sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Religiosidade hipócrita, gnosticismo e santidade fingida


"Se estás mortos com Cristo quanto aos costumes desse sistema, por que ainda carregam consigo de regras de conduta desse sistema, como "não proves, não toques, não uses"? Essas coisas todas irão se acabar pelo uso, segundo todos preceitos e doutrinas humanas, que até de fato parecem ser coisas sábias, de devoção voluntária, humildade e disciplina corporal, porém não têm valor (espiritual) algum, apenas satisfazem a existência carnal". (Colossenses 2:20-23)

"Para os puros todas as coisas podem ser puras, mas aos impuros e incrédulos tudo os leva à impureza, afinal a própria mente e consciência deles está corrompida, dizem conhecer a Deus, mas suas obras negam isso, pois são abomináveis, desobedientes e reprováveis para tudo que é bom" (Tito 1:15-16)



No título aparece uma palavra um tanto complicada para muitos cristãos (eu diria a maioria) atualmente - já que estudar a história da igreja é algo que infelizmente pouco se é estimulado por todas vertentes cristãs, sejam elas quais forem -, gnosticismo. O gnosticismo original muitos acreditam ter surgido pouco antes de Cristo, nunca tendo sido um sistema único, sempre possuindo várias escolas, pensamentos e até envolvendo-se com visões um tanto bizarras da existência (como os ofídicos, que diziam seguir o conselho da Antiga Serpente do Éden; ou os Cainitas, que diziam ser os herdeiros da marca de Caim!), mas em geral todos pensavam algo bem parecido: que a matéria, humana e a matéria em geral é perversa, ruim e diabólica. Na sua piração chegaram a perverter o relato da criação divina, dizendo que na realidade o Deus do Primeiro Testamento é diferente do Deus do Segundo Testamento, sendo o do Primeiro (ou "Antigo" pra compreensão geral) seria um demiurgo, um ser maligno que criou a matéria corrupta, e o do "Novo" Testamento seria na verdade o Deus bondoso na forma de Jesus Cristo que - pasmem - não teria de fato ressuscitado, seria somente um fantasma ou um espírito elevado, e a salvação não proveio do sacrifício na cruz, e sim viria da elevação mental (meio que um neoplatonismo distorcido, um budismo/proto-kardecismo ou algo do gênero) e do conhecimento secreto (a "gnose"). Combatido por Paulo (I Coríntios 15 por exemplo, que prova que a ressurreição de Cristo foi real e sem ela não faria sentido continuarmos a pregar, além disso mostra que ela foi superior pois houve uma metamorfose - Cristo assumiu uma matéria celestial, elevada, superior a essa matéria atual; além de citações em outras cartas, como as que citei logo no início do texto) e João (I João principalmente, mas o próprio Evangelho de João é uma prova disso), o gnosticismo e seus textos apócrifos e pseudoepigráficos foram perdendo força como organizações infiltradas na Igreja, sobrevivendo atualmente bem à margem apenas nos circuitos do misticismo e ocultismo juntamente com outras sociedades menores como a Teosofia, a Ciência Cristã, a Maçonaria, dentre outras, além de vez por outra virem a tona com polemistas e conspiracionistas baratos e gente da estirpe de Dan Brown e seus "Código da Vinci" da vida.

Entretanto é fato que o gnosticismo deixou marcas profundas dentro da igreja, mesmo após serem execrados pelos pais da igreja como Inácio de Antioquia e Ireneu de Lião. Já no século III Maniqueu, um dito filósofo cristão, criou a doutrina do maniqueísmo, que baseava-se no dualismo do Mazdeísmo/Zoroastrismo persa (duas formas de uma mesma crença que lá propunha a existência de duas divindades - uma boa e uma má -, e que elas travariam uma guerra eterna na existência cósmica) e também visivelmente no budismo e no gnosticismo, pois também opunha a matéria como algo intrinsecamente maligno e que só o espiritual era bom. Embora considerados heréticos pela Igreja, a influencia deles se espalhou pelo mundo, chegando até mesmo em países muçulmanos e na China (!), e continuaram fortes dentro do imaginário católico, tanto que na igreja Oriental esse conceito permanece bastante forte, ao passo que na Ocidental apesar da redução de sua influência ele continua forte em vários rincões, como no ascetismo dos monastérios, dos franciscanos e organizações radicais como a Opus Dei. Práticas de mortificação corporal através de cilícios e autoflagelações (bem como na versão mais radical, as crucificações voluntárias que ocorrem nas Filipinas) são alguns exemplos de uma interpretação errônea do conceito de mortificar nossos membros (que na realidade se refere a vencermos o pecado e nos abster do que desagrada a Deus, não é virar um asceta completo).

Martinho Lutero foi adepto de alguns desses aspectos de mortificação antes de 1517, o ano que pra muitos marca o início da reforma protestante. A partir desse ponto e seus escritos já nas 95 teses ele passou a romper com esse tipo de visão, percebendo por exemplo que o cristão pode glorificar a Deus onde quer que esteja, no seu trabalho por exemplo (algo que na Idade Medieval muitos consideravam algo ruim, um fardo terrível, quase um carma do ser humano, uma maldição edênica - que vinha da queda no Éden). Graças ao protestantismo essa visão foi sumindo, bem como foi sendo reintegrada de maneira adequada a cultura e arte dentro da igreja (Lutero não temia usar de instrumentos musicais e melodias e músicas "seculares" para uso dentro da igreja e pra louvor ao Senhor), a dessacralização de vários "sacramentos" como o casamento, a confissão e a extrema-unção, a abertura pra ciência e cursos acadêmicos como Direito e Filosofia sem estarem necessariamente forçados à vida religiosa, dentre outras (re)conquistas da Igreja (haja vista que nunca nos Evangelhos e escritos do Segundo Testamento vemos Jesus, Paulo, Pedro e outros apóstolos e discípulos agindo contra a matéria humana, pelo contrário, em Cristo até mesmo o alimentar-se de todos animais da Terra - algo que na lei de Moisés era extremamente regulado e restrito - foi restaurado, pois "Deus purificou", como dito em Atos 10.15). Infelizmente outras vertentes do protestantismo não seguiram os passos de Lutero nesse aspecto, em especial vertentes mais radicais como os irmãos menonitas, os amishes e outras vertentes ultrarradicais contra a relação cristão-mundo, mas mesmo em vertentes mais tradicionais ocorreram movimentos complicados, como uma boa parte dos puritanos e dos metodistas que passaram a demonizar quase toda a inclusão de coisas "deste mundo". O pentecostalismo norte-americano acabou sendo fortemente influenciado por essas duas vertentes, e não a toa no país da "liberdade" e dos ideais do Iluminismo do liberalismo sempre existem casos absurdos, como o caso do "julgamento dos macacos" de 1925 em que se esforçaram em condenar um professor de uma universidade por supostamente ensinar o evolucionismo de Darwin, ou nos anos 1940 com a reação conservadora contra as cruzadas de Billy Graham, nos anos 1960-70 contra os hippies e movimentos sociais, e em especial contra o Jesus Movement, na perseguição MacArtista contra esquerdistas e supostos esquerdistas nos anos 1950, nas leis de regulação das HQs também nos anos 1950, no PMRC e sua censura musical em 1986, nos julgamentos bizarros de supostos suicídios causados por músicas em 1986 e 1991, nos embates de regulação de videogames em 1993, no julgamento de West Memphis 3 até hoje questionado em 1994 - esse último tornou-se a base fundamental de muitos críticos, religiosos e apresentadores de programas policiais especialistas em notícias carniceiras e sensacionalistas de vez por outra atribuírem diversos crimes, serial killers e mass murderes a videogames de ação e violência, filmes e séries de terror, quadrinhos de ocultismo, heavy metal e o satanismo e outras religiões "obscuras". Noutras palavras, veja que em todos esses relatos sempre aparece a mesma premissa de que "o mal está nessas coisas, no consumo delas". O mal então seria nada mais que o que Rousseau atribuía a "culpa da sociedade" e que todos nascem puros (que é a base do que grande parte da esquerda atualmente acredita, e assim surgiram as "vítimas da sociedade" para designar os criminosos - sendo que a grande maioria que entra na criminalidade o faz por opção sim, ou seja, culpa exclusiva da nossa própria perversidade preexistente). Veja que curioso inclusive isso: os "falsos moralistas" de direita e os "politicamente corretos" de esquerda na verdade não estão muito distantes uns dos outros, no fim são "duas faces da mesma moeda".

Eu relembro sempre do filme "A Segunda Chance" de 2006, feito pelo fantástico cantor, compositor, diretor, produtor e escritor Steve Taylor, e que é protagonizado pelo rockstar Michael W. Smith (pastor Ethan Jenkins) e Jeff Obafemi Carr (pastor Jake Sanders). O personagem de Jake tem todo o retrospecto de um típico negro norte-americano do subúrbio, que passou por poucas e boas na vida junto à sua esposa. A direção central da igreja costuma o considerar destemperado, e isso acaba se confirmando de certo modo quando, de púlpito, num culto transmitido pro país inteiro, enquanto apelava aos fiéis da igreja central, que ajudassem na obra de sua igreja, Jake se depara com a indiferença de geral, e assim ele fala "se vocês não estão preparados para ajudar de verdade na obra, guardem seu MALDITO dinheiro!" Pra gente no Brasil pode até ser meramente chocante, mas nos EUA a palavra "DAMN" é um palavrão, uma pornofonia, e basicamente seria similar a dizer "então guardem a p**** da sua grana!" Quando expliquei isso pra minha mãe, ela meio que teve uma reação muito parecida com a do concílio da igreja no filme: "nossa, esse pastor falou palavrão, tá errado!" Eu não posso dizer a ela que ela teja errada em dizer que palavrão é pecado, nem quero dar uma de relativista, liberalista, pós-moderno ou teísta aberto de negar o que desagrada a Deus, porém a questão mais importante acabou sendo obscurecida por uma palavra de quatro letras, que é o abandono e a sensação de muitos de achar que tudo se resolve dando uma "esmola". Ninguém tem coragem de arregaçar os braços e fazer, esquecemos que pessoas não se compram, pessoas de Deus agem voluntariamente e por amor. Mas é isso, é mais fácil olhar o argueiro do que a trave, mais fácil coar o mosquito do que o camelo. Mais fácil condenar alguém que na sua inquietação e inconformismo com a mesmice da igreja decide soltar uma indignação com um palavrão no meio do que perceber que ele é filho do cansaço em estarmos bem confortáveis com nosso bumbum na cadeira acolchoada e no ar condicionado da igreja invés de evangelizar as pessoas não só pregando a Bíblia, mas oferecendo o exemplo e a mão amiga nas dificuldades de todos.

E aí entramos nessa questão. Quantas vezes por exemplo você deve ter ouvido de um cristão "tá ouvindo música 'do mundo', isso é errado!", "também, perde tanto tempo com TV e internet, por isso tá sem nenhuma unção", "esses jogos aí que você joga vão perverter sua mente", "se sua banda tocar nesse evento ou nesse lugar você vai se desviar!", "tuas tatuagens e piercings estão sujando o templo do espírito", "não pode fazer teatro ou dança ou tocar esse ritmo dentro do templo ou num culto", "se tocar música 'do mundo' você vai adorar satanás", "tá escandalizando! (curiosamente escândalo no que Jesus dizia é viver deliberadamente no pecado às vistas de todos! - Mateus 18.7) "fica aí com essas roupas e essas danças aí, isso é carnalidade, modismo, é 'o mundo entrando na igreja'". Pois é, essas e outras coisas que vemos que em mais de dois mil anos desde que nosso Senhor se humilhou a si mesmo vindo à Terra como homem para desfazer a separação entre a Criação Divina (toda ela: homens, animais, plantas, construções, descobertas científicas, objetos, profissões válidas, criações e manifestações artísticas) e o Criador e Dono de tudo e todos, e ainda assim a Igreja continua ignorando esse elemento, com um farisaísmo estúpido, um gnosticismo pagão, um maniqueísmo diabólico, religiosidade hipócrita e santidade fingida, que se atenta ao visual, coloca o cristão numa bolha tachando coisas como artes cênicas (teatro, filmes, novelas, séries), música popular (todos os estilos, mesmo o rock, funk, brega, rap, reggae, pagode, samba, jazz, blues, MPB, seja lá qual for, com letras cristãs ou não), a ciência (que já foi toda coordenada por cristãos como Galileu, Copérnico, Newton e Einstein, mas a excessiva guerra da Igreja contra as descobertas científicas levou a um dualismo inexistente entre fé e ciência), a política (apesar que nesse meio os maus exemplos de muitos dos ditos "políticos evangélicos" acaba falando mais forte - ou deveria - do que a suposta "conspiração do mal comunista contra a fé cristã") e outras partes da existência terrena como coisas corruptas, pagãs, inúteis, falsas, ignorando que Deus é glorificado em todo lugar - mesmo nos piores lugares Deus está presente. Ao atribuir ao diabo o senhorio de alguma coisa, ao dizer "ah, essa música é do diabo", estamos desfazendo aquilo que Jesus fez na cruz, ao tomar todo domínio em Suas mãos. Estamos, parafraseando Paulo, crucificando Jesus novamente.

Voltando a um tópico que citei mais acima, a censura no mundo da música que se estabeleceu entre 1985-6 nos Estados Unidos foi liderado por várias senhoras ditas cristãs, dentre elas Tipper Gore, naquela época esposa do então senador Al Gore. Atacaram diretamente vários artistas, dentre eles a banda secular Twisted Sister, e músicas como Under the Blade foram consideradas violentas ou estimuladoras de sadomasoquismo. O vocalista da banda, Dee Snider, foi ao congresso americano e confrontou diretamente todos lá, chegando ao ponto de dizer "as pessoas costumam entender aquilo que elas mesmo pensam, aquilo que sua mente já assim se propõe e está cheia. Se a sra. Gore viu sadomasoquismo na minha música, é porque é isso que a mente dela está cheia!" Basicamente uma releitura do que Jesus disse anos antes "não é o que o ser humano consome que o contamina, e sim aquilo que dele mesmo sai... porque o que sai da boca do homem provém de sua mente, e por isso tais coisas que o contaminam, pois é da mente humana que provém maus pensamentos, assassinatos, adultérios, depravações morais e sexuais, roubos, mentiras e blasfêmias" (Mateus 15.11,18-19). Curioso que à época Dee Snider se declarava cristão, casado e com filhos, dizendo-se um pai de família responsável, coisa que ele continua ATÉ OS DIAS DE HOJE, e também já fazendo campanhas contra o uso de drogas, algo até curioso dentro do rock. Já Tipper Gore... essa se separou do esposo nos anos 1990 (ué...) e seus filhos alguns foram até presos por abuso de drogas (olha que bela criação "cristã"...). Algo parecido aconteceu com um certo pastor chamado Jimmy Swaggart. Durante os anos 1970 e 1980 ele denunciava a "perversidade sexual" do rock, em especial o rock cristão, dizendo que rock cristão era a "nova pornografia se infiltrando nas igrejas". Atacava artistas seculares como Ozzy Osbourne (que curiosamente se declara cristão a anos) e até bandas cristãs como Larry Norman e Stryper (essa última os irmãos Sweet, líderes da banda, se converteram JUSTAMENTE NA IGREJA DO SWAGGART!). Pois bem, esse "defensor da moral e bons costumes americanos" acabou duas vezes sendo apanhado com prostitutas, numa delas, a primeira, ainda tentou fazer um pedido de perdão na TV patético - principalmente quando lembramos que pouco depois lá ia ele de novo nesse mesmo erro, isso sem falar que ele era um dos maiores pastores da diabólica Teologia da Prosperidade nos EUA. Bem, dá pra imaginar o quanto ele tornou-se um mau exemplo pra fé cristã, por vezes zombado por artistas como Ozzy, Poison, Black Sabbath e outros tantos. Esse é o perigo do zelo excessivo baseado em aparências, em perseguições devido ao conforto pessoal de cada um. Esse tipo de zelo já causou problemas demais, e continua causando, vide quantos atualmente não odeiam mais os cristãos por serem cristãos e sim por muitos NÃO SEREM REALMENTE O QUE PREGAM! Noutras palavras, aqueles que lutam para viver o Evangelho Integral sofrem porque, como diria meu pastor, Ivan, parece que "as vozes dos idiotas falam mais alto do que as dos sensatos". E é meio isso mesmo: os maus exemplos sempre recebem do seu senhor, o diabo, espaço a mais para atrapalhar a obra do Senhor. Infelizmente herdamos essa mesma religiosidade fingida. Livros como a série "Ferramenta" por exemplo sempre demonizam tudo que vem da cultura em geral. Não é muito difícil você causar horror ante um pai cristão dos anos 1990 se falar nomes como Pokémon e Cavaleiros do Zodíaco, já que sempre os disseram que tais animes eram "coisas do diabo", "tinham mensagens subliminares", "hipnotizavam seus filhos pra tornarem-se zumbis do diabo", etc.

Sejamos vigilantes e cautelosos, pois não devemos ser guiados por vista e sim por fé (2 Coríntios 5.7). A aparência é enganadora. Jesus foi desprezado e considerado escória e indigno de atenção pelo mundo (Isaías 53), mas o diabo, o enganador, é capaz de se manifestar até como anjo de luz (2 Coríntios 11.14), portanto ele sempre assume a forma mais agradável, a mais vistosa, aquilo que parece fantástico. Um texto que eu gosto muito de lembrar, embora me falhe a memória agora a autora e a fonte, é de uma gótica cristã, que era confrontada por um irmão que dizia que as vestes dela não eram dignas de uma donzela cristã. Ela respondeu olhando pra ele e dizendo "o seu terno, paletó e gravata também não o são, já que antes dos cristãos adotarem esse tipo de vestimenta, eram usados por mafiosos italianos. Não acho que mafiosos sejam bons exemplos para imitarmos...". Aqui no Brasil ainda há irmãos que acham absurdo outros usarem camiseta e bermuda, mas esquecem que os "homens de bem" que usam terno, paletó e gravata em Brasília e em várias sedes de poderes do Brasil em sua grande maioria "de bem" só têm o nome, porque trabalham contra o próprio povo os roubando e usando a ideologia (seja ela de esquerda, direita ou do lado que for) apenas para manipular os "politizados". A aparência é pura ilusão. Um dia todos nós voltaremos ao pó, e antes disso seremos cadáveres apodrecidos e fedorentos que virarão caveiras dignas de filmes de terror. E isso independente da forma que morrermos, um dia seremos assim (exceto se Jesus vier e nos resgatar antes de morrermos). Portanto tudo o que somos perece pelo uso, e ainda assim, imperfeitos, corruptíveis, com o mal nascido desde nossa concepção dentro de nós, ainda assim Jesus quer resgatar esses seres corruptos e os usar pra sua honra e glória. Sendo assim, quem somos nós para impor regras de "não pode, não faça, não use, não assista, não entre aí"? O Espírito Santo é quem nos guiará para os lugares que Deus assim determinar, ainda que sejam pro espanto do mundo, pois "Deus escolheu coisas insanas desse mundo pra deixar as que se achavam sábias confusas, e escolheu aquilo que era fraco pra deixar os que se acham fortes confusos, e escolheu aqueles que eram ditos como desprezíveis, imundos e que nem mesmo eram 'alguma coisa' pro sistema pra deixar todos os que se acham alguma coisa confundidos, e assim nenhum ser possa se achar glorioso diante do Senhor" (I Coríntios 1.27-29).

Que Deus abra nossos olhos e tire de nós toda trave, e sejamos assim "sagazes como serpentes, mas inocentes como pombas" (Mateus 10.16b).

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