quinta-feira, 18 de abril de 2019

Gravadoras que publicaram rock cristão

Hoje em dia selos independentes e distribuição virtual via Spotify, Deezer, Bandcamp e outros podem ter tornado várias gravadoras praticamente obliteradas, mas não há como esquecer o papel fundamental que essas tiveram para a história do rock cristão. Sem elas, dificilmente teríamos materiais e provavelmente rock cristão seria hoje em dia somente uma lenda urbana de poucos que tiveram a coragem de fazer. Então vamos a essa lista com algumas das mais importantes que existiram e algumas ainda existem. Lembrando que muitas são gravadoras de diversos estilos, só algumas realmente surgiram com o intuito de ser voltadas pro rock cristão e seus subgêneros.

OBS: Gravadoras seculares como Califórnia, Enigma, Atlantic, Polygram, Som Livre, Nuclear Blast, dentre outras, não serão citadas aqui, só gravadoras cristãs. O mesmo vale pra subdivisões como a EMI CMG ou a Sony Gospel Music.

OBS²: Algumas discografias (incompletas em sua maioria) estão disponíveis em outro blog meu, Catálogo de Gravadoras Cristãs.


Word (1951 - Continua em funcionamento)

Surgida em Waco, estado do Texas, EUA, é uma das gigantes na música cristã americana até os dias de hoje. Em suas fileiras diversas bandas e artistas dos mais diversos gêneros passaram. Dentro do pop e do rock os mais notáveis são Petra, John Schilitt, Jaci Velasquez, Sandi Patty, Evie, Jet Circus, Family Force 5, Salvador, Johnny Cash, 2nd Chapter of Acts, Newsong, Michael W. Smith, Lovewar, Ordained Fate, Greg X. Volz, Russ Taff, David and the Giants, Trio Bill Gaither, Chuck Girard, Rick Wakeman, Pat Boone, dentre muitos outros.


Star Song (1976 - Continua em funcionamento)

Surgida em 1976 por Darrell Harris, foi a primeira gravadora a aceitar bandas de metal em suas fileiras (no caso, a Resurrection Band). Outras bandas que passaram por lá: Petra, John Lee (Petra Youth Choir), Mylon LeFevre, Newsboys, Farrell and Farrell, Sacred Fire, The Gaither Vocal Band, Kim Hill, Bride, White Heart, Twila Paris, Iona, David Meece, Whitecross, Quickflight, Steve and Annie Chapman, Bob Bennett, dentre muitos outros. Em 1998 a Star Song passou a trabalhar somente com republicações, e os artistas em seu catálogo foram em sua maioria transferidos pra Sparrow Records.


Sparrow (1976 - ainda em funcionamento como parte da EMI Christian Music Group)

Nascida também em 1976, a Sparrow foi criada por Billy Ray Hearn, e durante anos foi uma gravadora independente, até que em 1992 foi vendida para o dono da EMI Thorn Emi, que a partir de 1994 transferiu a gravadora para uma divisão cristã da gravadora, como citado no título dessa seção. Por sua fileira passaram nomes como Amy Grant, Resurrection Band, Steve Taylor, Hillsong, Steven Curtis Chapman, Phil Keaggy, Carman, Barry McGuire, Keith Green, Michael Card, Geoff Moore and Distance, Sheila Walsh, Avalon, ZOEGirl, Bob Carlisle, Susan Ashton, Newsboys, Switchfoot, Jennifer Knapp, dentre outros.


ForeFront (1988 - ainda em funcionamento como parte da EMI CMG)


Fundada por Eddie DeGarmo (da dupla DeGarmo & Key), Ron Griffin e Dan Brock, foi um selo bem mais livre, por ser comandado diretamente por membros de bandas. Em suas fileiras passaram DeGarmo & Key, Rebecca St. James, Stacie Orrico, dc Talk, Geoff Moore and Distance, Audio Adrenaline, TobyMAC, Skillet, Eli, Smalltown Poets, Guardian, Iona, Grammatrain, dentre muitas outras. Tal qual ocorreu com a Sparrow, em 1996 a EMI adquiriu o selo e desde então ele também é parte integrante da EMI CMG.


Myrrh (1972 - 2000, depois relançada em 2005 como Myrrh Worship)

Lançada como um selo da Word Records, tinha como objetivo lançar alguns artistas mais "moderninhos" pros padrões da Word (apesar desta vez por outra lançar esses mesmos artistas). A primeira grande artista revelada pela gravadora foi ninguém mais ninguém menos que Amy Grant! Além dela, passaram por lá Petra, Nancy Honeytree, Billy Preston, Michael and Stormie Omartian, David Meece, Randy Stonehill, The Choir, New Direction, Kim Boyce, Sheila Walsh, Greg X. Volz, Phil Keaggy, Crystal Lewis, B.J. Thomas, Russ Taff, Mylon LeFevre and Broken Heart, Joe English Band, Leon Patillo, Kenny Marks, dentre muitos outros. Em 2000 a gravadora deu uma parada, só voltando em 2005 mais voltada pro worship - o nome modificado aliás não deixa mentir.


One Way (1970 - 1973)

Selo de curtíssima duração, foi por onde Larry Norman e Randy Stonehill lançaram alguns de seus primeiros trabalhos. Além dos poucos discos desses dois lançados por lá, ainda saiu a trilha sonora do filme épico The Son Worshippers de 1972. Apesar de conter apenas duas faixas (enormes), é muito legal de se ouvir e sentir-se no clima da produção.






Solid Rock (1976 - 2008?)

Continuação da One Way, essa gravadora foi por onde Larry Norman lançou a maioria de seus discos em vida. Além do próprio Larry, outros artistas que passaram por lá: Randy Stonehill, Daniel Amos, Tom Howard, Pantano & Salsbury, Mark Heard, People!, White Light e Wondergroove. Com a morte de Larry, a gravadora nunca mais produziu nada, portanto considero que desde essa data ela está extinta.






Maranatha! (Década de 1970 - Até hoje)

Formada em meio ao Jesus Movement, a Maranatha! foi a que mais representou o movimento, lançando artistas os mais diversos, com sonoridades bem juvenis. Dentre os destaques: Malcolm and the Mirrors, Bethelehem, Isaac Air Freight, Maranatha! Promise Band, Phil Keaggy, Tom Howard, Undercover, Petra, Bryan Duncan, The Insyderz, dentre outros. Uma coisa curiosa é a quantidade impressionante de artistas mais worship & praise, mostrando que os jovens de Jesus também sabem louvar e adorar a Deus.


Pure Metal (1986 - meados dos anos 1990)

Primeira gravadora voltada unicamente para bandas cristãs de hard rock e heavy metal, foi um marco na história do metal cristão, tendo lançado diversas bandas em seus anos de existência. Entre as principais elencam-se: Whitecross, The Crucified, Force 3, Torn Flesh, Björn Stingsson, Leviticus, Bride, Saint, Messiah Prophet, Creed (alemã), Rosanna's Riders, Tempest, Xalt, One Bad Pig, Scarlet Red, Light Force, Seraiah, Jeff Scheetz, além de diversas coletâneas.





Regency Records (1987 - 1990)

Apesar da curta duração, essa gravadora ficou famosa por suas coletâneas California Metal Vol. 1 e 2. Além dessas duas ainda lançaram a East Coast Metal, Underground Metal Vol. 1 e 2 e Classic Metal, onde apresentaram ao mundo diversas bandas, algumas delas de grande duração como Barren Cross, Guardian e Believer. Pela gravadora mesmo lançaram: Mastedon, Neon Cross, The Lead, Watchmen, Contagious, Rage of Angels, Arsenal e Crystavox.



Frontline (1986 - 2002, voltou em 2010)

Gravadora que lançou diversos grandes artistas da cena rock, rap, reggae, punk e metal cristã. Dentre alguns: Shout, Mark Farner, Terry Scott Taylor, Crumbächer, Bloodgood, Nobody Special, Altar Boys, Idle Cure, Crystal Lewis, Liaison, Mad at the World, Angelica, Lifesavers Underground, XT, David Zaffiro, Lanny Cordola e vários outros de rap e reggae. Em 1998 foi comprada pela KMG, mas em 2002 a gravadora faliu, só sendo ressuscitada em 2010 após seus ativos serem adquiridos pela Meis Music Group.


Intense Records (1988 - 2002, voltou em 2010)

A filha da Frontline, lançou diversos discos da mesma, além de bandas de rock industrial. Tal como a mãe, passou por todo o processo de aquisição pela KMG, falência e retorno, agora com o nome Intense Milleniun Records. Alguns que passaram por ela: Magdalen, Angelica, Deliverance, Mortal, Vengeance Rising, David Zaffiro, Bloodgood, Sacred Warrior, Mortification, Tourniquet, Recon, Ken Tamplin, Saviour Machine, Randy Rose, dentre muitos outros.


R.E.X. Music (1987 - 1995)

Gravadora de Doug Mann e Peter Morkel, como dizia o slogan, "do industrial ao pop", lançavam de tudo que podiam. Operaram originalmente em Chicago e posteriormente em Nashville, até sua extinção em 1995. Por ela passaram The Lead, Six Feet Deep, Whitecross, Believer, Mercy Rule, Circle of Dust/Brainchild, Armageddon, Sixpence None the Richer, Living Sacrifice, Veni Domine, Sacrament, Code of Ethics, Haven, Killed by Cain, Hot Pink Turtle, Nina Llopis, Glenn Kaiser, Resurrection Band, Crashdog, dentre outros.

What? (1986 - 1995?, supostamente ainda em operação)

Uma das mais misteriosas gravadoras que existiram, seu trabalho era lançar artistas "fora da curva" dentro da música cristã. Tonio K., Iona, Dave Perkins, Ideola (Mark Heard) e alguns outros artistas passaram por lá. O mais legal é a criatividade desses artistas, alguns dos precursores dessa safra de artistas "fora da curva".



Pakaderm (1989 - 1994)

Selo fundado pelos irmãos John e Dino Elefante (ex-Kansas e Mastedon), lançaram vários discos de artistas no mercado em sua curta existência, todos distribuídos pela Word Records. Dentre os artistas mais famosos a passar pela gravadora: Lovewar, X-Sinner, Guardian, Mastedon, Rock Power Praise, Brighton, Halo, Mark Pogue and Fortress, The Brave, Fear Not e alguns outros.





Grrr (Final dos 1980 - até hoje)

Gravadora/coletivo feita por diversos artistas com o compromisso de divulgar as bandas sem enfocar excessivamente no comercial. A principal banda da gravadora é sem dúvidas a Resurrection Band, fundadora original do selo, mas por ela também passaram Glenn Kaiser (e sua Blues Band), Crashdog, Ravensday, Kaiser/Mansfield, Cauzin' Efekt, The Crossing, Headnoise, The Blamed, dentre muitas outras menos conhecidas.



Killen Music Group Records (KMG Records) (1997 - 2002, ressurgida em 2010).

A gravadora bem criticada por muitos críticos por seus relançamentos de qualidade em geral duvidosas (kkkk), a KMG em 1998 adquiriu os direitos de diversas gravadoras de rock, rap e outros estilos: Intense, Frontline, Alarma, e Myx, e muito do catálogo saiu em coletâneas 2 em 1 (ou 3 em 1 dependendo do caso), e em geral legais no sentido de explicar um pouco da obra e carreira dos artistas, mas com pouca qualidade no que tange a falta de encartes com letras e fotos, além das capas ficarem bem reduzidas. Entre artistas que passaram por lá (direta ou indiretamente): Scaterd Few, Mortal, Mortification, Deliverance, Sacred Warrior, Idle Cure, Magdallan, Shout, Bloodgood, Bunch of Believers (B.o.B.), The Insyderz, Mad at the World, Vengeance Rising, Mark Farner, Die Happy, Poor Old Lu, David Zaffiro, Terry Scott Taylor, Scott Blackwell, Adam Again, Jacob's Trouble, dentre outros.


Alarma Records (1987 - meados de 1990)

Selo menor da Frontline Records, foi fundada pelo Terry Taylor (Daniel Amos) como um selo de bandas alternativas. Além da Daniel Amos, passaram por lá Poor Old Lu, Michael Knott, Rainy Days, Mike Stand, The Swirling Eddies, Rick Elias and the Confessions, Mad at the World, Altar Boys, Jacob's Trouble, dentre outras.






Rowe Productions (1994 - ainda em funcionamento)

Selo do vocalista/baixista do Mortification Steve Rowe, foi um grande instrumento para divulgar bandas australianas, além de algumas outras de outros países. Sua série de coletâneas "Australian Metal Compilation" levaram o mundo a conhecer muitas bandas fantásticas. Algumas que passaram pela gravadora: Mortification, Light Force, Wonrowe Vision, Horde, Ignite, Cry Mercy, Fearscape, Ultimatum, Antidemon, Metanoia, Ethereal Scourge, Teramaze, Gnashing of Teeth, Cybergrind, Biogenesis, Psycoma, Scourged Flesh, Grave Forsaken, Lament e a não-cristã Pegazus.

Tooth & Nail (1997 - até hoje)

Gravadora de Seattle, especializada principalmente em bandas de punk, hardcore, nu metal e alternativo. Algumas das bandas que passaram por lá: FM Static, Family Force 5, Emery, Dead Poetic, Thousand Foot Krutch, MxPx, Underoath, Sent By Ravens, The Almost, I Am Empire, Bleach, Project 86, Anberlin, As Cities Burn, Ghoti Hook, Slick Shoes, Children 18:3 e mais uma pá de bandas.





SolidState (2000 - até hoje)

Filha da Tooth & Nail, ficou mais famosa do que a mamãe, ao lançar diversas bandas mais na linha do metalcore/deathcore, tornando-se provavelmente a gravadora mais famosa da atualidade (ganharam até documentário). Dentre as principais bandas que foram publicadas lá: Staflyer 59, Training for Utopia, ZAO, Norma Jean, Becoming the Archetype, Living Sacrifice, August Burns Red, The Blamed, He is Legend, Haste the Day, Underoath, The Chariot, As Cities Burn, The Showdown, Mychildren Mybride, Inhale/Exhale, Demon Hunter, dentre outros.

Rescue Records (1993 - 2001?)

Apesar de sua curta duração, a gravadora foi simplesmente onde foi revelada uma das bandas mais famosas e admiradas do rock (não só cristão!) mundial: P.O.D.! Os primeiros discos da banda saíram por essa gravadora, antes deles entrarem na secular Atlantic e virarem fenômeno mundial. Entre outras bandas de rock famosas a passarem por ela elencam-se: Fasedown, Dogwood, N.I.V. (No Innocent Victim), Point of Recognition, e diversos cantores e grupos de rap (sim, eles eram mais especializados em rap, mas abriram as portas pra bandas de rock graças ao P.O.D.).



Endtime Productions (1998 - até hoje)

Gravadora sueca voltada pra bandas de metal extremo (black, death e doom metal) dentro da cena. As principais bandas que estouraram lá: Extol, Lengsel, Anaemia, Antestor, Vardoger, Drottnar, Absurd², Dalit, Crimson Moonlight, Bloodwork e Opus Irae.








Little Rose (1998 - 2001)

Selo finlandês de curta vida, seguia os padrões do seu contemporâneo Endtime, lançando bandas de metal extremo como Sanctifica, Deuteronomium, Immortal Souls, Mordecai, Hallowed, Crimson Thorn e alguns outros.

Retroactive Records (2002 - até hoje)

Prestando um dos serviços mais úteis pra cena de rock cristão, a Retroactive desde sua fundação ajudou a relançar no mercado muitos discos fora do catálogo e alguns títulos bem obscuros, além de ajudar bandas como Titanic, Rivera/Bomma, Grave Robber e Tango Down a aparecerem no mercado. Dentre algumas bandas relançadas elencam-se: The Exkursions, Stronghold, Saviour Machine, Saint, Bride, Resurrection Band, Daniel Band, Eden, Screams of Chaos, Electrik, Valor, Golgatha, Barrabas, Believer, Brainchild, Argyle Park, Servant, Seventh Angel, Regime, Sacrament, Final Age, Haven, Stairway, Six Feet Deep, Lust Control, Lifesavers Underground, dentre muitas outras até os dias de hoje.


Rivel Records (2002 - 2008)

Continuação da CL Music and Publishing do Christian Rivel (Narnia, Divinefire e mais uma pá de bandas), foi importante para o lançamento de diversas bandas como Sons of Thunder, Divinefire, Audiovision, Jet Circus, Essence of Sorrow, Miseration, Sanctifica, Laudamus, ReinXeed, Pantokrator, Vindication, Crimson Moonlight, System Breakdown, Locomotive Breath e várias outras.

Soundmass (2003 - até hoje)

Nascida em Tasmania, Austrália, a Soundmass é focada principalmente em relançamentos, em especial de artistas australianos, mas também trabalham com relançamentos de outros países. Seus relançamentos são cobertos de faixas bônus, o que os tornam alguns dos melhores de todos os tempos, só rivalizando com os da Retroactive. Dentre as bandas que passaram por lá: Mortification, Horde, Terraphobia, Templar, Synnöve, Martyrs Shrine, Malchus, Eternal Emperor, Scourged Flesh, Grave Forsaken, Ecthiron, Coram Deo, Oskord, Biogenesis, dentre muitas outras.



Bombworks (2004 - até hoje)

Gravadora americana que lançou uma pancada de bandas, como Seventh Angel, Royal Anguish, Consecrator, A Hill to Die Upon, Holy Blood, dentre outras. Também fez relançamentos de bandas como Crimson Thorn, Deliverance, Seventh Angel e várias outras.


Vomit Bucket (2007 - 2014)

Uma das mais undergrounds dessa lista, a alemã Vomit Bucket foi formada por Gag (Vomitous Discharge, Ataraxy, Pesticides e outros projetos afins). Lançou diversos projetos, dentre bandas cristãs e seculares, maioria de grindcore, noise e harsh. Principais bandas: Vomitous Discharge, Flactorophia, Engravor, Vomitorial Corpulence, NxOxS (Nosso Objetivo é Servir), Eternal Mystery, Demonic Dismemberment, Antidemon, Pesticides, Splattered Nachos, No One Gets Out Alive, Ataraxy, Vômito Grind, Desmodus Rotundus e diversos outros projetos menos conhecidos, muitos não-cristãos.

Sullen Records (2008? - 2011?)

Especializada em bandas de "un"black metal, a gravadora californiana lançou diversas bandas de vários países em seu curto período de existência, dentre as quais Frost Like Ashes, Hortor, Azbuk, Coram Deo, Eigiboor, Broken Flesh, Willow Mount, O Majestic Winter, Eulogium, Erasmus, Within the Torn Apart, Ancient Plague, dentre outras.


Barren Meadows (2010 - 2015)

A obscura gravadora americana de Thomas Eversole (GRIM, Hguols e outros projetos afins) durou pouco tempo, mas distribuia online diversas bandas de metal extremo, drone e noise/harsh. Dentre as obscuras bandas que passaram por lá: Hguols, Phelicia's Entrails, Asgath, Job, Cephalophore, The Mourning Dimension, Within the Thorn Apart, Bookwalter e Sarcomere.


Roxx Records (2009 - até hoje)

Outra gravadora a prestar um ótimo serviço em relançamentos, a Roxx também teve seus lançamentos inéditos de bandas como Pÿlon, Biogenesis, Ultimatum, Amos, My Silent Wake, Crushing the Deceiver e The Sacrificed. Dentre algumas bandas que tiveram relançamentos por ela: Holy Soldier, Crossforce, Frost Like Ashes, Consecrator, Fear Not, Crystavox, Oil, Angelic Force, Vengeance Rising, dentre outras.




Bompastor (Década de 1970 - até hoje)

A maior gravadora cristã brasileira por anos a fio, a Bompastor foi uma das precursoras a lançar artistas dos mais diversos estilos. Fundada por Elias de Carvalho, irmão de Luiz de Carvalho (primeiro cantor cristão brasileiro a gravar um LP e a usar regularmente violão em suas composições e apresentações) a Bompastor chegou a lançar discos do Petra e First Call aqui no Brasil na década de 1980, e assim abriu as portas para outros lançamentos, como Carman, Christafari, Michael W. Smith, Amy Grant, dentre outros. Grupos brasileiros também lançaram pela gravadora, como Raízes, Fruto Sagrado, Os Arrais, Kadoshi e Aeroilis.


Gospel Records (1989 - 2010)

Gravadora criada por Estevam Hernandes e Antonio Abbud, foi a precursora do "movimento gospel" no Brasil. Ajudou a lançar muitas bandas, seja com seu selo principal, seja com o selo alternativo "Todo Som" e outros selos menores criados por ela. Dentre as revelações da gravadora: Katsbarnea, Oficina G3, Rebanhão, Resgate, Brother Simion, Rod Mayer, Stauros, Praise Machine, Código C, Átrios, Troad, Actos 2, Complexo J, Militantes, Fruto Sagrado, Livre Arbítrio, Raízes, Virtud, Metal Nobre, e diversas outras como Dose Certa, Estação Céu, Karpos, Subsolo Trio, Livre Louvor, Metanoya, Louvor Art e Cia, Getsêmani, Aghus, CUSM, dentre outras. Algumas bandas tiveram seus discos lançados no Brasil por ela, como Bride, Newsboys, Lovewar, Fighter, Cindy Morgan e Metal Praise.


MK Publicitá (MK Music) (1988 - até hoje)


Criada originalmente pelo casal Yvelise e Arolde de Oliveira para distribuir os discos da filha Marina de Oliveira, acabou por tornar-se a maior gravadora gospel do Brasil. Por ela diversos artistas de rock passaram, como Catedral, Carlinhos Félix, Primeira Essência, Contato Vital, Semeando, Raízes, Complexo J, Fruto Sagrado, Brother Simion, Oficina G3 (a que mais fez sucesso na gravadora), PG, Déio Tambasco, Paulo César Graça e Paz, Banda & Voz, dentre outros. Algumas bandas de fora foram relançadas pela MK, como Whitecross e dc Talk.


Salmus Produções (1995? - 2010?)
Gravadora brasiliense que se especializou bastante em rap cristão, mas também lançou muitas bandas de rock e metal. Dentre as que passaram pela gravadora: Fruto Sagrado, Raízes, Livre Arbítrio, Arcanjjo, Soul Factor, Skymetal, Juízo Final, Kadesh (Virtud), Metal Nobre, .Com e Estilo de Vida. Em parceria com a O Levita ainda relançou diversos discos americanos aqui no Brasil, como Normandy, Oil, Driving West, 7 Doors Down, Xalt, dentre outras.

Extreme Records/Metal Survivor (1999 - 2015, mudou de nome pra Metal Survivor nesse ano)

Selo mineiro de Cássio Antestor, foi sem dúvidas o maior selo underground cristão brasileiro. Diversas bandas brasileiras lançaram ou tiveram discos distribuídos pelo selo, bem como alguns lançamentos estrangeiros saíram aqui com a ajuda da Extreme Records e da zine associada ao selo, a Extreme Brutal Death. Dentre alguns lançamentos: Cerimonial Sacred, Divine Symphony, Berith, Necromanicider, Zurisadai, Dark Woods e Neversatan.


BV Films (Década de 2000 - até hoje)

Famosa distribuidora de material do exterior, inclusive filmes cristãos e shows. Algumas bandas que tiveram lançamentos por ela: Mortification, Third Day, Stryper, Sixpence None the Richer, BarlowGirl, Hillsong, Sandy Patti e vários outros.



Lex Metalis (2014 - até hoje)

O selo e produtora fluminense captaneado por Márllon Matos (Inpinfess), embora relativamente novo, lançou  no mercado alguns discos de bandas como Hating Evil, Trino, Sabbatariam, Pantokrator, Legacy of Kain, Doomsday Hymn, Implement, Prelúdio X e Angel's Fire. Sem dúvidas um dos selos mais corajosos da cena.



Silent Music (2001 - até hoje)

A paranaense Silent Music começou distribuíndo discos importados como o "Stop the Bleeding" do Tourniquet. Mas logo virou uma gravadora de fato, lançando discos da Desertor, Serenade in Darkness, Arnion, Shining Star, Messianic Cry, Dynasty of Metal, dentre outras. De bandas de fora, além do Tourniquet, já lançaram discos do Antestor, do Extol, Virgin Black e Crimson Thorn.




Houveram e ainda existem diversos outros selos menores e outras gravadoras que também ajudaram a distribuir bandas cristãs, como Light Records, Underblood Produções, Refined Metal, Not Silent, Noise Street, Rhythm Rock, Line Records (apesar da participação pífia nesse quesito), Top Gospel, Music Maker, NS Records, AB Records, VPC, Zekap, Som & Louvores, Pioneira Evangélica, Doce Harmonia/Donai, Arca Evangélica, Gravadora Revelação Evangélica, Blessing, Cling, Chrystal Records, Promessa Divina, Resistance Records, Svalbard, Eternal Records, Dysmorphic Records, Nice Noise, dentre muitas outras que seria impossível elencar por completo. Esse guia é mais uma homenagem e também um material de pesquisa importante para todos que amam a música cristã. Até o próximo post e pesquisa, pessoal! God Bless You All!

Êxodos



Possivelmente a primeira banda de rock cristão brasileira, surgida em 1970 na Igreja Batista de Vila Bonilha, em São Paulo-SP com o nome Conjunto Nova Vida e apenas dois violões e partes de uma bateria velha. Posteriormente, inspirados na saída de Israel do Egito, mudaram de nome pra Êxodos. A formação clássica eram os irmãos Agreste (Osny nas guitarras solo e vocal e Osvayr no contrabaixo e vocal), Edson (bateria) e Lucas (violão, guitarra base e vocal). Com letras evangelísticas e um som que mesclava influências do rock inglês, da Jovem Guarda, do country e folk americano e posteriormente do hard rock, Exodos se uniu a vários grupos como o Vencedores por Cristo e Os Cantores de Cristo num evento da Associação Cristã de Moços, a Semana de Oração de 1973, evento que foi registrado e publicado pela Revista Veja 273 em 28/11/1973. Apesar do apoio do pastor da igreja (inclusive na aquisição de instrumentos e no visual da banda, mais roqueiro do que a maioria dos precursores da época como Nicoleti, Triumpho, Comunidade S8, Os Cantores de Cristo e Jovens da Verdade), em 1976 a banda sofreu uma oposição muito forte devido a tornarem seu som mais pesado, acabaram causando atrito inclusive com a vizinhança, o que levou a banda a ser expulsa da igreja por força de alguns membros que já também não concordavam com aquela sonoridade. Essa expulsão inclusive também foi relatada pela Veja em seu número 428 de 17/11/1976 na matéria "Rock Proscrito". Eles até tentaram continuar seu trabalho, mas em 1977 desistiram após perderem todos instrumentos após uma tempestade que destruiu o local onde se apresentavam. Assim, a banda após 7 anos de existência e sem nenhum disco saiu de cena, mas os membros continuaram em outros projetos. Os irmãos Agreste inclusive colocaram sua música mais famosa e uma das mais premiadas, "Galhos Secos" (uma música que virou clássico em cursos de violão gospel pela facilidade de seus três acordes, Em, D e C), para uso pelo cantor Domingos Costa, que fez a primeira versão gravada dessa música em 1978 no disco "É Chegado o Momento". Pouco depois em 1981 veio a versão mais famosa, do Som Maior, no disco "Ele é a Razão de Viver", conjunto que os irmãos Agreste fizeram parte na época. Em 1993 o Catedral fez outra grande versão no disco "Está Consumado II". Por fim, a banda conseguiu se reunir nos anos 2000 e chegaram a fazer alguns shows (inclusive aqui em Recife, onde foram muito celebrados) e em 2006 enfim saiu o único disco da banda, Revival 1970 à 1977.  Com a morte de Osny Agreste em 13/01/2007 a banda cessou suas atividades de vez, mas ao menos deixou para nós um registro próprio de sua musicografia completa, incluindo obviamente Galhos Secos e a campeã "Maravilhas", que venceu um concurso de música evangélica em Itajuba - MG em 1972 (Galhos Secos ficou em terceiro lugar no ano seguinte).

Curiosidade: Sim, eu não poderia não citar AQUELE MEME do "Para Nossa Alegria" dos irmãos Jefferson e Suellen Barbosa em 2012 e que acabaram transformando eles em fenômeno na Internet e virando uma dupla gospel com o nome Para Nossa Alegria. É, fazer o que...

Revival 1970 à 1977 (2006)

01 - Galhos Secos
02 - Encontrei a Resposta
03 - Maravilhas
04 - Pelos Caminhos do Senhor
05 - Mudança de Vida
06 - Fim da Viagem
07 - Jesus é a Resposta
08 - Deus e deuses
09 - Clamando por Salvação
10 - Vamos Já Louvar
11 - Você é Feliz
12 - Dois Caminhos

Som fantástico para fãs de rock clássico dos anos 1960 e 1970, e é bom demais ver que mesmo após vários anos de separação a banda continuava forte e com uma qualidade impressionante. Os pontos mais fortes da gravação são as três primeiras faixas, o country "Mudança de Vida", a jovem guarda/blues "Vamos Já Louvar" e o hardão "Jesus é a Resposta". Se alguém dissesse que o disco foi gravado naquela época que a banda existia eu não duvidaria (e sei que muitos também não), tamanha a imersão ao som da época. Vale muito a pena sacar.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Wonrowe Vision


Wonrowe Vision é um projeto paralelo de Steve Rowe (Mortification, ex-Light Force), mais voltado pra um som hard rock/classic metal e punk setentista. O vocal de Steve nesse trabalho segue uma linha bem mais limpa, algo surpreendente para quem tá acostumado com seus guturais e vocais rasgados.



Mission Invencible (2010)

01 - The Spirit of Rock
02 - Mission Invencible
03 - Resident Spider
04 - Vaporizer
05 - Run in Circles
06 - The White Rock
07 - Smile Your Way Through Life
08 - I'm Not Afraid of the Dark
09 - Wreath the Passion of my Fire
10 - Radical Parrot
11 - Run in Circles (radio edit)


O que aconteceria se Steve Rowe e Lincoln Bowen (na companhia do baterista Andrew Esnouf) formassem uma banda misturando elementos de rock clássico, heavy tradicional, speed metal e punk? Essa é a ideia de Wonrowe Vision. Apesar de todas essas diferenças sonoras ao que se esperava de uma banda formada por membros do Mortification, o vocal e baixo de Steve são inconfundíveis, com muita energia musical. É muito legal ouvir algo tão fora do que esperamos de um projeto assim. O baixo de abertura de "Resident Spider" é um dos melhores momentos do disco, juntamente com o punk clássico de "White Rock" e o speed metal de "Spirit of Rock", além das singles "Run in Circles" (balada bem irada) e "Vaporizer". Com uma produção bem old, soando como um material bem underground, quase demo, causa um certo desconforto (eu mesmo demorei um cadin pra apreciar essa obra devido essa produção mais "raw", mas o tempo me fez rever essa ideia e eu comecei a curtir devidamente esse som). As influências de Motörhead, Sex Pistoles e Ramones são inegáveis nesse disco, mas é possível ver elementos de folk e até de jazz (!).


Pictures of Past, Present and Future (2013)

01 - That's Total Evil
02 - Pictures
03 - That's Total Evil (live)
04 - Pictures (live)
05 - You're So Kind, Yours and Mine (live)
06 - Spirit of the Rock (live)
07 - Mission Invencible (live)
08 - Resident Spider (live)
09 - Vaporizer (live)
10 - White Rock (live)
11 - Smile your way through life (live)
12 - I'm Not Afraid of the Dark (live)
BÔNUS
13 - Pictures (da "Blue Demo" da Light Force de 1986)
14 - You're So Kind, Yours and Mine (da "Blue Demo" da Light Force de 1986)
15 - 12 Men ("Fishers of Men") (da "Yellow Demo" da Light Force de 1986)
16 - 12 Men (versão do Mortification de 2004 do disco Brain Cleaner)

Quando ouço a faixa de abertura do disco não tem como não viajar no vocal totalmente limpo do Steve Rowe. Cantar músicas tão na linha do punk setentista e do heavy/speed metal com esse vocal mais limpo é uma das melhores coisas. A versão que fizeram pra "Pictures" (originalmente da Light Force) deu um ar bem clássicão pro disco, sensação de ouvir bandas de heavy setentistas é real.

A maior parte do disco é um show ao vivo da banda, em 20 de dezembro de 2012, no Central Club em Richmond, Melbourne. É legal de se ouvir, mas as versões das músicas do Light Force são a melhor coisa desse show. Pra fechar o disco, algumas faixas bônus resgatadas das demos da Light Force, ainda com os vocais femininos de Phadrah Hirschfeld (uma reedição completa dessas faixas só rolou mesmo no relançamento de 2019 do álbum Battlezone).A última faixa é a versão de 12 Men feita já pela Mortification em 2004, meio que traçando as ligações e fotografias do passado, presente e futuro da banda, como o título já sugere.

No fim, é um disco divertido, nada tão memorável, mas é um disco legal de sacar.


2 Headed Monster (2015)

Em Breve.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Marcela Taís


O chamado Novo Movimento da música cristã brasileira (as vezes chamado de "crossover"), nascido nos anos 2000, trouxe novidades em diversos elementos. Musicalidade (em geral mais folk/indie do que rock de fato), mas também letras bem livres, sem aquelas letras tão "diretamente evangelísticas", mas trazendo poesia, simplicidade, situações do dia a dia, tudo sob a ótica da fé cristã, o que já era uma tendência na música americana a muitos anos. Assim, cantores e bandas como Aeroilis, Palavrantiga, Marcos Almeida, Tanlan, Os Arrais, Eduardo Mano, Os Oitavos, Beatrix, Lorena Chaves, Crombie, Morada, Days are Nights, Tehilim, Resgate, Hibernia, Hidrante, Pimentas do Reino e Quarto Fechado, dentre outras, ampliaram os caminhos que outros precursores como Janires, Sérgio Pimenta, Novo Som, Berith, Catedral e Fruto Sagrado já vinham fazendo em sua época e ao seu modo. De todos os participantes dessa safra criativa, provavelmente Marcela Taís é uma das mais famosas. A cantora, nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul (terra onde meu pai e sua família atualmente moram), traz um cadinho de influências de folk, pop, reggae, blues e rock, sendo também uma das que popularizou o uso do ukulele na música cristã - mas não, ela não é a "Clarice Falcão" cristã, ok? (KKKKKKKKKKKK).

Cabelo Solto (2011/12)

01 - Cabelo Solto
02 - Declaro Paz
03 - Pra Você Sorrir
04 - Ainda há Tempo
05 - És o meu Dono
06 - Não Tenho o Dom
07 - Naquela Rua
08 - Isso se Chama Milagre
09 - Reggae Não Vaidade
10 - Menina Não Vá Desanimar
11 - Escolhi te Esperar (bônus)


Um passeio na simplicidade poética de Marcela Taís é o que esse disco proporciona. O clima acústico e pop do álbum casa com a voz suave da cantora, e já começa com a envolvente faixa-título. O resto do disco é perfeito para inspirar poesias a Deus de maneira absurdamente criativa. "Não Tenho o Dom" traz justamente essa ideia. O clima do disco pode afastar boa parte dos fãs de "rock mais pesado", mas não deveria de forma alguma afugentar quem gosta de letras criativas, escritas e compostas pela cantora e poetisa entre dezembro de 2008 e agosto de 2011 (no encarte cada uma delas aparece com seu respectivo mês e ano de criação, algo muito legal de acompanhar).

A faixa bônus (presente no relançamento pela Sony Music - originalmente o disco era independente) , que inclusive ganhou um videoclipe, é uma homenagem ao movimento Eu Escolhi Esperar (que apesar de eu hoje em dia não ser um entusiasta deles como outrora fui, admiro muito a luta deles por relacionamentos cristãos mais sérios e sem sexualidade).


Moderno à Moda Antiga (2015)

01 - Ame +, Julgue -
02 - Moderno à Moda Antiga
03 - Muita Calma Nessa Alma
04 - Risco
05 - Quando é Amor
06 - Sou Diferente
07 - Voar
08 - Partir
09 - Naufrágio
10 - Homem de Verdade
11 - Conselho de Amiga
12 - Espera por Mim
13 - Pequenas Alegrias

O arrebatador começo da folk "Ame Mais, Julgue Menos" traz uma qualidade de produção muito superior pra esse segundo disco, produzido entre 2013 a 2015. A ajuda precisa do mestre Michael Sullivan (The Fevers), o maior compositor do Brasil, foi realmente determinante pra superioridade desse disco.

As letras desse passaram a ser ainda mais femininas - mas não feministas, antes de mais nada - além de bem mais intimistas, a julgar por "Moderno à Moda Antiga", uma canção genial sobre a vida simples "à moda antiga", sem seguir as modinhas e pós-modernidades, temática também vista em "Sou Diferente" e "Voar" (essa última também focando a diminuição da mensagem do arrebatamento da igreja). "Homem de Verdade" é uma das mais iradas canções focando o conceito da cantora sobre o que deve ser um homem. Já "Naufrágio" é um blues muito bem construído. As participações de Paulo César Baruk, Salomão do Reggae e Anaylle Sullivan trouxeram um brilho que fecha o disco muito bem.


#SML (2016)

01 - Ame Mais, Julgue Menos
02 - Risco
03 - Moderno à Moda Antiga
04 - Voar
05 - Muita Calma Nessa Alma








Como parte do projeto Sony Music Live, Marcela Taís lançou esse EP, com músicas selecionadas do álbum "Moderno à Moda Antiga", e todas receberam videoclipes para divulgar seu trabalho. Não há muito o que falar, pois são as mesmas canções do disco anterior. Enfim, um bom apanhado de músicas.