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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Quem puxou o plug? (minha vida underground - e minha morte também)

 "Desligue os aparelhos
Deixem-me morrer
Desligue os aparelhos
Não quero viver deste jeito"

Death - Pull the Plug


Tudo começou em 1999, 2000. Um garotinho de 11 anos ouvia pela primeira vez Katsbarnea, Brother Simion, Resgate, Catedral, Troad, Oficina G3, Bride, Petra, banda Tempero e várias outras. Virei fã dessa galerinha. Em 2001 ouvia de vez em quando uma turma mais "da pesada" como Calvário D.C. e Alta Cúpula, mas foi em 2002, com meu brother Diogo Sobral, que ouvi falar do underground cristão, e já de cara as duas mais "casca-grossas" da cena: a australiana Mortification e a brazuca Antidemon. E fui pra eventos locais da igreja Renascer Beberibe, ajudei a divulgar e organizar uns ainda bem novo. E, claro, queria fazer minha banda. Até participei de umas ao longo dos anos, mas nenhuma durou muito. E quase liderei o que seria o CMF de lá (quem acabou herdando essa responsa foi o meu brother e "filho na fé" Alessandro Rodrigues, já que eu saí antes do CMF ser propriamente organizado por lá, muito por conta da falta de apoio a uma banda que organizávamos lá).

Mas meu sonho de ajudar na cena continuou. Como banda tentei de tudo, mas, como aprendi desde cedo, enquanto seu dom ou sonho não se realiza na plenitude, faça outras coisas pra glória de Deus, e assim o fiz, divulgando eventos (ao ponto de em 2013 montar o Christian Underground Pernambuco, grupo do Facebook que também virou blog e grupo do Whats anos mais tarde, para divulgar bandas locais, eventos e etc). Ajudei em diversos elementos e tenho orgulho disso, pois o fazia pra glória de Deus. Veja esse blog, mais um fruto disso.

Enfim, por que "morri" pro underground cristão?

Calma, não vou largar de novo esse blog. Ele faz parte da minha vida e amo esse trampo. Mas não espere muito "compromisso" como outrora. É doloroso, mas a cena tá "morta", e todos que já tentaram a ressuscitar falharam porque caem em diversas armadilhas de diversos tipos. É difícil definir tudo. No fim minha mente cansa com tudo isso. Zilhões de problemas que tentam esconder tal qual tentam tapar sol com peneira.

Eu já cansei de elencar a quantidade de coisas que vejo de errado. Coisas que tantos não veem. Gente que "caga-regras" de como um "cristão underground" só pode se envolver em eventos "gospel" ou cantar "white". Gente que parece só falar de rock e metal, mas não tem compromissos reais sobre igreja, problemas sociais, nada. Gente que se prende a rótulos, de "não curto esse tal de som moderno", "não curto esse show com bandinhas X", "não ando com esses oldschool"... Gente que age como criança pagando de líder, de gênio, de chefe da cena. Gente que vive só do passado, gente que tantas coisas que cansa.

Mas nada me cansa mais que essas gentes que dizem ser cristãos underground, mas vivem prisioneiros do sistema, idolatrando políticos, cuspindo nos seus irmãos só por pensarem diferente, que não caem nas armadilhas do sistema imundo das ideologias, das mídias, das politicagens e o escambau. Nada é tão terrível pra mim. Como sobreviver a isso?

????

Eu não sei. Sinceramente não sei. Porque vejo até os ministérios underground caindo nas armadilhas do sistema. É absurdamente lamentável. Eu me sinto cada dia mais desconectado não só do evangelho "tradicional" e pentecostal, mas também dos undergrounds que de underground não têm nada, não por serem fiéis a liturgia tradicional ou à seriedade adequada do Evangelho, mas por cair no mesmo erro de achar que têm mesmo que viver deslocados da sociedade, exceto na ideologização. Isso ninguém quer largar o queijo.

E o resultado? Veja aí. Um bando de meninos defendendo um monte de coisas ultrapassadas ou até mesmo inadmissíveis por medo de ferir seu orgulho infantil, medo de perder a boquinha da panelinha da crentelhagem, medo de admitir que provavelmente em alguma coisa a cena "secular" tá certa.

Aliás, que medinho de se associar com o secular dessa turminha viu. Reclamam direto que o underground secular "só odeia o white", mas o próprio white causou sua ruína pelo proselitismo cego, por falta de conexão com a realidade e, em diversos casos, terem propositalmente se isolado demais em seus redutos.

Há solução pra essa miséria? Não sei.

Não sei mesmo.

Quando vejo as respostas e falas de uns, e o desprezo de outros a pensamentos como o meu, eu acho que não há solução. Até porque não há remédio que cure quem insiste em achar que não tá doente...

"E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem sejam cegos. E aqueles dos fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece."

(João 9.39-41)

Soli Deo Glori

sábado, 1 de agosto de 2020

Covers de bandas e cantores "seculares"



Se existe uma parada que até hoje causa frisson, confusão e até mesmo críticas vazias de vários religiosos são bandas cristãs que se atrevem a fazerem covers de bandas "seculares". Nem tanto lá fora, muito aqui no Brasil (MUITO MESMO), essa ideia de homenagear influências musicais suas vez por outra deixam uns garotinhos "assustados" e considerando que suas bandas "se venderam". Pura religiosidade babaca. Na realidade é fantástico ver como bandas cristãs conseguem as vezes até mesmo superar os originais. Há casos até que muitos nem se dão conta que a canção na verdade é um cover! Então vou listar aqui bandas cristãs e seus covers fabulosos.


9th Street - I Heard It Through the Grapevine (cover de Marvin Gaye e Creedence Clearwater Revival)

A banda de AOR/New Wave lançou somente o disco "The Prayer" (infelizmente), mas nele legou um cover incrível pra esse clássico da soul romântica que já tinha ganhado uma versão southern rock pelas mãos dos mestres do estilo, a CCR. Mas essa versão bem dançante do clássico de Marvin Gaye sem dúvidas é incrível.

(Infelizmente não achei no Youtube, mas acredito ser possível encontrar em plataformas digitais como Spotify e Deezer).


Love Life - A Hard Day's Night (cover dos Beatles)

A banda que futuramente tornar-se-ia a Fear Not que está na ativa até hoje lançou apenas o disco "Goodbye Lady Jane" usando o nome Love Life. Mas seu hard rock oitentista trouxe uma versão iradíssima da canção que dá nome ao terceiro disco da maior banda de rock de todos os tempos (e também é o nome do primeiro filme deles, que aqui no Brasil foi chamado de "Os Reis do Iê Iê Iê").




Mind Garage - Paint it Black (cover dos Rolling Stones) e Jailhouse Rock (cover de Elvis Presley)

A primeira banda de rock cristão a realmente ter relevância na cena não teve nenhum tipo de cerimônias ao escolher a faixa título do filme "O Prisioneiro do Rock" de Elvis, nem de pegar uma das faixas mais pesadas dos Rolling Stones para coverizar (e quanto a esta última, meus amigos, sem dúvidas tá bem melhor que a original, sem brincadeira!)






Petra - God Gave Rock'n'Roll to You (cover da Argent)

Essa música, coverizada pelo Petra a primeira vez em seu segundo disco "Come and Join Us" de 1977, ficou tão a cara da banda que eu demorei pra descobrir que era um cover da secular de rock progressivo Argent. Aliás, cheguei até a pensar que "God Gave Rock'n'Roll to You II" da também secular KISS era um cover do Petra. Serião kkkkk. O Petra fez mais duas versões dessa música nos anos 80, e várias outras bandas como Bride e Oficina G3 também pegaram essa canção pra fazer um baita cover dela.




REZ Band - Presence of the Lord (cover da Blind Faith), Bargain (cover do The Who) e Somebody to Love (cover de Jefferson Airplane)

Sem dúvidas a mais hard rock das bandas de hard rock cristãs, na sua fase que veio a partir de meados dos anos 1980 a banda incorporou bem suas raízes blueseiras e também suas influências sessentistas, com canções incríveis das bandas The Who, Jefferson Airplane e Blind Faith (banda de Eric Clapton). Essa última canção inclusive ganhou diversos covers cristãos ao longo dos anos, como as versões do Infinity Plus Three, do Larry Norman e da God Squad.








dc Talk - Jesus is Just Alright (cover dos Doobie Brothers)

Pra mim dc Talk, com sua versão rap/funk dessa canção, deu vida nova ao clássico do grupo de rock psicodélico americano. E, pois é, é uma canção de uma banda "secular" que fala de Jesus melhor que muita banda "cristã"! Essa mesma canção anos mais tarde seria também revisitada pelo Stryper. Mas pra mim nenhuma versão ainda superou esse "tchurururu tchu tchu tchu tchu"... kkkkk




Jars of Clay - Crazy Train (cover do Ozzy Osbourne)

Embora nunca oficialmente lançado pela banda, eles sempre executaram esse cover em seus shows, o que deu um baita rolo pra banda na época, até porque coverizar uma canção do "rei das trevas", ainda mais uma canção que critica as atitudes de muitos "pregadores" por aí afora. Mas a intenção da banda era realmente mexer um bocado com as estruturas hipócritas de muitos. E como conseguiram viu!




Catedral - Ainda Não Vi o que Sempre Quis (versão de "I Still Haven't Found Where I'll Looking For" da U2) e Cathedral Song (cover de Tanika Tikaran), dentre outras.

No que tange à polêmica, Catedral nunca teve medo delas, e já no terceiro disco de 1991 fizeram uma versão da U2 (que eu nem considero bem uma banda "secular", pra ser sincero hein haha) que ficou bem legal, mas nada superou a versão da canção que eles com certeza escolheram por conta do nome, mas gerou uma polêmica com uma turma que achou que estavam só imitando o Renato Russo, que já havia feito uma versão dessa mesma música em 1994 em seu disco em inglês "The Stonewall Celebration". Bobagem pura - lembrando que pouco antes Leandro da dupla Leandro e Leonardo já tinha feito uma versão, e a cantora Zélia Duncan no mesmo ano da Catedral faria de sua versão em português dessa música seu maior sucesso até hoje. Catedral também fez várias outras versões, inclusive um disco inteiro dedicado ao rei do Rock, chamado "The Elvis Music".






Deliverance - After Forever (cover do Black Sabbath) e Beauty and the Beast (cover do David Bowie)

Jimmy sempre teve um gosto bem curioso, que ia do metal mais porrada até o rock mais art rock possível. Assim ele chegou a coverizar artistas de new wave cristãos como Daniel Amos (Horrendous Music e Sanctuary) e Steve Taylor (On the Fritz), mas nada superou seu cover de After Forever, com direito a um incidental de Symptom of the Universe. E dá pra imaginar o caos que foi terem coverizado ninguém menos que a banda mais "satânica" do metal clássico na mente dos ignorantes. O Stryper anos mais tarde repetiria a dose, haja vista que essa música (bem como War Pigs, God is Dead?, Black Sabbath e outras da banda, dão de dez a zero em muita canção de "white metal" por aí). Não bastasse essa "afronta", Jimmy Brown e cia prepararam mais uma com o cover incrível do David Bowie, uma canção bem no nível "Jekkyl and Hyde" do saudoso "camaleão" do rock.






Resgate - All You Need is Love (cover do Beatles) e Turn Turn Turn (cover de Pete Seeger, mas mais famosa pela banda The Byrds)


A muito o Resgate não nega suas raízes musicais advindas do rock sessentista, e assim coverizaram esse clássico dos Beatles e mais uma canção épica que tornou-se junto a "Jesus is Just Alright" duas canções do mundo hippie que traziam uma mensagem genuinamente cristã, mesmo sendo criações de artistas seculares. Uma lástima que aqui no Brasil ações como essa do Resgate são tão mal compreendidas.






Sixpence None the Richer - There She Goes (cover do The La's) e Don't Dream It's Over (cover do Crowded Horse), entre outras.

O que o Catedral conseguiu aqui no Brasil o Sixpence já vinha fazendo lá fora, cruzando as fronteiras dos mercados "gospel" e "secular", e trazendo dois covers que até hoje são tão bons que as vezes é difícil lembrar das versões originais (nem tanto de Don't Dream It's Over, já que fã de anos 1980 vez por outra taca a original por aqui kkkkk). Além dessas, a SNTR já chegou a coverizar "Dancing Queen" da sueca ABBA.






Discos de covers:


Ultimatum - Lex Metallis (tem covers de bandas seculares e cristãs no mesmo canto)
Stryper - The Covering (na época que saiu deu um bafafá e até hoje tem quem diga que a banda "se vendeu" por causa desse disco, pelamor de Deus...)
Larry Norman - Streams of White Light into Darkned Corners (mágico disco com diversos covers de artistas dos anos 60 e 70 - e alguns até mais antigos - que traziam mensagens positivas e até mesmo cristãs)
The God Squad - Jesus Christ Greatest Hits (o único disco dessa banda/projeto com diversas canções de artistas seculares muito bem coverizadas)
Boarders - All Clear for Lies (Boarders começou como uma banda de covers, em especial do Megadeth, nada mais natural pra eles que um disco todo de covers)
Ted Kirkpatrick - The Doom in Us All: A Tribute to Black Sabbath (o nome já diz tudo)


Outros covers notáveis:

Holy Soldier - Gimme Shelter (dos Rolling Stones) e Gates of Babylon (da Rainbow)
Johnny Cash - Hurt (do Nine Inch Nails - aliás essa é tão boa que eu realmente demorei pra me ligar que era justamente da NIN!)
Blasterror - Aces High (do Iron Maiden)
Amy Grant - Big Yellow Taxi (da Joni Mitchell)
The 77's - Nobody's Fault But Mine (essa música é cristã do Blind Willie Johnson, mas a versão em específico que eles se influenciaram visivelmente foi da Led Zeppelin)
Stryper - Shining Star (da Earth, Wind and Fire)
Rachel Rachel - Carry On Wayward Son (do Kansas)
John Elefante and Kansas - Dust in the Wind (do Kansas)
MxPx - Oh Boy (do Buddy Holly)
Tourniquet - Oh Well (do Fleetwood Mac)
P.O.D. - Bullet the Blue Sky (do U2)
Mortal - One Tree Hill (do U2)
Point of Grace - Sing a Song (do Earth, Wind and Fire)
Possession - The Shrine (do King Diamond)
New Jersey Mass Choir - I Want to Know What Love Is (do Foreigner), You're the Inspiration (da Chicago) e Time After Time (da Cindy Lauper)
Mark Farner - Some Kind of Wonderful (da ex-banda dele, Grand Funk Railroad)
Thalyta - Certeza (versão de "Have You Ever Seen the Rain" da Creedence Clearwater Revival)
Oficina G3 - People Get Ready (cover dos Impressions)
Rebanhão - Jesus é Amor (versão de "Jesus is Love" dos Commodores)


Esses e vários outros exemplos por aí afora não mostram bandas "traindo" a fé e sim mostrando que o amor de Deus vai além de quaisquer limites, mesmo os musicais, e que isso de "secular" é pura balela que só sendo muito radical pra condenar os irmãos que fazem covers seculares ou cantam/tocam em bandas e projetos "não-cristãos". Deus ajude-nos e tire de nós toda religiosidade hipócrita.

sábado, 14 de março de 2020

Rótulos, "clones", imitações e plágios (parte 2)

Entre 1991 e 1992, um grupo surgia com o intuito de supostamente fazer death metal cristão. O nome forte de "Satan on Fire" deve ter animado alguns, mas letras como "Devil in my Lunchbox", "Cat in the Hat", "Mosh for Jesus" e um cover descarado de "Justify my Love" de Madonna logo levaram alguns a desconfiar que seria só uma piada de mau gosto. E era. Os responsáveis? Twiggy Ramirez e Brian Hugh Warner, que futuramente seriam mais conhecidos pela banda Marilyn Manson (aliás, o último dos dois é a persona que usaria o nome da banda como pseudônimo). O Brian mesmo afirmaria pouco mais tarde que a ideia era tentar se infiltrar em clubes cristãos pra causar constrangimento.

Corte seco. Ano de 2001, um split chamado Barad é lançado. Apesar da banda principal ser ninguém mais ninguém menos que a lendária Antidemon, indubitavelmente fantástica, a banda a seu lado passava bem longe disso, mas absurdamente demais longe disso. Se anos mais tarde uma "Mountain UnBlack Metal" seria encarada como uma brincadeira de criança (literalmente, os membros eram mesmo pirralhos kkkk) facilmente esquecível, Zen Garden passaria pra história como um dos piores projetos de gothic/black metal da história, apesar de incrivelmente ainda ter lá seus apoiadores.

Corte seco. Ano de 2000, surge a primeira banda de um certo músico da Bahia. A primeira de uma zilhonada de bandas. Essa era pra ser um black metal com elementos de viking e etc. Depois veio uma de death, uma de symphonic black, uma que lembrava muito uma certa banda de um vocalista com nome de "rei diamante", outra de heavy/speed aos moldes do Judas Priest e no total foram umas dez bandas capitaneadas pelo sujeito em questão. Muito celebradas por supostamente enfatizar temáticas sobre esses temas de teoria da conspiração, "nova ordem mundial", temas apocalípticos, Illuminati e outras paradas que visivelmente nasceram de horas e horas assistindo vídeos do Irmão Rubens com certeza (sim, o link é da Desciclopédia porque qualquer pessoa de bom senso nunca levaria à sério o Irmão Rubens, só sendo um crente bem retardado do cérebro!). Ao que tudo indica, em determinado momento dos anos 2010 esse cara chegou a mandar material de uma das ou de todas suas bandas à época pro Steve Rowe (Mortification, Wonrowe Vision, dono da Rowe Productions), que automaticamente identificou que o material era recheado de PLÁGIOS e cópias de outras bandas seculares (tanto musicalmente como nas capas), um verdadeiro trabalho de Frankenstein. Se essa exposição não fosse o suficiente, o cara acabou exposto por uma ex-namorada dele que ele era machista e agressor de mulheres (!), além de antissemita e que nem sequer ia pra igreja, além de que nenhuma de suas bandas jamais fazia um show sequer. O resultado óbvio deveria ser o repúdio completo a ele e a tudo que ele "produziu", mas incrivelmente dentro da cena até hoje tem quem venere a noite escura, digo, a guerra brutal, digo, o congelamento noturno, digo, o pó imperial, ah, entendedores entenderão...

Corte seco. Ano de 2008. Em Mossoró, surgia uma banda misteriosa chamada White Throne, capitaneada por um tal Carlos Moonlight. Lançando duas demos de qualidade impressionante, a banda chegou a aparecer na revista Extreme Brutal Death (que está voltando inclusive!), a maior publicação cristã de metal extremo no Brasil. Porém, com a incrível facilidade que surgiu, ela também sumiu depois de 2010. Em 2019 surge a tenebrosa verdade: a banda era uma fraude completa. O EP "Armageddon" era uma cópia COMPLETA sem tirar nem por de algumas músicas do disco "Womb of Pestilence" da secular finlandesa Warloghe. A única coisa que o indivíduo fez foi trocar a capa e o nome das músicas e disco, mas as canções são exatamente AS MESMAS. Nem plágio ou cópia foi, foi uma apropriação indébita total de um som que na verdade não fala nada sobre Jesus Cristo e sim louvor a satã.

Corte seco. Ano de 2014. Um projeto de noisegrind tenta se enquadrar na cena cristã. Com um nome sugestivo de F*** the Devil (sim, é um palavrão a primeira palavra!), o líder do projeto supostamente cristão (mas que inclui entre seus projetos coisinhas como "Ejaculator / Gore", "MuthaFucha" e outras belezinhas tais) tentou por várias vezes divulgar sem sucesso o projeto na maioria dos grupos cristãos pela internet, haja vista seu nome exdrúxulo. Passou a até mesmo atacar então o "white" metal como "plágio, apropriação cultural" e mostrar claramente que de cristão ele nunca teve nada.

Esses exemplos, bem como alguns outros, mostram a atitude dúbia da cena cristã, em especial dentro do metal. As vezes rápida em detectar farsantes, noutra tão tolerante com cópias descaradas, projetos de qualidade duvidosa e situações tão constrangedoras quanto um indivíduo o tempo todo aparecer no seu Messenger divulgando sua banda "Savage Thrash Metal" (desculpe até a piada, Júnior Agostini, onde quer que cê ande hoje em dia, mas não deu pra aguentar kkkkk).

Meu blog valoriza projetos cristãos ou feitos por cristãos, mesmo os inativos, até mesmo paródias como ApologetiX e Inpinfess, mas sendo eu um historiador é fácil entender isso, ademais sim, as bandas antigas merecem o destaque devido, porém algumas vezes a cena parece engessada, presa nos mais do mesmo do passado que não fazem nada mais a anos ou simplesmente nem existem mais. As vezes valorizando excessivamente trabalhos de cunho duvidoso e qualidade péssima unicamente por se dizerem cristãos (e ai de quem tiver a coragem de criticar, o risco de ser chamado de "inimigo da cruz de Cristo" por algo tão simplório é enorme). As vezes acolhendo qualquer indivíduo sem analisar adequadamente suas intenções. Ok, não estou aqui pra pregar ultraperfeição, qualidade impecável ou santidade excessiva, longe de mim. Mas o que se espera é um mínimo de compromisso sério com a Palavra.

Eu não me esqueço que a Desinfernality, banda que fiz parte, no início o Wyndson Arruda, que do cristianismo conhecia mais o "mormonismo" (!) quis fazer letras inserindo essa temática, no que os outros membros o repreenderam e deram uma cosmo-visão mais sensata nas músicas (que apesar de ainda conterem aqui e ali umas paradas bem viajadonas da "Verdade Metafísica Pura", ao menos não enfia blasfêmias heréticas no meio do som). É isso que falta, o mínimo de acompanhamento e bom senso. Algo que é martelado a anos, lembro bem que o Cássio Antestor numa publicação antiga do site da Extreme Records falava dessa questão de artistas que vinham do black metal secular pra igreja e ao invés de receberem o devido acompanhamento, eram deixados pra fazer a parada "cristã" quase que instantaneamente, sem nenhum discipulado, nenhum ensinamento e mudança e o resultado normalmente era sempre o mesmo: vergonha pra cena, pra Igreja, pro Evangelho como um todo. Seja por trabalhos de qualidade duvidosa, seja por lírica estranha, as vezes até anticristã, seja por plágio absurdo ou até cópia total e criminosa mesmo, como foi a White Throne.

Enfim, esse texto é uma continuação do primeiro, e a despeito do primeiro ser uma defesa à cena de metal cristão e esse ter um tom mais crítico, acho que os dois pontos e dois pesos devem ser avaliados. Embora eu sei bem - e qualquer pessoa realmente inteligente sabe - que a cena cristã não é e nunca foi um plágio ou uma apropriação cultural, como expus já no primeiro texto dessa série, é necessário tomar cuidado pra que algumas acusações desse tipo não encontrarem argumentos sólidos. O caso da White Throne mesmo eu vi pessoas não-cristãs da cena underground usarem a seu favor pra zombar dos cristãos e mostrar que nossa cena é ridícula e realmente uma "cópia barata" deles. Temos que fazer o melhor, temos que ser ativos, temos que mostrar em quem cremos sem medo (mas não necessariamente transformar as músicas em panfletárias - letras poéticas e metafóricas também podem ser usadas por Deus, obviamente sem ser algo forçado ou apenas pra "disfarçar-se" na cena secular e não ser esculachado por eles), mas temos que ser criativos, ligados, em meio ao caos desse mundo e de seus homens lobos de homens "prudentes como a serpente e simples como pombas" (Mateus 10.16).

Soli Deo Glori /w\

domingo, 8 de março de 2020

Especial Dia da Mulher

Christine Steel (Arsenal), Danis (Scarlet Red), Leslie Philips, Nancyjo Mann (Barnabas), Sandy Lee Brock (Servant), Wendy Kaiser (Rez), Margareth Becker, Connie Scott, Cindy Cruse Ratcliff, Amy Wolter (Fighter), Rosana Palmer (Rosanna's Raiders), Geri Baird, Lisa Faxom (Ransom), Lynn Renaud (Messiah Force), Tammy Sheets (Torah), Sharon Keel (Earthen Vessel), Jerri Bionda (The Hounds of Heaven), Rachel Rachel, Dale Kirkland (September), Geri Karlstrom (Karlstrom), Leigh Nash (Sixpence), Cristal Lewis (Wild Blue Yonder), Davia Vallesillo (Dakoda Motor), Nancy Honeytree



Rock e mulher curiosamente tem uma coisa bizarra, pois quase sempre as mulheres foram minoria no rock, o que é estúpido quando se lembra que o rock nasceu pelas mãos de Sister Rosetta Tharpe. O domínio masculino no rock ainda levou a casos bizarros como os excessos sexistas da era glam metal nos anos 1980, representando mulheres quase sempre como objetos sexuais, a despeito de muitas desde os anos 1960 se orgulharem de serem groupies (mulheres que se ofereciam pra músicos de rock - deve ainda ter isso hoje em dia) e sex simbols de roqueiros (marias shampoos haueheauheuh). Mas a verdade é que muitas mulheres romperam essas fronteiras e fizeram parte da história do rock ativamente, e hoje em dia isso é muito mais vívido, tendo ao longo da história até bandas só de mulheres, como as seculares Runaways, Girlschool, Vixen e Nervosa, ou as cristãs Rachel Rachel e Barlow Girl.

Sendo assim, nesse post especial venho falar de nomes de mulheres que fizeram e fazem parte da história do rock cristão (mais de uma semana de pesquisa complicadinha kkkkk). A exceção das que já citei acima, incluindo na legenda, várias outras valem muito a citação que se fará abaixo.

OBS: Participações especiais como Raquel Mello, Fernanda Brum e outras não citei porque ia ficar gigantesco demais e até meio incoerente, sei lá kkkkk

- Mahalia Jackson (voz, artista solo, in memorian)
- Rosana Abbud, Jimena (Rhimena) Abécia (in memorian), Ana Raia (vocais) e Pitita Mayer (bateria): Troad
- Elke e Juliana Batista (bateria): Antidemon
- Soraya Moraes e Katia (vocais): Metanoya
- Judith Kemp, Loide do Amaral, Barbara Kemp, Sonia Rachid, Lucitânea Egg, Janis Pezzato, Elisângela Borges, Carla Verotti, Dione de Moura, Sonia Pezzato, Valeria Verotti, Virgínia Bonfim (vocais) e Barbar Gordon (flauta transversal): Vencedores por Cristo
- Gabi Rox (vocais): Athos-2
- Becky Ugartechea (voz, artista solo)
- Vonda Kay Van Dyke (voz, artista solo)
- Karen Voegtlin (voz, artista solo)
- Jehh (voz): Moryah
- Becki Moore (voz): duo Mickey & Becki Moore
- Jamie Owens-Collins (voz e violão, artista solo)
- Carol Owens (voz): duo Jimmy & Carol Owens
- Jamie Page (voz): Jamie Page and A Band Called Jerusalem
- Priscila Felício Angel e Priscila Maciel (vocais): Actos 2/Kadoshi
- Benner Jack's (voz, artista solo)
- Rafaela Priscila (vocais): Retrieve
- Reba Rambo (voz, artista solo)
- Debbie Rettino (voz): duo Ernie & Debby Rettino
- Christine (voz): Relish
- Linda Rich (voz, artista solo)
- Wendy Balley (voz, artista solo)
- Nedra Ross (voz, artista solo)
- Julie Soares (baixo): Krig
- Mithalie Marques (vocal): Before Ending the Day
- Susan Ashton (voz, artista solo)
- Gleyce Vieira (vocal): Lilium Vitae
- Jéssica Barbosa (baixo): 70x7 Screamo
- Priscila Lira (vocal): Angel's Fire
- Lidiane Salles (teclado): Arcandria
- Célia M. Grays (voz): Trio Maranata
- Susan Connor (voz): Dayspring Trio
- Zilanda Valentim (voz, artista solo)
- Cindy Morgan (voz, artista solo)
- Melissa Parrick (voz, artista solo)
- Abi Cristal (voz, artista solo)
- Dérika Karla (baixo): Desinfernality e Pacto de Sangue
- Nina Cislaghi (vocal): Bloodlined Calligraphy
- Leslie "Sam" Phillips (voz e violão, carreira solo)
- Tess Wiley (voz e violão): Sixpence None the Richer
- Fátima Coutinho (vocal) e Gerlany (bateria): Hagnos
- Johanna Kultalahti e Miia Rautkoski (vocal): HB (a última também na banda Rammas Atas)
- Suellen Rocha (vocal): Over Death
- Michelle Tumes (vocal, artista solo)
- Lady Hanna (teclado) e Lady Seraph (vocal): Margorium
- Patrycja Pyzińska (voz e cordas) e Regina Szlachta (violino): Illuminandi
- Stacie Orrico (voz, artista solo)
- Annie Chapman (voz): Dogwood (não a de punk cristã e sim a de folk dos anos 1970)
- Evelyn Higginbotham (vocal, artista solo)
- Ann Downing e Joy McGuire (vozes): The Downings
- Michelle Braglia Rodovalho (vocal): Perpetual Legacy e Hazeroth
- Debora Musumeci (vocal): Seven Angels
- Amanda e Deborah "Deh" Renck (vocal), Keizi Cavalheiro (guitarra): Hawthorn
- Luciane "Cyane" Cardozo (voz e guitarra, artista solo)
- Korey Cooper (guitarra, tecladista e vocal) e Jennifer "Jen" Ledger (bateria): Skillet
- Lacey Mosley (vocal): Flyleaf
- Melyssah (baixo) e Thais Giglio "Lady Danmaris" (guitarra e vocal): Devotam (a última também na Poems of Shadows)
- Talita Silveira (bateria): Against Death
- Tatiana Barros "Lady Corban" (baixo): Soterion
- Leesa Rose (bateria) e Kalyn Hay (guitarra): Randy Rose Band
- Roberta Di Angelis (vocal, artista solo)
- Nicol Smith (vocal): Selah
- Juliana B. Faustino (bateria): Dead Snake
- Paula (baixo): Juízo Final (de death metal)/Intruder
- Dawn Michelle (vocal) e Wendy Drennen (baixo e voz): Fireflight
- Linda Espinoza e Annete Moreno (vocal): Rojo (a última também solo)
- Annete Olzon (vocal): solo e The Dark Element, ex-vocalista da secular Nightwish
- Nina Llopis (vocal e baixo): The Lead
- Heather Miller (voz, artista solo)
- Hayley Williams (vocal): Paramore
- Amy Lee (vocal e piano): Evanescence
- Cheryl Jewell (vocal), Heli Sterner (guitarras), Brynn Beltran (teclados), Jennifer York e Robin Spours (baixo) e Jennifer "Sparky" Sparks (bateria): Rachel Rachel
- Alyssa (voz, teclado e baixo), Rebecca (guitarra) e Lauren Barlow (bateria): BarlowGirl
- Scarelli (voz) e Vania (baixo): Spirit's Breeze
- Jack (bateria), Tatty (baixo), Viviane (guitarra), Kelly (guitarra) e Andrea (voz e teclado): Ex-Hortation
- Julie Turnbull (voz): Turnbull
- Kelly Willard (voz, piano e teclado, artista solo)
- Gabriela Sepúlveda (vocal): Boanerges
- Lida Manzano (vocal): Soteria
- Christine Wyrtzen (voz, artista solo)
- Miriam López (guitarra e violino), Rocío Del Moral Osnaya (baixo) e Claudia Cano (vocal): Déborah
- Christine Glass (voz, artista solo)
- Kristy MacCoil (voz): Say-So
- Estefania Bonfanti, Sus Gramcianinov e Cinthia Tchy (vocais): Bloodforge
- Johanna Sánchez (voz e teclado), Tabatha Martinez e Erika Santiago (vocais): Death Poems
- Patrícia Silva (vocal): Spiritual Live
- Jennifer Knapp (vocal e violão, artista solo)
- Luciana "Lu" Alone (voz, guitarra e piano, artista solo)
- Wendi Foy Green, Jennifer Hendrix, Deborah Schenelle e Marianne Tutalo (vocais): Sierra
- Jill Philips (voz, artista solo)
- Stephanie Smith (voz, artista solo)
- Maria Muldaur (voz, artista solo)
- Jillian (voz, artista solo)
- Shelley Breen, Denise Jones, Leigh Cappillino, Terry Jones e Heather Payne (vocais): Point of Grace
- Chandelle (voz, artista solo)
- Rebecca St. James (vocal, artista solo)
- Rebecca Sparks (voz e instrumentos que não achei informação): Bash-N-The-Code
- Annelise Macedo, Elizabeth Breder, Elizabeth Marques, Gilda Velloso, Gisele Cordeiro, Ione Mendonça, Kátia Freire, Lizete Damasceno, Lúcia Grael, Lucila Proença, Magda Maldonado (mãe do Bene Maldonado do Fruto Sagrado) e Rosemary Pinheiro (vocais): Comunidade S8
- Ana Maria Avelar (líder e voz): Movimento Jovens Livres (in memorian)
- Isa Moysés (soprano, in memorian), Lílian Moysés (contralto, in memorian), Célia Regina, Rita de Cássia, Sara Moysés, Lydia Moysés, Elizabeth Moysés e Liliani Zanirato (vocais): Voz da Verdade
- Kathleen Cash (filha de Johnny Cash) (voz, artista solo)
- Kate Hudson "Kate Perry" (voz, artista solo, posteriormente saiu dos caminhos da fé =/)
- Amy Grant (voz, artista solo)
- Marina de Oliveira (voz): solo e Voices
- June Carter (esposa de Johnny Cash) (voz, artista solo)
- Debby Boone (esposa de Pat Boone) (voz, artista solo)
- Karyne Oliveira (voz e violão): Veneza Boreal
- Karin Soares (voz): Adorelle (in memorian)
- Lize (voz): Beatrix
- Lara Valim (vocal): Satélite/Trini
- Cláudia Bastos Makuko e Sandra Simões (vocais): Katsbarnea
- Ciça Wurfel (teclados e vocais adicionais): Brother Simion
- Phadrah Hirschfield (vocal): Light Force
- Sandi Patty (vocal, artista solo)
- Bonnie Keen, Mel Tunney e Marabeth Jordan (vozes): First Call
- Annie Herring e Nelly Greisen (vozes): 2nd Chapter of Acts (Annie também se aventurou em carreira solo)
- Grace Miller e Cathy Dunn (voz): Infinity Plus Three
- Debby Kerner (voz, artista solo)
- Cindy Kilpatrick (voz) duo Bob & Cindy Kilpatrick
- Kathy LaChance O'Donnell (voz) The LaChances
- Karen Lafferty (voz e violão, artista solo)
- Paula Kel (voz): Aavah
- Natalia Soto (guitarra e voz), Carolina Sánchez (baixo e voz), Miranda (voz) e Johana Gallego (bateria): Aggelos
- Laurie, Debbie, Lindy e Cherry Boone (vozes): The Boone Girls, as filhas de Pat Boone
- Jaci Velasquez (voz, artista solo)
- Fabrine Schimitt (voz): Filhos do Homem
- Christe Tristão (voz) solo e Asas da Adoração
- Stephanie Boosadha (voz, artista solo)
- Roberta Digilio (baixo): Livres para Adorar
- Solveig Maria (voz): Vaakevandring
- Vera Knyazeva (Vocais femininos, teclados e gaita de foles): Holy Blood 
- Samantha "Sesca" Escarbe (guitarra, violoncello): Virgin Black
- Ada Szarata (voz): Undish
- Sheri e Libby Luckey (voz): Wedding Party (a última também da I-Dragon-I)
- Ivete Lanzeri (voz): Líquens
- Cynthia Clawson (voz, artista solo)
- Kathy Troccoli (voz, artista solo)
- Cecília Neufeld (voz): Power Praise
- Gê (baixo): Distarnish
- Kathy Deasy (voz): duo Mike and Kathy Deasy
- Angel Starz (voz): Rackets and Drapes
- Eva O (voz): Artista solo, ex-membra da secular Christian Death
- Louise Crane (voz): Raven Adore
- Jenni Hazell (baixo): The Awakening
- Sheri Luckey (voz): Dark Valentine
- Veronia Solje (voz e violino): Venia
- Melanie Bolton (voz e teclados): Ashen Mortality e Wintersoul
- Eve Selis (voz): Kings Road
- Nancy Grandquist (voz, artista solo)
- Stormie Omartian (voz): Michael and Stormie Omartian
- Mia Richards (voz e baixo): Gretchen
- Donna Worsham (voz e teclado): Armor of God
- Marge Curtner (baixo) e Annete Cvengros (guitarra): Cryptic Axe/Ordained Fate
- Gena McClure (voz): Towne Cryer
- Mary Howell (voz e baixo): Tellus, Galea
- Maria Gardner (voz): duo Steve & Maria Gardner
- Lilly Green (voz, artista solo)
- Stacy Carrera (voz): Angelic Force
- Jeanne Greene (voz, artista solo)
- Sheila Walsh (voz e violão, artista solo)
- Débora (voz): LampShade
- Janny Grein "Grine" (voz e violão, artista solo)
- Bryn Haworth (voz, artista solo)
- Tami Chere Gunden (voz, artista solo)
- Pamela Deuel Hart (voz, artista solo)
- Bev Sage (voz): Writz e Techno Twins/The Technos
- Melanie Jamias (bateria): Rebel's Mother
- Cristina Gomes Machado (violão e piano elétrico): LaCriMa
- Ranúzia (voz e violão): João Inácio & Ranúzia
- Melodee DeVevo (violino, violoncello e voz): Casting Crows
- Maria McKee (voz, piano e guitarra): Lone Justice e solo
- Vanessa Rafaelly (voz, artista solo)
- Joyce Brito (in memorian) e Aurora Brito (voz): Banda & Voz
- Terra Cay e Kate Becker (voz): Royal Anguish (a última também no projeto Mena Brinno)
- Marivone Lobo (voz): Baixo & Voz
- Andréia Alves (guitarra, back vocais): Kletos
- Francesca Battistelli (voz, artista solo)
- Sancha Guedes (voz e rap): Juízo Final
- Baby do Brasil (voz, artista solo)
- Joanne Hogg (voz): Iona
- Sandra McCracken (voz e violão): artista solo e Indelible Grace
- Lauren Daigle (voz, artista solo)
- Michelle Young (voz, artista solo)
- Brooke Fraser (voz) artista solo e Hillsong United
- Sarah Kelly (voz e piano, artista solo)
- Twila Paris (voz, artista solo)
- Sarah Masen (voz, artista solo)
- Ana Rock (voz): Palankin
- Liza, Rachel Moraes e Danise Valsani (back vocais): Ministério de Adoração Rock
- Kim Boyce (voz, artista solo)
- Faty (voz, artista solo)
- Mancy A'lan Kane (voz, artista solo)
- Vânia Brito (voz): Reluz
- Kelly Minter (voz, artista solo)
- Eliã (voz, artista solo)
- Kim Hill (voz, artista solo)
- Raquel Cordeiro (voz feminina) e Karen Silva (baixo): Khalisys
- Sara e Patrícia (voz): Louvor, Art e Cia
- Jennifer Deibler (voz): FFH
- Kelly e Liza Zampiere (voz): GerD
- Juliane Carvalho (voz): 7th Symphony
- Marcela Taís (voz, ukulele, violão e teclado, artista solo)
- Lorena Chaves (voz, guitarra e violão, artista solo)
- Lory (baixo) e Silvia e Cinzia Rizzo (vocais): Getsemani
- Luciana Willock (baixo e vocal) e Wilden Willock (vocal): Zive
- Jéssica Santos e Paula Monique (vocais de apoio): Improviso Divino (a última também no projeto Beyond the Dreams, que também incluia Crislayne Evanny, Vidan Brandão e Daphine Melyssa, além de nos primórdios Rebeca Francelino, Vanessa Dantas e Renata - a ideia era ser uma banda, mas virou um projeto de fotografia e filmagem de shows que faz uma falta danada aqui em Pernambuco)
- Rebeca (baixo): Empire HC
- Bruna Santos (voz): TernoeSaia
- Ashleigh Semkiw (voz): TULIP
- Ashley Cleveland (voz e guitarra, artista solo)
- Jenny Chisolm Simmons (voz): Addison Road
- Rebeca Lacerda (voz): Megafone
- Jayne Farrell (voz): duo Farrell & Farrell e também solo
- Sarah Anthony (voz): Breaking the Silence/The Letter Black
- Ziza Mohr, Nikita Carter e Talia Jankowski (coro - e alguém aí delas toca baixo e a outra sax também kkkk): Christafari
- Nívea Soares (voz): Muito Mais, Diante do Trono e carreira solo
- Vanessa Moraes (voz, artista solo)
- Dayane Torres (voz, artista solo)
- Rafaela de Vitta (voz e baixo) e Paola de Vitta (bateria e voz de apoio): Nardo
- Mary Dubiel (voz): Dubiel/DuBeel
- Nikki Hassman-Anders, Cherie Paliota-Adams, Melisse Greene (também solo), Amy McBride Richardson, Janna Long e Dani Rocca (vozes): Avalon
- Nilma Soares, Hélia Gonçalves (in memorian), Nancy Torrans e Inaye Gonçalves Schlener (vozes): Grupo ELO
- Tal & Acacia (duo vocal)
- Sharalee Lucas (voz e piano, artista solo)
- Tracy Dawn (voz, artista solo)
- Helen Burgess (baixo): Delirious?
- Danielle Young e Stephanie Ottosen (voz): Caedmon's Call
- Del Currie (guitarra e voz) e Cindy Cate (baixo): Fono
- Tatá Mello (voz): Salvah
- Shannon Woolner (voz): Mayfair Laund
- LeAnn Rimes (voz, artista solo)
- Sooi Groeneveld van der Laan (voz): The Miscellaneous
- Sister Irene O'Connor (voz e diversos instrumentos, artista solo)
- Tiffany Arbuckle Lee "Plumb" (voz): Plumb
- Judy McKenzie (voz) artista solo e duo com Dave Cooke
- Evie Tornquist (voz, artista solo)
- Jenny Gullen (voz): Hoi Polloi
- Monique Lopes "Nick Foxx" (voz, não lembro a banda)
- Banda só de meninas chamada Dádiva de Pernambuco (a primeira com esse nome, a segunda era de garotos)
- Banda Pump (embora essa tava mais pra positive)
- Ann-Mari Edvardsen (vocal lírico): Antestor - não é uma mulher cristã, mas vale a pena citar
- Sharon Mansur (teclados), Miri Milman e Shlomit Levi (vocais femininos): Orphaned Land
- Vocalista que não descobri o nome: Calibre 33
- Vocalista que esqueci o nome: Innocentia
- Ex-vocalista do Odres Novos (não lembro o nome dela kkkk)
- as duas vocalistas do grupo Danny Lee & The Children of Truth
- Tocadora de banjo e mandolin do Zion Mountain Group (não localizei seu nome)
- Cantoras do projeto Scandinavian Metal Praise (não localizei nomes)
- Cantora do Christafari-Brasil (não localizei seu nome)
- Cantora da banda Shabak (não localizei o nome)
- Baixista da CUSM (não encontrei o nome)
- As diversas vozes femininas que passaram pelo Coral Jovem de SP e pelo Som Maior

Obviamente não tenho aqui todas cantoras e musicistas de rock cristão que já apareceram mundo afora mesmo porque seria um trabalho praticamente impossível, mas é um bom apanhado e um grande arquivo para quem quer fazer uma pesquisa sobre o assunto ou apenas explorar mais sobre o trabalho dessas guerreiras. Que sirva para a glória do Senhor e para memorial dessas que persistem em doar seus dons e talentos ao Senhor e dentro do estilo rock em todas suas vertentes e crossovers com outros estilos. Claro que muitas outras cantoras como Cassiane, Aline Barros, Cecília de Souza, Creuza de Oliveira, Shirley Carvalhaes, Kari Jobe, Fernanda Brum, Gabriela Rocha, Perlla (na fase cristã dela, claro), entre outras, valem ser lembradas, mas como meu trampo era falar das que fizeram algum trampo dentro do rock ou ao menos se aventuraram de alguma forma no estilo.

Recomendo aqui sacar vídeos sobre o assunto da Gabi Rox, do Bando de Quadrados (também no site deles) e o do Mundo Bandas de Rock Cristão.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Rótulos, "clones", imitações e plágios...


Ah, os rótulos! Se há uma coisa ingrata para todo revisionista de música (e acho que na arte em geral) é a necessidade (embora não tão necessária realmente assim) de tachar. De encontrar similitudes entre bandas e artistas, chegando ao extremo em muitos casos de fazer listas do gênero "artista tal é semelhante ou igual a tal". E no mundo cristão é uma parada que me incomoda sobremaneira, essa mania bizarra que alguns têm de querer desesperadamente encontrar uma banda cristã que seja parecida ou idêntica a um grupo não-cristão que ele curte, supostamente com o intuito de "deixar de curtir" (mais uma consequência da hipocrisia do "ouvir música mundana faz mal pra vida espiritual bla bla bla mimimi hurdur texto fora do contexto pretexto pra heresia capítulo 6 versículo 66").

Quando comecei a me especializar no rock cristão, confesso que foi um alento pra mim ver listas como as dos sites Metal for Jesus, Rad Rockers e o saudoso Metal for the King daqui do Brasil mesmo. Foram ótimos guias de comparação de bandas, que de certo modo deu uma ajuda pra identificar um pouco influências musicais de cada uma. Até hoje ainda uso um pouco essas listas, até por uma questão de saudosismo, e porque quer queira quer não são um bom guia - até as usei por um tempo quando era um dos administradores do saudoso fórum CMFreak, quando estávamos tentando fazer uma lista definitiva de bandas cristãs e similares seculares (ou foi no grupo Christian Oldschool do Face? Enfim...). Porém... não te parece algo limitante demais ficar o tempo todo tentando achar a "Dire Straits cristã"? (Aliás, vale a nota, até hoje nunca vi!)

Também nunca vi uma Jethro Tull gospel, uma Genesis cristã, uma Alice in Chains cristã, uma Kiss cristã... então né. Isso significa que a música cristã não é capaz de fazer um som como o dessas bandas? Não exatamente. Apenas Deus dá os dons dele a cada um como Ele quer. Sendo assim, sim, Mark Knopfler, Ian Anderson, Peter Gabriel, Phil Collins, Jerry Cantrell e Gene Simmons, cada um deles têm seus dons musicais por uma dádiva divina (a forma e motivação que usam é problema deles) e não é algo genuinamente adequado para os cristãos insistirem nessa mania de imitar eles ou procurar bandas similares, com medo de se não tiver acabar por continuar a ouvir tais bandas e assim "não vou me converter de verdade" blá blá blá.

Você sabe o quão esse lance de ficar atrás de banda parecida é perniciosa e criadora de rótulos e acusações de "plágio" quando vê o caso do Catedral. É óbvio que a banda se inspirou em, entre outras bandas, no Legião Urbana (e a voz de Kim se assemelhar absurdamente com a do saudoso Renato Russo ajuda nessa conclusão). Mas procurar a banda unicamente por essa particularidade é uma tremenda furada. Aliás foi com pensamentos assim que Ricardo Alexandre, então repórter do finado site Usina do Som em 2001 sabotou deliberadamente (e confessadamente inclusive em seu livro Cheguei Bem a Tempo de Ver o Palco Desabar) uma entrevista com a banda Catedral, no intuito de os rotular de meras cópias do Legião Urbana e também sujar a carreira deles ante o público cristão. Foi também assim que forçaram até o extremo a imagem da banda Yunick como o "Restart gospel" (e em entrevistas a banda jamais endossou esse rótulo, embora obviamente o visual da banda nos primórdios evocasse essa influência da cena happy rock). Até hoje a única banda que conheço que nunca fez questão em negar suas influências claras e até mesmo em se dizer como o "AC/DC cristão" foi a X-Sinner, que dizia isso até no próprio site da banda (e pelo que eu soube por alto, o Rex Scott não curtia nada essa comparação kkkkk). Mas até eles eram bem superiores musicalmente ao AC/DC. Com o passar dos anos e audições passei a repudiar falas como "Barren Cross é o Iron Maiden cristão" ou "Sacred Warrior é o Queensrÿche cristão". E o Bloodgood é o que? Afinal, taí uma banda de metal que nunca vi nenhuma "secular" sequer parecida. O Oficina G3 mudou tanto sua sonoridade ao longo dos anos, seriam o que? O Rebanhão então, quem no secular fazia um som igual ao deles? Vamos descartar talentos assim por não se parecerem com banda nenhuma secular? Ou vamos só continuar procurando a versão cristã do Cradle of Filth?

A verdade é que dá pra entender quando novos convertidos ficam nessa paranoia de procurar uma banda cristã similar ao som da sua banda secular predileta. Mas chega a ser infantil quando um marmanjo velho na fé continua nesse tipo de enumeração por medinho do contato com a "terrível música secular". Enquanto não evoluirmos nesse aspecto, seremos meninos pra sempre, quando já devíamos ser adultos no entendimento e largar as meninices tolas que ainda aprisionam muitos de nós (I Coríntios 13.11).

Soli Deo Glori.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"Nem só de rock vivo eu, mas de todo som que glorifica a Deus"



Rock é sem dúvida um estilo fantástico (se eu dissesse o contrário seria uma contradição com o blog kkkkk), e seus pais negros (spiritual, gospel, jazz, blues, R&B, soul) e brancos (country, southern gospel, pop) e suas muitas vertentes e subvertentes do punk, hardcore, metal, gótico, alternativo, indie; fusões e filhotes como funk, rap, reggae, eletrônica e outros; todos são verdadeiros gêneros fantásticos, muito embora em alguns casos sejam mal vistos, mal quistos e interpretados pela sociedade, ou mal executados por seus amantes. Sempre vou amar o som criado pelos riffs de uma guitarra, uma bateria forte e arranjos criativos. As vezes uns anárquicos também, como a turma do grindcore, noise, raw black metal, post-rock, post-metal, avantgarde e similares, mas em geral a harmonia mais direta de estilos que são sim cultura, arte e criação divina - ao contrário do que uns elitistas tolos, religiosos hipócritas e conspiracionistas psicóticos andam falando por aí afora.

Mas é necessário abrir um parêntesis aqui, pois que Deus é autor de tudo e de todas as coisas, portanto todas as criações divinas, e tudo o que elas produzem (em especial o que nós, coroa da criação divina, produzimos) podem ser usadas pra Sua Soberana Glória, eu acho lamentável quando escuto ou leio declarações de pessoas que se dizem "roqueiros cristãos" dizendo que "ah, samba e pagode é um lixo", "brega é ritmo ridículo", "funk é coisa de marginal", "música clássica e música da harpa é música de funeral", dentre outras declarações que até eu mesmo já me peguei falando. É verdade que muitos estilos "da mídia" por exemplo possuem letras "depravadas" e que incitam diversas coisas ruins e pecaminosas, mas isso não é algo inerente ou exclusivo de um estilo, tal como isso não impede o uso de quaisquer estilos pra glória de Deus (como disse acima, Deus pode usar toda forja humana pra sua soberania, já que somos sua criação, e nossa inteligência também é uma dádiva dele mesmo, bem como nossa criatividade). Veja o rock por exemplo, ele é acusado pela ignorância de muitos como incitador ao aborto, drogas e satanismo, isso porque a própria mídia gosta de enfatizar esses elementos no rock por puro preconceito e interesses midiáticos (já que em períodos em que o estilo esteve em alta no Brasil, como na jovem guarda e no BRock oitentista, os artistas muitas vezes eram blindados pela mesma mídia que posteriormente os regariam à obscuridade e ao desprezo). Então, se nós usarmos esse tipo de arma, a de expor os supostos defeitos dos outros estilos (que na verdade não são dos estilos e sim de muitos de seus intérpretes), que moral teremos nós pra tentar nos defendermos quando pessoas como Dante Mantovani e "puritanos da moral e bons costumes" como ele se levantam contra nosso estilo?

Certa feita estava eu ouvindo "Voz e Violão" (1996) de João Alexandre quando eu morava ainda no Arruda, Recife, a mais de dez anos atrás, quando meu líder de células (Pedrito) da igreja que eu fazia parte chegou e ficou "abestalhado" em ver que estava eu ouvindo MPB cristã. Daí soltei uma versão da frase que dá título a esse post, parafraseando a declaração bíblica usada por Jesus contra satã "nem só de rock vive João Dias, mas de todo som que glorifica a Deus!" Ele curtiu muito a frase, pois percebeu bem que eu não era desses "roqueiros radicais". Pena que eu vez por outra cairia nesse conceito com alguns estilos, sem perceber que na verdade o mal não está num estilo ou outro, ainda que não seja o estilo do meu agrado ou que mexa comigo, não tenho direito de "cagar-regra" e definir tolamente que "quem ouve esse estilo é idiota". Na existência humana temos um costume travesso de manter argumentações de criança o resto da vida. Argumentos como "fulano quem mandou", "mas sicrano faz também", "beltrano fez primeiro e ninguém disse nada" são tão infantis e tolos quanto os xingamentos e "apelidos" que por vezes quando crianças usamos com a intenção de se achar melhor por agredir o outro (bullying em geral é praticado por pessoas tão ou mais inseguras que as que sofrem o bullying, e fazem tal prática no intuito de esconder seus defeitos e inseguranças). Então, esse bullying infantil persiste inerente no interior de muitos de nós, ao ponto de usarmos isso em discussões de internet, em debates e propagandas políticas (aliás pense num lugar onde são especialistas nisso e parecem não mudar nunca, esse ano vem uma chuva de debates onde propostas serão o que menos veremos, entretanto o "apelo ao ridículo" e ao ridicularizar pra tentar diminuir o adversário baseados nos defeitos dele invés de se fiar nas próprias qualidades - que normalmente inexistem ou são inválidas/inúteis/não importam na ocasião - pra tentar superar o adversário; ah, pode ter certeza que esse tipo de "debate" é garantido!) e até mesmo pra justificar seus gostos ou suas crenças pessoais.

Jesus jamais na Bíblia vemos utilizar-se de argumentos no intuito de enfatizar os erros dos adversários, fazendo mais por mostrar suas próprias qualidades, a validade de suas palavras, a coerência com o que a Lei e os Profetas - Primeiro Testamento - diziam, dentre outros (só em casos muito pontuais Jesus enfatizou os defeitos dos adversários, quando realmente foi preciso os expor). No livro de Jó vemos um exemplo inverso, os amigos de Jó tentando usar exemplos pontuais de pessoas que pecavam e por isso sempre que alguém sofria automaticamente era consequência do pecado, já Jó percebia claramente que nessa vida em que vivemos tentar determinar a justiça ou impiedade de alguém por existência ou falta do sofrimento é uma redução ao absurdo, pois não só ele sofria sem uma motivação pecaminosa, como sabia bem que muitos injustos nessa vida aparentemente triunfam. Asafe chegou a questionar Deus sobre a aparente manutenção firme de vida feliz dos ímpios (Salmos 73), ao passo que Jesus alertou que os seus discípulos sofreriam nesse mundo sim (João 16.33).

Denegrir a imagem de algo utilizando erros ou falhas desse algo não tornarão nunca outra coisa melhor de verdade enquanto tal coisa não mostrar suas qualidades. E no quesito musical, bem como em toda forma artística, isso vai mais além, já que arte por si só é neutra, guiada pelo gosto pessoal (que não faz algo melhor porque é ouvido ou gostado pela elite, por pessoas intelectuais, pelo "povão", pela "maioria", muito menos por você ou eu) e pela vida e experiência do artista - e aí sim talvez possamos dar uma qualificação dependendo da mensagem passada (se é que há alguma realmente) e sempre cuidando de não generalizar nem o estilo que tal artista desempenha ou faz parte, nem sua obra completa, já que não é por trazer erros ou coisas inaceitáveis em algumas peças ou obras dele que tudo que ele faz é inútil, ruim ou inadequado. Um bom exemplo: há um certo grupo de louvor conhecido como Diante do Trono, que já fez uma música chamada "Vitória de Cristo" que contém um relato muito famoso de que após a morte de Cristo o diabo e o inferno teriam feito uma festança, algo que não faz realmente sentido, haja vista que Cristo no instante seguinte ao de sua morte já esmagou o diabo e tomou dele as chaves da morte e do inferno. Ok, essa letra é herética portanto? Sim, não há como defendê-la, bem como algumas outras. Mas isso torna tudo do Diante do Trono inútil? Não, ou você vai dizer pra mim que canções como "Manancial", "Aclame ao Senhor", "Ao Cheiro das Águas" e "A Ele a Glória" (essas duas diretamente tiradas de passagens bíblicas) são ruins ou heréticas também? Só se você for desses chatolas que dizem "eca, é worship, é ruim!" Outro exemplo: sim, tem muita música "pentecostal" que irrita muito não só pelas letras como pelo ritmo de marcha e forró, mas isso significa que o mal tá no forró, no estilo? Não! Pode estar em algumas letras que forçam "movimento" e coisas do gênero, mas definitivamente se há uma música que eu curto muito é "A Fornalha" de Sandra Lima, e olha que é um forró pentecostal daqueles, mas a letra é animadora pra nos mantermos firmes na fé, ao falar do exemplo de Hananias (Sadraque), Mizael (Mesaque) e Azarias (Abedenego), que sem saber se sobreviveriam ou não à punição do rei Nabucodonozor, mantiveram-se firmes em só adorar ao Senhor e foram pra fornalha sem medo. Também curto muito "Seu Nome é Já" de Raquel Silva, outra ótima cantora pentecostal, com uma letra que realmente atinge e fortalece a fé em saber que o Senhor está conosco em todo lugar e situação (inclusive falando também da passagem de Daniel 3).

Sendo assim, dá pra perceber que devemos entender que não é porque não gostamos de um estilo ou outro, ou por curtimos mais um estilo ou outro que devemos desprezar todo o resto, considerar mau, ruim ou até mesmo diabólico, ou desprezar quem goste de tais estilos. Eu mesmo já tive minha fase "Johnnÿ Underground" inimigo de tudo que era "modinha" e que não fosse metal, mas a vida faz a gente mudar, e mesmo que continue não gostando de certos estilos - não, não dá pra eu virar eclético, não é meu perfil kkkkk - eu respeito bastante o gosto das pessoas (claro que isso não me impede de criticar certas músicas e artistas por aí afora, mas mantendo em mente que o gosto de cada um é de cada um). Eu mesmo amo ouvir música clássica, um bom reggae, alguns raps, muita MPB e música nordestina, alguma coisa de funk - mesmo o carioca inclusive - e até mesmo uns sambas e bregas. E isso independente de ser de lírica cristã ou não. Logo, devemos sim manter o respeito e nunca agredir estilos ou tentar ditar normas de radicalistas que acham que esse ou aquele estilo é inválido para um cristão. Quem fala esse tipo de asneira, principalmente se for um dito "roqueiro cristão" ou algo do tipo, não tem moral NENHUMA quando chegar algum irmão e dizer "teu som é do diabo, rock não pode ser usado em igreja" e coisas do tipo. Amemos uns aos outros, independente de nossas diferenças, Deus não fez todos iguais, pelo contrário, Ele nos fez diferentes para percebermos que sempre precisaremos de alguém para sermos completos, sempre precisamos uns dos outros e ao ver a complexidade de nossas ideias, percebermos que isso é só uma fagulha ante a infinitude do nosso Eterno Deus.

Soli Deo Glori e até a próxima matéria!


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Adendo: Pra quem quer umas recomendações cristãs de outros estilos, vamo lá:

- Funk BR: Kyriostron, Cesarel o Pregador, Yehoshua, Yerusalém
- Disco music: Eliã, Disco Praise, Deliverance (Canadá)
- Rap: DJ Alpiste, Gospel Gangstaz, Se7e, Apocalipse 16, Juízo Final, Relato Bíblico, Perbony, Biorki, dentre muitos outros
- Reggae: Christafari, Salomão do Reggae, La Petra, Nengo Vieira, Sarepta e mais um monte
- Brega: Fornalha
- Axé: Banda Nova, Banda Canal
- Música Clássica: Handel e Bach são os principais, mas a maioria dos compositores clássicos faziam peças cristãs.
- Samba e pagode: Maurão, F.O., Razão Gospel, Radicais na Fé/Divina Inspiração, Bezerra da Silva (sim, no último disco do mestre).
- MPB e Bossa Nova: Vencedores por Cristo, MILAD, João Alexandre, Grupo Logos, Guilherme Kerr Neto, João Inácio & Ranúzia, Quarteto Vida, Edson & Tita Lobo, Expresso Luz, Baixo & Voz, Josué Rodrigues e muitos outros.
- Sertanejo & Country: Canário & Canarinho, Alma & Lua, Zé Marco e Adriano, Irmãos Levitas, Os Peregrinos, Marcelo Aguiar, dentre outros.
- Sacra: Creuza de Oliveira, Luiz de Carvalho, Feliciano Amaral, Ozéias de Paula, Leonor, Cecília de Souza, Denise Carvalho e uma infinitude de outros.
- Pentecostal: Shirley Carvalhaes, Armando Filho, Waldeci Aguiar, Sandra Lima, Raquel Silva, Mattos Nascimento, Tuca Nascimento, Marcelo Nascimento e uma pá de outros.
- Louvor & Adoração (ou Worship and Praise): Comunidade da Graça SP (Adhemar de Campos), Ronaldo Bezerra, Renascer Praise, Diante do Trono, Comunidade da Graça de Uberaba, Koinonya, Altos Louvores, Comunidade de Nilópolis, Comunidade Zona Sul, Igreja Bíblica da Paz, Comunidade Carisma, Daniel de Souza, Ministério Life (Asaph Borba), Igreja Batista do Morumbi, Asas da Profecia, Asas da Adoração, dentre muitos outros.

Tá bom de dica, façam suas próprias pesquisas e sempre guiados pela Bíblia e bom senso, pois variar os ouvidos não faz mal pra seu ninguém nem arranca orelha ou fura tímpano de ninguém (kkkkk)!

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Projeto Rock Cristão Brasileiro 50 Anos


Mano, você já parou pra pensar que o rock cristão no Brasil já tem 50 anos? Desde a banda Êxodos e os precursores de projetos como Vencedores por Cristo, Jovens com Cristo, Jovens Livres, Coral Jovem de São Paulo e Jovens da Verdade até os dias atuais, onde praticamente qualquer grupo de "Worship & Praise" em destaque na cena gospel e até os grupos de louvor de igrejas locais mesmo têm aquelas canções que OBVIAMENTE possuem arranjos de rock. Pois é, o gênero que nasceu em igrejas negras norte-americanas lá entre os anos 1940/50 demorou um bocado pra chegar aqui - até porque no próprio país de origem havia muita resistência com o uso desse ritmo, imagina no Brasil onde quando o rock chegou em meados dos anos 1950 era visto como "música de delinquente juvenil" ou de "juventude transviada" (reflexo de o "iê-iê-iê" ter dado as caras no Brasil a tiracolo dos filmes de James Dean "Rebelde Sem Causa" e "Juventude Transviada"). Obviamente as igrejas brasileiras rejeitaram com veemência, e a despeito de alguns artistas seculares como Antônio Marcos e Roberto Carlos terem arriscado umas canções em louvor ao Senhor, tais esforços jamais foram bem quistos pela igreja, por tais artistas não terem nenhum compromisso com o Evangelho.

Daí alguns corajosos como os citados no início do parágrafo anterior e outros tantos foram lentamente causando uma transformação lenta e interessante na música cristã. Nos anos 1970 prevaleceu principalmente artistas fazendo um estilo mais próximo da Jovem Guarda, com algumas exceções como Cades Barnéia e os Meninos de Deus que arriscaram um rock psicodélico, Wolô e Comunidade S-8 com influências do rock progressivo, Som Maior e o Grupo ELO com uma pegada mais pop e soft rock, e o pessoal do Voz da Verdade arriscando no "perigoso" hard rock (!). No finalzinho da década um certo Janires faria uma K7 na linha da Tropicália que ele levaria consigo pra outra cidade e pra outra década, inaugurando a fase oitentista, com o Rebanhão, seguido de artistas como Grupo Logos, Sinal Verde, Banda Azul, Sinal de Alerta, Pedra de Esquina, Novo Som, Catedral, Actos 2, Vida Abundante, MILAD, Semeando, Martin Lutero, Adilson Lopes, Rhema e Legenda, dentre outros. Mais amplo em qualidade sonora e artística, mas ainda com um apoio mediano da igreja como um todo, abriram caminho pra revolução do final dos 1980, que foi começada pela banda Katsbarnea e seu vocalista Brother Simion: o movimento Gospel. Aqui vários grupos como Oficina G3, Resgate, Akza, Livre Arbítrio, Raízes, Kadesh/Virtud, Metanoya, Louvor Art e Cia, Pró-Céu, Átrios, Fruto Sagrado, Contato Vital e uma pá de outros muitos vieram a seguir. No meio dessa revolução a galera mais "radical" do metal e do punk traziam o "white metal" pro Brasil, com projetos como Martíria, Calvário, Candelabro, Sagrada Cruz, Stauros, Rosa de Saron, Ruptura, Ressurreição, Resistência HC, Justa Advertência, Trino, Antidemon, Necromanicider, The Joke?, Offertorium, Immergoth, Neversatan, DevilCrusher/Berith, Afterdeath, Eterna, Kletos, Foco Nocivo, Holokausto, Dead Snake, Ex-Hortation, Amos, Dissarmonical Tempest, Templo de Fogo, Völlig Hëllig/Belica, Dynasty, dentre muitas outras precursoras. Os anos 2000 assistiram o surgimento de duas tendências que persistem até hoje: os grupos de "louvor jovem" como Filhos do Homem, Livres para Adorar e Rede Ativa; e a galera do "Novo Movimento" ou "Crossover", com uma mensagem menos "evangeliquezada" (essa palavra nem existe bicho kkkkk) como Palavrantiga, Tanlan, Crombie, Marcela Taís, Hibernia, Aeroilis, Quarto Fechado, Os Oitavos, Lorena Chaves, dentre outros. Apesar de com a rejeição do "gospel" cada dia maior e um certo fechamento de portas (de novo) de muitas igrejas, a existência de ministérios underground e com uma visão mais aberta a esse veículo de adoração a Deus e evangelização continua firme no país, e dando frutos que permanecem.

E pensando nisso a Templo Metal do brother Melqui Oliveira tem feito uma pesquisa ostensiva para uma playlist enorme com diversos artistas cristãos ao longo das décadas que tiveram coragem de fazer o som rock em suas diversas vertentes para a glória do Senhor, incluindo aí grupos de louvor como Renascer Praise e Vinde que tiveram coragem de mandar um bom rock'n'roll em seus trabalhos.

Você pode acompanhar a Playlist do projeto abaixo ou direto do Youtube e em ambos os casos eu recomendo a todos seguirem o canal do projeto e dar essa força, divulgar e ficar de olho porque sempre que pode o Melqui tem atualizado essa lista.



Ah sim, acompanhem o Templo Metal, tá rolando algumas entrevistas e matérias sobre os precursores do rock no Brasil.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Documentários sobre rock cristão

Sim, existem vários docs sobre o rock cristão por aí afora. E esse tópico vou indicar alguns que vale a pena serem explorados pela galera!

OBS: Boa parte dos documentários são em inglês sem legendas, mas vale a pena conferir.

THE SON WORSHIPERS (1971)

Em meio ao movimento hippie de meados dos anos 1960 nos EUA e em alguns outros países, algumas igrejas e jovens e bandas entraram nesse universo para mudar tudo. Era o Jesus Movement, até hoje presente em um tamanho reduzido, porém ainda relevante. Na época foi uma resposta impressionante ao mundo hippie e trouxe grandes artistas como Larry Norman (que sua música "Forget Your Hexadram" aparece inclusive no filme), Agape, Petra, Mind Garage, Love Song, Resurrection Band, Keith Green, Nancy Honeytree, entre outros. A versão aqui é totalmente em inglês, sem legendas (infelizmente), mas pros que manjam de inglês é uma boa pedida pra entender como os hippies receberam a Palavra de Deus de uma forma tão diferente do convencionalismo conservador até hoje forte em muitas igrejas.



GREENBELT LIVE! (1979)

O festival Greenbelt (que rola até os dias de hoje!)  rola no Reino Unido e é - tal qual o Cornerstone Festival - um os maiores festivais de rock cristão até aos dias de hoje. Entre alguns dos que tocaram nessa edição estão Larry Norman, Cliff Richard (ele mesmo, o "Elvis" britânico - que se convertera nos anos 1970), Randy Stonehill, After the Fire, Vatten, entre outros. Contém depoimentos dos artistas, realizadores do festival, além de registros de pregações ocorridas no festival, mostrando bem um reflexo do que o Jesus Movement estava fazendo naqueles anos.



METAL MARDI GRAS (1987)

Mais um festival, esse realizado pela Sanctuary International (igreja do pastor Bob Beeman - a primeira voltada pro público headbanger, punk, gótico e similares). Nesse vídeo tem um resumão de apresentações de diversos artistas que passaram por lá, como Bloodgood, Barren Cross, Gardian (a Guardian na fase "space" heavy metal), Vengeance Rising, Malachia, Eternal Ryte, entre outras. Mas NESSE LINK dá pra ver algumas sugestões do Youtube de apresentações completas desses artistas e até do Deliverance. Já no vídeo abaixo rola alguns depoimentos das bandas, até uma pregação bem inusitada de um punk (minha mãe viaja nesse carinha haeuhaeu).




Metal Mission Vol. 1 - Hard Rock on High Road (1991)

Documentário com bastidores de shows e mais clipes de bandas de hard rock, como Whitecross, Bride, Novella e Xalt. Contém entrevistas com os membros das bandas e alguns fãs, mostrando bem como é a estrada dessas bandas e também seus ministérios.



It's the Vengeance Rising (It's the Thought That Counts) - também chamado de No Budget Video (1991)

Brutal e cabuloso como pretende ser, já começa com um depoimento de um satanista dizendo que "música satânica real não é essa porcaria (sic) de heavy metal, e sim compositores clássicos como Wagner", numa clara prova de que do mesmo modo que temáticas diabólicas podem aparecer em qualquer estilo - até nos mais clássicos -, o tema cristão pode e deve aparecer em qualquer estilo. Mesmo num tão brutal e selvagem como o do Vengeance Rising, por anos uma das mais brutais bandas do gênero (pelo menos nos anos 1980 não tinha pra ninguém!). Contém depoimentos, estudos sobre o efeito das drogas (sério!), pregações (algumas do próprio Roger Martinez, que era pastor à época da Sanctuary), além de apresentações da banda. É um pouco longo, mas vale demais a pena ver. Como faz falta um cara como Roger na cena, ainda oro muito pra que ele volte para o Senhor.



METAL CONNECTION WITH BOB LARSON (1992)

Bob Larson foi um dos maiores críticos do rock cristão nos anos 1980, porém os anos passaram e o pregador e cantor (que curiosamente se converteu em meio ao Jesus Movement e lançou discos de pop cristão na época) foi mudando sua posição. Nesse curto doc é possível ver uma entrevista dele com membros do Vengeance Rising (Roger Martinez), Tourniquet (Ted Kirkpatrick), Deliverance (Jimmy Brown), Angelica e Ransom, além de trechos de clipes das bandas.



MORTIFICATION - CONQUER THE WORLD (2002)

Após algumas VHS com clipes e alguns depoimentos sobre a jornada do Mortification, "Conquer the World" segue um ritmo mais documental, ao mostrar a turnê mais extensa da banda, passando pela Austrália (óbvio kkkk), EUA, Europa, América do Sul (incluindo aí o Brasil!) e África do Sul. Vale muito a pena assistir esse.



NO LONGER MUSIC (2004?)

Um dos documentários que mais marcaram minha vida, a apresentação da banda No Longer Music e do seu vocalista e líder David Pierce (líder do ministério Steiger Internacional de evangelismo) em várias partes do mundo (inclusive no Brasil) conta com uma fusão de pós-punk/gótico, teatralidade e também uma das representações mais pesadas do sacrifício de Cristo. É curto e eu recomendo muito que assistam para verem o quão é possível nossa fé se infiltrar em locais onde ninguém nunca iria imaginar que poderia. E TER EFEITOS REAIS!



Why Should the Devil have All the Good Music? (2004)

Documentário bem extenso e legal, com diversas participações de bandas dos mais diferentes gêneros do rock e sua busca pelo cristianismo. Trechos do festival Cornerstone aparecem no doc, bem como bandas como Larry Norman, Steve Taylor, Squad Five-O, Zao, Demon Hunter e MXPX, entre outras.



CRASH, O QUE É? (2006)

Pequeno documentário sobre a igreja Crash Church, pioneira no ministério underground no Brasil, comandada pelo pastor Antônio Carlos Batista (Antidemon). Na realidade é só um dos docs feitos pra essa igreja, já vi alguns, um desses inclusive feito pelo extinto programa "A Liga" da Bandeirantes, que falarei num outro post.



SARCÓFAGO - O Ministério Underground (2007)Um filme pequeno falando da história do ministério de Guarujá, SP. Está dividido em 2 partes e curiosamente está cheio de deslikes (vamo reverter issaê quem puder!)





LIGHT IN DARKNESS - NEMESIS DIVINA (2010)


Se você sempre quis entender o "un"black metal, esse documentário é perfeito. Dá uma base das origens do black metal, bem como da sua "versão cristã", críticas da cena secular e também da igreja, dentre outros. Membros do Horde, Crimson Moonlight, Pantokrator e Frosthardr aparecem dando seus depoimentos sobre essa temática tão curiosa, bem como forte e verdadeira.



CRISTO SUBURBANO (2014)

Documentário brasileiro sobre o punk e HC cristão no Brasil, realizado pelo projeto Cristorama. Bandas do país inteiro aparecem no projeto, como Ressurreição, HxBx12, F.M.I., Thimoteos, dentre outras. Recomendo muito. Ah sim, tem uma continuação, chamada "Entre Bíblias e Coturnos", de 2018. Abaixo ambos docs:





COMUNIDADE EXTREMA UNÇÃO (2015)

Pequeno doc feito pelo coletivo Beyond the Dreams sobre a comunidade, uma das mais representativas do underground cristão pernambucano. Vale a pena conferir. Ah sim, no Youtube também é possível ver um minidoc sobre o evento capitaneado por essa mesma congregação chamado Underblood Fest. O minidoc é de 2010 e também aparece no DVD da quinta edição do evento.



REBANHÃO: POR CIMA DOS MONTES (2016)

Fantástico documentário sobre a banda mais revolucionária do rock cristão brasileiro, em homenagem aos 35 anos do Rebanhão e também ao retorno do grupo.





UP THE ASHES (2017?)


Não tenho muita certeza sobre a origem desse documentário, mas pelo que pude ver foi feito pelo vocalista da banda Chariot (a dos anos 1980). Fala um pouco de sua vida no metal cristão.



PANTOKRATOR: IGLESIA CRISTIANA DE HEAVY METAL (2017)

Documentário sobre a igreja Comunidad Cristiana Pantokrator da Colômbia, que também prega o Evangelho através do som underground.



METAL MISSIONARIES (2017)

Único que eu não vi completo (esse vídeo abaixo é só um trailer), é um caso curioso de depoimentos sobre o metal cristão feitos NÃO SÓ por cristãos, mas também por membros de bandas seculares, até mesmo aquelas que são bem opostas ao cristianismo, como Samael. Tô louco pra ver as ideias de geral.



NO NEW KINDA STORY (2017)

Documentário sobre a gravadora Tooth & Nail, simplesmente uma das maiores gravadoras cristãs voltadas pro rock, metal e punk cristão, e um dos berços da cena metalcore mundial. Surgida em 1993, continua até hoje em plena atividade, seguindo os passos de outras como a R.E.X., a Intense Records e a Frontline, dentre muitas outras. Algumas das bandas que passaram e passam por lá foram Demon Hunter, The Almost, Amberlin, Hawk Nelson, Haste the Day, Disciple, Project 86, MXPX, Starflyer 59 e Thousand Foot Krutch, dentre muitas outras.



JESUS' ROCK (2017)
Documentário feito por Lauro Alexandre acerca da cena underground cristã de Ponta Grossa, Paraná. Inclui aí uma participação do pastor Volmir de Bastos (Pipe), da Comunidade Gólgota. Muito legal para conhecer um pouco da cena local.




TEMPLO DE FOGO 20 ANOS (2019)


Uma das primeiras bandas de metal cristão brasileira, a banda do brother Moisés Missão representa bem a cena, e além de ilustrar um pouco da própria banda, também falam de como a cena estava à época, citando inclusive a clássica banda Sagrada Cruz.





BÔNUS:

Não chega a ser um documentário (no sentido de duração), tá mais pra um release, mas no finado programa "Documento Especial" (aparentemente 1995) da extinta Rede Manchete rolou uma matéria sobre o underground, e no meio apareceu a banda Necromanicider (à época chamada Necromanicide) do saudoso irmão Evandro, mostrando um poucochinho de seu ministério. Num próximo post vou falar sobre aparições da cena cristã de rock em programas de TV nacionais.