mainstream" (mas escondidinhos "pagam pau" às últimas, gastando até o último centavo da poupança pra ver elas, mas nem de casa saem pra ver as locais). Pagam de grandes fãs do metal extremo, mas não conhecem nem três músicas direito das bandas que compram as camisas pra pagar de malvadões. E, claro, boa parte tem que pagar de "inimigos dos cristãos", em especial nos tempos atuais, em que enfiaram uma motivação nova, considerar os "white metals" e todos cristãos como os promotores de toda politicagem conservadora de direita retrógrada e mimimis similares que no fundo no fundo só revelam o lado bobo dessas pessoas.

Em meus anos de underground tive contato com muita gente, inclusive ditas de black metal. Algumas me respeitam e dão espaço pras minhas crenças, sabem que não é porque sou cristão que vou tentar enfiar a Bíblia goela abaixo deles ou os mandar pro inferno por em diversos momentos soltar declarações anticristãs e blasfêmicas. Eles ouvem o que acredito e cabe a Deus, conhecedor dos corações e destinos, os julgarem. Mas o fato de ao menos darem atenção, darem espaço, não censurarem, não sair apagando ou bloqueando por eu ser cristão já é algo positivo. Entenda, e sei que toda vez que confesso isso sempre há o risco de tretas, mas eu não tenho frescura nenhuma em ouvir música secular. Tava ouvindo até a pouco Venom, Metallica e agora nesse exato instante tô ouvindo Dire Straits (eclético demais eu sei kkkk) - e no meio disso tudo, tava ouvindo Chrystyne, banda declaradamente cristã. Nem sei o que ouvirei depois - até porque tenho uma coleção enorme de discos, de vários estilos e crenças aqui. Tenho camisetas de bandas cristãs e seculares. Tenho material de shows de bandas cristãs e seculares também - inclusive um acervo enorme de flyers, releases, cartões e uma pá de outras coisas de bandas de black metal de várias partes do Brasil. Se isso é um defeito meu? Não considero - tenho outros, como beber de vez em quando, soltar as vezes uns palavrões, ter desejos de lascívia, ser um tanto grosso e estúpido, precipitado, por vezes desisto fácil das coisas quando dão errado, teimoso, falo alto demais (e falo demais também kkkk), dentre outros problemas, alguns menos sérios, outros seriíssimos. Não vou expor nenhum deles com orgulho (como alguns ditos músicos cristãos andam fazendo por aí afora), mas também passo longe da hipocrisia estúpida de apontar o dedo pra esses ou tentar apagar minhas "cagadas" homéricas. Ainda assim, tento ser conciliatório, respeitar todas as opiniões, contrárias ou não. Infelizmente o bagulho é difícil nesse nosso mundinho de extremos estúpidos, grande parte deles por puro espírito de vira-lata que essa nação parece ter até o dia que o meteoro cair e explodir tudo (risos) ou Jesus voltar antes.

Quando eu escrevo esse texto, soube que meu brother Edy republicou no seu blog Cristianismo & Underground um post referente a treta do termo White Metal. Por muito tempo eu odiei muito esse termo, principalmente por ver nele a origem já preconceituosa e separatismo velado existente desde que a Metal Blade deu a liberdade pra tacharem Slayer de Black Metal e Trouble de White Metal, além de que realmente em geral na boca dos "antis" o termo tem conotação pejorativa total. Hoje em dia eu meio que ignoro essa questão toda, só acho ainda uma demonstração de atraso cultural e colonialismo retardado da cena nacional continuar a hostilizar a cena cristã. Em diversos países afora bandas cristãs tocam sem problemas em festivais seculares, são admiradas pela cena e são ouvidas por todos. Não é difícil ver elogios a bandas como Stryper, P.O.D., Paramaecium, As I Lay Dying, Mortification, Narnia, Impellitteri, dentre outras, por parte da cena especializada do metal no exterior. Sites como o Encyclopaedia Metallum e Spirit of Metal dão espaço a essas bandas sem problemas, raros são os momentos de agressões gratuitas por parte de quem não curte a fé cristã nesses locais. Numa oposição completa, já vi uma pá de casos de notícias no Whiplash referentes à bandas cristãs ou participação delas em eventos seculares com um festival de comentários imbecis de puro ódio gratuito e as mesmas ladainhas, o mesmo blábláblá de "metal é liberdade, cristianismo é prisão, morte ao white metal, mimimi". Curioso é alguns ataques imbuídos de reducionismos históricos e conversa fiada, como "cristianismo é a causa de todos os males da sociedade ocidental" (ignorando por exemplo que sem o cristianismo talvez até hoje jogar crianças no lixão seria algo normal pra mães que rejeitam as mesmas, penas de tortura e morte sem provas continuariam sendo coisa normal, escravidão continuaria sendo um ato normal, bem como a existência dos direitos humanos seria coisa só de sonhadores, dentre diversos avanços sociais que só existem a quase dois séculos graças ao Homem de Nazaré e seus seguidores!). Verdade que houve maus exemplos às tulhas na fé cristã, pessoas que usaram e abusaram (e muitos ainda usam e abusam) da Palavra Santa pra justificar as maiores atrocidades, mas tentar usar tais casos pra anular as inumeráveis e muito mais marcantes conquistas é quase a mesma coisa que - como alguns ignorantes fazem por aí afora - dizer que o cristianismo é um nazismo religioso (ou dizer que Hitler era cristão - sendo que não só seus atos contradiziam o que ele dizia, e como sabemos se declarar algo não significa ser [você pode até dizer que é um rei, mas isso não te fará de fato um rei], como tentou inserir elementos estranhos à fé cristã e tentou regulamentar a igreja alemã, algo típico de um usurpador barato e blasfêmico. Com isso, chamar Hitler de cristão é uma atitude típica de quem quer só causar polêmica barata e desqualificação de culpa por associação mais fraca da história). Toda generalização - a exceção dessa de toda generalização - é burra.

Mas é lamentável ver que muitos elementos da cena continuam com um cérebro de uma ameba paralítica. Na internet já sofri ameaças de alguns, já fui xingado por outros, já me baniram de um grupo de Facebook por eu ser um "lixo White". Já apagaram um post meu num grupo que anteriormente aceitava sem problemas todo e qualquer conteúdo, pra depois dizer que "posts de white metal estão proibidos terminantemente aqui" - e eu logo a seguir me retirei educadamente daquele recinto, só lamentando o atraso mental e cultural dos pares meus ali constando. Uma ex-amiga que costumava elogiar até meus posts no Facebook de músicas gospel (nem de rock era, era pop gospel mesmo) um dia em público soltou um impropério ante um convite meu a ir pra uma edição do Underblood Fest (evento da Comunidade Extrema Unção do Recife) "não me chame pra esse tipo de lixo!". Mais recentemente fui banido de um grupo de Whatsapp (esse vou dar "nome ao boi": o "Headbanger's Force", dito pelo chefinho dele como "o maior grupo de metal do Brasil", grupo esse que administrei por mais de cinco anos, ajudei a organizar, a reerguer quando o grupo foi roubado por duas pessoas, enfim, ajudei em diversos aspectos, ainda assim fui banido e esfaqueado por um Brutos, beijado por um Judas qualquer, que Deus tenha misericórdia dele) por supostamente estar... bem, a história do ban é complicada: primeiro disseram que fui banido por dar opiniões que ninguém pediu (sendo que eu no momento estava numa discussão com a própria galera do grupo) e que eu era intolerante e portanto não se poderia tolerar os intolerantes (o uso mais estúpido do "paradoxo da intolerância" de Karl Popper, que gemeria de desespero ouvindo o áudio estapafúrdio que o carinha me mandou dando isso como justificativa). Pouco depois outro adm de lá disse que eu andava mandando muita coisa sobre rock cristão (inclusive posts desse blog aqui que você está lendo) e segundo ele isso estaria incomodando o pessoal do black metal, que se sentia "ofendido" e baboseiras similares a essa. Depois vim saber que o mesmo relatou por aí afora que eu tava mandando mensagens tentando evangelizar a turma (de fato por um bom tempo eu fiz isso, mas lia e acreditava quem queria, não havia e nunca houve proibição a manifestação de crenças por lá - havia sim era uma regra impedindo agressão a quaisquer crenças ou descrenças, coisa que alguns lá dentro, inclusive o chefinho de lá, não costumavam respeitar) e que até vírus eu estava mandando (daqui a pouco vai aparecer alegação de que eu mandei imagem de gente morta, que eu mandei vídeo pornográfico, nudes, que eu surtei no grupo e xinguei a mãe do adm, etc etc etc - gente mentirosa, falsa, fingida, hipócrita e traíra só tente a aumentar mais e mais as mentiras contra quem querem agredir). Eu lamento muito sabe, porque não é só mais uma porta que se fecha aparentemente por puro preconceito e radicalismo babaca de criancinha mimadinha, pra agradar um bando de palhaço que as vezes nem a bunda levantam da cadeira pra ir pra show e ficam só feito um bando de sanguessugas pedindo no grupo MP3 de bandas de maneira completamente ilegal invés de investir um pouco na própria cena falida deles comprando material e tudo o mais. Cara, se você ver o que tenho eu de coleção em todos os níveis, vai ver que eu faço inveja facinho a quaisquer desses palermas chorões que não sabem nem a diferença de Mayhem pra Burzum. E não, não tô dizendo isso pra pagar de "rei do metal", de "Johnnÿ Underground" ou seja lá o que, é apenas pra mostrar que eu, um "white metal", um renegado, ajudo muito mais a cena que me renega do que muitos dos que dizem defendê-la com unhas e dentes, segundo eles, de gente como eu.

A verdade é que o povo brasileiro é um eterno "povo cordial". Não no sentido que os analfabetos pensam que essa expressão cunhada por Ribeiro Couto e popularizada por Sérgio Buarque de Holanda queira dizer, e sim a verdade, que é um povo movido em excesso pelo "cardio", pelo sentimentalismo barato, pela impulsividade, pela falsa polidez, pelo preconceito velado que redunda em atitudes de cunho descarado de estupidez. Somos uma "geração coca-cola" que continua regida por ideais do passado, ideais que as vezes nenhum outro lugar do mundo os tem, mas nos apegamos a eles como verdade imutável, não por de fato serem verdade, mas porque ser confrontados com a possibilidade de isso ser engodo ou exagero é algo que preferimos fingir que não, preferimos deixar a polidez fingida ser a verdade. O brasileiro em geral se dói fácil com quem pensa diferente dele. Em diversos aspectos isso é verdade. Tem horas que quando exponho meu pensamento pra alguns eu me derreto de medo ao ver no outro uma expressão quase psicopata de quem deseja me matar por eu pensar diferente dele. O "crime" de pensar diferente causa pena de morte. Se não morte literal, morte social. E é isso que os retrógrados dessa ceninha tola são, com suas cartinhas anuais de "morte ao white", suas ameaças tolas à bandas seculares que "se atrevem" a tocar com bandas cristãs ou a produtores que convidam cristãos pra tocarem em seus eventos (soube de uns que anos atrás atacaram o lendário João da Blackout, um dos produtores e donos de loja de material de rock e metal mais respeitados de Pernambuco e do Nordeste, uma lenda viva e amigo pessoal meu; simplesmente por ele ter ajudado um evento com participação de bandas cristãs e vender material de bandas assim). Sei o quanto minhas opiniões aqui expostas parecem intolerantes, mas eu sinto muito, não é intolerância, é a VERDADE. E se há intolerância aqui, agora sim é relacionada ao conceito de Karl Popper, é a esses intolerantes estrupícios que continuam como vírus maldito matando, sufocando e destruindo o metal brasileiro. São idiotas como esses que só atrasam mais e mais a cena, que fazem que ela seja sempre abjeta e desprezada pela grande mídia, que se nem precisam de motivo pra meter o pau em nós, imagina dando motivo? <ironia>Parabéns a todos vocês! Graças a vocês o metal brasileiro só fará sucesso lá fora e olhe lá, porque aqui dentro vai ser sempre um movimento de resistência, resistência essa infelizmente infectada por uma virose chamada tr00ísmo que faz tal resistência dia após dia definhar até o estado terminal que se encontra hoje!</ironia>.

É isso, desabafei demais e com certeza vão me xingar pra cacique aqui, mas "tô me lixando". Quem gostou gostou, quem não gostou que vá procurar o caminhão de onde caiu e continue em sua imbecilidade abjeta até morrer na "merda" que está! E desculpem àqueles que não estão acostumados a um post tão pesado (não no estilo musical e sim no conteúdo mesmo kkkk) aqui no blog, mas é isso. Soli Deo Glori.

ATUALIZAÇÃO 22/03/2020: A quase um mês atrás um antigo fã declarado do meu projeto solo Desolate Death simplesmente me atacou do nada por eu discordar da opinião preconceituosa e vazia dele sobre o metal cristão. Mais uma pra minha coleção, eba! kkkkk

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