Fiz essa tradução que desde 2014 queria fazer e acabei tolamente esquecendo de fazer (desculpem-me kkkkkk), mas enfim, até que um dia trazendo para todos vocês esse inspirador texto!
Pode
Deus Usar o Rock'n'Roll?
por
Keith Green
Introdução
Esse
é um artigo difícil para mim escrever, muito por conta do meu medo
de pessoas pensarem que minhas opiniões podem ser prejudicadas pelo
fato de eu estar envolvido na (como muitos chamam) “Música Cristã
Contemporânea”. Como dá pra imaginar, o título desse artigo não
é uma pergunta nova para mim.
Desde
que eu mesmo me tornei de alguma forma “culpado” por usar o meio
do rock, tenho ouvido diversas opiniões sobre isto – e recebido
ilimitados alertas, exortações ou outros meios de repreensão de
pessoas de boa fé inclusive. Desde que eu recebo severamente
diversas correspondências bem negativas
– sempre
lendo cada carta corretiva e negativa como uma possível palavra ou
advertência de Deus – eu tenho buscado ouvir cada argumento de
maneira precisa – orando e meditando em cada coisa profunda contida
lá tendo sempre os valores eternos em mente.
Embora eu sempre desejasse dirigir ao público essas considerações, em geral eu respondia tudo isso de maneira privada, para de certo modo evitar novas controvérsias, mas agora eu acredito que chegou a hora de pôr essas questões abertamente, muito disso porque o Senhor tem me ensinado recentemente sobre motivações e como alguns querem colocar um ponto final em tudo isso!
Por favor entendam que essas são apenas minhas opiniões, e eu decerto não sou nenhuma autoridade nas Escrituras Sagradas – ou na música (exceto talvez as que eu mesmo faço). Essas são apenas algumas respostas que obtive ao longo dos anos e estudos com temor e tremor ante o Senhor. Mas como todo o resto, você pode buscar no próprio Senhor por si mesmo para ter suas respostas em questões difíceis. Eu espero apenas dar a vocês algumas coisas que eu mesmo penso sobre essa questão.
As Opiniões Prevalecentes
Embora eu sempre desejasse dirigir ao público essas considerações, em geral eu respondia tudo isso de maneira privada, para de certo modo evitar novas controvérsias, mas agora eu acredito que chegou a hora de pôr essas questões abertamente, muito disso porque o Senhor tem me ensinado recentemente sobre motivações e como alguns querem colocar um ponto final em tudo isso!
Por favor entendam que essas são apenas minhas opiniões, e eu decerto não sou nenhuma autoridade nas Escrituras Sagradas – ou na música (exceto talvez as que eu mesmo faço). Essas são apenas algumas respostas que obtive ao longo dos anos e estudos com temor e tremor ante o Senhor. Mas como todo o resto, você pode buscar no próprio Senhor por si mesmo para ter suas respostas em questões difíceis. Eu espero apenas dar a vocês algumas coisas que eu mesmo penso sobre essa questão.
As Opiniões Prevalecentes
Podemos
ver duas diferentes e opostas opiniões e escolas sobre se Deus
poderia ou não usar algo tão questionável como o rock and roll
como ferramenta evangelística ou até (me perdoem!) na
adoração.
Uma questão comumente levantada pelos contrários ao rock para crer que ele, seja secular ou o “dito cristão”, não deve ser sequer ouvido ou mesmo usado como meio de nada pelos cristãos, é porque o rock é “do diabo”. Possuem diversas estatísticas e “provas” usadas para demonstrar que o som do rock por si mesmo é a causa direta de toda forma de mal: do uso abusivo de drogas à gravidez precoce. E muitas pessoas sinceras acreditam através de tudo isso que qualquer um que use o rock em qualquer forma não pode realmente ser usado ou abençoado por Deus.
Já a outra escola de pensamento diz que Deus pode redimir ou usar qualquer coisa – e justamente pelo fato do rock ser tão prevalente no mundo que o povo de Deus deve usar o mesmo meio para alcançar esses perdidos no mundo. Nisso, os que defendem tal posição dizem “cristãos estão no mundo, ainda que não façamos parte dele”¹ e “não foi o próprio Paulo que disse para nos tornarmos tudo para salvar a alguns?”²
Uma questão comumente levantada pelos contrários ao rock para crer que ele, seja secular ou o “dito cristão”, não deve ser sequer ouvido ou mesmo usado como meio de nada pelos cristãos, é porque o rock é “do diabo”. Possuem diversas estatísticas e “provas” usadas para demonstrar que o som do rock por si mesmo é a causa direta de toda forma de mal: do uso abusivo de drogas à gravidez precoce. E muitas pessoas sinceras acreditam através de tudo isso que qualquer um que use o rock em qualquer forma não pode realmente ser usado ou abençoado por Deus.
Já a outra escola de pensamento diz que Deus pode redimir ou usar qualquer coisa – e justamente pelo fato do rock ser tão prevalente no mundo que o povo de Deus deve usar o mesmo meio para alcançar esses perdidos no mundo. Nisso, os que defendem tal posição dizem “cristãos estão no mundo, ainda que não façamos parte dele”¹ e “não foi o próprio Paulo que disse para nos tornarmos tudo para salvar a alguns?”²
A
Visão Sobre os “do Rock”
Óbvio
que sempre tomarei o partido da segunda escola de pensamento, porém
acredito que esse grupo em alguns momentos estão indo um pouco longe
demais, fazendo em nome da “liberdade” coisas que acredito serem
ofensivas ao Senhor, por isso é necessário rever alguns pontos.
Nunca devemos esquecer que Paulo também disse “não tornem sua
liberdade em oportunidades para a carne.”³
É justamente por alguns desses abusos que eu escolhi permanecer em silêncio nesse assunto. Não posso tomar minha caneta pra defender os “roqueiros cristãos” porque, francamente, eu tenho me ofendido com certas coisas que tenho ouvido tanto quanto uma doce senhorinha cristã que acidentalmente caia em algum desses shows ditos cristãos.
Não é a batida que me incomoda, nem o volume – é o ESPÍRITO DA COISA! Parece uma atitude de “OLHE PARA MIM!” que vejo em cada show, ou aquela síndrome de “NÃO VÊ QUE EU POSSO SER TÃO BOM QUANTO O MUNDO?” que escuto em cada disco do gênero. Jesus não quer que sejamos tão bons quanto o mundo, ELE QUER QUE SEJAMOS MELHORES! E isso não tem nada a ver com ter um som, estilo ou talento de excelência – coisas que vão além do valor em si -, e sim na nossa motivação sempre que subimos num palco, em nossas razões em cantar nossas canções, e especialmente em PRA QUEM nós estamos cantando! Se há algo errado ou mundano no autodenominado “rock cristão” é o espírito de auto-exaltação e a atitude de sempre querer soar mais alto e claro (a si mesmos e não a Deus – Acréscimo do Tradutor) contidas em muitos dos discos e shows de hoje em dia.
(Por favor não me entenda mal, eu não quero aparentar ser um religioso, nem estou dizendo que “todos músicos e artistas envolvidos no rock têm que seguir exatamente meu exemplo de atitudes e motivações!” Acredite em mim, eu passo pelas mesmas coisas por muitos anos e essas coisas Deus me cobra em minha própria vida e ministério público).
É justamente por alguns desses abusos que eu escolhi permanecer em silêncio nesse assunto. Não posso tomar minha caneta pra defender os “roqueiros cristãos” porque, francamente, eu tenho me ofendido com certas coisas que tenho ouvido tanto quanto uma doce senhorinha cristã que acidentalmente caia em algum desses shows ditos cristãos.
Não é a batida que me incomoda, nem o volume – é o ESPÍRITO DA COISA! Parece uma atitude de “OLHE PARA MIM!” que vejo em cada show, ou aquela síndrome de “NÃO VÊ QUE EU POSSO SER TÃO BOM QUANTO O MUNDO?” que escuto em cada disco do gênero. Jesus não quer que sejamos tão bons quanto o mundo, ELE QUER QUE SEJAMOS MELHORES! E isso não tem nada a ver com ter um som, estilo ou talento de excelência – coisas que vão além do valor em si -, e sim na nossa motivação sempre que subimos num palco, em nossas razões em cantar nossas canções, e especialmente em PRA QUEM nós estamos cantando! Se há algo errado ou mundano no autodenominado “rock cristão” é o espírito de auto-exaltação e a atitude de sempre querer soar mais alto e claro (a si mesmos e não a Deus – Acréscimo do Tradutor) contidas em muitos dos discos e shows de hoje em dia.
(Por favor não me entenda mal, eu não quero aparentar ser um religioso, nem estou dizendo que “todos músicos e artistas envolvidos no rock têm que seguir exatamente meu exemplo de atitudes e motivações!” Acredite em mim, eu passo pelas mesmas coisas por muitos anos e essas coisas Deus me cobra em minha própria vida e ministério público).
E
sobre essas estórias do “ritmo das selvas”?
Provavelmente
você já ouviu algumas dessas eEstórias
sobre uma família de missionários que foi a uma tribo de canibais,
guerreiros vudus? Bem, pelo que dizem essas historinhas,
o missionário levou diversos jovens que amavam ouvir “rock
cristão” que
na verdade, pelo que conta a versão mais famosa dessa história, era
um K7 do ministro de louvor Ralph Carmichael – se realmente esses
louvores contém o “mal” em si mesmos, a maioria dos cultos
cristãos estão amaldiçoados! - Nota do Tradutor baseado em BAGGIO,
Sandro “Música Cristã Contemporânea”, p. 82, nota 2).
Certo dia, quando tocavam um desses discos bem alto, um xamã veio
correndo da selva e disse “vocês estão tentando evocar os
demônios com essa
música?
Não sabem que esse é o mesmo ritmo que usamos pra evocar demônios
nos nossos rituais?” Eu ouvi essa história diversas vezes de
diversas formas, mas sempre com o intuito de provar “É isso! O
rock é criação do inferno, mesmo que ele apareça travestido de
“rock cristão”.
Agora, eu sempre me divirto tentando pensar se essa história começou com algum missionário que ficou em campo por mais de 20 anos – e quando voltou pra sua terra deve ter morrido ao ouvir as mais recentes canções cristãs. (Ou isso, ou o xamã saiu da selva e acabou entrando num seminário evangélico ultraconservador!)
Mas sinceramente, eu duvido que essa história seja real – e até se for, isso não faz que ouvir “músicas com batida” faça com que sua família precise de um exorcista. O que precisamos agora é olhar essa questão: Realmente existe isso de “música maligna”? Para essa questão, eu devo responder um definitivo “SIM”!, mas as minhas razões para chamar uma música de “maligna” podem te surpreender.
Agora, eu sempre me divirto tentando pensar se essa história começou com algum missionário que ficou em campo por mais de 20 anos – e quando voltou pra sua terra deve ter morrido ao ouvir as mais recentes canções cristãs. (Ou isso, ou o xamã saiu da selva e acabou entrando num seminário evangélico ultraconservador!)
Mas sinceramente, eu duvido que essa história seja real – e até se for, isso não faz que ouvir “músicas com batida” faça com que sua família precise de um exorcista. O que precisamos agora é olhar essa questão: Realmente existe isso de “música maligna”? Para essa questão, eu devo responder um definitivo “SIM”!, mas as minhas razões para chamar uma música de “maligna” podem te surpreender.
O
que é a “música maligna”?
"Eu
sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo, a
não ser para aquele que assim o considera; só para ELE
é imundo."4
Não acredito que qualquer estilo musical possa ser “mal” por si mesmo. Eu creio que nenhum tipo de ritmo ou estrutura musical ou linhas melódicas possa nascer no inferno. A ideia de que o diabo tenha inventado certos estilos musicais para capturar almas de jovens inocentes da atualidade não só não tem fundamento, mas é o mesmo nível de ridículo de dizer à juventude das igrejas como se dizia a um tempo atrás “masturbação causa cegueira” (no Brasil diziam que criava pelos e bolhas nas mãos – Nota do Tradutor). Por que tentar amedrontar os garotos pra que façam o que é certo? Por que não combater o problema real – O EGOÍSMO!
A sugestão de que haja algo como “música boa ou ruim”⁵ é absurda pra mim. Eu estou envolvido em todo aspecto musical em toda minha música e tenho testemunhado os vários efeitos que ela causa em mim e outras pessoas, e eu tenho de dizer, nunca vi NENHUM CASO em que a música tenha sido a causa direta de uma vida pecaminosa ou destruída em pessoa alguma.
Por outro lado, vejo a música como ferramenta de egoísmo e egocentrismo nas pessoas (até em mim mesmo). Eu vejo também ela ser usada para criar sensualidade nas pessoas com luxúria e manipulação em suas mentes. Vejo grupos de rock admitirem ser adoradores de satã ou praticantes de magia negra (embora em muitos casos seja apenas para ter fama, não sendo realmente praticantes disso – Nota do Tradutor) que emprega a música como ferramenta para iludir seus espectadores. Sim, eu tenho que admitir que um observador casual pode considerar qualquer um envolvido com o rock nessa podridão, usando o conceito de “culpado por associação”.
Mas todos os exemplos mencionados mostram somente as motivações dos corações, não a música em si mesma! Isso porque creio que a música em si mesma é uma força neutra. Deixe-me dar um exemplo.
Pegue uma faca. Com ela você pode cortar pão, entalha uma escultura, solta alguém preso por cordas, ou você pode usar isso para roubar ou até mesmo matar alguém. Em outras palavras, você pode com ela fazer algo criativo e produtivo, ou algo destrutivo e assassino. A faca em si, se colocada num ambiente de pessoas perigosas, vira uma arma. Mas colocada numa cozinha, torna-se uma ferramenta que é útil, sempre que necessário, para a preparação da nutrição de sua família.
Outro exemplo: vejamos a “dança de Davi”. A Bíblia diz que o Rei Davi “dançou ante a majestade do Senhor”⁶. Mas atualmente pessoas dançam em bares e discotecas (atualmente em casas de shows, raves e similares – Nota do Tradutor), e depois muitos se satisfazem em embriaguez alcoólica, drogas e sexo ilícito. Teria a dança em si poder de produzir desejo por drogas, sexo e embriaguez? Você e eu sabemos que sim, alguns movimentos do corpo podem excitar algumas pessoas. Mas alguns têm esses desejos perversos em quaisquer outras formas de estimulação pra começar com isso. Eu vejo cristãos “dançando no Espírito” e alguns também dançando “na carne”. Isso não torna a dança em si maligna, ou a música que é dançada, mas sim as atitudes e motivações do coração.
Não acredito que qualquer estilo musical possa ser “mal” por si mesmo. Eu creio que nenhum tipo de ritmo ou estrutura musical ou linhas melódicas possa nascer no inferno. A ideia de que o diabo tenha inventado certos estilos musicais para capturar almas de jovens inocentes da atualidade não só não tem fundamento, mas é o mesmo nível de ridículo de dizer à juventude das igrejas como se dizia a um tempo atrás “masturbação causa cegueira” (no Brasil diziam que criava pelos e bolhas nas mãos – Nota do Tradutor). Por que tentar amedrontar os garotos pra que façam o que é certo? Por que não combater o problema real – O EGOÍSMO!
A sugestão de que haja algo como “música boa ou ruim”⁵ é absurda pra mim. Eu estou envolvido em todo aspecto musical em toda minha música e tenho testemunhado os vários efeitos que ela causa em mim e outras pessoas, e eu tenho de dizer, nunca vi NENHUM CASO em que a música tenha sido a causa direta de uma vida pecaminosa ou destruída em pessoa alguma.
Por outro lado, vejo a música como ferramenta de egoísmo e egocentrismo nas pessoas (até em mim mesmo). Eu vejo também ela ser usada para criar sensualidade nas pessoas com luxúria e manipulação em suas mentes. Vejo grupos de rock admitirem ser adoradores de satã ou praticantes de magia negra (embora em muitos casos seja apenas para ter fama, não sendo realmente praticantes disso – Nota do Tradutor) que emprega a música como ferramenta para iludir seus espectadores. Sim, eu tenho que admitir que um observador casual pode considerar qualquer um envolvido com o rock nessa podridão, usando o conceito de “culpado por associação”.
Mas todos os exemplos mencionados mostram somente as motivações dos corações, não a música em si mesma! Isso porque creio que a música em si mesma é uma força neutra. Deixe-me dar um exemplo.
Pegue uma faca. Com ela você pode cortar pão, entalha uma escultura, solta alguém preso por cordas, ou você pode usar isso para roubar ou até mesmo matar alguém. Em outras palavras, você pode com ela fazer algo criativo e produtivo, ou algo destrutivo e assassino. A faca em si, se colocada num ambiente de pessoas perigosas, vira uma arma. Mas colocada numa cozinha, torna-se uma ferramenta que é útil, sempre que necessário, para a preparação da nutrição de sua família.
Outro exemplo: vejamos a “dança de Davi”. A Bíblia diz que o Rei Davi “dançou ante a majestade do Senhor”⁶. Mas atualmente pessoas dançam em bares e discotecas (atualmente em casas de shows, raves e similares – Nota do Tradutor), e depois muitos se satisfazem em embriaguez alcoólica, drogas e sexo ilícito. Teria a dança em si poder de produzir desejo por drogas, sexo e embriaguez? Você e eu sabemos que sim, alguns movimentos do corpo podem excitar algumas pessoas. Mas alguns têm esses desejos perversos em quaisquer outras formas de estimulação pra começar com isso. Eu vejo cristãos “dançando no Espírito” e alguns também dançando “na carne”. Isso não torna a dança em si maligna, ou a música que é dançada, mas sim as atitudes e motivações do coração.
Precisam os
mexicanos aprenderem inglês??
Agora,
nós não precisamos obrigar os mexicanos a aprender inglês antes de pregar o
Evangelho pra eles, ou sim? A única razão de se usar música
contemporânea em meu ministério é devido minha crença de que essa
é a “linguagem” dos jovens. Após receber pilhas de cartas
dizendo coisas do tipo “eu nunca iria dar ouvidos ao que você diz
se não tivesse sido antes atraído pela sua música – eu estou
seguro de que o único meio de alcançar esses amantes de música é
em SUA
PRÓPRIA LINGUAGEM!
Já ouviu falar de como John e Charles Wesley pegaram populares “canções de bar” do seu tempo e colocaram letras cristãs nelas? E nem dá pra imaginar o sucesso deles em alcançar pecadores com essas canções – ainda que muitos da própria igreja deles deplorassem seus métodos!
E quando o Exército da Salvação surgiu, e a quantos enervaram ao colocarem hinos em marchas de forças armadas – e eles seguirem em tocar e cantar essas “canções sensuais” (como as igrejas tradicionais da época que eles surgiram chamavam suas canções) pelas ruas nos domingos! Eles seguiram os passos dos irmãos Wesley, pegando cantorias de tavernas e as “convertendo” em coros de adoração, ou em toques de apelo para pessoas renderem suas vidas a Cristo! E nunca houve tantas pessoas “comuns” convertidas na Inglaterra como na época desses “Soldados da Salvação”.
Ó, quão inofensivas essas melodias hoje soam nos ouvidos de seus avós. Mas esses avós em outros tempos seriam acusados de soltarem, através do próprio diabo em pessoa, “demônios-musicais”!
Estes são que hoje em dia continuam a dizer que só se pode usar músicas suaves e “saudáveis” para alcançar jovens. De outra forma (dizem eles), nós apenas estaremos os estimulando à rebelião pecaminosa, e que veremos depois que as ditas conversões através do rock não seriam realmente autênticas. Um evangelista bem conhecido recentemente (na época da nota. Não achei o autor da frase, mas creio ter sido David Wilkerson, que anos mais tarde pediria perdão por tanto agredir cristãos fãs de rock – Nota do Tradutor) foi mais longe ao dizer “Ninguém JAMAIS será abençoado através dessa música cristã contemporânea!”
Esse tipo de raciocínio é similar à limitação feita pelos primeiros missionários na China. Eles achavam que o melhor caminho para “cristianizar” o povo de lá era os ensinar o modo de vida e de vestir dos europeus, e assim estariam “civilizando” os pagãos – invés de os converter (um erro que se repetiu nas catequizações dos colonizadores portugueses, espanhóis e ingleses na América como um todo com os ameríndios – Nota do Tradutor). Mas um jovem e zeloso missionário chamado Hudson Taylor mudou isso – ele sabia que o único modo de alcançar o povo era com a verdade do Evangelho. E ele sabia que era errado inserir QUALQUER aculturação ou conformação de “verdades de fora” que ele acreditava. Assim ele descartou suas vestimentas europeias e passou a se identificar com o povo para tentar os alcançar, vestindo-se como eles e adotando seus costumes. Embora a princípio ridicularizado e evitado pelos outros missionários que estavam com ele, seu sucesso final provou que Deus de fato o comandou a tudo que ele fizera.7
Já ouviu falar de como John e Charles Wesley pegaram populares “canções de bar” do seu tempo e colocaram letras cristãs nelas? E nem dá pra imaginar o sucesso deles em alcançar pecadores com essas canções – ainda que muitos da própria igreja deles deplorassem seus métodos!
E quando o Exército da Salvação surgiu, e a quantos enervaram ao colocarem hinos em marchas de forças armadas – e eles seguirem em tocar e cantar essas “canções sensuais” (como as igrejas tradicionais da época que eles surgiram chamavam suas canções) pelas ruas nos domingos! Eles seguiram os passos dos irmãos Wesley, pegando cantorias de tavernas e as “convertendo” em coros de adoração, ou em toques de apelo para pessoas renderem suas vidas a Cristo! E nunca houve tantas pessoas “comuns” convertidas na Inglaterra como na época desses “Soldados da Salvação”.
Ó, quão inofensivas essas melodias hoje soam nos ouvidos de seus avós. Mas esses avós em outros tempos seriam acusados de soltarem, através do próprio diabo em pessoa, “demônios-musicais”!
Estes são que hoje em dia continuam a dizer que só se pode usar músicas suaves e “saudáveis” para alcançar jovens. De outra forma (dizem eles), nós apenas estaremos os estimulando à rebelião pecaminosa, e que veremos depois que as ditas conversões através do rock não seriam realmente autênticas. Um evangelista bem conhecido recentemente (na época da nota. Não achei o autor da frase, mas creio ter sido David Wilkerson, que anos mais tarde pediria perdão por tanto agredir cristãos fãs de rock – Nota do Tradutor) foi mais longe ao dizer “Ninguém JAMAIS será abençoado através dessa música cristã contemporânea!”
Esse tipo de raciocínio é similar à limitação feita pelos primeiros missionários na China. Eles achavam que o melhor caminho para “cristianizar” o povo de lá era os ensinar o modo de vida e de vestir dos europeus, e assim estariam “civilizando” os pagãos – invés de os converter (um erro que se repetiu nas catequizações dos colonizadores portugueses, espanhóis e ingleses na América como um todo com os ameríndios – Nota do Tradutor). Mas um jovem e zeloso missionário chamado Hudson Taylor mudou isso – ele sabia que o único modo de alcançar o povo era com a verdade do Evangelho. E ele sabia que era errado inserir QUALQUER aculturação ou conformação de “verdades de fora” que ele acreditava. Assim ele descartou suas vestimentas europeias e passou a se identificar com o povo para tentar os alcançar, vestindo-se como eles e adotando seus costumes. Embora a princípio ridicularizado e evitado pelos outros missionários que estavam com ele, seu sucesso final provou que Deus de fato o comandou a tudo que ele fizera.7
Colocando
as pessoas “debaixo da lei”
Sabemos
que Paulo teve os mesmos problemas “culturais” na igreja
primitiva, onde os crentes judaizantes tentavam levar os novos
convertidos gentios a primeiro abraçar a lei judaica e seus costumes
antes de serem considerados cristãos.8 Creio
que tentar mudar o gosto musical das pessoas, antes de ensiná-los a
verdade, é tão errado quanto os judeus tentando circuncidar os
gentios como um pré-requisito necessário pra vida eterna. A Bíblia
é clara quanto a nos exortar a de maneira alguma colocar obstáculos
no caminho das pessoas que receberam o divino e precioso dom da
salvação!
Conclusão:
Tudo depende da motivação!
Estou
convencido de que o potencial de alcançar pessoas para Jesus por
todos os meios – por discos, rádio, filmes ou televisão (e
internet também nos dias atuais – Nota do Tradutor) – é
monumental, simplesmente porque são as coisas que prendem e que
continuam a prender a atenção popular. Eu realmente acredito que
os cristãos que entregaram completamente suas vidas a Deus, usando
essas ferramentas, podem levar pessoas a dobrarem seus joelhos em
arrependimento e levarem estas a levantarem suas mãos
ao
Salvador. Porém se suas vidas NÃO
estiverem totalmente entregues a Deus – ou se suas motivações
forem CONFUSAS
e seus corações DIVIDIDOS
– eu vejo somente vergonha e ridicularização para o Evangelho.
E
sendo isto o caso em boa parte dos casos, isso dificulta as coisas e
brilha mais como uma luz ruim – mesmo naqueles que têm corações
limpos e motivações puras.
Eu também quero dizer por fim que sim, eu acredito que o Espírito Santo está entristecido com muito do que se passa hoje em dia como “ministério musical” ou “música cristã” - nem tanto pela batida ou conteúdo, mas pela falta de compromisso e unção. Mas ainda que pessoas de corações malignos usem o rock como meio de rebelião e auto-exaltação não significa que esse estilo não pode ser usado por pessoas submissas a Deus para capturar a atenção dos pecadores; e levar estes a largarem seus próprios “eus” - e lançarem-se ante o trono de Cristo!
Após tudo, muitos não usam a MESMA BÍBLIA que nós acalentamos ser a Santa Palavra de Deus, e a distorce e torcem “para sua própria destruição?⁹ E o próprio diabo não usou as Escrituras pra Jesus?¹⁰ Como você pode ver, um coração perverso pode perverter até a mais sagrada e bela das coisas. E do mesmo modo, Deus pode pegar o vaso mais sujo e usá-lo para Sua glória.¹¹ (Basta ver você e eu mesmo!) Acredite em mim, se seu coração estiver correto, sua música será correta também. Mas se seu coração estiver coberto de egoísmo e orgulho, ainda que você cante o hino mais doce de todos, sua cantoria trabalhará somente morte e não vida. Pois...
"Um homem bom tirará do bom tesouro que há em seu coração somente coisas boas, mas o homem mau, de seu tesouro mau só trará coisas más, assim sua boca falará somente aquilo que preenche o seu coração.”¹²
Eu também quero dizer por fim que sim, eu acredito que o Espírito Santo está entristecido com muito do que se passa hoje em dia como “ministério musical” ou “música cristã” - nem tanto pela batida ou conteúdo, mas pela falta de compromisso e unção. Mas ainda que pessoas de corações malignos usem o rock como meio de rebelião e auto-exaltação não significa que esse estilo não pode ser usado por pessoas submissas a Deus para capturar a atenção dos pecadores; e levar estes a largarem seus próprios “eus” - e lançarem-se ante o trono de Cristo!
Após tudo, muitos não usam a MESMA BÍBLIA que nós acalentamos ser a Santa Palavra de Deus, e a distorce e torcem “para sua própria destruição?⁹ E o próprio diabo não usou as Escrituras pra Jesus?¹⁰ Como você pode ver, um coração perverso pode perverter até a mais sagrada e bela das coisas. E do mesmo modo, Deus pode pegar o vaso mais sujo e usá-lo para Sua glória.¹¹ (Basta ver você e eu mesmo!) Acredite em mim, se seu coração estiver correto, sua música será correta também. Mas se seu coração estiver coberto de egoísmo e orgulho, ainda que você cante o hino mais doce de todos, sua cantoria trabalhará somente morte e não vida. Pois...
"Um homem bom tirará do bom tesouro que há em seu coração somente coisas boas, mas o homem mau, de seu tesouro mau só trará coisas más, assim sua boca falará somente aquilo que preenche o seu coração.”¹²
Notas
de referência:
1)
João
17:11, 15-16.
2) I Coríntios 9:22
3) Gálatas 5:13
4) Romanos 14:14
5) Boa ou má em si mesma
6) II Samuel 6:14
7) Hudson Taylor's Spiritual Secret, by Dr. and Mrs. Howard Taylor; Moody Press, Chicago, IL 60610.
8) Gálatas 5:1-1
9) II Pedro 3:16b
10) Mateus 4:6, Salmos 91: 11-12
11) II Timóteo 2:20
12) Lucas 6:45
Traduzido por João "Johnnÿ" Dias em 15/07/2019.
2) I Coríntios 9:22
3) Gálatas 5:13
4) Romanos 14:14
5) Boa ou má em si mesma
6) II Samuel 6:14
7) Hudson Taylor's Spiritual Secret, by Dr. and Mrs. Howard Taylor; Moody Press, Chicago, IL 60610.
8) Gálatas 5:1-1
9) II Pedro 3:16b
10) Mateus 4:6, Salmos 91: 11-12
11) II Timóteo 2:20
12) Lucas 6:45
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