sábado, 27 de julho de 2019

Frases geniais do rock cristão - Parte II

Mais alguns geniais trechos do rock cristão!

"Você é a causa do mal, o princípio de tudo
O motivo do caos que você tanto odeia!"

- Fruto Sagrado - No Porão da Minha Alma

"Caem os muros, tirem as pedras
Nossa unidade não é real
Se a Verdade é o que pregamos
Por que erramos não sendo um?"

- Oficina G3 - Muros

"Vivemos num mundo azul
Vermelho de tanta dor
Queimando todo o amor
Que poderia nos salvar!"

- Fruto Sagrado - Planeta Vermelho

"Em nome de Deus já se fez tanto mal
A fé não é desculpa pra ser canibal!"

- Fruto Sagrado - Fé Canibal

"Você salvou-me, salvou-me de mim mesmo
Não há nenhum outro que eu siga com ele
Salve-me, você salvou-me de mim mesmo
Não há nenhum outro que possa me libertar!"

- Carpark North - Save me From Myself

"Você está em meu coração, eu sinto sua batida
E Você muda minha mente segundo tua direção
Quando eu perco o controle
Eu só consigo respirar o Teu Nome!"

- Sixpence None the Richer - Breathe Your Name

"Fugitivo, andarilho
Em meio ao olho do furacão
Encontre seu caminho para A Graça Salvadora
Dentro do olho do furacão!"

- Impellitteri - Eye of the Hurricane

"Eu não darei ouvidos a voz de estranhos
Nunca mais ouvirei a voz dos estranhos!"

- Jacobs Dream - Sanctuary

"Eles precisam saber que eles não são de ninguém
Que ninguém pode dar e nem manipular aquilo que Deus tem
Precisam ver o céu, precisam ver a cruz
Precisam se entregar, precisam confessar O Nome de Jesus!"

- Resgate - Eles Precisam Saber

"A Palavra é viva
E viva é a Palavra
Existindo dentro de mim
E meu coração descansa em paz
Colocando as mudanças em ação
Por isso a Palavra é viva na Palavra!"

- Mortal - Enfleshed

"A Origem da vida já venceu naquela cruz
Ó sábios ridículos, Ele é a única luz
Homens brilhantes, pra que tanta petulância?
Se O Criador disso tudo é a sua imagem e semelhança!"

- Ressurreição - Origem da Vida

"Não faz nada e não deixa ninguém fazer,
O mundo está acabando e você tá no PC!
Não faz nada e não deixa ninguém fazer,
O mundo está acabando e você também tá na TV!"

- F.M.I. - É Inevitável!

"Chega de falar, chega de ouvir e pensar
Temos que fazer, mostrar e fazer acontecer!"

- Alta Cúpula - Chega de Falar

"Aonde estarei daqui alguns anos
Não sei, não sei
E o que vou fazer, como vou viver
É difícil saber
Será que você vai estar ainda aí
na mesma situação?
Ou será que você vai estar bem junto a mim?
Não sabemos o que vai acontecer...
Só sei que Cristo um dia VAI VOLTAR!"

- Louvor Heavy - As Coisas que Não Sabemos

"Se você está perdido na vida
e não consegue encontrar nenhuma saída
Abra o coração, tenha opinião
Crie coragem, Cristo é a solução
Ele resolve os problemas seus
E venha pra família do Reino de Deus!"

- F.O. - Andava Perdido

"O toma-lá-dá-cá da vida se generalizou
Quanto mais se alcança, mais distante da esperança...
Liberdade pra acreditar, a Verdade pra caminha
Esconderijo, descanso, postura, coragem e direção
É SÓ EM JESUS, SENHOR!"

- RM6 - Tempo de Liberdade

"Eu não morri pra fazer história
Eu não nasci pra festa de ninguém
Eu Sou a Verdade Viva
Viva, viva, viva a Vida!"

- Código C - Eu Sou

"O que me faz viver vai além da lógica
É maior do que a amplitude cósmica
do que o meu pensar
O que me faz viver, eu sei, é isto
De Jesus, o Cristo, o amar!"

- Sérgio Pimenta - O que me Faz Viver

"Tem hora que só filosofia não basta
Quando o diabo aparece, quando o crime acontece
Quando um grito de justiça emudece e não vem
Nessa hora tem que ter o poder de Deus
Tem que ter a misericórdia de Deus
Tem que ter a glória de Deus
Tem que ter Deus!"

- João Inácio & Ranúzia - Só Filosofia Não Basta

"Não, ninguém vai esquecer Bob Dylan ou John Lennon
Homens promovem revoluções, mil ideias
Mas já sabemos que as ideias e os sonhos evaporam
Órfãos de Woodstock dos pais herdaram misérias
De tantas mentiras que se ouviu daria um primeiro de abril!"

- MILAD - Os Sonhos Evaporam

"Você precisa servir a alguém
Bem, pode ser o diabo ou ao Senhor
Mas você SEMPRE vai servir a alguém!"

- Bob Dylan - Gotta Serve Somebody

"Quando você torna-se um amante em um tempo perigoso
As vezes você vai sentir como se seu amor fosse um crime
Nada valioso virá sem alguma forma de luta
Dê um chute na escuridão até que se faça luz de um novo dia!"

- Bruce Cockburn - Lovers in a Dangerous Time

"Senhor das estrelas
Ancião de dias
Criador do Universo
Esta canção é em Seu louvor!"

- Bruce Cockburn - Lord of the Starfields

"Não podes deixar que a cada leve brisa venha te levar
Não deixes pra ver a altura da tua queda quando o chão chegar!"

- Aeroilis - Cega Inocência
_________________________

Com certeza virão mais e mais posts assim. A Parte III virá logo logo

terça-feira, 23 de julho de 2019

Million Dollar Quartet

Em pé: Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Johnny Cash
No piano, Elvis Presley. Ao lado deles, Marilyn Evans acompanhando
o encontro histórico.

The Million Dollar Quartet foi um dos encontros mais inusitados - e geniais - da história do rock. Ocorrido a 4 de dezembro de 1956 nos estúdios da Sun Records, gravadora que revelara Elvis Presley dois anos antes. Elvis já não era mais da Sun, já havia assinado com a RCA, mas um dia passava por lá e os geniais Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Johnny Cash estavam por lá. Decidiram fazer uma jam session (longuíssima por sinal!) onde incluíram sucessos deles, além de várias canções natalinas e também músicas gospel (os quatro tinham base cristã e fariam discos gospel ao longo da carreira). Entre algumas músicas gospel dessa jam incluam-se: "Jesus Walked That Lonesome Valley", "Just a Little Talk With Jesus", "Blessed Jesus (Hold my Hand)", "On the Jericho Road", "Peace in the Valley", "When God Dips His Love in My Heart", dentre outras, em diversos estilos como gospel, jazz, blues e rockabilly.

The Complete Million Dollar Quartet (2006)
  1. "Instrumental" (Unknown) - 1:44
  2. "Love Me Tender - Instrumental" (Presley/Matson) - 1:02
  3. "Jingle Bells - Instrumental" (James Lord Pierpont) – 1:57
  4. "White Christmas - Instrumental" (Berlin) - 2:05
  5. "Reconsider Baby" (Fulsom) - 2:45
  6. "Don't Be Cruel" (Presley/Blackwell) - 2:20
  7. "Don't Be Cruel" (Presley/Blackwell) - 2:12
  8. "Paralyzed" (Presley/Blackwell) - 3:00
  9. "Don't Be Cruel" (Presley/Blackwell) - 0:36
  10. "There's No Place Like Home" (Payne/Bishop) - 3:36
  11. "When The Saints Go Marchin´ In" (Traditional) - 2:18
  12. "Softly and Tenderly" (Will Lamartine Thompson) - 2:42
  13. "When God Dips His Love in My Heart" (Derricks) - 0:23
  14. "Just a Little Talk with Jesus" (Derricks) - 4:09
  15. "Jesus Walked That Lonesome Valley" (Traditional) - 3:28
  16. "I Shall Not Be Moved" (Traditional) - 3:49
  17. "Peace In The Valley" (Dorsey) - 1:33
  18. "Down By the Riverside" (Traditional) - 2:26
  19. "I'm with a Crowd But So Alone" (Tubb/Story) - 1:16
  20. "Farther Along" (Fletcher/Baxter) - 2:08
  21. "Blessed Jesus (Hold My Hand)" (Traditional) - 1:26
  22. "On the Jericho Road" (Traditional) - 0:52
  23. "I Just Can't Make It By Myself" (Clara Ward) - 1:04
  24. "Little Cabin Home on the Hill" (Bill Monroe/Lester Flatt) - 0:46
  25. "Summertime Is Past and Gone" (Monroe) - 0:14
  26. "I Hear a Sweet Voice Calling" (Monroe) - 0:36
  27. "Sweetheart You Done Me Wrong" (Monroe) - 0:28
  28. "Keeper of the Key (Carl Lead)" (Stewart/Howard/Devine/Guynes) - 2:08
  29. "Crazy Arms" (Mooney/Seals) - 0:17
  30. "Don't Forbid Me" (Singleton) - 1:19
  31. "Too Much Monkey Business" (Berry) - 0:05
  32. "Brown Eyed Handsome Man" (Berry) - 1:14
  33. "Out of Sight, Out of Mind" (Hunter/Otis) - 0:37
  34. "Brown Eyed Handsome Man" (Berry) - 1:53
  35. "Don't Forbid Me" (Singleton) - 0:50
  36. "You Belong to My Heart" (Gilbert/Lara) - 1:10
  37. "Is It So Strange" (Young) - 1:21
  38. "That's When Your Heartaches Begin" (Hill/Fisher/Raskin) - 4:58
  39. "Brown Eyed Handsome Man" (Berry) - 0:17
  40. "Rip It Up" (Blackwell/Marascalco) - 0:23
  41. "I'm Gonna Bid My Blues Goodbye" (Snow) - 0:55
  42. "Crazy Arms" (Mooney/Seals) - 3:36
  43. "That's My Desire" (Loveday/Kresa) - 2:02
  44. "End of the Road" (Lewis) - 1:44
  45. "Black Bottom Stomp" (Morton) - 1:11
  46. "You're the Only Star in My Blue Heaven" (Autry) - 1:12
  47. Elvis Says Goodbye - 0:40

__________________________________

Ver também

Elvis Presley
Jerry Lee Lewis
Carl Perkins
Johnny Cash

Elvis Presley






Elvis Aron (ou Aaron) Presley (Tupelo, 08/01/1935 - Memphis, 16/08/1977) foi considerado por muitos o "Rei do Rock", um verdadeiro astro da música e que popularizou como poucos o ritmo que nós aqui tanto amamos. Quiçá dificilmente teríamos um blog como esse não fosse ele. E sim, você deve estar estranhando a presença de Elvis aqui né? Pois bem, logo veremos que faz todo sentido!

Nascido de uma família bem pobre, Elvis desde criança amava música, cantando na Igreja Assembly of God onde seus pais congregavam. Quando se mudaram para Memphis, além de adotar o estilo clássico dele (topete e costeletas), ele também entrou em contato de maneira determinante com a música negra local: blues, R&B, jazz, spiritual, gospel, que ele incorporou ao country que ele ouvia muito em Tupelo. Tudo isso em conjunto forjou seu estilo, que ele aplicou já a partir de 1954, quando fez suas primeiras gravações na Sun Records, formando um grupo chamado The Blue Moon Boys, junto a Scotty Moore (guitarra), Bill Black (baixo) e DJ Fontana (bateria). 07/07/1954 foi o dia em que Elvis explodiu de vez no mundo da música, quando "That's All Right, Mama", sua versão de Arthur Crudup, tocou na rádio WHBQ de Memphis e acabou sendo repetida diversas vezes naquele dia e nos seguintes, junto a "Blue Moon of Kentucky". Daí pra frente seguiu em apresentações com alguns artistas de country, e nesse tempo começou a ser discriminado, seja por sua origem (o "Caipira") ou pelo seu modo de dançar ("Elvis, the Pelvis", Elvis o Pélvico). Em 1955 ele acabou assinando contrato com um inescrupuloso empresário, "Coronel" Tom Parker, que embora tenha catapultado sua carreira a níveis fora de série, também passou a explorar excessivamente sua imagem e dinheiro, além de causar muitos problemas na vida pessoal do Elvis. Ainda assim, Elvis chegou a nesse período que iria até o fim de sua vida manter sua fé em Deus, apesar de seus atos tolos, gastos excessivos com bobagens e comportamentos contrários à vontade de Deus. O fim de seu casamento com Priscila Beaulieu Presley (que durou de 1967 a 1973 e deu a ele sua única filha, Lisa Marie) aumentou sua dependência de remédios controlados, vício que o levaria a overdose e falecer em 16/08/77. Porém até o fim de sua vida ele nunca esqueceu de suas origens. Vez por outra lançava discos com temas bíblicos e canções de gospel, além de procurar pastores para estudar as Escrituras. Na sua última noite de vida, Elvis orou junto a seu meio-irmão Rick Stanley (um dos filhos da segunda esposa de seu pai Vernon e atualmente missionário) e admitiu "todos nós deveríamos viver para Jesus Cristo!" (citado em ARO, Paul, "Preso numa Armadilha", edição brasileira 1996, pp. 173-4 - biografia coordenada por Rick Stanley). Acredito, como Rick, que um dia veremos Elvis lá nos céus, não mais cantando "Love me Tender" ou "Jailhouse Rock" ou mesmo "Always on my Mind" (embora essas canções sejam maravilhosas), mas "Take My Hand Precious Lord" e "His Hand in Mine".

OBS: Obviamente vou me focar apenas em discos com conteúdo cristão ou voltados somente para a fé cristã.


Peace in the Valley (EP, 1957)

01 - Peace in the Valley (cover de Thomas A. Dorsey & Mahalia Jackson)
02 - I Believe (Frankie Laine cover)
03 - Take my Hand, Precious Lord (cover de Mahalia Jackson)
04 - It is no Secret






Primeira redenção de Elvis às suas origens gospel, esse EP traz clássicos de Mahalia Jackson, a primeira grande diva pop negra da história. I Believe chegou a ganhar versões inclusive aqui no Brasil, com o nome "Creio em Ti", cantada por vários nomes da música popular brasileira como Francisco Egydio, Agnaldo Timóteo, Altemar Dutra, Cauby Peixoto e Agnaldo Rayol.


Elvis' Christmas Album (1957)

01 - Santa Claus is Back in Town
02 - White Christmas
03 - Here Comes Santa Claus (Right Down Santa Claus)
04 - I'll Be Home for Christmas
05 - Blue Christmas
06 - Santa Claus Bring my Baby Back (to me)
07 - Oh Little Town in Bethlehem
08 - Silent Night
09 - (There I'll Be) Peace in the Valley
10 - I Believe
11 - Take my Hand Precious Lord
12 - It is no Secret (What God Can Do)

Primeiro dos dois discos natalinos de Elvis, além das canções de natal reinterpretadas por ele de maneira magistral, ainda vem com as faixas do EP lançado no mesmo ano. O vocal grave de Elvis é o maior detalhe desse disco, simplesmente emocionante. Para esse disco ele contou com o grupo de vocal feminino cristão Millie Kirkham and the Jordanaires.


His Hand in Mine (1961)

01 - His Hand in Mine
02 - I'm Gonna Walk Dem Golden Stairs
03 - In My Father's House
04 - Milky White Day
05 - Known Only to Him
06 - I Believe in the Man of Sky
07 - Joshua Fit the Battle
08 - He Knows Just What I Need
09 - Swing Down Sweet Chariot
10 - Mansion Over the Hilltop
11 - If We Never Meet Again
12 - Working in the Building

Composto em homenagem à sua mãe Gladys, que morrera poucos anos antes, quando ele ainda servia ao exército americano, foi o segundo disco que Elvis lançou após voltar da Alemanha onde serviu até 1960. As músicas escolhidas por ele foram canções que marcaram sua vida, com isso maioria delas advém da primeira metade do Século XX. Canções como Joshua Fit the Battle (que aqui conhecemos como "Vem com Josué Lutar em Jericó") e Swing Down Sweet Chariot tornaram-se clássicos na voz de Elvis. Apesar da discordância do empresário em lançar esse disco, valeu a pena: o disco vendeu bem e Elvis considerava esse um dos melhores discos que ele fizera. O estilo aqui varia muito, canções mais calmas alternam-se com R&Bs, rock-a-billys e countrys, mostrando a versatilidade de Elvis ao reconstruir essas canções clássicas a seu próprio estilo.

How Great Thou Art (1967)

01 - How Great Thou Art (Grandioso és Tu)
02 - In the Garden
03 - Somebody Bigger Than You and I
04 - Farther Along
05 - Stand By Me
06 - Without Him (Mylon LeFevre cover)
07 - So High
08 - Where Could I Go But to the Lord
09 - By and By
10 - If the Lord Wasn't Walking by My Side
11 - Run On
12 - Where No One Stands Alone
13 - Crying in the Chapel (bônus)

Quando sua carreira de ator de filmes estava se esgotando - e com ela seus discos de "trilha sonora", a maioria bem chatinho por sinal - Elvis decidiu se reinventar. E como ele fez isso? Em primeira mão, lançou um disco gospel. Pegando a clássica canção de George Beverly Shea de 1955 (que originalmente veio da Suécia com o nome O Store Gud de 1886 por Carl Gustav Boberg e traduzida em inglês a 1907 pelo reverendo Stuart K. Hine) que aparece em diversos hinários do mundo inteiro (inclusive em nossa Harpa Cristã e no Cantor Cristão). A versão de Without Him ficou mais famosa que a original de Mylon LeFevre. "Where no one..." entrou na trilha sonora do polêmico filme A Paixão de Cristo de Mel Gibson de 2004. Crying in the Chapel foi um sucesso arrebatador, que levou muitos a comprar o disco no ato. O disco contou com a participação do grupo cristão The Imperials (que ficariam famosos no Jesus Movement) junto com as Jordanaires. Novamente algumas faixas como "Run On" trazem um som mais agitado, mais próximo da R&B e do rock a billy. O disco chegou a ganhar um Grammy em 1968, daí você vê o quão visionário Elvis era: realmente esse disco reativou sua carreira numa época em que a relevância dele no rock estava totalmente sucateada ante a Invasão Britânica promovida pelos Beatles e pela folk music americana, mais politizada e conectada com a geração flower power que estava surgindo.


Elvis (NBC TV Special) (1968)

01 - Trouble/Guitar Man
02 - Lawdy, Miss Candy
03 - Baby, What You Want Me to Do?
04 - Rock Medley: Heartbreak Hotel/Hound Dog/All Shock Up
05 - Can't Help Falling in Love
06 - Jailhouse Rock
07 - Love me Tender
08 - Gospel Medley: Where Could I Go But to the Lord/Up Above my Head/Saved
09 - Blue Christmas
10 - One Night
11 - Memories
12 - Rock Medley II: Nothingville/Big Boss Man/Guitar Man/Little Egypt/Trouble/Guitar Man
13 - If I Can Dream

Especial de TV transmitido em 3 de dezembro de 1968, Elvis marcava seu retorno em alto estilo, com várias canções novas, além de alguns sucessos clássicos dele. Show e disco produzidos por ele, incluia um medley gospel (onde Elvis explica inclusive a origem básica do rock, como uma fusão do gospel, country e blues), desse medley destaca-se a nova "Saved", uma canção alucinante e lindíssima, além do fechamento do disco com a canção que mais faria sucesso desse especial: If I Can Dream, meio que uma homenagem velada a Martin Luther King, pastor e ativista negro morto poucos meses antes na própria cidade de Memphis. A participação de um coro negro de três vozes femininas (Fanita James, Jean King e Darlene Love) chamado The Blossoms causou certo celeuma na época, já que aquele era o auge do caos racial nos EUA - algo que de certo modo parece que nunca acabou naquele país e de certo modo persiste em outras nações, inclusive aqui no Brasil. Musicalmente o disco inteiro é considerado por muitos o primeiro disco de rock "acústico ao vivo" da história.


Elvis Sings the Wonderful World of Christmas (1971)

01 - O Come, All Ye Faithful
02 - The First Noel
03 - On a Snowy Christmas Night
04 - Winter Wonderland
05 - The Wonderful World of Christmas
06 - It Won’t Seem Like Christmas (Without You)
07 - I’ll Be Home On Christmas Day
08 - If I Get Home On Christmas Day
09 - Holly Leaves And Christmas Trees
10 - Merry Christmas Baby
11 - Silver Bells
12 - If Every Day Was Like Christmas

Segundo e último disco natalino da carreira de Elvis, nesse não há nada muito de novo, a não ser pela presença do blues em faixas clássicas como Winter Wonderland e Merry Christmas Baby, algo realmente inovador pra canções natalinas até aquele tempo. O disco contou novamente com The Imperials e as Jordanaires nos vocais, trazendo um som bem gospel em faixas como "O Come, All Ye Faithful" e "The First Noel". Foi o disco mais vendido nos EUA entre 1972 e 1973, chegando nesse período a figurar bastante na Billboard em 1º lugar, e atualmente já vendeu mais de 4 milhões de cópias só no país de origem.


He Touched Me (1972)

01 - He Touched Me
02 - I've Got Confidence
03 - Amazing Grace
04 - Seeing is Believing
05 - He is My Everything
06 - Bosom of Abraham
07 - An Evening Prayer
08 - Lead Me, Guild Me
09 - There is Not God but God
10 - A Thing Called Love
11 - I, John
12 - Reach out to Jesus


Em 1972 o chamado christian rock já era uma realidade. Diversos grupos como Agape, Mind Garage, Love Song, Sound Generation, Petra, Servant, Larry Norman, Mylon LeFevre, Randy Stonehill, dentre outros, já tinham lançado discos ou faziam shows e apresentações pelos EUA. Sendo assim, "He Touched Me", o último disco gospel de Elvis, não trouxe nada de "novo" pra cena em si - mesmo porque o músico jamais se envolveu com o Movimento de Jesus ou com a renovação musical que este trazia. Entretanto é notório que esse disco é o mais ousado de Elvis no sentido de ser um disco realmente religioso, porém com uma variação estilística muito maior. O rock em si finalmente aparece de maneira mais pura aqui, como é possível perceber em faixas como "I've Got Confidence" e o gospel mais agitado de "Seeing is Believing", ou o country rock de "Bosom of Abraham". Além dos Imperials, aqui a dupla Mary & Ginger Holladay, dentre outras cantoras, mantém os back-vocais e o coro lá em cima. Lamentavelmente o último disco realmente de Elvis a contar com uma proposta cristã, se ele tivesse vivido para fazer outros discos nesse nível ou melhores (com o vocal dele numa maturidade poucas vezes vista como aqui) seriam discos de sucesso inigualável (lembrando que este também conquistou o Grammy, em 1973).

Curiosidade: A faixa "He is my Everything" é um rearranjo lírico de "There Goes My Everything" do álbum "Elvis Country (I'm 10,000 Years Old)" de 1971 e a original não tinha cunho religioso. Aliás é interessante esse título do disco - me lembra uma música de um certo rei do rock brasileiro, uma tal de "Eu nasci a 10 mil anos atrás...", será que a canção de Elvis inspirou a do Raulzito?

"Amazing Grace: His Greatest Sacred Performances" (compilação, 1994)
Disco duplo contendo todos os discos gospel de Elvis,
mais algumas faixas dele que nunca tinham vindo a público até então.


"He Touched Me - The Gospel Music of Elvis Presley (VHS e DVD, 1999)
Aborda o amor de Elvis pelo gospel e seu envolvimento no cristianismo,
além de bastidores, músicas como "American Trilogy"
e até um testemunho de uma cura após uma oração do Elvis!

"I Believe - The Gospel Master" (2009)
Disco quáduplo com a maioria das faixas gospel
que Elvis cantou, inclusive algumas faixas perdidas, algumas de shows,
faixas inclusas no documentário "Elvis on Tour" (1972) e em alguns
de seus discos de trilhas sonoras.

___________________

Ver também

Million Dollar Quartet
The Imperials
Floyd Cramer

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Mind Garage



Mind Garage foi provavelmente uma das primeiras, senão a primeira, banda voltada de fato pro rock cristão, e uma das primeiras de hard rock cristão e uma das poucas de psychedelic/acid rock cristã - e talvez a única de garage rock cristã - da história. Surgida em Morgantown, Virgínia do Oeste, EUA, em 1967, causou polêmica em sua jornada ao criar uma liturgia de culto conhecida como "Electric Liturgy", incentivada pelo reverendo anglicano da universidade local, Michael Paine. Essa liturgia era inspirada no músico clássico Johann Sebastian Bach, que usou sonoridades de tavernas para a igreja - de uma delas saiu a clássica "Jesus Alegria dos Homens" (nota: apesar do protagonismo, a contemporânea The Electric Prunes lançou uma liturgia elétrica chamada "Mass in F Minor" em 1968 e gravada em 1967 - talvez eu fale desse disco um dia). Daí pra frente foram uma banda que curiosamente nunca se associou diretamente ao Jesus Movement ou à Jesus Music, embora tenham ajudado e muito no movimento em si, gravando um dos primeiros discos de rock cristão da história, o auto-intitulado de 1969 (também chamado de "An Electric Rock Mass") e também foram o primeiro agrupamento voltado ao cristianismo com rock a se apresentar na TV. Chegaram inclusive a ser convidados pra tocar no primeiro Woodstock em 1969, mas desistiram por um motivo meio bobo: achavam que o evento seria um evento muito pequeno - mal imaginaram que na realidade aquele seria o maior festival de rock da história até os dias de hoje. Causaram polêmica também pelo pôster lá acima, com a imagem desenhada de uma mulher acima deles visivelmente despida da parte de cima das roupas. Embora hoje em dia talvez não choque muito - mas ainda é um bagulho estranho com certeza kkkkk - na época obviamente muitos ficaram perturbados com esse marketing bem "fora do normal". Entre 1970 e 2007 o grupo esteve meio que parado, e desde 2007 voltaram à ativa (tocando num evento curioso chamado Goodstock, um Woodstock genuinamente cristão!) e chegaram a lançar um disco que eu até hoje não ouvi chamado "Five". Sem dúvidas essa banda é uma das mais fora de série da história da música cristã, e graças a eles o termo "christian rock" surgiu na mídia, quando em 1968 saiu a primeira single deles, "Asphalt Mother/Reach Out" pela Morning Glori, e assim a RCA Victor assinou com eles para o disco de estreia. A formação da banda desde os primórdios até hoje é: Larry McClurg (voz principal), John Vaughan (guitarra principal), Ted Smith (bateria e back-vocais), Jack Bond (teclados e back-vocais) e Norris Lytton (baixo, sax e back-vocais).

Asphalt Mother / Reach Out! (single, 1968)
Primeiro single de uma banda de rock cristão
realmente voltada pro público cristão.



Mind Garage (An Electric Rock Mass) (1969)

01 - Ruby Rose
02 - Life
03 - Back Down Home
04 - Futher Back Down Home
05 - There was a Time
06 - Sweet Potato
07 - Doctor John
08 - Never Leave Me
09 - Angel Asks
10 - What's Behind those Eyes


Ouvir um rock psicodélico cristão é algo fantástico (poucas bandas, como Mad at the World e teoricamente Trouble tiveram essa coragem - e muitos anos após o fim da moda psicodélica ter passado), e é isso que Mind Garage faz com perfeição. A faixa de abertura segue um perfil de música litúrgica - obviamente, com tons de rock -, mas já em "Life" a banda demole tudo, com um som mais acid rock a lá 38th Floor Elevators ou Steppenwolf. Futher Back Down Home traz uma pegada tribal pra ser a "outro" da faixa anterior, me lembrando os experimentos de The Animals, e no começo da música um grito curioso, parecendo um verdadeiro vocal gutural, muitos anos antes das bandas de death metal e grindcore pensarem em existir. O teclado de Jack foi marcante demais aqui, com efeitos insanos em faixas como a agitada Sweet Potato e a mais arrastada Dr John (com o sax de Norris dando um ar mais jazzistico ao som da banda). Não sei bem ao certo se esse disco antecedeu ou veio depois do clássico "Upon this Rock" de Larry Norman, mas decerto junto a esse foi um dos precursores da cena de "Christian Rock".

What's Behing Those Eyes/There is a Time (single, 1969)


Again! (The Electric Liturgy) (1970)

Lado A: Again

01 - Tobacco Road (John D. Loudermilk/Nashville Teens cover)
02 - Circus Farm
03 - Lucille (Little Richard cover)
04 - Emotion
05 - Isle of Ely
06 - Jailhouse Rock (Elvis Presley cover)
07 - Paint it Black (The Rolling Stones cover)

Lado B: The Electric Liturgy

01 - Processional, Kyrie and Gloria
02 - Offertory (Sunday Christian)
03 - The Lord's Prayer
04 - Communion (Water)
05 - Recessional

Último disco de inéditas em anos, basicamente consiste em dois lados: Um formado por três faixas originais da banda e mais quatro covers irados de clássicos do rock, dois desses "Tobacco Road" e "Jailhouse Rock" tendo saído em um single naquele mesmo ano. Os covers ficaram num estilo muito fora de série, nunca imaginei ouvir "Jailhouse Rock" ou "Paint in Black" num ritmo tão alucinante (e olhe que essa última já é alucinante na versão original). Sim, eu sei, é controverso ver covers de "seculares", mas o que realmente tem de tão assustador nisso? Lembrando que Elvis e Little Richard por exemplo sempre se declararam cristãos (Little Richard inclusive é pastor!).

O lado B do disco consta basicamente da afamada liturgia elétrica que a banda fazia na igreja episcopal local a qual atendiam e gravada em 1968. É muito irado ouvir música confessional com ritmo de rock! Imagine o choque que esse som causou nos anos 1960 quando pessoas chegaram na igreja e se depararam com um som assim! Eu vivi minha vida em igrejas pentecostais, neopentecostais e atualmente num ministério emergente, logo não tive tanto contato com música litúrgica, porém nas vezes em que fui à batistas tradicionais ou vi cultos da Batista da Capunga em Parque Amorim, Recife, vi o poder impressionante que esse som traz aos cultos. Agora imagine isso com a força do rock! Antes deles, só Ralph Carmichael fazia algo próximo disso (um dia falarei dele também, podem ficar tranquilos!)


Tobacco Road/Jailhouse Rock (single, 1970)

Tobacco Road / Isle of Ely (single, 1970)
Exclusivo da Grécia



A Total Electric Happening (ou "Mind Garage Early Demos") (coletânea, 2000/6/9 - a versão de 2009 é exclusiva da Europa)

01 - B-52 (intro)
02 - Sale of a Dead Man
03 - What Shall We Do 'till Norris Comes
04 - Water
05 - Star Goddess
06 - Circus Farm
07 - This Town
08 - Reach Out!
09 - Asphalt Mother


Coletânea muito boa, com faixas clássicas gravadas entre 1967 e 1968 que tinham ficado pra trás na história da banda. Seis delas (uma intro e mais cinco músicas) nunca tinham visto a luz do dia até então, já Circus Farm aparecera numa versão oficial no álbum "Again!". Reach Out! e Asphalt Mother saíram num single da banda de 1968, uma das primeiras singles, talvez a primeira, de uma banda voltada pro rock cristão de fato. A sonoridade de bandas de garage/psychedelic rock é evidente, e Asphalt Mother já traz um som meio hard rock, quase heavy metal (seria uma das precursoras do gênero? Lembrando que o heavy metal à época estava em formação.). Boa audição pros fãs do gênero.

Five (2010)
Até hoje não ouvi esse disco, infelizmente, disco que marcou
o retorno da banda em definitivo.


Mind Garage / Again! (with Electric Liturgy) (disco duplo, 2010)
Disponível para compra no site da banda, junto a outros discos deles.


Atomic Mass (Electric Liturgy) (2011)

01 - Processional (Kyrie Eleison, Gloria)
02 - Greeting
03 - Abraham
04 - Ave
05 - Creed
06 - Peacethanksgiving
07 - Our Father
08 - Communion
09 - Recessional


Disco disponibilizado gratuitamente pela banda para download, tal qual a clássica Electric Liturgy de 1968 que apareceria em 1970, é a banda mostrando sua atual liturgia, um pouco mais remodelada e atualizada. No link de download é possível ver também uma explicação básica dessa liturgia que a banda aplicava nas igrejas que passava. Greeting é um chamado para o louvor; Abraham é a história básica do patriarca e pai da fé de todos nós. "Ave" ("Salve" ou "Saudai" em latim) é uma locução de Salmos 23, dos versículos 5 e 6 de I Coríntios 12, do versículo clássico da nossa fé, João 3:16, além de trechos do Sermão do Monte (Mateus 5:3-10); Creed é, tal qual anos depois a banda Petra faria, uma versão do Credo Niceno, só que dessa vez em locução unida a um belo fundo musical. Peacethanksgiving é dividido em 4 partes: The Peace, Collection - The Collection is Taken (a única parte cantada), Thanksgiving e o Salmos 150, sendo que o thanksgiving é, como o nome sugere, uma oração de confissão, e assim por diante até o final do culto. É tocante e emocionante demais.

sábado, 20 de julho de 2019

Texto "Os 15 Anos do Refúgio do Rock" by Ricardinho

Reprodução completa desse texto escrito em 2008:


15 anos de REFÚGIO DO ROCK
O ESPAÇO CRISTÃO MAIS RADICAL DE TODOS!

Ricardinho

Pouca gente se lembra, mas neste mês de maio o refúgio comemoraria 15 anos de trabalho, como um dos poucos remanescentes, faço questão de relembrar este que foi um marco no meio cristão e underground nacional.
Não me lembro da data exata da inauguração, mas foi neste mês, no ano de 1992.
Era um galpão onde funcionava uma agência de veículos, de piso rústico preto e portões de grade com um breve recuo na frente, a Igreja do evangelho quadrangular do Ipiranga da qual faziam parte eu, o Sandro, Mara, Míria, Ermeth e outros, alugou o galpão e se mudou pra lá e pouco depois estávamos arrumando o espaço para o trabalho, fizemos um palco de uns 1,5 metros - me lembro de “varrer o palco com os cabelos” quando bangueava  - algumas semanas antes de começar o trabalho, o Cláudio e o Carlão pediram pro Devilcrusher ensaiar no local. Estávamos arrumando a parte elétrica e eles ensaiando, na época eu curtia heavy, thrash e eles começaram a tocar aquele death metal, lembro que um alicate que estava na minha mão caiu e quebrou! E nós falamos que era por causa do som, só pra tirar onda,  as bandas que costumavam tocar neste início eram, Metábole, Calvário, Martíria, Justa Advertência, Devilcrusher, entre outras. Na época havia o CMF na Renascer do qual o Cláudio e o Carlão eram líderes. O Cláudio, o Sandro e o Cristhian do Justa editavam o zine White Metal Detonation, nessa época o Roney que tava no CMF veio pro Refúgio e um pouco antes se converteu uma cara de fora que era bem conhecido na cena metal, o Marcão... pouco tempo depois o Claudio, Carlão, Franz, Kleber e os principais membros do CMF vieram também.

Quando teve o Hollywood Rock daquele ano no estádio do Morumbi, fomos fazer a divulgação do evento que íamos realizar, o “Refúgio Metal Fest”, foi muito engraçado, pois o termo White metal ainda era recente aqui no Brasil, fizemos este festival com as bandas Devilcrusher, Martíria, Metábole, e Justa Advertência. As sextas quando rolavam os shows, as calçadas e o canteiro central da av. Nazareth ficavam lotados de headbangers, punks, góticos, grunges, até carecas que estudavam na ETE-GV entravam lá. Uma vez achamos que ia rolar confusão mas ficou tudo na paz. Fizermos o I White Metal Fest com bandas locais e de outros estados, lembro-me do Afterdeath-ES e do Necromanicide-RJ. Veio gente do Brasil inteiro pra ver este, que foi primeiro grande festival underground cristão. Depois houve várias outras coisas que aconteceram de legal, gravamos o disco do Refúgio, uma coletânea com várias bandas do Brasil, o show do Tourniquet, o I Fórum de música cristã contemporãnea, como o Sandro gostava de chamar, o tributo ao Vengeance Rising, ao Seventh Angel, ficou faltando um ao Trouble, nessa época a revista Veja chegou a fazer uma reportagem sobre o Refúgio intitulada O ESPAÇO CRISTÃO MAIS RADICAL DE TODOS! - infelizmente não foi publicada, não sei bem por que.

Conheci muita gente naquela época que depois foi pra outras igrejas, deixou de ser roqueiro, alguns foram até pra igrejas que não aprovavam nosso trabalho, mas não nos importávamos, o importante era ganhar roqueiros pra Cristo não cristãos para o rock.

Depois de um tempo o pessoal do Refúgio com mais alguns irmãos da igreja começaram uma nova congregação, a comunidade Ágape, depois Projeto Ágape, hoje Projeto 242, com a visão de alcançar todo tipo de pessoa, mas com o mesmo espírito que tínhamos no trabalho com roqueiros, aceitar as pessoas como elas estão e deixar que o Espírito Santo as transformassem.
Esta é minha singela homenagem a todos aqueles que fizeram do Refúgio do Rock uma realidade e deram sua contribuição para um importante capitulo da história das missões urbanas no Brasil, não nos esqueçamos disto.
Parabéns a todos nós do Refúgio do Rock !  

Fruto Sagrado



"Não foram vocês que me escolheram, mas eu que escolhi a vocês para irem, deem frutos e frutos que vinguem!" (Evangelho de João capítulo 15 versículo 16).

Fruto Sagrado é uma banda de rock cristão brasileira de Niterói, RJ, nascida na Igreja Presbiteriana Betânia (onde também nasceu o Grupo Vida Abundante, precursores do rock cristão dos anos 1980), uma das primeiras da cena gospel nacional que surgiu na mesma época que eles (a banda nasceu em 1988) a fazer um som na linha do hard rock. A formação original da banda era Marco "Marcão" Antônio (vocal e baixo, atualmente pastor da Igreja Oceânica), Bênlio Bussinger (guitarras e back-vocais, pouco depois também teclado - atualmente na banda Base Forte), Flávio Amorim (bateria) e Marcos Valério (teclados - não, não é aquele lá do mensalão kkkkkkkkkk - mas saiu bem no início da banda e também acabou servindo de inspiração anos mais tarde pra música "Livre Arbítrio" após sair dos caminhos do Senhor). A banda sofreu por anos com entrada e saída de vários guitarristas até a estabilização com Bene Maldonado (Maldon), mudanças de sonoridade, além de diversas polêmicas e problemas de estrada que levaram a divisões dentro da banda e dificuldades com gravadoras. Atualmente a banda segue sem NENHUM dos membros fundadores - a formação atual conta com Vanjor (vocal e guitarras), Bene (guitarra e baixo) e Sylas Jr. (bateria).

Algo que nunca mudou no FS foi sua coragem em letras fora da caixinha e desafiadoras, uma coisa bem comum da galera do RJ (Rebanhão, Catedral e Complexo J também seguem essa cartilha das bandas de rock cristãs do Estado fluminense).


Versão de Salmus Produções (2000)
Fruto Sagrado (1991)

01 - Base Forte
02 - Prá Acordar
03 - Guerra Interior
04 - Fruto Sagrado
05 - Vazios de Coração
06 - Sem Definição
07 - O Tempo Vai Cessar
08 - Nunca Mais
09 - Não me Deixará



Numa pegada entre o hard rock oitentista e teclados progressivos a lá AOR (visivelmente inspirado em bandas como as brazucas seculares Golpe de Estado, Kamikaze e a cristã americana Petra), o FS em seu debut trouxe já letras fantásticas, como a faixa de abertura, uma crítica aos "apoios" que esse nosso sistema mundano oferece, mas nenhum deles sequer chega aos pés da base forte, a pedra de esquina, Jesus Cristo. Prá Acordar (grafada assim mesmo nessa época) já fazia um desafio aos governantes e também à inércia de setores da igreja que ignoravam o massacre indígena e aos sem-terra e homens do campo em geral (acho aliás que a igreja tá precisando muito de ouvir "Prá Acordar" mais vezes e parar de se acomodar às mentiras ideológicas que enfiam sobre que "intervir na sociedade é coisa de marxista, hur dur mimimi"). Essa faixa foi a primeira da história do rock "gospel" a ganhar um videoclipe bem profissional, com a participação de Rogério Gomes "Papinha", produtor de videoclipes de várias bandas e artistas nacionais como Titãs, Edson Cordeiro e Guilherme Arantes), além de programas da TV Globo como Casseta & Planeta e algumas novelas. "Nunca Mais", uma balada simples, é uma fantástica letra antidrogas. Sem Definição é um interlúdio cabuloso pra faixa seguinte "O Tempo vai Cessar", que já usava as problemáticas de crise climática, desmatamentos e extermínio predatório da fauna pra não só denunciar nossa incapacidade de cuidar do planeta e apatia quanto a isto, mas também pra mostrar que a volta de Cristo se aproxima. A capacidade da banda em criar letras com direcionamento cristão em criticar situações da sociedade, todas obras de Marcão, Marcos Valério e Bênlio (algumas com o Flávio também). Marcos, apesar de ter saído da banda, continuou ajudando tocando teclado em algumas faixas do disco e ajudando na gravação deste (que foi feita em impressionante uma semana pra qualidade genial). Sylas Jr., que anos mais tarde assumiria as baquetas na banda, ajudou também na gravação e tocou bateria também em algumas faixas. As guitarras principais ficaram a cargo de um amigo de infância de Flávio, Wagner Junior "Juninho" (que ajudaria também no terceiro álbum da banda). Pouco depois Bene Maldonado entraria na banda, mas sairia rapidamente por problemas pessoais, só voltando oficialmente bem depois. Tenho a entrevista deles pela White Metal Detonation 7, mostrando o respeito que a banda tinha já no underground. Logo esse respeito transpassaria, já que se na Bompastor não houve tanto apoio assim na divulgação do disco, a Gospel Records seria sem dúvidas bem diferente - e foi! A versão mais conhecida desse disco inclusive é a do relançamento pela Salmus nos anos 2000 e não a original da Bompastor.

Curiosidade: A faixa que dá nome à banda e ao disco, mesmo com sua ótima letra, não é uma das mais lembradas - nem desse álbum mesmo!

Na Contramão do Sistema (1993)

01 - Brasil
02 - Na Contramão
03 - Jimmy
04 - Meninos de Rua
05 - Lobo Mau (incidental: BWV 996: Bourré de J.S. Bach)
06 - Exceção à Regra
07 - Investimento
08 - Involução


Em pé: Paulo, Flávio e Bênlio
Sentado: Marcão

Mais hard rock e meio heavy metal, o que era só uma faisquinha no disco anterior virou um incêndio no que tange à letras críticas e ácidas. Corrupção e problemas nacionais (Brasil e sua tocante intro com as primeiras evocações do hino nacional - e a finalização com o final do hino também, Involução e sua pegada bem forte e teclados progressivos insanos), problemas sociais, drogas e abandono (Meninos de Rua, com uma pegada mais dark que as outras faixas), racismo (e inclusive - acredite - o "racismo reverso", pois "racismo é sempre racismo não importa de que lado está, hey Jimmy, take it easy!") e o mais corajoso dos temas, os já existentes falsos profetas e pastores mercenários (Lobo Mau, com galopadas do baixo de Marcão certeiras e um trechinho da cantoria d'"Os Três Porquinhos" de Walt Disney que eles em vários shows faziam com a guitarra - "quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau!"). "Exceção à Regra" foi a primeira canção romântica da banda, uma música irada que mostraria sempre o estilo de composição da banda nessas temáticas. "Investimento" contou com os vocais de Marcos Valério, única vez na história da banda em que uma música foi cantada totalmente por outro cantor. Infelizmente foi a última participação do Marcos com a banda e também na fé cristã. A voz dele é legal, embora já vi muita gente achando ruim sua interpretação da música. Enfim, cada um com sua opinião. Amo essa faixa, embora alguns de algum modo vejam um pouco de "teologia da prosperidade" em "no melhor investimento, o que dou recebo em dobro", mas como aqui ninguém falou em dinheiro ou bens, interpretar como "satanologia" da prosperidade depende só da limitação mesmo de quem chegar a reduzir tudo a esse nível - o que inclusive seria uma contradição quando lembramos que no mesmo disco tem um petardo chamado Lobo Mau dizendo que pros falsos pastores desse movimento estão garantindo "o seu lugar no Inferno Palace Hotel"...

Muitos dizem que esse é o melhor disco da banda, ou o melhor pelo menos da fase hard rock - eu discordo, prefiro o seguinte, e sem dúvidas o disco fez sucesso e é muito querido pelos fãs, chegando a atingir o 18º melhor disco cristão brasileiro da década de 1990 pelo site Supergospel (lembrando que essa lista inclui discos de todos gêneros musicais). As guitarras principais aqui ficaram à cargo de Paulo de Barcelos, que voltaria a dar uma canja no disco seguinte.

O que a Gente Faz Fala Muito Mais do que Só Falar (1995)

01 - 55221 (intro)
02 - Retórica
03 - Bomba-Relógio
04 - A Missão
05 - Internal War (Guerra Interior em inglês)
06 - Presente
07 - Heaven or Hell
08 - Música
09 - Podridown
10 - Nosso Erro
11 - Amor de Deus
12 - The First Stone

Último disco da "Formação Clássica" (Marcão-Bênlio-Flávio) e o primeiro a finalmente contar com as guitarras de Bene Maldonado (Maldon), ainda que só como participação especial, ainda contou com Paulo de Barcelos e Wagner Juninho, um verdadeiro petardo de guitarras. Tudo isso porque a banda nesse disco decidiu cair de cabeça no progressivismo - até demais de acordo com muitos críticos e até a própria banda acha isso. Dream Theater é referência impossível de não ser detectada aqui - alguns diriam mais que referência, quase cópia cuspida! Não importando muito o que muitos dizem, pra mim essa é a Magnum Opus da banda, um disco completo e perfeito.

A introdução (não, eu não sei o porquê do nome dela ser 55221 kkkk) é uma sequência de guitarras e teclado alucinante de mais de seis minutos, algo que nem bandas de metal cristãs já haviam feito até então - no mundo todo, diga-se de passagem. Liricamente o disco segue a cartilha do anterior, com temáticas variadas, como inércia e discursos vazios de governos e até mesmo cristãos (Retórica, a faixa mais conhecida pelo refrão que dá nome ao disco "o que a gente faz fala muito mais do que só falar", um verdadeiro chamado à ação), AIDS e preconceito imbecil aos soropositivos (Bomba-Relógio), corrupção e sujeira na política (Podridown, com a intro tirada de um discurso do corrupto ex-presidente Collor reclamando que estava sendo "injustiçado" com as acusações a ele feitas - a faixa ganhou um videoclipe irado e no final tanto da música como do videoclipe eles terminaram igual o final do disco "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez", um projeto beeeeem antigo e bizarro do saudoso Raul Seixas, com uma sonora descarga de privada!). "ANDRÉ, SOBE O MORRO!!!" é uma homenagem a um missionário que subia sem medo nenhum o morro Dona Marta (na cidade de Rio de Janeiro) para evangelizar, independente dos problemas que rolavam lá, batidas policiais, tráfico, ele ia sem medo. Com isso "A Missão" vira quase um "Retórica Parte II". "Heaven or Hell", apesar do título, é em português - exceto pelo refrão repetindo a pergunta básica "céu ou inferno?". Em inglês mesmo só "Internal War" (versão da clássica "Guerra Interior" do primeiro disco) e "The First Stone". "Presente" é uma fantástica faixa romântica, em contraste com "Nosso Erro", uma rara música feita por cristãos falando de um relacionamento que deu errado por culpa mútua. "Música" é um som de amor à própria música como meio de louvor, de mensagem e de diversão. "Amor de Deus" é uma balada cristã fantástica, ao ponto de até hoje ser lembrada em shows da banda. Bênlio canta pela primeira vez como primeira voz em "The First Stone", dividindo com Marcão os vocais dessa faixa.

Apesar de ter sido mal recebido na época - seja pela temática, menos "gospel", mais aberta, seja pela complexidade sonora, que afastou muitos ouvintes casuais, tornando o disco mais atrativo aos músicos em si - OQAGFFMMDQSF é um clássico cult que quem realmente curte som sabe que vale demais a pena ouvir e ter em casa uma cópia.


Acústico 10 Anos (ou "10 Anos, 15 Meses e Muitos Dias!") (1998/2000)

01 - Brasil
02 - Missão
03 - Base Forte
04 - Retórica
05 - Nunca Mais
06 - Guerra Interior
07 - Podridown
08 - Bomba Relógio
09 - Pra Acordar
10 - Exceção à Regra
11 - Investimento
12 - Amor de Deus (part. Carlinhos Félix)
13 - Na Contramão
14 - Música
15 - Lobo Mau
16 - Jimmy

 Mais um disco acústico ao vivo naquela época de tantos acústicos. O FS nesse ponto inovou por trazer um disco que foi gravado não em uma única apresentação ou local, mas em diversos momentos acústicos da banda em shows por São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, provavelmente entre 1997 e 1998. A previsão era que o disco saísse de fato em 1998, mas problemas com a gravadora Gospel Records (o primeiro problema da banda com gravadoras) levaram o disco a atrasar bastante seu lançamento, que só se deu em 2000 (apesar de a Wikipédia dizer 1999, a Salmus só lançou nacionalmente o disco no início de 2000). Isso justifica o "sobrenome" do disco "10 Anos, 15 Meses e Muitos Dias!". Bene finalmente já era membro oficial da banda, e esse foi o último com Flávio na batera (ele iria sair devido seu recente casamento e posterior ida pro exterior). Algumas faixas, como "Retórica", "Podridown" e "Base Forte" foram gravadas só trechos das músicas em formato acústico, o que deixa o disco relativamente dinâmico. Algumas músicas eles inseriram um bocado de elementos de samba nos arranjos (mais carioca que isso impossível!), como em "Pra Acordar" e "Missão". Um ponto legal demais desse disco é a participação de Carlinhos Félix (ex-Sinal Verde e Rebanhão) em "Amor de Deus", muito legal mesmo ouvir esse grande cantor dando sua interpretação nessa faixa.

Curiosidade: Por um erro de gráfica, tanto a versão de "caixinha" como a de papelão vieram com a ordem de duas faixas trocadas: Na Contramão e Música aparecem em ordem inversa a que coloquei aqui na embalagem (a ordem que coloquei aqui é a que as faixas realmente aparecem no disco).


O Segredo (2001)

01 - A Mensagem
02 - No Porão da Alma
03 - O Segredo
04 - Livre Arbítrio
05 - O Impossível
06 - Forrock
07 - Love'n'Roll
08 - Essentials (intro)
09 - O Novo Mandamento (part. PG)
10 - A Resposta (part. Marcus Salles)
11 - O Vale das Sombras (intro)
12 - The Time is Over
13 - Tridente Social

Nesse disco o FS entra em sua segunda fase. Sylas Jr. entra na bateria e a sonoridade do grupo começa a inserir elementos de nu metal, metal alternativo e mais elementos de MPB e ritmos nordestinos (esse último representado magistralmente por Forrock). Efeitos sonoros, scratches, trechos "rappeados" e outros elementos do rock e metal alternativo abundam aqui. Novamente lotado de críticas sociais e também ao modo de vida de muitos cristãos e desejo de acordar a sociedade, esse disco é um achado. A Mensagem coloca a missão da banda de cara, e daí vem músicas que falam de problemas interiores e luta interna de nosso viver (No Porão da Alma), pecados "de estimação" (O Segredo), apostasia (Livre Arbítrio, The Time is Over), a situação crítica de desigualdade e corrupção do país (Forrock, uma divertidíssima música que parece uma carta endereçada ao "prezado presidente") e as divisões cada dia maiores e insensatas entre as denominações cristãs por motivos cada vez mais egoístas e imbecis (O Novo Mandamento, com PG (ex-Oficina G3 e Corsário) fazendo um segundo vocal iradíssimo, além de cantarolarem juntos o verso famoso "o que a gente faz fala muito mais do que só falar" no meio da música!). "Livre Arbítrio" é uma faixa dedicada ao Marcos Valério, ex-membro da banda que deixara a fé cristã. Marcus Salles (ex-Quatro por Um) faz uma participação muito boa em "A Resposta". A locução irada de "Tridente Social", evocando versículos de Eclesiastes (Bênlio fica a cargo dessa parte) fecha bem esse disco irado, que eu até hoje lamento ter perdido a chance de comprar na época em que a Top Gospel (que assumiu as dívidas da banda com a Salmus - segunda treta da banda com gravadoras - e acabaria tretando com eles também por conta disso - terceira treta kkkk!) estava vendendo todo seu catálogo com o preço singelo de R$ 5,99. Um dia irei pegar minha cópia e corrigir esse erro!


O Que na Verdade Somos (2003)

01 - Desesperado
02 - A Sanguessuga
03 - Não Quero Mais Acordar Assim
04 - De Deus Não se Zomba
05 - Vício
06 - O Que na Verdade Somos
07 - Uma Noite de Paz
08 - Ser Tão Sertão
09 - Involução 2003
10 - O Sonho do Profeta
11 - Ninguém me Encontrará Entre os Fracos
12 - Diferente dos Anjos
13 - O Sangue de Abel (part. João Alexandre)
14 - A Sanguessuga Heavymix (part. Amaury Fontenele)

Depois de problemas financeiros em suas duas últimas gravadoras, a chegada da banda na MK foi marcada a princípio pela desconfiança - a gravadora é famosa por sua visão muito mais mercadológica que factualmente evangelística -, mas de certo modo as dúvidas a princípio foram sanadas quando a gravadora pagou tudo que a banda devia na Salmus e na Top Gospel. Na seleção de faixas, mais um problema: a faixa "Vai Acabar" foi limada pela própria gravadora, que achou a letra um tanto quanto "pesada demais" (ela só sairia - com a letra modificada - no álbum seguinte). Um trechinho abaixo da versão polêmica:





Musicalmente o disco segue a ideia mais rock/metal alternativo e nu metal, além de fletes com a música eletrônica (em especial no heavymix produzido pelo Amaury Fontenele - ex-Cidadão Instigado) e forró (Ser Tão Sertão/Involução 2003). A MK produziu de cara clipes pras mais calmas "Não Quero Mais Acordar Assim" e a faixa-título, que viraram hits instantâneos - apesar da letra bem crítica e ácida da segunda. "De Deus não se Zomba" vai também nessa lógica, ao bater de frente com a inércia e indiferença, além das guerras e mortes promovidas por muitos ditos cristãos. "A Sanguessuga", evocando Provérbios 30:15, fala da ganância insensata da humanidade, e "Vício" é autoexplicativa. "O Sangue de Abel", com a participação emocionante de João Alexandre (ex-Milad, Pescador e Vencedores por Cristo) aproxima a banda da MPB com o mestre do MPB cristão e também especialista em letras críticas (essa falando do acúmulo de males e pecados que a humanidade vem praticando desde os tempos de Abel). "Uma Noite de Paz" é um tapa na cara do materialismo que virou a data simbólica do Natal.

Boa parte do baixo do disco não foi feita por Marcão e sim pelo músico convidado Francisco Falcon (filho do historiador Francisco Calazans), que participaria também do disco seguinte, dando mais liberdade pra Marcão se concentrar somente nos vocais. A maior polêmica entretanto do disco foi a que levou à saída de Bênlio, acusando os outros integrantes de ter removido a maior parte de seus teclados do disco. Trocas de acusações via internet, processos na justiça e situações bem chatas como essas, e ainda assim, em meio a toda essa turbulência, nascia um disco simplesmente bom o suficiente pra ser considerado 75º maior disco da música cristã brasileira e o 5º maior disco de música cristã brasileira da década de 2000. Realmente um disco inesquecível, apesar de muitos fãs da fase mais hard não serem tão afins a esse, muitos consideram o melhor disco da banda.


Distorção (2005)

01 - Quase
02 - O Preço
03 - Quanto Tempo Ainda Tenho
04 - Vai Acabar
05 - Bateu Asas e Sumiu
06 - Superman
07 - Primo do Macaco
08 - A Volta dos que Não Foram
09 - A Prece
10 - Vontade Solta


O mais pesado da banda, Distorção traz letras que parecem em muitos momentos com respostas aos questionamentos de "O que na verdade somos", mas de maneira bem insana, ao ponto de já ter visto alguns críticos considerarem esse um disco com letras "desconexas com o espírito de uma banda cristã". Bobagem, muitas vezes nossa trupe, os "cristãos", somos uma turminha que odeia demais levar verdades na cara que tirem nosso disfarce. A outra crítica meio insensata que vi foi que o disco seria "triunfalista" (que?). Acho tão pobre essa análise, muito baseada só em "O Preço", uma faixa que de fato é bem esquisita, parece de fato um monte de indiretas dirigidas ao ex-membro Bênlio Bussinguer. A despeito dessa faixa (que eu curto entretanto - sim, a gente precisa de vez enquanto tentar lidar com situações de traição ou supostas traições) e de "Bateu Asas e Sumiu" (que não, não é uma faixa de dor-de-cotovelo igual à clássica "Nosso Erro", e sim provavelmente outra "indireta" ao ex-companheiro), o resto do disco tem letras que não tem em nada de desconexo ao cristianismo. Muito pelo contrário. "Quase" por exemplo, um tapa na cara dos que acham que dá pra viver o Evangelho de "quases"; "Vai Acabar", apesar da censura que aparentemente rolou dentro da MK, continua sendo uma faixa fortíssima, com uma letra ácida e pitadas de thrash metal (o vocal de Henri Passos meio gutural ajuda muito nisso). "Primo do Macaco" é uma crítica não só ao evolucionismo, mas também à involução da sociedade como ser humano social mesmo e a crise de identidade humana e cristã (com participação do pai de Bene, Ernani Maldonado - ex-Comunidade S8 - fazendo locução na faixa); e "A Volta dos que Não Foram" é um recadinho pra muitos ditos cristãos que vivem de qualquer jeito dentro da própria igreja. Sem dúvidas entretanto os maiores sucessos do disco foram as mais suaves "Quanto Tempo Ainda Tenho" (uma das melhores faixas românticas cristãs da história, dando de dez a zero em praticamente todas do Catedral - desculpem-me catedráticos kkkk) e "Superman" (uma autorreflexão que serve pra todos nós de que nenhum de nós é supercrente e precisamos desesperadamente do Senhor para sobreviver ao caos do cotidiano e da vida), ambas ganharam videoclipes que passavam em todo programa do gênero em emissoras cristãs. Lamentavelmente é o último disco de Marcão na banda, que iria a partir daí dedicar sua vida ao pastorado na Igreja Presbiteriana Betânia da região Oceânica (parte integrante do ministério religioso onde o FS começou).

20 Anos (ou "as melhores baladas do Fruto") (saído com o nome da banda "Banda Fruto canta Fruto Sagrado") (2010)

01 - Uma Noite de Paz
02 - Diferente dos Anjos
03 - O que na verdade somos
04 - Ao fim do dia
05 - A sanguessuga
06 - Superman
07 - Não quero mais acordar assim
08 - Escravos do porvir
09 - O sangue de Abel
10 - Ninguém me encontrará entre os fracos


Pra muitos - e até eu me incluo de certo modo nessa estatística - o Fruto Sagrado verdadeiro acabou no dia em que Marcão saiu.  Mesmo com os talentos inegáveis de Bene Maldonado e Sylas Jr. ainda na banda, já começa o problema por a banda não ter NENHUM dos membros fundadores mais. Ok, várias bandas por aí chegaram a esse ponto, como as seculares Napalm Death e Yes, mas aqui temos um outro problema: Vanjor. Não adianta, os vocais dele simplesmente nunca vão me convencer. Ele parece-me adequado pra uma banda de indie rock, mas não pra uma banda de hard rock/nu metal como o Fruto Sagrado. E aí entra o mais grave problema dessa terceira fase da banda: O abandono completo do som mais pesado, na obsessão de se "adaptar ao que está na crista da onda". Numa época em que uma pá de artistas seguiram essa linha, em especial a turminha do Novo Movimento, como Palavrantiga, Tanlan, Aeroilis, Hibernia, Quarto Fechado, Os Oitavos, Lorena Chaves e Marcela Taís, o que faltou pro FS entrar de vez nessa linha? Um ukulele. Ainda bem que não rolou isso kkkkk mas é preocupante que a banda realmente foi pra um lado mais simples. Mas ok, vamos seguir a análise do disco em si.

Sendo um disco comemorativo (e, curiosamente, tal qual como o 10 anos, saído com 2 anos de atraso - devem ter levado a brincadeira adiante kkkk), decidiram aqui enfatizar em faixas dos dois últimos trabalhos, mas apesar da proposta enfatizar baladas, é curioso ver "A Sanguessuga" entre as faixas dessa proposta (embora o rearranjo feito nela de fato a transformou em uma balada). As faixas novas aqui presentes, "ao fim do dia" e "escravos do porvir", me fazem lembrar de cara Marcela Taís ou Aeroilis, confirmando que a banda estava mesmo se lançando pro lado mais indie e pop rock. É no fim um disco legal, mas que prefiro ver como um projeto "em homenagem" ao FS do que o próprio FS. Sério, ouvir esse disco chega um momento que dá agonia e vontade de ouvir qualquer outra coisa. Enfim, segue o baile.

Curiosidade: A banda na época passou por um problema com o uso do nome Fruto Sagrado, que aparentemente tinha expirado a licença de uso. Com isso quem já pegou uma cópia física do disco já deve ter percebido que nesse período eles se nomeavam como "Banda Fruto". Olha, eu acho até que deviam ter mantido a ideia...

Universo Particular - Temporada 1 (EP, 2012)

01 - Universo Particular
02 - Não Invente Alguém pra Amar
03 - Seja o que For
04 - Planeta Vermelho
05 - Onde Ele Está?
06 - Cassino





Universo Particular foi o primeiro projeto que eu vi uma banda fazer de lançar singles virtuais formando um disco ou similar (o Resgate está fazendo isso com o projeto 30 Anos e o Oficina G3 poderia ter feito o mesmo, mas não rolou). Nesse caso, o EP seria como um "seriado" e cada faixa formaria um episódio novo. Musicalmente a banda se aprofundou na aproximação com o pop rock e o indie, além de pegadas de folk rock. O vocal de Vanjor deu uma leve melhorada do disco anterior pra cá, na faixa título tem horas que eu penso estar ouvindo o Marcão com o vocal mais agudo até. As letras são bem fora de série, como a crítica aos "amores" nascidos de carência e idealizações falsas (Não Invente Alguém pra Amar) e a hipocrisia da sociedade e de muitos ditos cristãos (Planeta Vermelho, a melhor faixa sem dúvidas desse EP), mas musicalmente eu ainda considero um som relativamente entediante. O fato de serem singles que foram posteriormente unificados num EP também comprometeu um pouco a qualidade de produção, já que "Não Invente..." por exemplo soa bem mais baixo que "Planeta Vermelho". "Cassino", a última faixa apresentada do disco, ganhou um curta metragem mostrando três situações na vida dos integrantes da banda, entre eles o nascimento do filho de um dos integrantes da banda.

Fé Canibal (single, Dia do Rock de 2015)

01 - Fé Canibal

Boa faixa da banda, pelo que constava faria parte de um novo projeto de disco da banda que até hoje não viu a luz do dia. A crítica fantástica dessa música me faz ver um sopro de esperança nessa terceira fase da banda. Quem sabe se vier um dia esse novo álbum, veremos!

Bootlegs e similares:

Recife Agosto de Rock (VHS e DVD, 2001)
A Mensagem (virtual, 2017)


____________________________________________________

Posteriormente conferir algumas coletâneas que a banda participou na vida.

Ver também:

Base Forte








quarta-feira, 17 de julho de 2019

A intolerância de Críticos de rock cristão - Exposta! (por Bruce Carter - traduzido por João "Johnnÿ" Dias)

É preciso muito para me irritar. Eu me orgulho em ser capaz de me dar bem com quase todo mundo. As pessoas que me conhecem pessoalmente sabem que eu sou uma pessoa de integridade, com uma fé profunda e duradoura no Senhor Jesus Cristo, como demonstrado por uma atitude cristã para com todos que encontro. Eu conheço muitas poucas pessoas que eu não pude obter amizade. Eu conto entre os meus melhores amigos pessoas com quem tenho diferenças substanciais - judeus, muçulmanos, mórmons, testemunhas de Jeová, ateus. Minha amizade com eles não se baseia apenas no desejo de “convertê-los”. Embora eu sempre esteja disposto a conversar com eles sobre a fé em Jesus quando e se perguntarem, eu não forço a minha religião goela abaixo e recebo a mesma consideração deles em troca. Eventualmente, se a minha fé é real e boa, a verdade de uma vida suave, amorosa e sincera vai levá-los a pedir a minha fonte de paz. Eu também tenho amigos que estão envolvidos profundamente no pecado: adultério, homossexualismo, drogas, bruxaria, gula e ganância. Meu desejo é que eles se arrependam e se voltem para Jesus Cristo. Enquanto eu afirmá-los como amigos, eu não me envolvo em seu pecado. Um conselho vindo de mim não fará nada para mudá-los: o seu desejo de se arrepender deve vir da direção do Espírito Santo. Se me pedem para fornecer ajuda ou conselho, vou dar tanto em abundância. Se não, vou dar o exemplo.

Esta é a marca de um cristão maduro, aquele que compreende que Deus deu ao homem o livre-arbítrio, e que, por vezes, é rejeitar a Deus e Sua bondade.
 Talvez a única coisa verdadeira que satanás disse foi uma pergunta que fez a Deus na sala do trono: Jó te ama livremente, ou é porque você tem abençoado?

Jó 1.6-11: Um dia os anjos vieram apresentar-se perante o SENHOR, e Satanás também veio com eles.
 O Senhor disse a Satanás: "De onde você vem?" Satanás respondeu ao Senhor: "De rodear a terra, e indo e voltando pela mesma." Então o Senhor disse a Satanás: "Você viu a meu servo Jó? Não há ninguém na terra semelhante a ele. Ele é íntegro e reto, um homem que teme a Deus e evita o mal". "Será que Jó teme a Deus por nada?" Satanás respondeu. "Você não colocou uma cerca em volta dele e de sua família e tudo que ele tem? Tens abençoado a obra de suas mãos, e seus rebanhos e manadas estão espalhados por toda a terra. Mas estende a tua mão e tudo o tira dele tudo o que tem, e ele certamente vai te amaldiçoar a sua face."

A Resposta final de Deus era para permitir que as bênçãos fossem tiradas, e Jó questionou - o que não é errado - mas ele não amaldiçoou a Deus.
 Deus deu a Jó - e a nós - o dom do livre-arbítrio. Nós não amamos a Deus porque somos obrigados a isso, nós amamos a Deus porque nós escolhemos. Se o próprio Deus manda termos livre escolha, quem sou eu para questionar essa decisão? Eu deveria bater um judeu na cabeça para dominá-lo assim que ele vai ouvir a Palavra de Deus? Eu deveria pregar sobre a gula para a mulher que está lutando com isso? Claro que não! Eu levaria os dois para longe de Jesus Cristo. Se eu mostrar meus vizinhos que Jesus os ama incondicionalmente, não importa se há ou não vontade neles, é uma chance de que eles virem para a igreja comigo, eles são muito mais propensos a aceitar um convite assim. É não “forçar a barra”, a amizade é "sem amarras". Nós dois seremos enriquecidos. Se eu perder peso sozinho e uma senhora gorda vê o que eu fiz - eu vou ser muito mais credível quando eu digo que Deus através de Jesus Cristo pode livrá-lo do pecado. Essa é uma abordagem muito melhor do que em países muçulmanos, onde os líderes religiosos falidos aprovam leis tornando-se contra a lei, punível com a morte, se você sair do islamismo. Nada fazem mais do que invalidar a sua religião. As pessoas são muçulmanas porque eles são forçados a serem muçulmanos. Se Maomé tinha qualquer fé em Deus, estaria provavelmente agora de cabeça baixa sentindo desonra. A religião que ele estabeleceu só pode existir se as pessoas são forçadas a serem um membro.

Eu estou escrevendo isto no dia 14 de setembro de 2001 - três dias após o ato mais horrendo de guerra já perpetrado contra os Estados Unidos.
 Parece de muitas maneiras que Deus teria retirado a sua bênção de nossa terra, que muitas das liberdades que desfrutamos alguma vez serão limitadas a um grau para que possamos ser mais seguros. Uma viagem para o aeroporto será muito mais complicada para quem duvida de que dificuldades virão. Mas eu optei por mostrar ao país hoje, em uma hora de oração e reflexão, a reflexão sobre a bondade de Deus. Um conhecimento seguro que na provação que estiver por vir, Deus nos livrará das mãos do maligno e continuará a manter a mão de bênção sobre o último bastião de liberdade deixado no mundo. Deus não levantou Sua mão de bênção de nossa nação. Humilhamo-nos, arrependamo-nos do pecado, e oremos.

Há aqueles que tirariam o direito de homens livres de ter uma escolha.
 Eles iriam impor o islamismo em nós, destruir nossa fé e capacidade de servir a Jesus Cristo. O desejo de controlar a vida dos outros parece ser o mais forte desejo humano de todos, superando o desejo de sexo, até mesmo o desejo para a própria vida - como os pilotos suicidas revelaram. Estes homens maus fariam qualquer coisa para nos fazer todos muçulmanos fundamentalistas - como são - para sua própria religião falida de alguma forma ser validada quando eles estão cercados por clones de si mesmos. Os espíritos de miséria e solidão têm um único desejo - para infligir-se sobre todos os outros que isso não parece tão infeliz e solitário, quando todo mundo está no mesmo barco.

Tenho documentado o fato de que em outros lugares o controle de fanáticos não se limitam aos terroristas muçulmanos.
 Eles estão vivos e bem na igreja cristã - que muitas vezes oferece um refúgio para pessoas que gostam de autoridade perpetuada. Eles querem tirar a nossa liberdade para adorar a Deus em nossa própria maneira - como uma escolha de estilo de adoração, estilo musical, estilo de ensino e tradução da Bíblia. Eu reproduzo sem alterar os e-mails mordazes dos fanáticos da organização "King James Only", que querem forçar a igreja a usar apenas uma tradução. A falta do respeito de David Wilkerson, que recentemente lançou uma página de e-mails escritos por seus seguidores dirigidas a mim - porque os e-mails eram tão ruins - tão cheio de ódio, eles só serviram para desacreditar sua validade como um líder cristão! O fruto foi a sua produtora de ministério - fruto da semelhança de Cristo, ou o fruto amargo que eu estava recebendo? Também recebi e-mail após e-mail de tolos que não se preocupam em ler o site inteiro, e me fizeram perder meu tempo relendo os mesmos velhos argumentos cansados ​​que já responderam como se fossem a única palavra de Deus sobre o assunto. Assim como os terroristas muçulmanos estão tentando tirar a nossa liberdade de culto - são esses fanáticos, que querem tirar as nossas escolhas na adoração!

Numa época em que nosso país está em um estado de luto nacional, a única coisa apropriada para estações cristãs no país a fazer é enviar a mensagem da restauração, da provisão de Deus no tempo da angústia.
 Se é uma estação de doutrina cristã, uma estação de hino, ou uma estação de rock cristão - todos se uniram em um acordo para acalmar uma nação profundamente ferida por aqueles que não têm tolerância de nosso modo de vida. Cada estação de rock cristão do país compartilha o profundo espírito de luto, de oração, de arrependimento, de restauração - e está fazendo todo o possível para ministrar para suas audiências. Mas - num momento em que todos nós devemos estar chegando juntos no Senhor, falando ombro a ombro com cada um com raiva, o justo Deus contra o opressor - sabe que o que chega ao meu email? Uma declaração flagrante de desunião. Uma declaração de fanatismo, que tenta atacar e invalidar a fé daqueles de nós que preferem o estilo de rock cristão de música, aqueles que o executam profissionalmente, e aqueles que o transmitem. Numa altura em que os cristãos de todos os gostos musicais eram supostamente para estar em união, louvando a Deus e pedindo a sua bênção sobre a nossa nação no conflito que vem, recebi o seguinte (reproduzida na íntegra, sem alterações):

“Sei que isso soa sarcástico, mas é realmente significou para nos fazer pensar sobre a ‘verdadeiramente reconfortante’ mensagem de padrão para a música cristã - Eu acho que eu tenho que admitir que nunca escutei nenhuma música rock cristão que pudesse consolar uma pessoa de luto, mas
 então eu não ouvi muito de seu rock cristão, então talvez não sou o melhor juiz. Considere um cenário como este:
À luz da tragédia ocorrida em Nova York, talvez alguns ‘Rock cristãos’ iriam confortar essas pessoas?
 Deus me livre de usar qualquer um dos ‘velhos, lentos, sombrios’ hinos que transmitiu a ‘Fé dos nossos Pais’ - é tão ultrapassado, como poderia trazer conforto - talvez os fogos de artifício trariam um sorriso ao rosto de um cristão e os ajudariam a esquecer o que acabamos de ver - Ou será que uma canção como ‘Amazing Grace’, ‘O Deus da Montanha ainda é Deus no Vale’, ‘Castelo Forte é Nosso Deus’ são consideradas ‘muito singular e fora do lugar, porque estamos em 2001’? - Não, mil vezes não - precisamos desses hinos, mesmo neste dia, como eles falam ao coração, como rock cristão nunca poderia - em tempos de grande necessidade, eu acho que você vai encontrar o coração humano anseia por um pouco de calma, uma sobriedade pouco, um pouco de humildade diante de um Deus Todo-Poderoso e permitirá que o adorador de ‘Aquietai e sabei que eu sou Deus.’ Esses hinos têm resistido ao teste do tempo - e se essa carnificina continua, pode ser CULPA dos gostos musicais dos jovens, então, retornemos ao que é verdadeiramente significativo e não apenas uma ‘moda passageira’, que é o que eu acredito que o rock cristão seja - eu acredito mesmo que você teria que admitir que na maioria dos casos, quando você enfrentar as tempestades de sua vida, música cristã de Rock, com as referências minúsculas sobre as Escrituras, e, principalmente, show e emoção, não são suficientes para manter e incentivar nos momentos de grande tristeza - na minha opinião, de qualquer maneira, estou muito certo de sua posição não mudou e você ainda acredita que Christian Rock é o que as pessoas precisam – considere então a seguinte escritura - e, também, pensar que a América é dirigida e onde o mundo está indo e o que precisamos - realmente precisa - é rock cristão apenas um ‘luxo’ a medida em que a música está na causa, ou ele preenche a necessidade interior de profundidade espiritual do homem? Peça a Deus - Eu sei como me sinto sobre isso, eu já lhe disse e posso te dizer que eu não conheço ninguém que escuta rock cristão para o conforto neste momento - talvez você conheça pessoas que fazem - se assim for, acho que a sua necessidades internas são um pouco diferentes do que as pessoas que são de Deus há muito tempo.

II Pedro 3:11-12 ‘Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que você sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia do Deus e apressando a Sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo e os elementos se derreterão pelo calor.’

Não me importo de lhe dizer - Eu estava indignado com essa expressão de intolerância de um - adivinhem?
 – seguidor de David Wilkerson. Olhe para a última frase "suas necessidades interiores são um pouco diferentes do que as pessoas que são a Deus há muito tempo" - o que um insulto, literalmente, centenas de pessoas tementes a Deus, cristãos jovens que tenho conhecido ao longo dos anos no ministério da juventude! Essa pessoa se ofendeu ao extremo por eu ter compararado sua intolerância ao dos fanáticos muçulmanos. Eu posso ver algumas semelhanças reais, no entanto! Estes fanáticos anti-rock não acreditam que você está salvo. Eles não podem conceber que são comprados por Deus. Eles iriam ‘limpar’ cada um de vocês da igreja - talvez eles não vão soltar aviões em edifícios para se livrar de você, mas seus corações estão cheios de ódio por seu estilo escolhido da música de adoração, independente se VOCÊ tem ou não verdadeira fé! Você não iria ser valorizado na sua igreja para ter cargos de responsabilidade, liderança, ou mesmo um serviço sequer. Eu ouvi de um jovem que não tinha permissão para esfregar SANITÁRIOS - por causa de seu estilo escolhido da música de adoração! Gostaria de lembrar a todos vocês - e do escritor do e-mail acima - que este tipo de espírito de ódio é o mesmo que o espírito de assassinato. O presidente George W. Bush disse que não fará distinção entre aqueles que cometem os atos, e aqueles que os abrigam. DEUS não faz distinção entre aqueles que odeiam, e aqueles que cometem assassinato:

Romanos 13:9 Os mandamentos: "Não adulterarás", "Não matarás", "não furtarás", "Não cobiçarás", e se há algum outro mandamento, se resumem nesta regra: "Amai a teu próximo como a ti mesmo."

1 João 3:15 Qualquer que odeia a seu irmão é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem a vida eterna nele.

Então eu acho que a minha analogia com os terroristas está CORRETA.
 Agora você vê o verdadeiro espírito por trás dos fanáticos que odeiam rock cristão. É o desejo de tirar a sua liberdade para adorar a Deus em sua própria maneira. O desejo de tirar a sua individualidade, a sua liberdade de pensamento. É o desejo de destruir cada gravação de rock cristão existente, o desejo de bani-lo das ondas de rádio, para parar o seu desempenho. É o desejo de forçar a uniformidade na adoração através da placa em igrejas cristãs. É um ódio da juventude, um ódio de idéias novas e criativas, um ódio de mudança - um desejo completamente auto-centrado para estar no controle final - a ser um ditador religioso e voz da "verdade" - o desejo de legislar fora a existência de alguém que quer adorar de uma forma diferente. É o espírito de assassinato, de acordo com as escrituras. E estou indignado, com raiva, pelo Santo e Justo Nome do Senhor.